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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Grupo Marfrig é líder do setor em Gestão de Riscos Ambientais


Relatório da Forest Footprint Disclosure (FFD) divulgado hoje em Londres avalia o impacto florestal de 100 grandes corporações em todo o mundo

São Paulo, 30 de janeiro de 2013 – Considerado o mais completo estudo global do impacto das atividades produtivas sobre as florestas tropicais, o Relatório Anual 2012 da Forest Footprint Disclosure (FFD) classificou o Grupo Marfrig como Líder do Setor de Alimentos Embalados e Carnes pelo seu compromisso com as melhores práticas em gestão de riscos ambientais. O estudo avaliou o impacto florestal das operações de 100 grandes corporações em todo o mundo e baseou-se na utilização de cinco commodities: gado, soja, biocombustível, óleo de palma e madeira. Conduzido pela Global Canopy Programme com o suporte do governo da Inglaterra, o Relatório da FFD é o principal e mais completo documento utilizado pelo mercado financeiro para avaliação de riscos ambientais na gestão das empresas, reunindo em um único relatório as melhores práticas mundiais em emissão de carbono, água e florestas. O FFD é apoiado por mais de 77 instituições financeiras que juntas representam US$ 7 trilhões em ativos.

“O Grupo Marfrig havia se destacado no relatório anterior como a Companhia que mais avançou e agora temos a comprovação tangível de que a implementação global da nossa estratégia de sustentabilidade está trazendo bons resultados”, afirma Clever Pirola Avila, diretor de sustentabilidade do Grupo Marfrig.

No Relatório Anual 2011 da FFD, as empresas Nestlé e Unilever foram apontadas como as líderes do setor. Neste ano, embora atuem em segmentos distintos, o Grupo Marfrig e a Unilever conquistaram a liderança na categoria criada pela FFD. “A participação de novos mercados na categoria Alimentos Embalados e Carnes, juntamente com a adição de novas marcas globais, é calorosamente bem-vinda. Porém, o desempenho do setor ainda é muito variável. Por isso, o FFD reconhece o Grupo Marfrig em sua evolução contínua e liderança nesta área" esclarece James Hulse, Diretor da FFD.

As empresas líderes que compõem o Relatório Anual 2012 da FFD tem um compromisso em comum: a inovação contínua, viabilizando a perenidade dos negócios e favorecendo a conservação do meio ambiente.
Veja o relatório completo clicando aqui.

Sobre o Forest Footprint Disclosure
Forest Footprint Disclosure (FFD) é um projeto do Programa Global Canopy (BPC), iniciado em 2008 e que tem como objetivo envolver o setor privado na divulgação e compreensão da "pegada florestal" de suas operações e/ou cadeias de abastecimento, com base na exposição a cinco principais commodities com potencial de origem em terras desmatadas - soja, óleo de palma, madeira, produtos de gado e biocombustíveis. O FFD vai além da simples divulgação e funciona como um catalisador para que investidores realmente se envolvam sobre esta questão em seus portfólios.O FFD é apoiado por mais de 77 instituições financeiras que juntas representam ativos em mais de US$ 7 trilhões. Em junho de 2012, o Carbon Disclosure Project (CDP) e o BPC anunciaram uma aliança estratégica para divulgação conjunta dos relatórios de carbono e clima, água e florestas, resultando em um sistema mundial de informações - maior e mais abrangente - que vai proporcionar às empresas e investidores uma fonte única e integrada de dados para essas questões.
Para maiores informações sobre o FFD, acesse www.forestdisclosure.com/

Sobre o Grupo Marfrig

O Grupo Marfrig é uma das maiores empresas globais de alimentos à base de carnes de aves, bovina, suína, ovina e de peixes, além de massas, margarinas, vegetais congelados e sobremesas. Sua plataforma operacional diversificada e flexível é composta por unidades produtivas, comerciais e de distribuição instaladas em 18 países e em 5 continentes. Considerada uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e diversificadas, seus produtos estão presentes hoje em 160 países.
Com aproximadamente 90 mil funcionários, o Grupo Marfrig é o maior produtor de ovinos na América do Sul, a maior companhia de carnes na Argentina, o maior produtor de aves no Reino Unido e a maior companhia privada no Uruguai e na Irlanda do Norte. É também o 3º maior produtor mundial de carnes bovinas e o 2º maior produtor e exportador brasileira de carnes de aves e suínos.
Para maiores informações sobre o Grupo Marfrig, acesse www.marfrig.com.br.

Grupo Marfrig 
Diretoria de Comunicação Corporativa 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MBA - SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA

Estão abertas as inscrições para o MBA de Gestão em Sustentabilidade Corporativa na FESP... As aulas serão nas terças e quintas e iniciam na segunda metade de março!

VAGAS LIMITADAS...

Saiba mais: http://www.fesppr.br/portal/ensino/pos/mb/mba-de-gestao-em-sustentabilidade-corporativa/ 




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FACOP inaugura Jardim Botânico em Almirante Tamandaré

Fundação do Asseio e Conservação do Paraná abre ao público espaço de lazer

Laboratório de Pisos da FACOP

A Fundação do Asseio e Conservação do Estado do Paraná (FACOP) inaugurou para os moradores de Almirante Tamandaré, cidade da Região Metropolitana de Curitiba, um novo espaço de lazer: o Jardim Botânico Alex Canziani. O espaço, que tem cerca de 7 mil metros quadrados, conta com plantas nativas da região, área verde e de recreação. Entre as espécies do local estão ipês amarelo e roxo, jabuticabeiras, pitangueiras, palmeiras e manacás da Serra.

Uma novidade implementada pela Fundação é que, por meio de câmeras de monitoramento, a comunidade pode acompanhar o crescimento das mudas pela internet.

A FACOP oferece em sua estrutura cursos gratuitos de capacitação em jardinagem, paisagismo, limpeza ambiental, sustentabilidade e outros. Para participar basta ligar no telefone (41) 3699-0090. O jardim cultiva também uma horta com especiarias, legumes e hortaliças que abastassem o restaurante-escola que funciona dentro da estrutura.

Sobre a FACOP
A Fundação do Asseio e Conservação do Estado do Paraná (FACOP) é uma entidade sem fins lucrativos instituída em 2002 pelos sindicatos patronal e laboral do segmento - Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (SEAC-PR) - e Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (SIEMACO Curitiba). Seu objetivo é oferecer capacitação profissional certificada de forma gratuita para todos os trabalhadores do segmento. Conta com o Centro de Formação Profissionalizante Nahyr Kalckmann de Arruda, responsável por capacitar mais de 6 mil pessoas somente em 2012 e o RH Coletivo. A fundação possui uma ferramenta exclusiva no setor, o EAD, sistema de aulas on line que pode ser acessado em todo país e no mundo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Artigo - Gestão Sustentável - Edição 30


BRASIL: EMERGENTE PARA SEMPRE?

Há dois anos, a edição de 12 de novembro de 2009 da Revista The Economist foi recebida com euforia pela Comunidade Econômica Internacional e, em especial, pelo Governo Brasileiro, capitaneado, na época, pelo Presidente Luis Inácio “Lula” da Silva. A notícia ajudou a consolidar a eleição da sua sucessora, Dilma Roussef, até então, Ministra da Casa Civil, com pouca expressão no cenário político nacional.

Com a capa estampada sob o título “Brazil takes off” (O Brasil decola), o editorial fez elogios rasgados ao recente desenvolvimento do país, entretanto, sem meias palavras, afirmou também que o maior risco para o grande sucesso da América Latina era a prepotência dos seus governantes, empolgados com o crescimento econômico, mesmo sem atentar para as bases do desenvolvimento.

Como se sabe, o Brasil faz parte do acrônimo BRICs, formado pelas iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China, termo concebido e utilizado sabiamente pelo economista Jim O’Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001. A sigla em inglês também pode significar tijolo em alusão à formação de uma nova comunidade com elevado potencial de desenvolvimento econômico.

Dois anos depois, passada a euforia, a mesma Revista The Economist coloca em xeque o crescimento sustentado dos quatro países formadores do BRIC, ao compará-los com o de países como Malásia, Cingapura, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia e Hong Kong, os únicos que conseguiram sustentar o crescimento por quatro décadas seguidas. Desde 1950, somente um terço dos chamados emergentes foram capazes de manter suas taxas de crescimento econômico superiores a 5% ou mais.

Em artigo recente, publicado no site da Revista com o título BrokenBRICs (BRICs quebrados), o editorial chama novamente a atenção da comunidade econômica ao relembrar que, desde 2009, a China, líder do crescimento econômico mundial, teve seu ritmo desacelerado de maneira drástica, de dois dígitos para menos de 7%, em média. O crescimento do Brasil estacionou na casa de 2% a 3%, o da Rússia despencou de 7% para 3,5% e o da Índia, de 9% para menos de 6% ao ano.

O editorial também questiona o atual momento do BRICs e menciona que o grupo, a despeito de todas as dificuldades inerentes aos países mais desenvolvidos, tornou-se o símbolo da esperança para a economia mundial, o que não se confirmou, pelo menos por enquanto.

Dessa forma, a esperança de aumentar a convergência entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos é um mito. Dos 180 países monitorados pelo Fundo Monetário Internacional, somente 35 são desenvolvidos e, infelizmente, nenhum país membro do BRICs faz parte dessa elite, segundo os critérios da instituição. Na prática, a maioria dos países emergentes tem sido emergente por muitas décadas e assim deverá continuar por muito tempo.

De fato, o Brasil carrega o título de “emergente” desde a década de 1970, quando o chamado “milagre econômico brasileiro”, sustentado pelos altos investimentos do Governo Militar em obras de porte como a Rodovia Transamazônica, a Usina Atômica de Angra dos Reis e, principalmente, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, proporcionou taxas de crescimento bem superiores às do Primeiro Mundo.

Embora o país tenha experimentado períodos de crescimento econômico favoráveis, não apenas na década de 1970, mas, recentemente, durante o Governo Lula também, sustentar o crescimento não é tarefa simples. A dinâmica do mundo globalizado e extremamente competitivo exige muito mais do que investimentos em obras faraônicas, incentivo ao consumo e à isenção de impostos para montadoras de veículos.

Em termos de infraestrutura, educação, cultura, saúde e segurança pública, principais pilares do desenvolvimento econômico sustentável, ainda há muito o que fazer. Evoluímos bastante na democracia, entretanto, não conseguimos nos livrar da corrupção, da violência e da burocracia.

Não se trata de torcer contra nem exaltar os males do país, mas de fazer uma profunda reflexão a respeito do quanto ainda precisamos caminhar para conquistar o status de primeiro mundo. Países com poucos recursos naturais evoluíram bem mais rápido que o Brasil, como o Japão, a Coreia do Sul e o Canadá.

A mudança não depende exclusivamente dos governos. Depende muito mais da força e da inteligência da sua gente, por meio do voto, do trabalho estruturado e da fiscalização do uso consciente do dinheiro público para promover as mudanças necessárias capazes de garantir o crescimento econômico sustentado.

Se as forças políticas e econômicas do país forem concentradas somente para a realização da Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, o título de “emergente” será carregado por muito mais tempo do que o necessário.

Jerônimo Mendes
Administrador, Coach Empreendedor, Escritor e Palestrante
Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local pela UNIFAE
 

Gestão de Resíduos - Edição 30

Compostagem abre portas no país

Responsabilidade ambiental é principal motivo para disseminação de composteiras pelo Brasil

Jornalista Lyane Martinelli

A consciência de investir em formas mais inteligentes e seguras de destinação de lixo é um dos principais motivos para a aposta na utilização de composteiras de lixo orgânico. A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Controle de Resíduos Sólidos, busca formalizar com os diversos setores da sociedade civil a sua responsabilidade quanto ao gerenciamento e à gestão dos resíduos sólidos. Com essa decisão do governo federal, grandes nomes do setor industrial brasileiro estão buscando soluções de compostagem para a destinação de seus resíduos orgânicos que antes tinham como destino lixões e aterros sanitários. Mais que apenas realizar o cumprimento da lei, o uso das composteiras vem sendo incorporado a novas posturas socioambientais desses grupos empresariais, que colocam a responsabilidade ambiental como pilar em busca de um modelo sustentável de atuação.

Eficientes para diversos perfis, sejam eles familiares, empresariais, de condomínios ou escolas, o uso das composteiras vem mostrando como é possível dar novas e melhores destinações àquilo que é descartado. No último ano, o uso de desses equipamentos no Brasil vem crescendo exponencialmente. A JORABrasil, empresa representante exclusiva da marca sueca JORAForm, pioneira na produção de composteiras, vem ampliando seu fornecimento desses equipamentos pelo país. “A partir do momento que, dentro das definições da lei, a compostagem é reconhecida como um meio de destinação final ambientalmente correta, penso que a discussão e interesse relacionados ao tema tenham aumentado muito”, comenta Eduardo Schreiber, diretor comercial da JORABrasil.

Empresas de grande porte no país, como Embraer e Vale, estão entre as que vêm aderindo ao uso de equipamentos específicos para a decomposição de lixo orgânico. “Isso demonstra que já existe grande preocupação, principalmente em empresas que são referência no que fazem, em ter soluções ambientalmente corretas, independentemente dos resíduos que elas estejam gerando”, comenta Schreiber. Hoje, as composteiras já estão em todos os estados das regiões Sul e Sudeste, além de um grande número de equipamentos no nordeste. “Além das grandes empresas, temos exemplos de entidades menores que também vêm apostando nessa ideia. É o caso do Condomínio Joinville Country Club, onde o adubo produzido em uma composteira automática é utilizado nos campos de golfe. Outro caso é o da Escola Municipal Hermann Müller, também em Joinville, na qual os alunos fazem a compostagem em uma composteira manual e utilizam o adubo produzido em uma horta orgânica”, comemora.

Hoje, fazendo parte de um perfil específico na sociedade, o uso de composteiras está no caminho para se tornar uma solução importante para aqueles que têm incorporada a consciência ambiental. “Ao adotar um sistema de compostagem, a empresa tem o controle total do processo, garantindo que todos os seus resíduos orgânicos tenham destinação final ambientalmente correta. Além disso, a implantação de um equipamento como esse abre possibilidade de realizar diversos projetos, como a participação de colaboradores na produção de hortaliças orgânicas, aulas de educação ambiental com funcionários, sua família ou a comunidade que está no entorno da empresa, utilizando o composto para produzir mudas, promover ações ambientais ou simplesmente deixar os jardins da empresa mais bonitos. Um equipamento desse torna muito mais visível o comprometimento da empresa com o meio ambiente, pois ela está transformando algo que era tratado como “lixo” em alimento para a natureza”, define Schreiber.

Em um futuro próximo

O uso de composteiras no Brasil, apesar de crescente, ainda é tímido se comparado  ao uso aplicado em países menores e com menor população. Mas, como faz parte de todo um processo de mudança de consciência, os pequenos passos são importantes para a ampliação desse caminho. “No Brasil, a destinação de resíduos ainda tem um preço relativamente baixo, porém sem qualidade. Além disso, existem ações não muito adequadas de destinação final de resíduos orgânicos, como a utilização de resíduos para alimentação animal, sem o devido controle e higiene, por exemplo. Por outro lado, é possível notar o crescente interesse na compostagem por empresas que realmente estão comprometidas com soluções ambientalmente corretas”, explica Schreiber.

Entretanto, por ser um processo simples e de custo relativamente baixo, a JORABrasil pretende triplicar o número de composteiras instaladas no país nos próximos 18 meses. “O equipamento não requer grande demanda de mão de obra, o consumo elétrico é muito baixo e o processo, devido a controles de revolução e aeração, é muito higiênico. Além disso, o uso de composteiras diminui os gastos com armazenamento, transporte e descarte dos resíduos. Todos esses são fatores que nos fazem visualizar um futuro promissor para a utilização desses equipamentos no país”, define.

As vantagens

O uso de composteiras é fácil e requer um treinamento simples, que pode ser enquadrado nas atividades cotidianas da empresa. “As composteiras JORABrasil transformam facilmente os resíduos orgânicos em um rico adubo e o equipamento é instalado muito próximo ao local onde os resíduos são gerados, dispensando gastos desnecessários com armazenamento em câmaras frias, transporte e destinação dos resíduos orgânicos a aterros, por exemplo. O processo é adequado a todos os tipos de resíduos orgânicos de cozinha, inclusive carnes, queijos ou cascas de frutas cítricas, por exemplo. Os resíduos são adicionados na composteira assim que gerados, evitando o seu acúmulo em locais que podem atrair animais indesejados”, explica.

Em curto prazo, a instalação desses equipamentos garante o cumprimento da lei pelas empresas, pois seus resíduos estão sendo tratados adequadamente, e não descartados de forma inapropriada por terceiros. O que poderia causar diversos danos ao meio ambiente ou à saúde pública. Mas a médio e longo prazos, mais que cumprir suas obrigações, a empresa que aposta no uso de composteiras pode fazer cálculos de retornos financeiros efetivos com a utilização do material. “Ainda há o enorme retorno do reconhecimento da marca vinculado a ações ambientalmente corretas, bem como a possibilidade de potencializar isso com projetos que envolvam colaboradores, clientes ou a sociedade”, comenta Schreiber.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Artigo - Sustentabilidade como Inovação no modelo de negócios das empresas


Na economia tradicional, clássica, como se sabe, o objetivo fundamental de qualquer organização, das empresas, é obter o maior retorno possível do capital investido. Para tanto, utilizam-se das ferramentas de gestão de que dispõem para superar seus concorrentes, para beneficiarem da melhor maneira possível seus stakeholders.

No entanto devido a diversas mudanças geopolíticas e socioeconômicas, criou-se, além dos fatores econômicos e financeiros, os fenômenos ambientais e sociais no cenário estratégico nos negócios das empresas, não apenas pela decorrência do descaso com que a natureza e as pessoas foram tratadas desde a Revolução Industrial, mas sobretudo pela percepção de que a continuidade do desperdício dos recursos humanos e naturais anunciam, desde então, a falência do modelo  e um impasse para o desenvolvimento das sociedades.

Um dos fundamentos da Nova Economia e da sustentabilidade apoia-se na capacidade de inovação, onde as empresas são responsáveis pelo desenvolvimento de um processo sistêmico de retorno de valor para a sociedade, bem como por soluções sustentáveis para os impactos de suas atividades na utilização e renovação de recursos naturais.

Porém as empresas enfrentam diferentes desafios em cada estágio do seu modelo de negócio e para envolver a sustentabilidade, e devem desenvolver novas competências para enfrentá-los.
O desafio é entender e atender as necessidades das pessoas e do planeta de forma harmoniosa diante das mudanças globais.

O ponto crucial desse posicionamento é inovar com o objetivo de encontrar soluções sustentáveis com base no tripé da sustentabilidade – social, econômico, ambiental e também cultural envolvendo os públicos internos e externos da organização.

Vale lembrar que organizações podem influenciar legisladores, transformando aqueles que são resistentes em se aliar ao desenvolvimento sustentável.

Uma forma é a utilização de protocolos e normas internacionais orientadas para a sustentabilidade, que já é inclusive, uma realidade no Brasil. Por exemplo, se uma empresa pretende entrar para a carteira ISE Bovespa (Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa), esta precisa comprovar que possui ações estruturadas, organizadas e sistematizadas que visem à redução das emissões de gases do efeito estufa nas suas operações e atividades, incluindo  seus parceiros e fornecedores, ou seja, toda cadeia de valor, que devem estar em conformidade com suas ações de sustentabilidade.

Outro ponto seria estabelecer metas para obtenção de eficiência ao utilizar fontes não renováveis (gás, carvão, e petróleo) e renováveis (água e madeira) de recursos naturais, envolvendo toda a sua cadeia de valor, e também trabalhar conjuntamente com seus fornecedores e parceiros para desenvolver produtos e serviços social e ambientalmente amigáveis e reduzir os desperdícios de operação.

*Val Sátiro – Diretora Executiva e Empreendedora do SEU MUNDO SUSTENTÁVEL - www.seumundosustentavel.com.br Educação, Cultura e Soluções na Sustentabilidade.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Introdução a Gestão de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental


Golden prevê crescimento de 50% no mercado de lâmpadas LED


Apesar da grande concorrência, divisão de negócios cresceu 30% em 2012

A grande aposta da Lâmpadas Golden para 2013 é o mercado de fontes de luz  LED. Com meta de crescimento da ordem de 50%, a empresa de iluminação está preparada para este grande salto.

Com uma divisão de negócios focada exclusivamente ao mercado de LED, a Golden diversificou seu portfolio de produtos e forma de comercialização para atender tanto a demanda de consumidores finais como de grandes aplicadores.

Apesar da grande competitividade no segmento marcada pela presença de novas marcas e concorrência mais agressiva, a empresa conquistou em 2012 um crescimento de 30% em iluminação LED.  Foi avaliada como a segunda marca mais vendida na categoria lâmpada LED formato bulbo e spot e quarta no quesito tubular, segundo pesquisa realizada pela revista Eletricidade Moderna, feita junto a revendedores de materiais elétricos de todo o país.

Para 2013 as novidades incluem diversificação da linha destinada ao mercado profissional, com modelos ainda mais eficientes na linha Extreme LED, e com mais opções de temperatura de cor. A empresa também deverá anunciar em breve parcerias com instituições financeiras para a criação de um canal direto de financiamento para o mercado profissional, além de aumentar o foco em licitação para ser mais competitiva em Iluminação Pública.

Na avaliação do diretor da divisão LED da Golden Ricardo Cricci, 2013 não será um ano fácil. “O risco de um racionamento de energia não favorece a indústria, pois tende a diminuir o consumo de lâmpada, visto que para o consumidor lâmpada queimada é sinal de economia”, afirma. O executivo alerta ainda para a necessidade de o governo acelerar a certificação do LED para fazer frente aos produtos de baixa qualidade que estão entrando no mercado e cujo preço baixo encontra receptividade do consumidor desinformado.

A indústria aposta na conscientização crescente de um comportamento sustentável do consumidor para alavancar as vendas em 2013, onde a diversificação tecnológica propiciada pelo LED se apresente como alternativa que une vantagem econômica e ambiental e valorização dos ambientes. Já para o mercado profissional, trata-se de disseminar a economia, durabilidade e facilidade de manutenção como diferencial competitivo proporcionado pelo LED.

O mercado de iluminação no ano que se encerrou não teve o desempenho esperado. Segundo o executivo da Golden a razão seria a acomodação do mercado. “Como a lâmpada compacta dura mais que a incandescente, num primeiro momento o crescimento foi gradual, mas o mercado acabou por travar em 2012 como reflexo desta troca feita anos atrás”, explica Cricci. Institucionalmente a meta da Golden é crescer 25% em 2013.

Saiba mais sobre a Lâmpadas Golden no site www.lampadasgolden.com.br e conheça as novidades e tendências do mercado de iluminação no blog www.golden.blog.br 

Deixe a luz do sol entrar


Projetos corporativos executados pela empresa Emadel Engenharia exploram luz natural para reduzir consumo de energia

Crédito: Divulgação
A utilização de conceitos sustentáveis na área da construção civil é uma tendência em projetos corporativos. Neste cenário, a partir de uma prática chamada luminotécnica, é possível equilibrar o uso da luz natural e da artificial, contribuindo para reduzir o consumo de energia ao longo do dia.

Para o diretor da Emadel Engenharia e Obras, Luiz Alberto Langer, empreendimentos com valores sustentáveis são uma tendência no mercado da construção e o exemplo dado por importantes grupos corporativos pode fazer a diferença para muitos investidores no futuro. “As previsões de incorporação de conceitos sustentáveis no setor são positivas, algo cada vez mais frequente. Obras assim tornam-se um verdadeiro legado para a preservação do meio ambiente”, comenta Langer.

Exemplo disso são obras recentes executadas pela empresa, que traz a luminotécnica como um dos principais diferenciais em projetos corporativos sustentáveis. De acordo com a arquiteta Márcia Shibue, da Metri Arquitetura e Planejamento, a boa iluminação depende do estudo das condições do terreno, da incidência solar e de possíveis interferências de terrenos vizinhos. “Deve-se observar a intenção de cada ambiente e, a partir daí, traçar a melhor maneira de aproveitar a luz natural”, conta a arquiteta.

Contudo, após a finalização de um projeto sustentável, alguns cuidados devem ser tomados no que se refere à boa conservação e uso dos recursos. “É necessário oferecer subsídios para que quem trabalha diariamente no prédio possa criar uma consciência sustentável e saiba preservar os recursos. É importante estar ciente de que a estrutura sustentável só é válida a partir do momento em que ela começa a ser bem utilizada”, avalia Márcia. Isso quer dizer que, se você for o último a sair, favor apagar a luz para economizar e ajudar o meio ambiente.

2013: um ano para se repensar o uso da água



Por Felipe Bottini e Silneiton Favero

A água é um recurso vital porque os organismos vivos são inviáveis sem ela, ao passo que está presente, em maior ou menor intensidade, em todo e qualquer processo produtivo. Não existe vida, sociedade, economia nem cultura sem água. Por esse motivo, a água é um bem público e, sendo também recurso e insumo, possui valor econômico, atributos devidamente reconhecidos na legislação brasileira sobre recursos hídricos.

O desafio dos governos tem sido o de gerenciar o atendimento aos diferentes usos em um quadro no qual a relativa abundância de água no planeta não se traduz em disponibilidade e acesso universal. O cenário atual é de demandas múltiplas e crescentes em função da necessidade de produzir mais alimentos, bens, serviços e energia com reservas de água ameaçadas pelo mau uso nas bacias hidrográficas e pelo comprometimento dos ecossistemas locais. Ademais, apenas 3% de toda a reserva hídrica global são de água doce, distribuída desigualmente entre os países e em suas regiões.

A cooperação entre os países para a resolução dos desafios da gestão da água diante desse estado de coisas foi discutida no International Annual UN-Water Conference (Saragoça, Espanha, de 8 a 10 de janeiro), como parte das atividades do Ano Internacional de Cooperação pela Água (2013). O UN-Water é um mecanismo interagencial que reúne os órgãos das Nações Unidas com atuação nas questões relacionadas à água e ao saneamento. Esses desafios referem-se, afinal, à segurança hídrica.

A segurança hídrica relaciona-se diretamente com as seguranças alimentar e energética, interpondo questões econômicas relevantes. Como compatibilizá-las é uma tarefa ainda em progresso. Sabe-se que essa responsabilidade não pode e não deve ficar unicamente com os governos. As empresas têm capacidade de internalizar diversas ações relacionadas à conservação da água por meio de um uso econômica e socialmente benéfico e ambientalmente sustentável - o Uso Responsável da Água. Os consumidores podem inteirar-se da realidade da água e buscar bens e serviços produzidos de maneira responsável.

Em essência, usar responsavelmente a água significa cuidar daquilo que não nos pertence individualmente e sim a todos indistintamente, enfatizando a responsabilidade coletiva por esse bem público. O uso ambientalmente sustentável favorece a biodiversidade e os processos ecológicos na escala da bacia hidrográfica. O uso socialmente benéfico assegura benefícios de longo prazo, como os econômicos, para a população local e a sociedade como um todo. Isso pressupõe que os grandes usuários aceitem suas responsabilidades pelo gerenciamento sustentável da água em sua cadeia de valor.

Muitas empresas têm utilizado esta abordagem em suas políticas de sustentabilidade. Há exemplos de como conseguir economias e eficiências financeiras melhorando a qualidade do uso da água em toda a cadeia de produção, integrando a empresa aos esforços de conservação dos ecossistemas e inserindo-as na governança da água de maneira proativa. De seu turno, alguns governos nacionais criaram instâncias que cuidam especificamente do uso responsável da água em seu território.

O Brasil tem uma legislação avançada de gestão de recursos hídricos, com princípios, diretrizes e instrumentos que visam a assegurar a disponibilidade de água para os usos preponderantes nas bacias hidrográficas e a minimizar os conflitos pelo uso, dentro de um sistema participativo de gestão e segundo padrões de qualidade definidos em planos diretores de bacia. Ocorre que há um descompasso entre o avanço legal e as capacidades reais para aplicar plenamente os instrumentos, resultando uma consecução apenas relativa dos objetivos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Todavia, o pioneirismo de alguns agentes privados que reconheceram a importância da agenda da água para seus negócios e para o equilíbrio ecológico não é ainda o bastante para a manutenção do bem-estar e a conservação do recurso em escala global. Tampouco as ações regulatórias em países como o Brasil estão produzindo plenos resultados.

Nesse cenário, o Uso Responsável da Água vem se consolidando como abordagem de gestão privada alinhada às prioridades de conservação ecossistêmica. Um padrão internacional de certificação e verificação está sendo desenvolvido sob os auspícios da Aliança Global pelo Uso Responsável da Água, que reúne instituições com destacada atuação em conservação ambiental e gestão de recursos hídricos. Por meio desse padrão as empresas obterão reconhecimento de mercado às suas práticas de gestão. Está em fase final de preparação o protocolo da certificação, prevendo-se que esta opere dentro de dois anos.

A abordagem de responsabilidade coletiva trazida pelo Uso Responsável da Água vem para mudar a percepção ainda comum de que o “que é de todos a ninguém pertence”. Trata-se de um estímulo de alcance também econômico às empresas que verificadamente cumprirem a agenda de conservação das águas e um desestímulo aos agentes privados que não a promoverem.

O avanço dessa agenda e o seu sucesso dependem de uma estrutura de incentivos adequada aos agentes privados, o que implica ajustes nos marcos regulatórios e a criação de maior conhecimento na sociedade e nas próprias empresas. Depende ainda do desenvolvimento de conhecimento técnico para que seja possível medir de forma confiável as contribuições para a recuperação da qualidade e quantidade dos serviços ecossistêmicos relacionados à água.

Deve-se ressaltar que, do ponto de vista da governança da água e da superação desses condicionantes, o Uso Responsável da Água contribui para a resolução dos conflitos e para os esforços de conservação nas bacias hidrográficas, justamente o que a legislação brasileira de águas preconiza e do que a sociedade precisa para o seu desenvolvimento. Repensar o uso da água na perspectiva da sustentabilidade é, antes de tudo e mais nada, uma oportunidade.

Felipe Bottini é economista e sócio-fundador da Green Domus Desenvolvimento Sustentável Ltda e da Neutralize Carbono @neutralizeCO2. Consultor especial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Silneiton Favero é especialista em Gestão de Recursos Hídricos, consultor sênior da Green Domus e colaborador da Aliança Global pelo Uso Responsável da Água.

Responsabilidade Social Corporativa - Edição 30


A força das alianças sociais

Jornalista Bruna Robassa

Integração entre poder público, empresas e terceiro setor promove sustentabilidade

O crescente número de empresas e entidades que se preocupa com a promoção de ações de responsabilidade socioambiental tem relação com a democratização dos indicadores sociais, assim como com a conscientização sobre a necessidade de desenvolver práticas sustentáveis individuais e coletivas cotidianamente. Com a redução das desigualdades no Brasil nas últimas décadas, as empresas passaram a entender a importância de não apenas financiar projetos de comunidades vulneráveis e cidadãos que mais precisam de amparo, mas também de acompanhar as ações, promover educação, igualdade de gênero, fomentar a geração de renda, melhorar a saúde das crianças e gestantes e cuidar do meio ambiente em toda a cadeia produtiva por meio de alianças sociais.

Um modelo em que o poder público organiza, as empresas financiam e o terceiro setor executa é o considerado ideal para quem é defensor da filantropia, palavra que vem do grego e que significa “amor à humanidade”. Muitas vezes entendida como sinônimo de “doação”, filantropia tem muito mais significado quando utilizada em seu sentido estratégico. E é dessa forma que o presidente do Instituto Filantropia, Marcio Zeppelini, entende e propaga seu conhecimento sobre a temática. 


Zeppelini foi o palestrante do I Workshop do Terceiro Setor que teve como tema “Como manter e desenvolver uma organização social”. O evento foi realizado em setembro, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), com organização do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O workshop contou com a presença de diversas organizações sociais que conheceram a importância do planejamento estratégico para o desenvolvimento de suas organizações. “São três os pilares responsáveis por trazer recursos para o segmento, o envolvimento com a causa, a comunicação e o relacionamento com os diversos atores e as pessoas envolvidas. Essas três coisas juntas fazem um terceiro setor mais ativo, mais forte e mais profissional”, defende o consultor.

Dirceu Puehler, do Instituto Robert Bosch, foi um dos participantes do workshop e participa do CPCE. A empresa e o instituto sabem a importância das alianças e seguem a risca o modelo defendido por Zeppelini. Segundo Puehler, as alianças com o terceiro setor fazem parte da responsabilidade social da Robert Bosch Ltda., que atua por intermédio de seu instituto (braço social) nas comunidades onde possui unidades de fabricação, sendo responsável pelas diretrizes e pelos investimentos sociais.

“O Instituto Robert Bosch atua prioritariamente na educação de crianças e adolescentes  e, por meio desse foco, busca desenvolver ações que tratam de temas como meio ambiente, geração de renda, profissionalização de jovens e voluntariado empresarial. A saúde também tem relevância nos investimentos realizados pelo instituto, porém, seus recursos são destinados diretamente a projetos de Instituições parceiras que desenvolvem suas ações”, conta Puehler. Para a realização de todos os programas, o Instituto Robert Bosch mantém diversas parcerias com o terceiro setor, fazendo investimentos sociais  e acompanhando o desenvolvimento dos projetos. Como exemplo, Puehler cita os programas de aprendizagem realizados na comunidade Vila Verde em Curitiba.

O programa social “Peça por Peça”, idealizado pelo instituto, é a principal ação de responsabilidade social desenvolvida em Curitiba-PR, Campinas-SP e Pomerode-SC. “Trata-se de um programa focado na educação continuada e planejada e no desenvolvimento social sustentável de comunidades em situação de vulnerabilidade social. A escola pública é o centro de referência do programa”, conta. O programa identifica as principais carências da comunidade e, a partir daí, define prioridades, áreas de atuação, recursos necessários e instituições a serem envolvidas. “O programa é realizado em parceria com os setores público, privado e com as ONGs existentes nas regiões de atuação do programa”, relata.

Segundo a coordenadora do CPCE, Rosane Fontoura, a qualificação surgiu de uma demanda do Núcleo do Terceiro Setor do CPCE, que se reúne mensalmente para trabalhar as demandas do setor. "As instituições são fortalecidas a partir do momento em que abrimos espaço para diálogo, qualificação e possibilitamos a formação de alianças”, ressalta. Por meio de uma parceria com a Secretaria para Assuntos Estratégicos (SEAE), essas palestras e  os workshops estão sendo  transmitidos para todo o Estado, atingindo um maior número de organizações sociais no Paraná.

Rafael Riva Finatti, do Instituto GRPCOM, participante do núcleo do terceiro setor, defende também a profissionalização desse setor, assim como as alianças entre os três atores. “Acreditamos que a aliança entre os setores ajudará as ONGs a se desenvolverem e a criarem estrutura necessária para garantir a sustentabilidade de suas ações. Elas carecem disso, de profissionalização, pois em geral nascem de iniciativas muito pessoais, não necessariamente alicerçadas em conhecimentos nas áreas de gestão e comunicação”, diz.

De acordo com Finatti, o instituto atua predominantemente nas áreas de educação e de desenvolvimento e fortalecimento do terceiro setor. Ele conta que o projeto “Ler e Pensar” é um dos marcos da atuação do grupo na área social e educacional. “A iniciativa, que nasceu na redação da Gazeta do Povo, em 1999, hoje está presente em mais de 440 escolas públicas do Paraná e é reconhecida nacional e internacionalmente. Além do Ler e Pensar, o Instituto GRPCOM executa também outros projetos de abrangência estadual, além de prestar apoio regional para a viabilização de iniciativas sociais da Rede Globo, como o Amigos da Escola, o Criança Esperança e o Soletrando”, relata ele.

Para Zeppelini, as instituições do terceiro setor são empresas gerenciadas por pessoas que amam a causa e que precisam pensar de maneira estratégica. “A única diferença é que o lucro não será dividido entre os sócios e sim reinvestido na própria organização. Para tanto, precisam estar cientes do quão importante é a qualificação", explicou.

Rosane conta que o CPCE promove espaços para troca de experiências, profissionalização das pessoas que trabalham na alavancagem e mobilização  de recursos em torno de ações de responsabilidade socioambiental  com as alianças entre os principais atores sociais da transformação social: poder público, empresas, universidades e terceiro setor. “O conselho tem como um dos propósitos o  fomento das alianças entre as instituições. Por meio da alavancagem de recursos já existentes, muitos bons projetos sociais podem ser otimizados e, consequentemente, a melhoria dos indicadores sociais das comunidades envolvidas”, diz.

Ainda segundo Rosane, a importância das alianças sociais também está na pauta do Núcleo de Comércio e Serviços do CPCE,  onde estão sendo promovidos Diálogos de Parcerias Sustentáveis com o objetivo de facilitar o relacionamento entre compradores e fornecedores, promovendo a responsabilidade socioambiental corporativa nas relações comerciais das empresas. “Essas  ações propagam a importância da responsabilidade social na cadeia produtiva”, salientou o coordenador do núcleo, Dauro Carneiro Bond Jr.

“Percebemos de acordo com a nossa experiência que existem empresas que têm interesse em investir, mas não tem equipe e tempo para a execução dos projetos sociais. Por meio das alianças, em que o terceiro setor pode ser o responsável por executar as ações apoiadas por empresas, fica mais exequível o atingimento dos objetivos pretendidos”, completa Rosane. Ainda segundo a coordenadora, a integração entre os três setores é de extrema importância para gerar sustentabilidades econômica, social e ambiental e essa preocupação deve estar inserida no planejamento estratégico da empresa com olhar às suas diversas partes interessadas (stakeholders): colaboradores, comunidade, fornecedores, governo, acionista além da comunidade.

Com a profissionalização do terceiro setor, ocorre uma grande mudança nas relações entre os diversos setores da sociedade. “Deixa-se de fazer filantropia pura para fazer filantropia estratégica. Cada um contribui de forma mais efetiva e eficaz e conseguimos fazer com que as empresas sigam seu caminho e se preocupem apenas em financiar o terceiro setor de forma estratégica e monitorando as ações com a filosofia da empresa”, ressalta Zeppelini.

Marketing social

Muitos são os benefícios de uma empresa associar sua marca a uma causa social. “Há muitas pessoas que escolhem entre uma marca e outra e já preferem produtos por conta da preocupação que aquela empresa possui com o meio ambiente”, relata Zeppelini. Segundo o consultor, a responsabilidade socioambiental bem montada estrategicamente faz com que a empresa ganhe em marketshare, ou seja, participação no mercado. Ele cita alguns exemplos de empresas que conseguem aliar sua estratégia de negócio com a responsabilidade social de forma efetiva, que são a Avon, promovendo ações para mulheres, o Mcdonalds, com as crianças e a Pedigree, com cães e gatos de rua.

Investimento social privado

Para o especialista, o cenário está favorável para o investimento social privado. Segundo ele, o empresário brasileiro percebeu que filantropia faz parte do negócio e que ela não é apenas a entrega do dinheiro. “Hoje muitas empresas já sabem fazer com que a responsabilidade social, ambiental e a sustentabilidade estejam aliadas a estratégia do negócio. Fazer tudo isso de forma planejada é certo, se não é filantropia pura”, defende.

Abertura de instituto por empresas

De acordo com o consultor, muitas empresas possuem a iniciativa de criar institutos, no entanto não executam as atividades. “A verdade é que elas precisam da parceria com as ONGs para conseguir executar. Até mesmo porque a criação de um instituto por uma empresa serve mais para organizar do que para executar”, reforça. Segundo ele, existem empresas que resolvem abraçar tudo, sem nenhum tipo de parceria com o terceiro setor. “O que eu acredito ser errado, pois essa vocação não é da empresa”, completa. 

Serviço: O workshop promovido pelo CPCE está  disponível  no endereço: http://webcast.pr.gov.br/celepar/historico.php?evt_id=97

Como manter e desenvolver uma Organização Social 
Qual é a nossa missão e visão?
Estamos alinhados ao nosso objetivo?
De onde partimos? (números)
Onde estamos?
Onde queremos chegar?
Quais são os nossos desafios e ameaças?
Quais as nossas habilidades e oportunidades?
O que temos de diferencial estratégico?
Em que precisamos aprimorar?
Qual é o PROBLEMA de nossa causa?
Quais as SOLUÇÕES que propomos ao mundo?
Quais as vitórias que podemos contar?
Quais temáticas somos excelentes?
Quais profissionais fomentam conteúdo?
Quais oportunidades de disseminação de conteúdo?
Quais são nossas congêneres?
O que podemos fazer em conjunto?
Qual a nossa prática de ativismo?
Que histórias temos para contar?
Como e onde essas histórias serão contadas?
Quais elementos podemos usar como artifício para “chamar a atenção” da sociedade? 
O que entregamos para nossa “Classe Econômica”?
O que entregamos para nossa “Primeira Classe”?
Por que as pessoas nos ajudam?
Qual(is) perfil(s) de nossos stakeholders?
Como chamar a atenção mediante o cotidiano dos perfis acima?
Temos um banco de dados centralizado?
Quais as informações que temos?
Quais queremos e podemos ter?
Como agregar emoção em nossa comunicação?
Qual o cotidiano de nossos doadores?
Qual o dia a dia de nossa cidade?
Como é nosso relacionamento multidirecional?

Reflexões e análises sobre esses e outros aspectos podem ser encontrados no livro Comunicação: Visibilidade e Captação de Recursos para Projetos Sociais do autor Marcio Zepellini.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Naturale foca ações em práticas inteligentes de sustentabilidade


A Naturale tem a sustentabilidade como uma importante premissa para a empresa. Com o objetivo de preservar o meio ambiente, reduzindo a emissão de CO2 e tendo uma maior economia de combustíveis, iniciou um trabalho com a rede Walmart, alterando varias etapas de seu processo produtivo.

Entre as ações adotadas para se ter ganhos ambientais, está a escolha de produtores de aveia localizados num raio de 30km da indústria Naturale, reduzindo, desta forma, as distâncias a serem transportadas e, por conseqüência, o consumo de combustíveis fósseis.

Além disso, todos os produtores fornecedores de aveia para a Naturale devem fazer plantio direto, com práticas conservacionistas dos solos. Já as cascas, subprodutos da industrialização dos grãos, que antes eram depositadas no ambiente e geravam a emissão de grandes quantidades de metano, passaram a ser utilizadas como ração animal.

E as práticas inteligentes de sustentabilidade não param por aí. Para abastecer as caldeiras da Naturale, são utilizados descartes de madeiras obtidas das indústrias moveleiras vizinhas a empresa, evitando a derrubada de milhares de árvores de Pinus e Eucalipto.

Também houve a diminuição na quantidade de papel utilizado nas embalagens. Através da redução da gramatura das mesmas, o mesmo volume de papel que antes era necessário para fazer 100 mil caixas, agora produz 110 mil.

Outro fator determinante foi a otimização do transporte para um melhor aproveitamento dos caminhões da empresa, reduzindo o consumo de combustível para a entrega às redes varejistas. “Fizemos muitos testes de altura. Antes os lotes eram transportados com 80 caixas e, agora, são com 100”, explica o diretor comercial da Naturale, Cristiano Cunha Dolzan.

Todos os processos iniciados com a rede Walmart, foram estendidos pela Naturale para os produtos de outras marcas próprias produzidas para clientes, bem como para os produtos Naturale. “Estamos aproveitando todas as ideias iniciadas com o trabalho para o Walmart para beneficiar o grande personagem principal dessa história: o meio ambiente”, finaliza o executivo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - Conta pode ser reduzida no final do mês



Cartilha publicada pelo Sebrae dá dicas sobre como diminuir o consumo de energia elétrica nas micro e pequenas empresas

Jairo Pitolé Sant’Ana  

Um dos insumos básicos para a vida na Terra, a energia é fundamental para, basicamente, qualquer atividade econômica, seja ela renovável (originada do Sol, do vento, da água) e não renovável (petróleo, gás natural, carvão mineral). Já a energia elétrica é a principal fonte na maior parte das empresas e, em algumas, a única. Portanto, luzes acesas e aparelhos de climatização ligados sem que ninguém esteja no ambiente são os exemplos mais comuns, e evitáveis, de desperdício.  
Segundo a cartilha Eficiência Energética, da série Ideias de Negócios Sustentáveis do Sebrae,  outro aliado para que se gaste menos insumo e dinheiro é a aquisição de equipamentos mais modernos, eficientes e com menor consumo de energia. Mais largamente utilizada no setor industrial, o consumo de energia elétrica pode ser reduzido substituindo-a por algum tipo renovável, como, por exemplo, a solar e a eólica (dos ventos), que estão disponíveis no mercado e correm risco de esgotamento.  

“É necessário um investimento inicial para a compra do sistema de placas fotovoltaicas, que captam e armazenam a luz do Sol. A compensação vem com a economia financeira após o pagamento desta despesa e a grande contribuição para a saúde do meio ambiente. Isto chama-se eficiência energética”, alerta publicação.
Redução de custos -  Entre as opções para redução do custo de energia elétrica nas micro e pequenas empresas está o
Programa Sebrae de Eficiência Energética, cujas ações têm foco específico neste segmento. O primeiro passo é uma autoavaliação do uso de energia. Com o resultado em mãos, um consultor visita a empresa para analisar o que pode ser feito. Em seguida, implementa um modelo de gestão de energia elétrica acompanhado de orientações necessárias. A consultoria em eficiência energética é uma ferramenta do Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (SebraeTec).

Para mais informações sobre sustentabilidade, acesse o site www.sustentabilidade.sebrae.com.br