No mundo atual, as coisas mudam rapidamente. A tecnologia avança e o que
era comum, passa em pouco tempo a ser coisa do passado. Resultado: quem não se
atualiza perde mercado e dinheiro, muito dinheiro.
A construção civil também está mudando. Considerada a atividade econômica
que mais causa impactos ambientais no planeta, o setor de construção começa a
se redimir à medida que inúmeras tarefas realizadas no passado e tidas como
normais, hoje já não são mais admitidas por serem poluidoras.
Um exemplo é a destinação dos entulhos de obra. Na maioria das vezes, os
responsáveis pela obra nem sabiam onde iam parar. A terra na frente das obras
sujava as ruas, a compra de materiais de empresas sem licença ambiental nem
preocupava a ninguém, sem falar das madeiras ilegais utilizadas nas obras
agravando o desmatamento da Amazônia.
Porém, poucos, muito poucos, estão conectados com essas mudanças. Quem
participa de congressos, como o último promovido pelo GBC Brasil sobre
Construções Sustentáveis e Prédios Verdes, realizado em São Paulo, no mês de
setembro, consegue ficar por dentro das novidades do setor.
Dentre essas novidades, destaca-se justamente o conceito de Prédio Verde,
que além dos benefícios do marketing ambiental – responsável por atrair cada
vez mais consumidores - promovem uma enorme economia de energia elétrica e de
água potável.
Para obter a certificação de Prédio Verde, a obra tem que economizar pelo
menos 30% de energia elétrica e de água em comparação com uma obra similar. Mas
que afirmação ‘“maluca”, podem pensar os empresários, será que os instaladores
de elétrica e hidráulica não sabem projetar de forma econômica?
Por incrível que pareça, a maioria não sabe e continua a projetar como no
século XX, adotando parâmetros ultrapassados. Nunca foi exigido deles que
adotassem novos parâmetros de desempenho, conforme normas americanas e
europeias.
Essas normas, obrigatórias para Prédios Verdes que pleiteiam a
certificação, determinam a elaboração de projetos supereficientes, significando
também um ganho financeiro para empresários.
Então, por que não passam a construir um monte de prédios verdes? Não
fazem porque não acreditam que poderão obter retorno financeiro com uma grande
economia de energia elétrica e também de água.
Por incrível que pareça, preferem fazer como sempre fizeram e, sem saber,
continuam a perder dinheiro. Tomara que quem ler este artigo passe a buscar
informações sobre os prédios verdes, já que empresário não é de perder dinheiro
e sim de ganhar.
Fernando de Barros é engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental e responsável técnico da Master Ambiental.
Fernando de Barros é engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental e responsável técnico da Master Ambiental.
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