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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Grupo Ecoverdi investe na criação de linha de produtos que promovam a sustentabilidade nas empresas

No caminho do bem

O entendimento da importância da sustentabilidade e a busca pela promoção de uma nova realidade para o planeta foram alguns dos motivos que levaram o grupo Ecoverdi, de Curitiba, a investir em uma linha especial de produtos para a sociedade. A linha ECOnsciente, que recentemente estreou no mercado brasileiro, busca oferecer soluções para um problema do dia a dia de pessoas e empresas: o descarte de lixo.

Tradicional fabricante de papel e celulose no mercado brasileiro, a Ecoverdi (a holding que reúne as empresas Cocelpa, Conpel e Arpeco), percebeu no mercado uma demanda sustentável ao alcance de suas mãos: a substituição das tradicionais sacolas de plástico por opções que agridem menos o meio ambiente. Com isso criou a linha ECOnsciente, que traz para o mercado nacional duas soluções para fazer a diferença nos hábitos das pessoas e empresas: as sacolas para compra em Supermercados e os sacos de lixo ECOnsciente. Com uma tecnologia que apenas duas empresas no país têm, a Ecoverdi desenvolveu seus produtos pensando nas vantagens para o comerciante e para o consumidor.

O carro chefe da entrada desses produtos no mercado são as sacolas. Produzidas em papel Kraft, as sacolas apresentam uma resistência muito superior às de plástico, o que permite que cada unidade transporte muito mais peso do que as em uso nos supermercados brasileiros. De acordo com Rinaldo Dalaqua, Diretor comercial do grupo Ecoverdi, “a sacola pequena da linha ECOnsciente substitui, pelo menos, 4 das de plástico; e a maior 8 sacolas plásticas Além disso, pela sua resistência, as sacolas podem ser reutilizadas pelos consumidores pelo menos mais quatro vezes sem sofrer deformações. Isso aumenta e muito sua vida útil”. A grande diferença nessas sacolas é o conforto para o consumidor, em função de suas alças. Com um tecnologia pouco usada no Brasil, as alças são planas e feitas de papel kraft (e não com barbantes), o que garante a alça a mesma resistência da sacola.

A tecnologia das sacolas foi testada durante 18 meses em uma rede de supermercados de Curitiba. Ali foram comprovadas as características do material e a adesão do público a novidade. “As pessoas aprovam a iniciativa da sacola de papel, pois ela diminui resíduos nas residências, é reutilizável e também mostra ao consumidor o conceito de responsabilidade ecológica do ambiente que ela frequenta”, afirma Dalaqua.

Disponíveis para venda em massa há pelo menos dois meses no mercado brasileiro, os primeiros resultados são animadores. “Já temos bons clientes para esse produto. Além de Curitiba, Minas Gerais e Santa Catarina são os principais compradores”, conta Dalaqua. Uma das explicações é a lei municipal da capital mineira que proíbe a oferta de sacolas plásticas em supermercados. “As sacolas não surgem necessariamente como concorrentes das de plástico, mas sim como uma alternativa para diminuir a produção de lixo e também de respeito ao meio ambiente”, comenta Dalaqua. O material de que são feitas as sacolas é 100% reciclável, além do uso de tintas atóxicas e hidrossolúveis, que permitem que o papel utilizado seja reciclado e retorne a ser sacola, sem restrições de uso.


Sacos de lixo recicláveis

Nem só das sacolas funciona a ECOnsciente. A linha disponibiliza também sacos de lixo estruturados, uma novidade no mercado. Os novos modelos, também produzidos em papel Kraft, são produzidos com uma estrutura especial, que dispensa o uso de lixeiras para sustentação. Os sacos são produzidos com o intuito de facilitar a separação correta do lixo, e por isso tem indicações dos respectivos materiais recicláveis que recebem – de acordo com a norma do Conama (resolução nº 275/2001) – papel, metal, plástico, vidro, orgânico e não reciclável. Didáticos, os sacos também colaboram com a educação para o reaproveitamento do lixo.

Cada saco de lixo dessa linha suporta até 15kg e podem ser utilizados por até 30 dias sem necessidade de substituição. “Existem sacos maiores desse material que são para recolher o lixo. Em uma empresa, por exemplo, o lixo é recolhido ao final do dia e os sacos ainda estão em perfeito estado para serem reutilizados. Os sacos absorvem pequenas quantidades de líquidos, como os restos de café e água dos copos, sem deixar odores. Assim, o lixo sai seco e permite que o saco continue a ser utilizado”, explica Dalaqua.

Todo papel utilizado na fabricação da linha ECOnsciente é proveniente de madeira de florestas plantadas, manejadas de acordo com práticas sustentáveis e em áreas previamente degradadas. “Não estamos destruindo florestas para produzir esse material. Além de tudo, oferecemos um produto que se decompõe em 60 dias no ambiente sem emitir gases, resíduos ou poluentes e também não é um agente potencializador em caso de grandes fenômenos naturais, como grandes chuvas e enchentes. O material se desintegra e permite que o ambiente seja respeitado”, afirma Dalaqua. Atualmente, o grupo Ecoverdi possui a capacidade de produzir 20 milhões de sacolas por mês e 20 milhões de sacos de lixo ao mês. “A demanda ainda não está aquecida, mas estamos no início do projeto. Em pouco tempo acreditamos que estaremos trabalhando com capacidade máxima”, garante.


Grupo Ecoverdi

O grupo Ecoverdi foi estruturado em 2010, mas reúne empresas com mais de 50 anos de atuação no mercado de papel e celulose. Atento as mudanças e a necessidade da responsabilidade com o ambiente e com a manutenção do planeta, a Ecoverdi decidiu fazer parte do processo de conscientização da população. “A forma que temos como empresa para promover a sustentabilidade do planeta em larga escala é oferecer opções que ajudem na conscientização da população para a mudança de hábitos”, argumenta Dalaqua.

Além disso, a Ecoverdi está investindo na mudança dentro da sua realidade. Com um departamento direcionado em sustentabilidade desde 2010, muitas ações estão em andamento com o objetivo de trazer um novo posicionamento da empresa também junto ao seu público interno. Desde que o conceito de sustentabilidade foi inserido nas empresas do grupo, são realizadas ações focadas nos colaboradores, como ginástica laboral e saúde do colaborador, além do contato com as comunidades próximas as fábricas, criando um processo de transparência dentro das regiões onde atua ativamente.

Hoje, o Grupo Ecoverdi conta com quatro fábricas (três no Paraná e uma na Paraíba) e é o 2º maior produtor de papel Kraft do país. Com grande atuação na produção de sacos para cal, cimento e para o transporte de alimentos, o grupo ocupa a 2ª posição entre os fornecedores de sacos valvulados no país. O grupo conta hoje com quase mil colaboradores e realiza um processo verticalizado de produção, com gerenciamento completo sobre a cadeia (desde o manejo de florestas plantadas até a produção de embalagens), e com isso exporta para 11 países. Focada também em sustentabilidade, suas unidades de produção de papel absorvem aparas, sendo que a fábrica em João Pessoa é responsável pela produção de papel reciclado.

Matéria publicada originalmente na edição 22 da Revista Geração Sustentável
Lyane Martinelli
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tendências de responsabilidade social são discutidas na Fiep

Saiba como a Natura trabalha a inovação e responsabilidade social como estratégias para seu negócio no dia 24 de maio na Fiep

Executivos das maiores indústrias do estado estarão reunidos na próxima terça dia 24 às 8 horas, no Cietep, sede da Fiep no Jardim Botânico, para conhecer e discutir as novas tendências em responsabilidade social corporativa no evento “Fazer para Mudar – Novas perspectivas para a responsabilidade social corporativa através do apoio ao empreendedorismo comunitário”.

Está confirmada a presença do presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures e de Susy Yoshimura, do Movimento Natura. Suzy estrutura projetos sociais e ambientais voltados para o canal de vendas da Natura (hoje, 900 mil consultoras em todo país). Ela tem como desafio identificar lacunas sócio-ambientais e transformá-las em oportunidades de negócio e de construção de marca.

Segundo Rodrigo Brito, diretor executivo da Aliança Empreendedora, “trata-se de um evento único na região sul, que trará às indústrias paranaenses as tendências na área de inovação social e responsabilidade social corporativa no Brasil e no mundo”.

O evento é realizado pela Aliança Empreendedora e pela BPW - Business Professional Women de Curitiba – PR e conta com o apoio do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

A abertura ficará a cargo de Lylian Vargas, que assumiu a presidência da BPW de Curitiba em dezembro passado e fez a ponte entre a Aliança Empreendedora e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná para a realização do evento.

Ao final, serão premiados os três microempreendedores vencedores do 1º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário, que se destacam em todo o Brasil tanto pelo seu negócio quanto por sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social de sua comunidade. O primeiro colocado é Gerson Pereira, dono da IWP Internet de Curitiba. Gerson possui um provedor de acesso à internet banda larga via ondas de rádio em locais de Curitiba onde grandes operadoras não tem interesse econômico, atendendo a uma demanda da região.

Em segundo, Francisco Gilmar Martins de Souza, representante de uma cooperativa de artesãos de Mucambo no interior do Ceará. Franscisco trabalhava ajudando sua família com tecelagem desde criança, levou o método de trabalho para ser implantado na África, e hoje a cooperativa que lidera emprega cerca de 25 pessoas. E o terceiro lugar é de Marilandia de Santana Luna, sócia da FASSO Artesanatos, da cidade de Glória do Goitá no Pernambuco. Marilandia oferece camisetas, quadros e painéis que retratam a cultura da região pernambucana. Além das vendas, Marilandia desenvolve um projeto de inclusão social através da arte para crianças portadoras de necessidades especiais.

O prêmio foi criado e lançado nacionalmente pela Aliança Empreendedora e patrocinado pela Itaipu Binacional e Instituto Camargo Corrêa.


Serviço: Dia 24 de maio de 2011 (terça-feira), às 8h, no Cietep (sede da Fiep do Jardim Botânico – Sala dos Conselhos. Av. Comendador Franco, 1341.

Para inscrever-se, mande um e-mail para: eventos@aliancaempreendedora.org.br Conheça a Aliança Empreendedora: http://www.aliancaempreendedora.org.br/

Chocolates Nestlé e TerraCycle ultrapassam a marca de 130 mil embalagens coletadas

Material reunido pelas brigadas Nestlé Chocolover será transformado em novos produtos

A parceria entre a unidade de Chocolates da Nestlé com a TerraCycle, líder global na coleta e reuso de resíduos pós-consumo, acaba de registrar um expressivo resultado: o programa - que teve início em outubro de 2010 e visa recolher e transformar embalagens de chocolate em sacolas, bolsas e estojos - superou a marca de 130 mil embalagens de chocolates coletadas. Além disso, com a rápida adesão dos consumidores à causa, todas as 400 vagas abertas inicialmente para as brigadas Nestlé Chocolover (times de coleta) foram preenchidas.

O sucesso alcançado levou o programa abrir 800 novas vagas para a formação de brigadas Nestlé Chocolover, criando mais oportunidades para quem deseja fazer parte da iniciativa. Com essa ampliação serão 1.200 brigadas da marca. Para participar, basta se cadastrar na Brigada Nestlé Chocolover, no site da TerraCycle (www.terracycle.com.br) e escolher uma entidade sem fins lucrativos que será beneficiada pelo programa. Os interessados devem montar um time de coleta (brigada) para recolher as embalagens e serem maiores de 18 anos.

Os participantes têm a oportunidade de contribuir com a preservação do meio-ambiente, recolhendo as embalagens em seu bairro ou no meio em que vivem (escolas, associações, condomínios, entre outros). Para enviar o material, é necessário reunir no mínimo 100 unidades. Depois, basta entrar em sua conta no site da TerraCycle, clicar no código de barras amarelo, imprimir ou solicitar as etiquetas pré-pagas da Brigada Nestlé Chocolover, colar na caixa ou envelope no qual serão enviadas as embalagens e levar o material até uma agência própria dos Correios. O envio das remessas é gratuito. Cada 0,8 gramas valem R$ 0,02, que serão pagos diretamente pela TerraCycle para a organização sem fins lucrativos escolhida pelo brigadista.

Sobre a Nestlé – É a maior empresa mundial de nutrição, saúde e bem-estar, com operações industriais em 83 países e marcas mundialmente consagradas. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça por milhões de consumidores.

Sobre a TerraCycle - Fundada em 2001, a TerraCycle é líder global na coleta e reuso de resíduos pós-consumo difíceis de reciclar. A TerraCycle trabalha em parceria com 30 grandes marcas nos EUA e ao redor do mundo para coletar embalagens e produtos usados (embalagens de chocolate, salgadinho, refresco em pó, canetas, escova de dente, etc.) que, outrora, seriam destinados aos aterros sanitários e lixões e, transformá-los em outros materiais. Os resíduos são coletados através dos programas gratuitos de Brigadas da TerraCycle e reutilizados como matéria-prima na manufatura de produtos eco-amigáveis.

A TerraCycle iniciou sua expansão global, em 2009, abrindo sua primeira filial na América Latina com a TerraCycle do Brasil. Posteriormente estabeleceu operações no México, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Turquia e Suécia. Atualmente temos mais de 11 milhões de pessoas participando de nossos programas e em torno de 2 bilhões de embalagens coletadas. Junte-se à eco-revolução TerraCycle cadastrando-se em nossos programas de coleta. Para saber mais sobre como participar de uma Brigada da TerraCycle acesse http://www.terracycle.com.br/.

Fonte:
CDN Comunicação Corporativa
Ana Carolina Patrão (11) 3643-2741 – ana.patrao@cdn.com.br
Patrícia Melendi (11) 3643-2841 – patricia.melendi@cdn.com.br
Luciane Gellermann (11) 3643-2768 – luciane@cdn.com.br
Bruna Gallo (11) 3032-3870 – bruna.gallo@terracycle.com.br

quinta-feira, 19 de maio de 2011

EVENTOS CIDADE INOVADORAS: SISTEMA FIEP LANÇA RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Durante a conferência, o Senai Paraná fará o sequestro de carbono das emissões geradas no evento

A sustentabilidade é uma das marcas da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI), promovida pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que teve início nesta terça-feira (17), na sede do Sistema Fiep no Jardim Botânico, em Curitiba. Na abertura do evento, pela manhã, que reuniu cerca de três mil pessoas, o presidente Rodrigo da Rocha Loures fez o lançamento do Relatório de Sustentabilidade do Sistema Fiep, reafirmando o compromisso da instituição com o desenvolvimento de um estilo de vida e de negócios sustentáveis. Durante a CICI 2011, o Senai Paraná, uma das entidades do Sistema Fiep, estará fazendo o inventário para promover o sequestro de carbono das emissões geradas pelo evento.

O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative – GR, e terá peridiocidade anual. “Nesta conferência vamos distribuir o relatório de sustentabilidade porque ela não é apenas um discurso dizendo para o outro o que ele tem que fazer”, afirmou o presidente do Sistema Fiep. “A sustentabilidade nada mais é do que a soma de comportamentos conscientes e competências que se desenvolvem. A Fiep faz parte desse processo da comunidade e está apresentando também o seu relatório”, completou Rocha Loures.

O relatório pretende divulgar o desempenho econômico, social e ambiental do Sistema Federação das Indústrias e refletir sobre a sua relação com seus interlocutores. Tanto a versão completa do relatório como a resumida – o Sumário Executivo – podem ser encontradas na página web do Sistema Fiep (http://www.fiepr.org.br/relatoriodesustentabilidade). Essa estratégia de comunicação pretende facilitar o acesso às informações dos diferentes públicos alcançados pelo Sistema – colaboradores, fornecedores, prestadores de serviço, sindicatos filiados à Fiep, empresas que utilizam os serviços, órgãos públicos, ONGs, imprensa e sociedade em geral.

Sequestro de Carbono - Durante a CICI 2011, o Senai Paraná estará promovendo o sequestro de carbono das emissões geradas pelo evento. Esse processo consiste em inventariar, mitigar e neutralizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) resultantes das atividades ocorridas durante a CICI como: o transporte rodoviário da empresa e de seus colaboradores, o transporte aéreo, o consumo energético e de GLP, e a quantidade de gases causados pela decomposição de resíduos orgânicos no local. A neutralização do CO2 pelo Senai será feita através do plantio de árvores, que durante seu crescimento promovem o sequestro do carbono.

Palestra - Neste primeiro dia, a palestra do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, uma das mais prestigiadas, com o tema “Um panorama inovador e sustentável para as cidades brasileiras”, também focou a importância das cidades se organizarem no sentido de elaborarem soluções sustentáveis para seus desafios. “Cerca de 75% das emissões de carbono são originadas na cidade – e é na concepção das cidades que podemos contribuir com efetividade para a sustentabilidade”, observou Lerner.

No evento, também chamou a atenção dos participantes os ecopos – copos ecológicos, descartáveis, em formato de envelopes, feitos com madeiras provenientes de reflorestamento. A ideia foi substituir os tradicionais copos de plástico, que demoram cerca de 50 anos para se deteriorar, por copos de papel que, segundo a empresa fabricante, em apenas 18 meses conseguem ser totalmente absorvidos pela natureza.

Fonte: FIEP.PR

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Simple Clean apresenta soluções para reduzir custo com a limpeza dos ambientes

Limpeza sustentável acima de tudo

Ter em mãos a possibilidade de mudar a realidade com soluções que aliam consumo racional, redução de custo, preocupação ambiental e saúde. Este é o conceito inserido na linha de produtos de limpeza Simple Clean, da empresária Renata Ribeiro, presente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que está em franca expansão para outras regiões brasileiras. Esta linha possui um conceito inovador, que é a possibilidade de realizar limpezas em ambientes residenciais e comerciais com produtos biodegradáveis e de alta eficiência, trazendo uma alternativa sustentável para a realidade brasileira.

A Simple Clean, marca criada por Renata há três anos, oferece produtos que não agridem a natureza. Entre suas principais características está o fato de não conter substâncias prejudiciais à saúde como soda cáustica e amoníaco, comuns em outros produtos do gênero. “Suas fórmulas contêm tensoativos biodegradáveis que garantem as características anticorrosivas, não abrasivas e não tóxicas em todos os itens da série”, afirma Renata, que ministra palestras corporativas sobre "Limpeza Sustentável e o Meio Ambiente".

As fórmulas, guardadas a sete chaves pela empreendedora, são inovadoras e super concentradas, e funcionam quando diluídas em água. Isso, porém, significa economia porque os produtos são usados em quantidades menores e com maior eficiência na limpeza. Além disso, há pouca produção de espuma, o que garante maior economia de água na remoção de sujeiras”, explica Renata. Cada cinco litros de um dos produtos Simple Clean concentrado rende até 4 mil litros de produto para uso diário. Com isto, reduz a quantidade de lixo com embalagens plástica no meio ambiente.


Treinamentos

A empresária e sua equipe realizam treinamentos específicos in loco para demonstrar aos consumidores a maneira mais eficiente e econômica de utilizar os produtos. “Nós ensinamos a utilizar a proporção exata da matéria-prima e sua diluição na água para se obter o melhor rendimento”, explica Renata, ao destacar que os produtos são diferenciados por cores para facilitar o manuseio. “Durante o treinamento, mostramos que não há segredo para identificar o produto ideal para cada situação. É só seguir as indicações das cores”, afirma. Outra característica do produto é a reutilização de embalagens. “Na primeira compra, além dos frascos, o cliente leva os recipientes para fazer a diluição. A partir da segunda compra, o cliente adquire apenas a embalagem refil com o produto concentrado”, explica Renata.


Origem

A linha Simple Clean não surgiu da noite para o dia. Há oito anos, Renata conheceu produtos semelhantes originais dos Estados Unidos e se encantou com a eficiência. Ela resolveu então investir na comercialização deles no Brasil. Hoje, Renata possui as fórmulas desses produtos. Inicialmente, investiu na produção no Rio Grande do Sul e depois mudou de fábrica, para a região metropolitana de Curitiba, onde ela encontrou um parceiro com quem conseguiu aprimorar as fórmulas e hoje toda a produção está concentrada no município de Almirante Tamandaré. “Aqui, acompanho a produção, a qualidade das matérias-primas e o retorno dos meus clientes”, conta Renata.


Plano de expansão

Com o fortalecimento do negócio, Renata Ribeiro almeja novos vôos para sua marca. “Hoje oferecemos quatro produtos e pretendemos ampliar a linha nos próximos anos. O objetivo é oferecer ainda mais segurança e praticidade aos usuários quando se trata de limpeza comercial e doméstica”, garante. Além disso, a empresária também tem planos de expansão, que necessariamente passa pelas franquias que pretende criar para atender o crescimento da demanda. “Além de vender produtos, vamos vender o conceito Simple Clean, que está nos valores e na prática de conciência ambiental que a linha promove onde estiver”, afirma.

Serviço:

Mais informações dos produtos ou palestras podem ser encontradas no endereço http://www.simpleclean.com.br/





Matéria publicada originalmente na edição 22 da revista Geração Sustentável por Lyane Martinelli.





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domingo, 15 de maio de 2011

Paraná ganha usina de reciclagem de resíduos para construção civil

Foi inaugurada na região metropolitana de Curitiba, em Almirante Tamandaré (PR), a USIPAR, Usina de Recicláveis Sólidos Paraná S/A. Com um investimento inicial de R$7 milhões, ocupando uma área de 54 mil m², a empresa vai atuar na reciclagem de sobra de materiais de construção civil de Curitiba e Região Metropolitana, sendo um grande serviço de apoio para o segmento da construção civil, um dos mais aquecidos do país.

Contando inicialmente com 30 colaboradores e com a expectativa de chegar ao final de 2011 com 60, a USIPAR levou três anos para sua total implantação. Período importante para a obtenção de todas as licenças ambientais e também a adequação do projeto as necessidades regionais. A empresa começa sua operação com a capacidade média de 8 mil toneladas de resíduos/mês, com a possibilidade de alcançar em médio prazo a demanda de 20 mil toneladas/mês.

Programada para atender a capital Curitiba e toda sua região metropolitana, a Usina promete ter 15% deste mercado até o final do ano, inclusive ampliando o projeto com a construção de novas unidades em outras regiões. A iniciativa da implantação da USIPAR se deu através de uma parceria estratégica entre Adonai Aires de Arruda, Adilson Penteado, Silvio Gaspar e Alexandre Graeser Blaszezyk.

O produto e o Meio Ambiente
Trabalhando com resíduos do tipo A, que inclui a caliça das obras de construção - como restos de material cerâmico, concreto e argamassa - a USIPAR após separar os materiais de acordo com sua classificação, tritura a caliça transformando-a em areia, brita, pedrisco e rachão, que são comercializados para nova utilização na construção civil, com uma média de preço em torno de 25% mais barato.

Com essa prática, poupa-se o meio ambiente reduzindo de extração nos areais e pedreiras, incentivando a preservação de áreas, além da correta destinação dos resíduos, que depois de separados, são encaminhados às cooperativas de reciclagem. Isso evita que ocorra o despejo de resíduos em áreas impróprias, diminuindo o impacto ao meio ambiente.

A coleta
A correta destinação das sobras geradas nas reformas e construção civil pode evitar multas. A Prefeitura Municipal de Curitiba é responsável pelo recolhimento de materiais que equivalham a até cinco carrinhos de mão. Acima disso a responsabilidade pela destinação passa a ser do gerador, que, apesar de contratar empresas para a coleta dos resíduos, continua responsável pelo destino final do material gerado.

Contratar uma empresa de coleta de resíduos é algo que deve ser feito com cuidado. É preciso exigir da empresa coletora o Manifesto de Transporte de Resíduos, o MTR. Esse documento garante a correta destinação e isenta o construtor de ter problemas futuros, como multas que podem gerar entre R$250 a R$12 mil.

Para Adonai Aires de Arruda, sócio-presidente da USIPAR, a concretização do empreendimento é um ganho para Curitiba e Região Metropolitana. “Além do setor de construção civil obter mais facilidade na logística de seus resíduos, barateando o serviço de coleta, o meio ambiente é preservado, seja pela diminuição da extração de matéria-prima, como também evitando o despejo em áreas não autorizadas”, afirma Arruda.

Fonte:
MAPA Comunicação Integrada
Josiany Vieira - Atendimento
curitiba@mapacomunicacao.com.br
http://www.mapacomunicacao.com.br/

Campanha da Johnson & Johnson reverterá recursos para que a ONG CRIANÇA SEGURA

Campanha da Johnson & Johnson reverterá recursos para que a ONG CRIANÇA SEGURA possa prevenir a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil

Ação poderá beneficiar indiretamente até 120 mil famílias brasileiras

A partir de 25 de abril e até o dia 15 de julho, todo o Brasil poderá ajudar a ONG CRIANÇA SEGURA a reduzir as cerca de 5 mil mortes e 110 mil hospitalizações de crianças vítimas de acidentes relatadas todos os anos no País. Ao comprar qualquer produto Johnson & Johnson do Brasil, exceto medicamentos, o consumidor concorrerá a prêmios e ainda fará uma doação para que a ONG possa ampliar o alcance de sua mensagem por meio da formação de 3 mil multiplicadores que poderão impactar 120 mil famílias. Basta que o consumidor cadastre os produtos no site da campanha, que terá Luciano Huck como âncora.

Os acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros, representam a principal causa de morte de crianças e adolescentes de 1 a 14 anos no Brasil. A boa notícia é que, segundo estudos americanos, 90% destes acidentes podem ser evitados com medidas de prevenção. Para disseminar estas medidas em todo o território nacional e incentivar uma redução significativa no número de vítimas é que a CRIANÇA SEGURA criou, entre outras ações, o Programa Formação de Mobilizadores, que será beneficiado pela campanha.

Até o momento, o programa já formou 280 educadores que impactaram indiretamente mais 11.200 pessoas. Com as doações da promoção “Cuidar em Dobro” da Johnson & Johnson do Brasil, que podem chegar a R$ 300 mil, a ONG irá ampliar as ações do programa podendo envolver até 3 mil multiplicadores e 120 mil famílias indiretamente, aumentando em quase 10 vezes o alcance da causa. Quanto mais o público participar, maior será a contribuição para a instituição. “Ao participar, o consumidor estará contribuindo diretamente para salvar vidas e garantir um futuro com mais saúde para milhares de crianças brasileiras”, comemora Alessandra Françoia, Coordenadora Nacional da CRIANÇA SEGURA.

Para doar, os consumidores devem preencher o cadastro e informar o código de barras, lote e validade do produto no site www.cuidaremdobro.com.br. Todos os produtos da Johnson & Johnson do Brasil fazem parte da promoção, exceto medicamentos. Os consumidores também concorrerão a prêmios como carro, moto e eletrodomésticos. O site traz o regulamento detalhado, informações sobre os sorteios e um contador que mostrará em tempo real o aumento do número de famílias beneficiadas pela campanha de acordo com os produtos registrados.

Campanha contará com Luciano Huck: a promoção “Cuidar em Dobro” é uma campanha que vai sortear prêmios para os consumidores, fortalecer a imagem da empresa e de seus produtos e ainda beneficiar a ONG CRIANÇA SEGURA. O apresentador Luciano Huck será o embaixador da campanha, que tem como principal objetivo transmitir aos consumidores e ao público em geral o compromisso da Johnson & Johnson do Brasil para com o bem-estar das pessoas e da sociedade, por meio de seus produtos e valores. A campanha inicia no dia 25 de abril e finaliza no dia 15 de julho.

Mais informações sobre a CRIANÇA SEGURA e a campanha: www.criancasegura.org.br e www.cuidaremdobro.com.br.


Sobre a CRIANÇA SEGURA
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público dedicada à promoção da prevenção de acidentes com crianças entre 0 e 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001 e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger. Para cumprir sua missão, desenvolve ações de Políticas Públicas, Comunicação e Mobilização. A ONG conta com a contribuição de parceiros institucionais, como Johnson & Johnson e Johnson & Johnson Produtos Profissionais Ltda e parceiros de programas, como Band-Aid, FEDEX e Johnson & Johnson Industrial Ltda.


Sobre a Johnson & Johnson do Brasil
Johnson & Johnson do Brasil é uma empresa voltada para a saúde e bem estar dos consumidores, investindo fortemente em tecnologia e pesquisa e na qualidade dos seus produtos. No Brasil desde 1934, a empresa oferece mais de 140 produtos e emprega cerca de cinco mil funcionários. A Johnson & Johnson do Brasil é pioneira no lançamento de produtos que são referências de categoria, como em proteção solar com a marca SUNDOWN®, em adesivos curativos com a marca BAND-AID® e com a tradição da linha JOHNSON’S® Baby.

Fonte: Francine Ricci – (11) 8753-2200
comunicação@criancasegura.org.br
daniela@criancasegura.org.br

Destino Certo para os medicamentos vencidos

Destino Certo para os medicamentos vencidos

Panvel implanta programa que recolherá e fará o descarte correto de medicamentos vencidos

A Panvel, maior rede de farmácias da Região Sul, implanta em Curitiba o Programa Destino Certo, para o recolhimento de medicamentos vencidos e evitar que essas drogas sejam descartadas em locais impróprios, como o lixo comum e vasos sanitários, e poluam o meio ambiente. Além disso, é uma forma de prevenir que as pessoas ingiram esses remédios, inadequadamente, e causem intoxicação e danos à saúde.Em Curitiba o programa já está em funcionamento na unidade da Panvel na Avenida Bispo Dom José, no Batel, e na Rua Marechal Deodoro, 261, Loja 02 - Centro.

O programa foi criado em janeiro de 2010, no Rio Grande do Sul e, além das lojas de Curitiba, se estende para 28 unidades de toda a rede na Região Sul. Coordenado pelo Apoio Técnico Farmacêutico do grupo Dimed/Panvel, os curitibanos podem, agora, entregar na farmácia os seus medicamentos vencidos e, depois, eles são transportados para a incineração por uma empresa autorizada e licenciada.

Quando jogados no lixo comum, os medicamentos vencidos podem contaminar a água e o solo. Se ingeridos, podem fazer mal à saúde, levando à intoxicação. A Panvel criou o programa para auxiliar a população a dar a destinação correta a esses produtos, sem poluir o meio ambiente ou gerar riscos à saúde. Em seis meses, a rede já havia recolhido uma tonelada de medicamentos. Em um ano, de janeiro de 2010 a fevereiro de 2011, esse número subiu para 2,8 toneladas.

Fonte: Lide Multimídia – Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Iniciativa Hub Curitiba convida para a Hub Escola de Inverno



A Iniciativa Hub Curitiba convida para a Hub Escola de Inverno

Na Hub Escola de Inverno todos são convidados a não apenas participar,
mas também a organizar atividades e contribuir ao processo de aprendizado.
Participe! Acesse: http://www.hubescolacwb.com/










Energias Renováveis: Ventos e resíduos no futuro da energia brasileira

Energia eólica cresce no Brasil e CDR já tem tecnologia nacional

Uma tragédia como a do Japão, onde os perigos da energia nuclear preocupam o mundo, pode causar comoção, mas também um certo alívio para os brasileiros. Afinal vivemos em um país com diversidade geográfica e ambiental que possibilita o uso de energias limpas.

Segundo dados da ONG Greenpeace, que estão na segunda edição do relatório Revolução Energética, verifica-se que até 2050, cerca de 93% da eletricidade produzida no Brasil pode ter origem em fontes renováveis como solar, eólica ou biomassa. Isso poderá gerar três milhões de empregos com desenvolvimento e produção de equipamentos de ponta. E os investimentos em energias limpas podem significar economia entre R$ 100 bilhões e R$ 1 trilhão no período entre 2010 e 2050.

O uso de tecnologias limpas como a eólica vem crescendo a cada ano. O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) liberou somente em março R$ 790,3 milhões de financiamentos para nove parques eólicos no Brasil. (ver quadro demonstrativo dos outros valores).

Para Clécio Eloy, diretor superintendente da empresa Casa dos Ventos, se os investimentos do Brasil forem comparados aos da Europa, Estados Unidos e Ásia estamos muito atrasados, porque demoramos a despertar para a importância da energia eólica na formação de uma matriz energética limpa, renovável e de baixo impacto ambiental.“Entendo, que esse fenômeno que é o crescimento da produção de energia eólica chegou para ficar e teremos cada vez mais a presença de aerogeradores fazendo parte da paisagem brasileira”, ressalta.

Opinião semelhante tem o empresário João Marcos Prosdócimo Moro, presidente da empresa paranaense JMalucelli Energia, que está investindo no Rio Grande do Norte cerca de R$ 710 milhões no setor. “Os benefícios ambientais são grandes e os custos baixaram muito, porque as empresas que constroem os aerogeradores estão agora no Brasil e ficaram competitivos”,fala o presidente. O empresário João Marcos acrescenta que a empresa pretende investir no Paraná neste setor nos próximos anos também.

O Paraná apesar de ter sido pioneiro em 1990, com instalação da primeira Usina Eólica do país na cidade de Palmas, não teve investimentos significativos nesta área na última década. Segundo o consultor da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para o assunto, Dario Jacks Scholtz, a empresa pretende investir mais, participar de alguns leilões nacionais. Ele explica que quando foi construída a usina de Palmas, foi realizado um estudo científico que detectou além daquela região, somente na Serra do Mar poderiam ser instalados os aerogeradores. Mas com o aprimoramento da tecnologia, com torres mais altas, há a possibilidade de novos projetos no estado. A usina de Palmas tem cinco geradores e gera 2.500 kW, que abastece um terço da cidade.

Em 2010, a Copel fez uma chamada pública para fazer parceria com empresas que já tinham projetos e deve continuar a estudar sua participação no setor nos próximos anos. “O preço da energia eólica já consegue competir com a gerada em pequenas usinas hidráulicas o que possibilita que a Copel invista mais neste tipo de energia limpa”, explica o consultor.

Para que o setor cresça mais, há a necessidade de uma definição clara do que as autoridades esperam e pretendem para a energia eólica no Brasil, reclama o superintendente. Ele relata que nos locais onde a energia eólica mais se desenvolveu aconteceu uma participação forte dos governos.

A Casa dos Ventos tem hoje 1.200 mW em desenvolvimento para entrarem em operação entre 2012 e 2013, sendo que desses 85% na região de João Câmara, no Rio Grande do Norte, e 15% em Tiangua, no Ceará. A empresa e seus parceiros pretendem desenvolver e implantar cerca de 10.000 mW nos próximos dez anos, em um total de R$ 40 bilhões em investimentos, gerando energia necessária para abastecer mais de dois milhões de domicílios.

“Entre os benefícios que os investimentos trouxeram, temos o exemplo do potencial eólico da região de Sobradinho, na Bahia, onde se pode produzir a mesma energia gerada a partir da usina de Paulo Afonso - obra que fez desaparecer quatro municípios. Com a energia eólica não é preciso alagar um palmo de terra “, fala Eloy.


Restos que viram energia

Menos conhecida e ainda pouco usada no Brasil, a energia limpa gerada com combustível derivado de resíduos (CDR), já conta com tecnologia nacional. Um exemplo disso está na Usina Verde no Rio de Janeiro. Pioneira na geração de energia elétrica através da queima do lixo no Brasil, a Usina Verde foi construída pela iniciativa privada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e usa tecnologia 100% brasileira. Processa na Ilha do Fundão no Rio 30 toneladas dia de resíduos sólidos que, depois de separados os materiais recicláveis, são queimados e geram energia elétrica para 50 mil pessoas.

Segundo Luis Carlos Malta, diretor da Usina Verde, a tecnologia é considerada limpa e os gases produzidos pela queima do lixo são destruídos termicamente, restando no processo somente água e CO2. Os gases ácidos resultantes da incineração do lixo são lavados com água alcalinizada. Ocorre então uma reação química que transforma essas substâncias em sais minerais e água.

A Usina Verde produz o chamado CDR a partir do tratamento mecânico do lixo, onde há a separação das partes (orgânica, úmida, verde, vidros, metais ferrosos e não ferrosos e pedras) e outros materiais que não queimam. O que sobra é um material que contém plásticos flexíveis e sujos, papel e papelão molhados e sujos, tecidos e outros materiais "bons para queimar", porém que não são recicláveis devido ao alto custo de tratamento, explica Lúcia Coraça, diretora de Químicos e Energia da Pöyry, empresa finlandesa de consultoria na geração de energia.

O potencial de crescimento do CDR no Brasil é muito grande, uma vez que se trata de um projeto de reciclagem de materiais e energia, em última instância. Contudo, há que se verificar sempre a viabilidade econômica dos projetos, já que não existe no Brasil um mercado estabelecido para comercialização de CDR, nem subsídios para produção de energia a partir de lixo, enfatiza a diretora.

Para implantar a tecnologia usada na Usina Verde e processar 150 toneladas por dia, segundo Luis Carlos, o custo gira em torno de 40 milhões de reais. “Estamos desde 2004, quando foi implantada a usina, aprimorando a tecnologia que se compara com as melhores do mundo e tem custos inferiores por ser nacional e já estamos comercializando para outros locais”, comenta o diretor. Além de produzir energia limpa, projetos como a Usina Verde podem ter o recebimento de crédito de carbono, pois usa resíduos sólidos em substituição ao combustível fóssil, como o petróleo, para produzir energia, conclui o diretor.




De vento em popa

- Foram aprovados financiamento de R$ 790,3 milhões para nove parques eólicos. Oito deles serão construídos no Ceará, com capacidade instalada total de 211,5 MW. O nono parque eólico, em Tramandaí, no Rio Grande do Sul, terá 70 mW de potência instalada.

- Hoje são 51 parques eólicos em operação no Brasil possuem capacidade instalada de 937 MW. Além destes, outros 18 projetos estão em construção, com mais 500,8 mW para entrar em operação ao longo de 2011.

- As autorizações para investimentos em energia eólica cuja construção ainda não foi iniciada já atingem 3.600 MW, distribuídos por 134 projetos.

- No BNDES, já foram assinados ou estão em processo de assinatura, incluindo as duas operações recém-aprovadas, 51 contratos de financiamento diretos e indiretos, no valor total de R$ 4,1 bilhões, para a implantação de 1.369 MW. Além desses, outras 44 operações estão em análise, demandando financiamentos da ordem de R$ 3,3 bilhões.

Fonte: BNDES

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Matéria publicada originalmente na edição 22 da Revista Geração Sustentável
Tania Kamienski

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Evento: II Seminário sobre Riscos e Vulnerabilidades Socioambientais: "Construindo Cidades Resilientes".

II Seminário sobre Riscos e Vulnerabilidades
Socioambientais: "Construindo Cidades Resilientes".

DIA 15 e 16 DE JUNHO EM CURITIBA

Conferencista(s):

1 – Mirian de Oliveira – Coordenadora de Emergências Ambientais do Ministério de Meio Ambiente.
2 – João Vanderley Costa Pereira – Coronel Diretor BM de Apoio Logístico CBM - Maranhão.
3 – Augusto Sérgio Lima de Almeida – Ten Cel BM Coordenador adjunto da Defesa Civil / Pará
4 – Márcio Luiz Alves – Secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Defesa Civil de Santa Catarina.
5 – Antônio Geraldo Hiller Lino - Major QOBM Chefe de Divisão da Coordenaria Defesa Civil / Paraná
6 – Fábio Teodoro - Universidade Católica do Paraná- PUCPR
7 – Nelson de Lima Ribeiro – Coordenador técnico de Defesa Civil Curitiba / PR
8 – Wender Antonio de Oliveira – Gerente Técnico de Alerta, Monitoramento e Operações de Resposta de Saúde do Ministério da Saúde.
9 - Prof. Dr. Denis Rezende - PUCPR
10 - Prof. Dr. Carlos Garcias - PUCPR
11 - Prof. Dr. Roberto Protil - PUCPR
12 - Profa. Me. Janaina Rocha Furtado – UFSC
13 - Eng. Roberto Brandão
14 - Prof. Dr. Ricardo Chaim - UNB
15 - Prof. Dr. Feruccio Bilich -UNB

No seminário serão apresentados os aspectos preconizados pela ONU para que os municípios se tornem cidades resilientes, ou seja, capazes de se recuperar após um desastre natural, priorizando a redução de riscos, a aplicação do conhecimento e o preparo da população para agir em momentos de desastres e combater o pânico.

Tais questões devem levar em consideração o risco urbano, criação de escolas e hospitais mais seguros, e os princípios de sustentabilidade e urbanização estabelecidos pelo Campanha Mundial UN-Habitat 2009-2013.

No Brasil, as cidades de Santa Catarina: Itajaí, Florianópolis, Blumenau, Jaraguá do Sul, Rio do Sul e Tubarão já foram certificadas em 2011pela ONU por integrarem a Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (EIRD/ONU).

A certificação corresponde ao Desenvolvendo cidades resilientes: "Minha cidade está se preparando". No Seminário também serão abordadas ações do Ministério do Meio Ambiente em relação à Qualidade Ambiental; Ações da Defesa Civil do Maranhão, Pará, Paraná, Curitiba, Experiências internacionais e Gestão de Crises preconizadas pelo Ministério da Saúde.

No segundo dia, Professores e Pesquisadores apresentarão o estado da arte de metodologias científicas, potenciais modelos e ferramentas de planejamento e de gestão a serem aplicadas no contexto da defesa civil (Planejamento estratégico; Sistema de Indicadores; Avaliação Integrada; Lógica Fuzzy; Modelagem de Sistemas Dinâmicos; Introdução ao Pensamento Sistêmico; Planejamento Axiológico).

MAIS INFORMAÇÕES : www.tmkambiental.com.br
Fone: (41) 406396-26 (41) 9927-0787
eventos@tmkambiental.com.br

Seminário "Como implantar a Gestão da Sustentabilidade nas organizações"

Nos dias 29 e 30 de junho, será realizado o Seminário Especial "Como implantar a Gestão da Sustentabilidade nas organizações" no Rio de Janeiro. O engajamento dos funcionários na transformação, a educação dos stakeholders e a responsabilidade corporativa estarão entre os temas abordados.


O QUÊ: SEMINÁRIO ESPECIAL COMO IMPLANTAR A GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
QUANDO: 29 E 30 DE JUNHO DE 2011
ONDE: RIO DE JANEIRO
HORÁRIO: 8:30 ÀS 18:30H


A implantação de uma nova Cultura a serviço do desenvolvimento sustentável estará em pauta no “Seminário Especial Como implantar a Gestão da Sustentabilidade nas organizações”. O engajamento dos funcionários na transformação, a educação dos stakeholders e a responsabilidade corporativa estarão entre os temas abordados.

Em 2 dias de grandes debates sobre os principais impactos da sustentabilidade nos negócios, o evento apresentará os workshops “Como implantar a Gestão da Sustentabilidade nas organizações”, liderado por Nisia Werneck, professora associada da Fundação Dom Cabral, com atuação no Núcleo de Responsabilidade Corporativa e Sustentabilidade e “10 Desafios da Sustentabilidade: o que isso tem a ver com você e a sua organização – caminhos para superá-los”, comandado por Ricardo Voltolini, professor da USP e um dos primeiros em Sustentabilidade no país.

Através da seleção de casos práticos, a exemplo do Programa AmbientAÇÃO - Educação Ambiental em Prédios Públicos, do Governo de Minas Gerais, será demonstrado como reverter a insustentabilidade ambiental e melhorar a qualidade de vida e Desenvolvimento do sistema de Gestão de RSA da Petrobras Distribuidora, que propõe um fluxo metodológico para uma gestão sistêmica e ao mesmo tempo amiga do usuário.

O evento conta ainda com palestras sobre as principais ferramentas e instrumentos de identificação e mapeamento de aspectos socioambientais, geração de sustentabilidade na cadeia de valor e a formação de lideranças sustentáveis para transformar os resultados em estratégias de gestão.

Para maiores informações acesse:
http://www.conexxoes.com.br/

Flávia Peixoto
Assessoria de Comunicação
Tel: (71) 3176-3388 / (61) 4063-9530

quarta-feira, 11 de maio de 2011

20 e 21 de maio - Congresso Nacional de Responsabilidade Socioambiental em Londrina /PR



Artigo: Quando o patrimônio natural vira moeda de troca

Quando o patrimônio natural vira moeda de troca

Fossemos um pouco mais maduros, portanto mais responsáveis e conscientes do real significado das flexibilizações do Código Florestal Brasileiro, desesperadamente pretendidas pelo setor ruralista, não estaria sendo admitida esta barganha medíocre que ocorre neste momento no Congresso Nacional. O ardiloso esforço, milimetricamente calculado, que pretende gerar profundas alterações na legislação que trata da conservação de áreas naturais nas propriedades privadas não é e não pode ser o ponto de partida de nenhum tipo de negociação. Justamente o que o Governo Federal optou por fazer, admitindo como estratégia perder o menos possível numa investida que representa nada mais do que retrocesso e prejuízo para toda a sociedade. Esta condição já é indesejável por origem.

Vivemos uma situação de julgamento em causa própria, cujos atores principais abusam de excentricidades e inconsistências com a realidade, já sabedores da expectativa de obtenção de um resultado intermediário - este, na verdade, o originalmente pretendido. Não esperemos demonstração de contentamento dos ruralistas, sejam quais forem as eventuais conquistas que venham a conseguir, mesmo que não definitivas. Avanços representarão simplesmente um sinal verde para a continuidade de um comportamento histórico de desrespeito às Leis e de novas investidas para manterem-se sublimados, acima dos interesses maiores da sociedade.

O conhecimento científico disponível não permite mais dúvidas sobre os impactos gigantescos causados pela contínua degradação da natureza causada pela utilização irresponsável do nosso Patrimônio Natural. E de quanto pagamos por toda esta destruição silenciosa, diária, e que, como um câncer, desafia de morte o organismo em que está instalado. Ao invés de tentarmos enumerar as várias armadilhas incrustadas no texto que defende as mudanças no Código Florestal, que abrem brechas para malandragens que o Governo Federal tenta minimizar, devemos seguir um caminho inverso. É preciso repudiar a manipulação explícita que está ocorrendo com o povo brasileiro.

Ao invés de uma negociação pressionada pela busca oportunista e politiqueira de soluções imediatas e sem lastro científico, a legislação que regra a proteção e o uso de nossas áreas naturais no Brasil deve ser submetida a um processo mais virtuoso, sem retrocessos. E reconhecendo o valor de áreas bem conservadas em propriedades particulares, gerando instrumentos de remuneração por esforços conservacionistas, diversificando a renda de agricultores e garantindo as atividades rurais a longo prazo.

Seja qual for o desdobramento dos próximos dias, uma questão ficou amplamente esclarecida para todos nós: o ruralismo tem bastante poder, pensa exclusivamente nos seus interesses, usa de informações distorcidas e mentirosas para impor suas posições, impede o pronunciamento contrário a suas verdades, como no caso de especialistas de instituições públicas atreladas politicamente ao agronegócio - situação da Embrapa - e pouco se importa com as conseqüências advindas de suas atividades, que excedem os limites que a natureza permite assimilar sem gerar prejuízos coletivos, perda na qualidade de vida e o comprometimento de sua própria atividade em futuro próximo.

O Brasil merece muito mais do que o que estamos presenciando. Temos conhecimento suficiente para criar um novo modelo que compatibilize atividades agrícolas essenciais ao desenvolvimento econômico com a ciência que ampara a conservação de áreas naturais e sua função indissociável no processo produtivo. A arrogância que se impõe, contrariando as regras da natureza, é um encaminhamento muito pobre e arriscado, que já teve seu espaço no passado. Seguir nesta linha nos levará novamente à triste condição de país atrasado, agrário-exportador e, principalmente, pobre em qualidade de vida para toda a sociedade. Qualidade que só a conservação da biodiversidade e de seus serviços essenciais à vida pode assegurar.

Clóvis Borges é diretor-executivo da ONG curitibana Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).

Fonte: Teresa Urban é jornalista e ambientalista.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Edição 22 - Matéria de Capa: Relatórios de Sustentabilidade devem demonstrar que a gestão da empresa inclui, de fato, princípios sustentáveis


Gestão transparente e preocupada com o futuro

Mais de 3 mil empresas em todo o mundo emitem relatórios de sustentabilidade. A prática, que deve estar inserida na governança corporativa, é uma tendência em constante evolução, pois não basta divulgar as informações de forma apresentável, que fique interessante aos olhos da comunidade, dos funcionários, dos clientes, dos investidores ou dos fornecedores, é preciso inserir a sustentabilidade na gestão da empresa.

Em outras palavras: "Tinha muito blá-blá-blá, muita historinha e foto bonita, ou seja, foco apenas nas iniciativas sociais da empresa, quando, na verdade, a sustentabilidade precisa estar inserida na governança corporativa. O relatório precisa tratar da questão social, da história da empresa, do meio ambiente e dos dados econômico-financeiros, precisa ser mais completo, com abordagem quantitativa e qualitativa", comenta Mauro de Almeida Ambrósio, da Horwath RCS Auditoria e Consultoria, empresa que audita e elabora relatórios de sustentabilidade.

A opinião é compartilhada por Estevam Pereira, da Report, agência especializada em comunicação da sustentabilidade, tendo como um de seus principais produtos os relatórios de sustentabilidade, muitos já premiados. "Antes os relatórios de sustentabilidade contemplavam apenas o aspecto de marketing, mas o mercado passou a exigir relatórios que tivessem informações socioambientais, e trouxe a necessidade de adotar o padrão internacional GRI", ressalta Pereira.

A Global Reporting Initiative (GRI) – organização não-governametal criada em 1997, com sede em Amsterdã, na Holanda – oferece a metodologia mais bem aceita internacionamente, que permite comparabilidade a empresas do mesmo setor em qualquer parte do mundo. A rede GRI oferece diretrizes para elaboração de relatórios de sustentabilidade e criou, também, suplementos setoriais e protocolos. A orientação para a elaboração de relatórios, na forma de princípios e indicadores, é fornecida gratuitamente. Segundo dados da GRI, cerca de mil organizações em mais de 60 países declararam usar a estrutura de relatórios de sustentabilidade da GRI.

O Brasil é hoje é um dos cinco países do mundo em que a GRI atua que conta com um ponto focal, ou seja, um representante da entidade alocado no país com o objetivo de ampliar a disseminação das diretrizes da organização. Os outros países que contam com representantes são Austrália, Índia, China e EUA. "Pretendemos ter outro ponto focal na África do Sul", conta Gláucia Terreo, representante da GRI no Brasil. Ela explica que a metodologia GRI é bastante utilizada nos Estados Unidos, na Espanha, e em terceiro lugar no Brasil, com 132 empresas que seguem os princípios da organização. Gláucia comenta que o perfil das empresas que utilizam a metodologia é, na maioria, composto por empresas de capital aberto.

Pereira, da Report, ressalta que os princípios da GRI acabam apontando muito claramente para a qualidade do que é reportado. "Tem tornado os relatórios mais precisos, mais relevantes para o que tem que publicar, para não desperdiçar tempo e recursos com algo que não seja relevante", comenta. Ele exemplifica que as informações que precisam constar nos relatórios devem ser pertinentes ao tipo de negócio da empresa. "Um banco deve trazer dados sobre acesso a crédito, uma mineradora, sobre o impacto ambiental, ou seja, focar mais o conteúdo".

A sócia da BSD Brasil, Maria Helena Meinert, também destaca que os relatórios de sustentabilidade devem priorizar aquilo que é, de fato, relevante para a empresa em questão. Vale ressaltar que a BSD é uma consultoria especializada em desenvolvimento sustentável, responsabilidade social empresarial e comércio justo. É, também, uma das prioneiras na oferta de auditoria para relatórios de sustentabilidade, pois oferece o serviço há cerca de seis anos. Maria Helena acrescenta um exemplo: uma usina hidrelétrica deve focar nos impactos ambientais e sociais nas áreas inundadas. "O importante é que a empresa defina quais são os assuntos mais relevantes em processos estruturados de consulta e engajamento de stakeholders".

Pereira lembra que não é preciso falar de tudo, mas sim, ser mais específico. "O ideal é fazer uma coleta consistente dos indicadores. Se a empresa usa estes indicadores apenas uma vez por ano, só na hora de relatar, mostra que não está fazendo a gestão correta. O relatório de sustentabilidade não pode ser um produto, mas o processo de gestão que a empresa gera, que precisa falar de sustentabilidade 365 dias por ano", considera. Segundo ele, os relatórios de sustentabilidade auxiliam na gestão do negócio, pois melhoram o desempenho da empresa.

Maria Helena salienta uma mudança qualitativa na produção dos relatórios. "Apesar de ainda haver um longo caminho a ser percorrido, muitas empresas demonstram evolução nos seus relatórios pela apresentação de temas críticos e dilemas, buscando uma melhor contextualização da atuação da empresa na região onde atua. De forma geral, as empresas estão em um processo de aprendizado sobre a sustentabilidade empresarial", acredita.



Uma questão de princípios

A GRI fornece, gratuitamente, princípios e indicadores para elaboração dos relatórios de sustentabilidade. Afinal, a visão da GRI é que os relatórios de desempenho econômico, ambiental e social elaborados por todas as organizações sejam tão rotineiros e passíveis de comparação como os relatórios financeiros.

"A rede GRI confirma essa visão ao desenvolver e melhorar continuamente sua estrutura de relatórios de sustentabilidade, além de criar competência para sua utilização, cujo componente essencial são as Diretrizes para Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade. Outros componentes da estrutura de relatórios são os suplementos setoriais e os protocolos", destaca o site em português da GRI.

Segundo a organização, para assegurar alto grau de qualidade técnica, credibilidade e relevância, a Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade da GRI é desenvolvida e continuamente melhorada por meio de um intenso engajamento multistakeholder que envolve organizações relatoras e especialistas que, juntos, desenvolvem e revisam o conteúdo da Estrutura de Relatórios.

Os níveis de aplicação das diretrizes GRI variam de acordo com os indicadores relatados pela empresa que vão dos níveis "C" até "A". Para definição de conteúdo dos relatórios de sustentabilidade os principais princípios da GRI são materialidade, inclusão das partes interessadas, abrangência, e contexto da sustentabilidade. Já para assegurar a qualidade do relatório, os princípios são equilíbrio, comparabilidade, exatidão, periodicidade, clareza e confiabilidade.

Até 2010 a GRI oferecia três tipos de selos para todos os níveis. O selo de auto-declaração, o verificado por terceira parte e o GRI Check. Os selos da auto-declaração e da verificação estavam disponíveis gratuitamente via download no site do GRI. Entretanto, desde janeiro deste ano a organização não oferece mais estes dois selos. "A própria empresa, ao fazer o relatório pode declarar: 'Utilizei a metodologia GRI nível A ou nível B'. O selo estampado dava a impressão de chancela da GRI, o que não acontece nestes casos", explica Gláucia, da GRI.

Atualmente, a GRI fornece apenas o selo “GRI Checked”. Para isso, é preciso enviar o relatório para a GRI. O custo é em Euro (1.700) ou gratuitamente para membros da organização. Neste caso, o relatório entra na base de dados da GRI como “checado pela GRI”.

Gláucia explica que a medida foi tomada porque, infelizmente, muitas empresas apresentavam relatórios de baixa qualidade, mas inseriam selos da GRI, sem utilizar os princípios de forma adequada. "Se a empresa não aplica a metodologia GRI corretamente no relatório de sustentabilidade não usufrui benefícios de melhoria de gestão. Não adianta fazer por fazer, é gastar discurso e recursos à toa", destaca.

Ela enfatiza que a produção do relatório precisa ir a fundo na gestão empresa. No caso da gestão de risco, por exemplo, ela usa a metáfora do iceberg. "Em geral, as empresas relatam apenas o que se vê, e esquecem que a parte de baixo é o suporte da empresa. Não estão acostumadas a medir, a analisar a empresa. Se não mede, não vai gerenciar de forma correta. As diretrizes GRI são uma forma de olhar o que está abaixo, o iceberg todo", comenta.



Evolução das diretrizes GRI

Gláucia lembra que a GRI quer formar massa crítica, por isso, constrói suas diretrizes pensadas globalmente, multistakeholder. É um trabalho em rede. Ela conta que em 1997 foi feito o primeiro rascunho das diretrizes, sendo que a primeira versão foi lançada em 2000, ano em que a metodologia GRI chegou ao Brasil. "Mas ainda era uma colcha de retalhos. A Natura foi a primeira empresa brasileira a testar a ferramenta. Lançou seu relatório de sustentabilidade com princípios GRI em 2001 e por vários anos serviu como inspiração e exemplo para outras empresas", lembra Gláucia.

Em 2002 foi lançada uma versão melhorada, mas ainda não trazia muita clareza para a produção de relatórios de sustentabilidade. "Afinal, relatório bom é o que vai direto ao ponto", esclarece. A terceira geração de diretrizes GRI – a chamada G3 – foi lançada em 2006. Segundo Gláucia, que é a representante da organização no Brasil desde 2007, começa aí o crescimento do uso da metodologia em território brasileiro. Afinal, as diretrizes foram disponibilizadas em português, o que tornou mais amigável o manuseio da ferramenta.

No dia 23 de março deste ano, a GRI lançou a G3.1, uma versão atualizada das diretrizes, com mais indicadores (sobre relações com a comunidade, gênero e direitos humanos). "É um protocolo para ajudar a entender melhor a materialidade no conteúdo das informações. No entanto, a empresa que quiser continuar usando a G3, pode continuar, pois não difere muito", explica Gláucia.

A quarta geração de diretrizes, a G4, deve ser lançada em maio de 2013, durante a próxima conferência de Amsterdã. "Quanto mais gente usando e concientizada, a probabilidade de a minha filha de seis anos ter um mundo melhor é maior", comenta Gláucia. Ela ressalta que este é o sentido geral da ferramenta.

Entretanto, para usar as diretrizes de forma eficaz, a representante da GRI no Brasil sugere que a empresa planeje seu relatório internamente, antes entrar em contato com a consultoria que confeccionará o documento. Segundo ela, é preciso, antes de tudo, ter clareza do processo. A decisão deve ser coletiva, bem como o planejamento. Deve ser pensado sobre o tamanho da equipe que trabalhará na composição dos dados, se o texto será impresso, quais níveis de aplicação terá. É preciso definir a materialidade e formar um comitê, pois a produção do relatório de sustentabilidade depende de um intenso diálogo interno e grande conexão com as partes interessadas. "O relatório de sustentabilidade deve ser fruto do processo de gestão", lembra Gláucia. Somente depois é possível partir para o processo de publicação e asseguração. Ela sugere, no caso da realização do primeiro relatório da empresa, o prazo de pelo menos um ano de trabalho para que o resultado seja de qualidade.

A representante da GRI no Brasil comenta que a organização idealiza que 100% das empresas estejam usando o modelo em breve. "E que agregue a avaliação de desempenho financeiro e também socioambiental", lembra. Afinal, é preciso que a sustentabilidade esteja no discurso e na ação das empresas. Por isso a GRI tem lutado para integrar as três dimensões dos relatórios. Neste sentido, formou, em 2010 o Comitê Internacional para Integração dos Relatórios (International Integrated Reporting Committee – IIRC - www.integratedreporting.org) em parceria com a A4S - Accounting for Sustainability. O Brasil tem dois representantes no IIRC.

De acordo com Gláucia, alguns países já tornaram os relatórios integrados obrigatórios. "Na África do Sul empresa listada na bolsa tem que apresentar relatório integrado. Na Suécia empresa estatal é obrigada a apresentar relatório de sustentabilidade. A autoregulação é um bom sinal, pragmatiza", destaca. Seguindo esta tendência, o intuito do IIRC é apresentar a proposta ao Grupo dos 20 (G20), formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais de 19 países mais a União Europeia, entre eles o Brasil.

Gláucia enfatiza que a inclusão da sustentabilidade na gestão das empresas é uma necessidade urgente. "Temos inúmeros problemas no planeta e ainda há quem não dê conta para isso", comenta, elencando algumas necessidades como manutenção da biodiversidade e a proteção à saude. Também lembra que a responsabilidade é de todos e as empresas são partes muito interessadas no processo, já que não podem colocar a sobrevivência de seus negócios em risco. "Por isso precisam fazer parte da solução do problema, e não estarem fora. É um jeito de atuar para contribuir com melhorias no planeta", considera.



A auditoria de relatórios de sustentabilidade

Ambrósio, da Horwath RCS, lembra que a realização de auditoria é recente no Brasil, se comparada à Europa e aos Estados Unidos. "Poucas empresas submetem seus relatórios a auditoria. Podemos dizer que de cada dez empresas, seis a sete, ou seja, 60%, audita. No Brasil, de cada dez uma ou duas faz auditoria, ou seja, de 10% a 15%", comenta.

Mas Ambrósio destaca que este cenário começa a mudar. "Temos recebido muitas empresas interessadas em auditar seus relatórios, por dois fatores fundamentais: as empresas querem se adequar aos princípios do GRI com padrão checked (auditado), ou possuem muita infomação nos relatórios de sustentabilidade e querem dar mais credibilidade e transparência", explica.

O auditor destaca que, como os relatórios são anuais – a maioria é produzido entre dezembro e janeiro e é publicado entre abril e maio – o ideal é que o auditor se envolva desde a produção. O trabalho de checagem pode levar de 30 a 45 dias, pois depende da complexidade dos relatórios.

Maria Helena, da BSD, também ressalta que nos últimos anos tem se observado um grande aumento da quantidade de relatórios de sustentabilidade publicados. "Contudo, este crescimento não significa necessariamente que as informações publicadas sejam confiáveis. Com a preocupação de garantir informações de qualidade aos stakeholders, algumas empresas passaram a submeter seus relatórios à verificação externa. O estabelecimento de procedimentos sistemáticos de verificação independente das informações publicadas contribui para o aumento da confiança dos stakeholders", enfatiza.

Ela explica que o processo de assurance (certificação) contempla algumas atividades básicas, que fundamentam as conclusões do verificador (Declaração de Garantia). Estas ações são identificação da origem das informações para elaboração do relato; avaliação dos controles internos, processos de registro e atualizações relacionadas às informações do relato; avaliação da relevância das informações quanto à gestão da sustentabilidade e o contexto da empresa; e avaliação de processos de engajamento de stakeholders.

"Internamente, o processo contribui significativamente com a melhoria dos processos e controles internos, além do maior envolvimento das equipes internas e da alta administração. Além disso, reduz riscos por meio da identificação de temas críticos e aumenta a confiança dos stakeholders na empresa", considera a auditora.

Maria Helena ressalta que a auditoria dos relatórios dá mais credibilidade ao processo. "A verificação proporciona ao leitor uma opinião independente clara sobre os temas relevantes para a empresa. As conclusões da verificação são publicadas na Declaração de Garantia, ao final do relatório", conta.

A auditora também comenta que os leitores de relatórios buscam informações relevantes que de fato reflitam a estratégia de gestão de sustentabilidade empresarial. Por isso, segundo ela, cada vez mais, é preciso investir esforços no desenvolvimento de relatórios focados em assuntos materiais e com informações confiáveis examinadas por terceira parte.



Empresas interessadas na qualificação dos relatórios

A cada dia, novas empresas buscam os serviços de consultorias e auditorias para seus relatórios de sustentabilidade. O intuito é qualificar a publicação. É o caso da Copagaz, empresa nacional com 50 anos de atividade, integrada na distribuição de GLP (gás de cozinha).

A Copagaz, que publicou seu primeiro relatório em 2001, entende que o relatório de sustentabilidade é um importante instrumento de comunicação e gestão para que a empresa tenha a oportunidade de prestar contas e relatar aos seus stackholders, à sociedade e ao mercado suas melhores práticas rumo à sustentabilidade.
"A princípio era apenas um Balanço das Ações Sociais, sem muito envolvimento das diversas áreas. A partir de 2005, passamos a utilizar as orientações do Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas e em 2006, agora com envolvimento dos diversos gestores da empresa, utilizamos, além do Ibase, as diretrizes do Global Reporting Iniciative – GRI. Iniciamos a auditoria externa a partir de 2009. De certa forma, uma evolução gradativa", comenta Elizete Neto Tavares Paes, assessora do Diretor-Presidente e coordenadora do Comitê de Sustentabilidade da Copagaz.
Segundo ela, há um comprometimento com o imperativo da transparência das atividades da Copagaz no seu desempenho social, ambiental e econômico, seguindo a metodologia G3 da GRI. Elizete destaca que o grande desafio de qualquer empresa na confecção de seus relatórios é a presteza no atendimento e o engajamento de todos os envolvidos no processo, considerando-se os stakeholders externos e internos. "O relatório é sempre uma ferramenta que estimula o desenvolvimento de melhores práticas de gestão e estabelece caminhos específicos para cada setor da organização", acredita.

A empresa adere aos princípios da GRI, que estabelece indicadores para medir e relatar seu desempenho. "São orientações que continuam a evoluir a cada ano por meio de um consenso entre representantes de empresas, sociedade civil, setor financeiro, trabalhadores, academia e outros", lembra Elizete.

Além disso, a coordenadora do Comitê de Sustentabilidade da Copagaz ressalta que a auditoria independente garante às partes interessadas a transparência, a credibilidade e a materialidade das informações constantes no relatório. É uma revisão necessária, segundo ela.

"Para os stakeholders, o relatório de sustentabilidade é um instrumento que permite a eles tomarem conhecimento das práticas desenvolvidas pela organização durante o ano de vigência do relatório. Além disso, há o processo de engajamento, já realizado em anos anteriores, onde são apontados pelos stakeholders os temas de maior interesse e relevância nos relatórios, proporcionando dessa forma, uma comunicação clara e personalizada com seus grupos de interesse", salienta Elizete.

** Matéria publicada na Edição 22 - Revista Geração Sustentável (Criselli Montipo)

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Participe da RECICLAÇÃO 2011 - 04 à 07 de maio



Reciclagem e preservação ambiental são temas de evento em Curitiba.

Curitiba a capital ecológica do Brasil recebe, pelo sexto ano consecutivo, o evento RECICLAÇÃO - Feira Brasileira de Reciclagem, Preservação e Tecnologia Ambiental.

Procurando cada vez mais ser um evento completo para o setor da reciclagem e tecnologia ambiental, além da feira e exposições de maquinários, equipamentos e serviços que visam à promoção e geração de negócios para o setor, a RECICLAÇÃO também organiza eventos técnicos e científicos que visando contribuir com à capacitação de profissionais atuantes no segmento.

A RECICLAÇÃO 2011 contará com mais de 60 expositores vindos de várias regiões do Brasil, que apresentaram alternativas, tecnologias e soluções aos problemas encontrados por parte das indústrias e cidades brasileiras.

O evento é apoiado e patrocinado por empresas e instituições como o Banco do Brasil, a AMBISOL Soluções Ambientais e com apoio institucional e realização de eventos científicos a cargo da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai PR, SMMA, entre outros. Mais uma vez cumpre o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável a geração de negócios e a integração entre a comunidade científica e empresas privadas atuantes no segmento ambiental e de reciclagem.

Entre os eventos simultâneos da RECICLAÇÃO 2011, será realizado o IV Seminário de Saneamento Ambiental, evento técnico científico promovido pela 3R AMBIENTAL que contou com a presença de ícones do segmento ambiental e de reciclagem. Palestras foram apresentadas sob temas relevantes, como: Gestão Sustentável de Resíduos, Gerenciamento de Resíduos de Saúde, Conservação e Reuso de Águas, Legislação Ambiental entre outros.

Como novidade para esta edição será reeditado o II Encontro Nacional de Gestão de Resíduos evento técnico cientifico promovido e coordenado pelo NIMAD E PRPPG da UFPR com apoio do Senai PR, evento que tem como objetivo promover a ligação entre a Academia e iniciativa privada em assuntos de interesse geral ligado aos segmentos de reciclagem e tecnologia ambiental.



Negócios:

A organização do evento acredita que a feira contribui de forma decisiva para a aproximação entre comunidade científica e o setor empresarial, no sentido de estimular a geração de negócios o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. Por isso este crescimento contínuo desde a primeira edição que começou com 29 expositores em 2006.

Valdir Bello, diretor do evento, afirma que a RECICLAÇÃO está consolidada como o principal fórum do Brasil para discussões, debates e busca de soluções para minimizar os prejuízos causados ao meio ambiente, é um evento que apresenta equipamentos, tecnologias e serviços visando soluções para os problemas ambientais, de origem urbana, industrial e rural e ainda tem a função de educar e multiplicar ações que beneficiam o meio ambiente por meio da triagem, reciclagem e da diminuição na geração de resíduos.


Apoiadores:

A Reciclação 2011 teve o apoio de realização da: 3R ambiental, UFPR, Senai Pr, Crea, AEAPR-Curitiba, Abividro, Abeaço, Abralatas, Abes, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba entre outras.

Saiba mais: http://www.montebelloeventos.com.br/reciclacao2011/