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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Programa Petrobras Ambiental realiza Caravana em Curitiba

As Caravanas Ambientais da Petrobras são oficinas presenciais e gratuitas que visitam todos os estados brasileiros, além de Brasília. O cronograma completo das Caravanas está disponível no site www.petrobras.com.br/ppa2010.

A seleção de projetos do Programa Petrobras Ambiental ocorre a cada dois anos, e inclui, além do patrocínio a projetos, o fortalecimento das organizações ambientais e suas redes e a disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável.

Com o tema Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável, a edição 2010 do PPA irá destinar R$ 78 milhões para projetos voltados para a gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e fixação de carbono e emissões evitadas. Todas as linhas de atuação devem contemplar como tema transversal a educação ambiental, com foco em eficiência energética, conservação dos recursos naturais e consumo consciente.

Além das oficinas presenciais, haverá atendimento on-line durante todo o período das inscrições, de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h. A Caravana Virtual vai usar uma nova ferramenta (formspring), que permitirá aos técnicos do Programa responder as dúvidas sobre a seleção pública pela internet, e que ficarão disponíveis a qualquer usuário, permanentemente.

Inscrições
As inscrições no Programa Petrobras Ambiental serão realizadas até 19 de agosto de 2010 e serão aceitas exclusivamente iniciativas de projetos sob a responsabilidade de pessoas jurídicas sem fins lucrativos, com atuação no Terceiro Setor, como associações, fundações, ONGs, Oscips e demais organizações sociais. Poderão ser inscritos projetos que solicitem patrocínio no valor de até R$ 3,6 milhões e que sejam executados entre 18 e 24 meses. Os projetos que ultrapassarem o valor de R$ 3,6 milhões terão as inscrições aceitas, desde que os valores solicitados à seleção pública não ultrapassem essa soma.

Seleção dos projetos
Os projetos passarão por triagem administrativa, técnica, comissão de seleção e, em última instância, por um Conselho Deliberativo. Os projetos são avaliados por profissionais da Companhia, técnicos e especialistas externos, representantes do Governo, do Terceiro Setor, de universidades e da imprensa.
Entre os critérios de avaliação estão o alinhamento às diretrizes do PPA; potencial transformador e pioneirismo; cooperação entre entidades mediante redes; capacidade de mobilização da comunidade; impacto socioambiental, entre outros.
A divulgação dos projetos selecionados está prevista para novembro de 2010, no site do Programa.

Sobre o Programa Petrobras Ambiental
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, o Programa investe em projetos de todo o país, voltados à conservação e preservação dos recursos ambientais e a consolidação da consciência socioambiental brasileira, relacionados aos temas Água e Clima.
Desde que foi criado, em 2003, o Petrobras Ambiental já patrocinou centenas de projetos, tendo alcançado dezenas de bacias e ecossistemas em cinco biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pantanal. Suas ações já envolveram diretamente 3,6 milhões de pessoas, além de mais de 820 parcerias, 240 publicações, 4.354 cursos e palestras e o estudo de mais de cinco mil espécies nativas.
O PPA inclui também os projetos de biodiversidade marinha, que são referências nacionais e têm projeção internacional. Projetos como o Tamar, Baleia Jubarte e Golfinho Rotador, entre outros, integram o Planejamento Estratégico Integrado, uma parceria entre a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente, por meio do ICMBIO. Desde 2008, o Programa passou a incluir as questões relativas à fixação de carbono e emissões evitadas, com base em recuperação de áreas degradadas e conservação de florestas e áreas naturais.
Até 2012 serão investidos R$ 500 milhões nas ações estratégicas do Programa, que incluem: investimentos em patrocínios a projetos ambientais; fortalecimento das organizações ambientais e de suas redes e disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável.

Para mais informações acesse www.petrobras.com.br/ppa2010

Fotos do eventos em julho (Curitiba)







11ª edição do Prêmio von Martius de Sustentabilidade

A Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, através de seus Deptos. de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética e Comunicação Social, com o patrocínio da Gráfica Bandeirantes e Henkel, e apoio do Ministério do Meio Ambiente, Programa Nacional do Meio Ambiente-PNUMA, Centro de Competência Mercosul para Responsabilidade Social Empresarial-CSR, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável-CEBDS, Sustentax, WWF-Brasil, Carbon Fix e Fundação Getúlio Vargas-FGV, abriu as inscrições para a Edição 2010 do Prêmio von Martius de Sustentabilidade, que visa reconhecer o mérito de iniciativas de empresas, do poder público, de indivíduos e da sociedade civil que promovam o desenvolvimento em padrões socioambientais sustentáveis.

O Prêmio von Martius de Sustentabilidade, realizado anualmente, foi instituído para transmitir uma mensagem de responsabilidade socioambiental para o mundo, através da valorização de três importantes aspectos: humanidade, tecnologia e natureza.

Para mais informações sobre o Prêmio von Martius de Sustentabilidade acesse o site www.premiovonmartius.com.br


domingo, 25 de julho de 2010

Varejo Sustentável: um desafio para o setor

Cheio de dilemas e problemas encontrados pelo caminho, o setor varejista brasileiro tem encontrado na sustentabilidade um aprendizado constante. Pelo fato de ser muito diversificado e possuir muitos ramos de atuação, as empresas estão em estágios distintos em relação às práticas sustentáveis. As micro e pequenas, apesar de sempre estarem engajadas com alguma iniciativa, ainda realizam mais projetos ligados à filantropia, tendo a comunidade do entorno como público-alvo. Já as médias e grandes empresas estão avançando para um estágio mais elevado, introduzindo aos poucos a sustentabilidade nas suas operações diárias e fazendo com que critérios sustentáveis sejam adotados e praticados por todos os seus públicos de interesse (stakeholders), principalmente, os funcionários, consumidores e fornecedores.

Tais constatações são resultados de um trabalho realizado desde 2003, quando começamos a desenvolver o Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Temos acompanhado diversas iniciativas de empresas varejistas brasileiras com o objetivo de ajudá-las a inserir práticas sustentáveis na gestão dos seus negócios. Atualmente nosso banco de práticas, disponível no Portal Varejo Sustentável conta com centenas de projetos de responsabilidade social e sustentabilidade de varejistas de todas as regiões do Brasil.

Isso demonstra que o varejo está praticando a sustentabilidade de maneira constante. Contudo, isso não quer dizer que essas empresas são plenamente sustentáveis, pelos fatores já citados acima. No sentido de incorporar a sustentabilidade no dia a dia do seu negócio, grandes cadeias de varejo como o Walmart têm desempenhado um grande papel, no intuito de envolver toda a sua cadeia de valor para cumprir uma série de metas sustentáveis. Da mesma forma, Pão de Açúcar, Carrefour, O Boticário, C&A, Leroy Merlin, Leo Madeiras, entre outras, têm estimulado fortemente seus consumidores a entender e aplicar os conceitos de sustentabilidade no cotidiano. Essas redes estão disseminando os valores sustentáveis nas suas lojas “verdes”, bem como estão adotando soluções alternativas no oferecimento de embalagens nos pontos de venda.

Como promotor do consumo, o varejo está assumindo a promoção do consumo consciente em vez de somente estimular o consumo desenfreado e irresponsável. O consumidor, mesmo que ainda de forma tímida, deseja que os produtos e serviços que consome contribuam positivamente para o seu bem estar e para as futuras gerações do planeta. Ele quer saber a origem e a história dos produtos, e a tendência é que esse comportamento aumente nos próximos anos.

Pela sua capilaridade e pela sua intensa relação com os consumidores, o varejo terá um leque de opções em aberto para assumir sua responsabilidade frente a uma série de assuntos relevantes para a sociedade e para a sobrevivência do seu negócio, com uma grande oportunidade de se beneficiar das atitudes sustentáveis como diferencial competitivo. Justamente por sua característica de agente intermediário na cadeia produtiva, o varejo pode dar uma contribuição muito significativa no campo da sustentabilidade. Hoje as empresas varejistas podem e devem promover o consumo consciente em suas ações de comunicação e no ponto de venda. Abaixo deixo algumas contribuições. E você, o que poderia acrescentar nesta lista?

• O setor varejista pode reformar ou construir novas lojas com materiais e equipamentos que reduzam o consumo de recursos naturais e diminuam a emissão de gases, muitas vezes reduzindo também o custo da operação no médio e longo prazo.

• As empresas varejistas também têm a possibilidade de influenciar diretamente seus fornecedores para que sejam parceiros de suas iniciativas sustentáveis.

• Podem estimular parceiros a seguir critérios de fornecimento que levem em consideração o respeito à legislação fiscal e trabalhista, favorecendo a erradicação do trabalho infantil e escravo da cadeia produtiva.

• O varejo também pode estimular que os produtos comercializados dos fornecedores não sejam provenientes da exploração predatória dos recursos naturais.


Luiz Carlos de Macedo (Assessor do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Professor de pós-graduação e co-autor de livros e artigos sobre Responsabilidade Social Empresarial, Sustentabilidade, Varejo Sustentável e Comunicação. E-mail: rsnovarejo@fgv.br)

Fonte: HSM on line

sábado, 17 de julho de 2010

Desafios da TI Verde

Empresas ainda precisam superar desafios para obterem eficiência energética em seus datacenters. Conheça alguns deles Durante um seminário no Centro de Energia do Pacífico, há algumas semanas, Mark Hydeman, da Taylor Engenharia apresentou os cinco desafios que as indústrias precisam superar para obterem eficiência energética em seus datacenters. Percebi que ele tem uma lista de pendências em execução e que se for solicitada a lista de todos os obstáculos, dificuldades e desafios para criar um datacenter eficiente em termos energéticos, ele teria uma lista muito boa no final do dia.

Esse pensamento veio a mim quando participei do Simpósio de 2010 do Instituto Uptime, em Nova Iorque. Mas desta vez eu me perguntei, "quem mais tem uma lista de obstáculos?”
Sem dúvida, Ken Brill tem uma. Albert Esser e Andrew Fanara também. Eles estão todos em cada cérebro respectivo - publicado em qualquer lugar e o resto de nós não pode, eventualmente, ver o que cada um considera importante e como nós, como uma indústria, podemos classificar os nossos desafios em uma maneira eficaz para superá-los.

Se os 30 autonomeados líderes colocarem seus pensamentos em um único site, podemos ver as diferenças e similaridades de como esses desafios são percebidos e fazer uma lista abrangente sobre o que precisa mudar nos próximos três anos.

Então aqui está a minha lista da necessidade da indústria:

1. Precisamos de uma definição global de TI. Os europeus utilizam TIC como sua definição, que engloba muito mais do que os servidores e que muda a percepção da magnitude da oportunidade. Eu gostaria de ver as Américas e Ásia sincronizarem suas definições de TI com a dos europeus.

2. Todos nós precisamos de um melhor acesso às previsões de vendas de servidores. Eu não vejo os programas de eficiência energética dos datacenters como uma baixa prioridade, mesmo que os gestores entendam a curva de crescimento para os servidores durante a próxima década. Precisamos abrir essa informação para os decisores políticos compreenderem que, mesmo com os servidores mais modernos, o uso das mídias sociais está conduzindo a utilização de uma enorme quantidade de energia.

3. Precisamos de profissionais qualificados e experientes, para nos ajudar a reinventar as estruturas da empresa e recompensar a eficiência energética em TI com pacotes de bônus ao pessoal. Isso significa que RH, finanças e TI têm de redefinir o conjunto da solução. Até à data temos falado do problema sem envolver outros profissionais no processo - eu não fui a uma única conferência, onde são convidados palestrantes para enfrentar este desafio.

4. Precisamos perceber que a disponibilidade de água é uma ameaça iminente em muitos dos locais onde os datacenters estão agrupados. Mas a escassez de água será um problema muito maior do que a construção de fontes de energia. Precisamos de um plano nacional para aliviar os pontos de tensão na paisagem dos datacenters.

Ainda não temos um mecanismo de recolhimento de ideias e precisamos descobrir os pontos comuns nas perspectivas para que possamos articular melhor as soluções.

Fonte: Agenda Sustentável (www.agendasustentavel.com.br)

Natura inova e lança relatório a produzido em processo colaborativo

O Relatório Anual Natura 2009, lançado no início de abril, incorporou, de forma pioneira, o texto “A Natura que compartilhamos”, construído coletivamente pelos públicos estratégicos da companhia de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal. As contribuições ocorreram por meio dos fóruns virtuais, realizados na rede social Natura Conecta, que, no final do ano passado, possuía mais de 8 mil pessoas cadastradas. Os participantes puderam opinar sobre o papel da Natura e sobre os caminhos futuros relacionados aos seis temas estratégicos de sustentabilidade: Biodiversidade, Amazônia, Educação, Gases do Efeito Estufa, Impacto de Produtos e Qualidade das Relações.

O objetivo do chamado Wiki Relatório é o de iniciar um processo de transformação do relatório em um documento vivo, que esteja a serviço da comunicação e do diálogo permanente com os públicos estratégicos de relacionamento da empresa. O Relatório Anual 2009 – o 10º construído a partir das diretrizes da GRI – foi declarado pelo terceiro ano consecutivo com o nível de aplicação A+, recebendo o selo GRI Checked.

As informações socioambientais passaram pela verificação externa da companhia Det Norske Veritas (DNV). Já os dados referentes às emissões de gases de efeito estufa foram verificados pela PricewaterhouseCoopers, enquanto as informações econômico-financeiras foram auditadas pela Delloite Touche Tohmatsu Auditores Independentes.

Fonte: Report

Sustentabilidade nos negócios e responsabilidade

Gestão socialmente responsável nunca termina e precisa ser constatemente renovada

Uma empresa é socialmente responsável quando inicia um processo de transformação na sua maneira de fazer negócio e incorpora em seu planejamento estratégico as demandas dos diversos públicos com os quais se relaciona.
Neste público estão os fornecedores, consumidores, clientes, comunidade, meio ambiente, governos e sociedade, bem como acionistas e proprietários. Esta nova maneira de fazer negócio pressupõe o diálogo constante com as partes interessadas para prestação de contas.

De acordo com o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, a empresa socialmente responsável precisa basear suas relações na ética e na transparência; estabelecer metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

“Há várias maneiras de se estabelecer este plano. Uma delas foi desenvolvida pelo próprio Instituto Ethos e já vem sendo utilizada por mais de 700 empresas de todos os portes. Trata-se dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, uma ferramenta de gestão que permite Os indicadores permitem às empresas avaliar suas práticas de responsabilidade social e definir metas a serem atingidas e avançar em temas como governança, valores e transparência; público interno; meio ambiente; fornecedores; consumidores e clientes; comunidade; e governo e sociedade”. A gestão socialmente responsável é um processo que tem um início, mas não tem um fim, já que sempre haverá algo a incrementar.

Uma dúvida que ainda persiste entre empresários, na mídia, no meio acadêmico e entre o público em geral que precisa ser esclarecida é a ambigüidade de uso dos termos filantropia, ação social e responsabilidade social empresarial.
Em primeiro lugar, filantropia e ação social dizem exclusivamente respeito a iniciativas voltadas para um único público: a comunidade. São importantes, mas não garantem o compromisso da empresa com a gestão socialmente responsável, que implica mudar a maneira de fazer negócios, dialogar levando em conta as demandas de todos os públicos com os quais a empresa se relaciona (governos, acionistas, fornecedores, consumidores, clientes, concorrentes, funcionários, comunidade e meio ambiente).

De acordo com o presidente do Instituto Ethos, responsabilidade social empresarial é fazer negócio de maneira diferente, tornando a empresa indutora e parceira de um desenvolvimento sustentável que promova a igualdade e a justiça social.
“A empresa sustentável é aquela que cresce, é rentável e gera resultados, mas também contribui para o desenvolvimento da sociedade e para a preservação do planeta.”


Padrões éticos ditam o cotidiano empresarial

Foi a partir da década de 90 que as empresas no Brasil aumentaram os investimentos em projetos sociais e passaram a defender padrões mais éticos de relação com seus públicos de interesse e práticas ambientais sustentáveis. O movimento ganhou impulso em virtude do surgimento de organizações não-governamentais e da própria desigualdade social.
Sob o rótulo de “responsabilidade social”, um conjunto de normas e práticas se tornou condição para garantir lucratividade e sustentabilidade aos negócios. Desde então, em Uberlândia, pôde-se observar um aumento significativo na política de responsabilidade social.

Mas há uma grande diferença entre ser uma empresa socialmente responsável e executar um projeto ou outro para agregar valor à marca. Para Almira Saramago, há 16 anos especialista em qualidade de processos empresariais, as empresas locais estão começando a despertar para a temática e a perceber que é preciso ter metodologia voltada para cultura da qualidade.

“Essa cultura ainda está em formação, temos um longo caminho, mas as empresas já estão se preocupando, mesmo que seja por força das leis que regulamentam esse tema. Nos dias de hoje, já faz parte do planejamento estratégico pensar na área da qualidade, segurança do trabalho, ISO ambiental etc. Não é mais um mistério, as empresas já entendem e começam a respeitar.”

Fonte: Lívia Gomide
Jornal Correio de Uberlândia

Artigo: Afinal, o que é mesmo Responsabilidade Socioambiental?



A Responsabilidade Socioambiental tornou-se um termo constante nas estratégias empresariais e está, a cada dia, mais presente nos discursos dos gestores das empresas, mas que na prática ainda tem muito a evoluir.

Tenho constantemente acompanhado os projetos, as publicações e os ícones de sustentabilidade nos sites das empresas, além de tudo aquilo que é divulgado na mídia com a denominação de responsabilidade social e responsabilidade ambiental. Ultimamente até essas duas palavras foram unidas e já se fala em “responsabilidade socioambiental”. Mas afinal, o que é mesmo essa nova responsabilidade das empresas?
Para responder essa questão temos que voltar um pouco no tempo e rever como aconteceram, nesse sentido, as primeiras iniciativas empresariais no Brasil. Há pouco mais de uma década as empresas passaram a considerar o desenvolvimento de projetos sociais e ambientais em suas diretrizes e estratégias de negócios. Até então os compromissos empresariais se limitavam, nos aspectos sociais, pela geração de empregos e recolhimento de impostos e, nas questões ambientais, em não causar grandes desastres ambientais para não aparecer negativamente na mídia de massa. Até então as empresas entendiam que as responsabilidades socioambientais eram necessariamente uma preocupação pública, ou seja, um dever do Estado. As empresas “faziam a sua parte” e deveria ficar a cargo das entidades públicas zelar pelas questões do bem estar das pessoas e a conservação/preservação do meio ambiente.
Os primeiros lampejos para um novo modelo, com um maior envolvimento das empresas, iniciaram na década de 80, onde uma das iniciativas mais conhecidas foi a do sociólogo Herbert de Souza (Betinho) que procurou formular o conceito de empresa cidadã, a divulgação dos conceitos democráticos de cidadania e a criação do Instituto IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Apesar dessa iniciativa gloriosa, os reflexos imediatos nas empresas foram poucos. Na década de 90 intensificava-se a inoperância do Estado em cumprir com o seu papel social e ambiental. Algumas empresas realizavam práticas de filantropia e doações e outras já rascunhavam e implantavam pequenos programas junto à comunidade. Neste mesmo período, o mercado consumidor começava a valorizar as iniciativas, mesmo que isoladas, de empresas que estavam dispostas em contribuir, de alguma forma, com melhoria na qualidade de vida das pessoas ou dos recursos naturais. Esses consumidores passam a considerar também o comprometimento que os fabricantes possuíam com aspectos socioambientais. Nascia aí um maior compromisso empresarial com essas causas.
Em meio a esse discurso de responsabilidade, um processo de divulgação das ações e projetos começa a se intensificar no ambiente empresarial. Vislumbrando melhoria da imagem, transparência da empresa, formação de capital humano e parcerias com outros agentes da sociedade – as empresas começam a elaborar seus balanços socioambientais e apresentá-los para seus investidores, colaboradores, comunidades e demais stankeholders. Algumas ferramentas foram desenvolvidas para orientar as empresas a criar seus indicadores, como por exemplo, o GRI (Global Reporting Initiative) e o Indicadores Ethos de Responsabilidade Social. Este balanço socioambiental passa a ser um relatório precioso e que contribui para o processo de comunicação que é fundamental na construção da sustentabilidade corporativa.
Por outro lado, muitos desses relatórios trazem uma visão míope de responsabilidade socioambiental, pois os holofotes estão direcionados apenas para a imagem da empresa e não para resultados efetivos na comunidade. Esses balanços geralmente estão recheados de fotos com cobertura jornalística dos eventos e das ações realizadas, mas com pouco conteúdo qualitativo. Outra crítica sobre essas publicações é a forma de mensuração dos resultados que mantêm o padrão dos balanços econômicos e contábeis. Os negócios, pela sua natureza voltada a resultados financeiros, transferem esse modelo para a apresentação dos resultados socioambientais. Não podemos negar que a busca de ferramentas cada vez mais eficazes foi sempre objetivo das áreas que mensuram resultados dentro das empresas e que as empresas possuem no seu DNA a necessidade constante de geral lucratividade, pois faz parte da sua natureza. Historicamente os indicadores econômico-financeiros são referências para avaliação do desempenho dos negócios, mas talvez não seja a melhor forma de se apurar resultado socioambiental. Mas, porque, a maioria enfatiza seus resultados socioambientais em volume de recursos financeiros? O que significam efetivamente para o desenvolvimento das pessoas (comunidade) ou para o meio ambiente o detalhamento de volumes de recursos investidos? Para uma efetiva avaliação socioambiental é necessário a demonstração de indicadores qualitativos e não apenas o descritivo dos volumes financeiros. As empresas demonstram os valores em treinamentos, recolhimentos de impostos, eventos junto à comunidade, etc., mas o que efetivamente esses milhares de reais melhoraram a qualidade de vida das pessoas ou minimizaram os impactos ambientais? O que precisa de fato ser evidenciado em um balanço socioambiental não é o valor numérico, mas sim o resultado efetivo junto localidade na qual foram realizados. Precisam aparecer os resultados após os investimentos... O que de fato os treinamentos ou a quantidade de participantes em um evento melhoraram a qualidade de vida da comunidade... Ajudaram a melhorar a renda das pessoas, por exemplo? Ou foi feito algum acompanhamento da área degradada após o direcionamento de recursos?
Outro detalhe é a mania dos projetos de plantio de árvores, motivada pelos projetos de MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Esse tipo de projeto virou uma espécie de febre entre os projetos ambientais. Parece até que todos os impactos dos processos produtivos serão neutralizados pelo plantio de árvores. Mas dentro de uma visão mais sistêmica, essa ação vai efetivamente minimizar os impactos gerados? Será que essas empresas não causam maiores impactos através de seus efluentes e que os investimentos deveriam ser realizados nesse sentido. Ou será que realizar investimentos em outras áreas não dará um retorno tão interessante, para a imagem da empresa, quanto o investimento em plantio de árvores? Ou a escolha por um projeto dessa natureza é mais barato e quando a empresa estiver sujeita a um passivo ambiental, esse projeto fica como comprovação junto à entidade fiscalizadora de que a empresa é “responsável ambientalmente”. Na prática a sociedade vê com bons olhos os projetos de plantio de árvores como forma de responsabilidade ambiental. E por motivos como esse as empresas fazem aquilo que a sociedade e o seu consumidor desejam e não o que deveria ser feito.
Ainda se tratando das questões ambientais as empresas procuram através das consultorias (ambientais e jurídicas) cumprirem as leis e resoluções a fim de minimizar riscos de passivos ambientais e chamam isso de responsabilidade ambiental! Cumpre leis de cotas para empregabilidade de deficientes e chamam isso de responsabilidade social! Cumprir legislação faz parte do objeto do negócio, é igual a recolher impostos ou apresentar documentos fiscais. Cumprindo essas leis as empresas se posicionam como entidades que são responsáveis. Para aspectos socioambientais, cumprir lei é sinônimo de ser responsável?
Apesar das intenções positivas e de todos esses projetos serem válidos é preciso realizar essas críticas, pois hoje são as leis que obrigam a empresa, amanhã será a sociedade! Responsabilidade ou qualquer outro nome que seja dado a esse compromisso empresarial faz parte de “ações transformadoras” junto à comunidade e ao meio ambiente e não apenas do exercício de “boas práticas”.

Artigo publicado originalmente na revista GESTÃO EFICAZ (http://www.estacaopr.com.br/)

**Pedro Salanek Filho, mestre em sustentabilidade socioeconômica, professor de MBA do ESTAÇÃO BUSINESS SCHOOL e Diretor Executivo da Revista GERAÇÃO SUSTENTÁVEL.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reciclado ainda é mais caro que produto novo

Em breve, o País deverá ganhar uma nova lei para gerir o descarte ambientalmente correto de resíduos eletroeletrônicos e de outros materiais que podem ser reaproveitados, como papelão e plástico. Trata-se da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), projeto aprovado pelo Senado na semana passada - depois de tramitar por 20 anos no Congresso -, e que segue, agora, para sanção do presidente Lula.

Se transformado em lei, o projeto promete refletir positivamente, não só no meio ambiente, mas também na economia brasileira. Segundo um estudo do IPEA (Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada), o país poderia economizar cerca de R$ 8 bilhões por ano se reciclasse todos os resíduos reaproveitáveis que, atualmente, são encaminhados para lixões e aterros sanitários.

"Teremos a oportunidade de fazer uma revolução na forma como tratamos esses resíduos", afirma Victor Bicca, presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), associação mantida por mais de 30 empresas do setor privado, como Dell, HP e Tetra Pak, dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo, ou seja, da produção ao descarte.

"O reaproveitamento de eletroeletrônicos, papelão e plástico poderá ser tão lucrativo como o negócio de reciclagem de latinhas de alumínio, que possui 92% de aproveitamento", diz. Em maio, o CEMPRE assinou um acordo com o Ministério do Meio Ambiente para realizar o diagnóstico de todo o lixo eletroeletrônico produzido no Brasil e o destino que é dado atualmente a esse tipo de material. Além do inventário, também foi lançado um site com informações sobre locais de coleta e reciclagem para aparelhos como computadores, impressoras, telefones celulares, câmeras e até geladeira.

Apesar das vantagens e perspectivas promissoras para o futuro que uma política nacional de gestão de lixo deixa entrever, ainda restam obstáculos a serem superados. O principal deles, segundo Bicca, é o alto custo do processo de reciclagem no Brasil. "Hoje é mais caro reciclar do que comprar um produto novo", destaca. "Existem poucas empresas capacitadas para reaproveitar materiais e as que existem pagam caro".

Uma empresa de papel, por exemplo, paga uma certa quantidade de impostos para produzir e comercializar seu produto. Se ela recolhe e ainda recila o papel para revendê-lo novamente, ela pagará mais uma vez esses impostos. "É como se fosse uma bitributação", explica Bicca. Não é à toa que o papel reciclado que se compra nas papelarias é mais caro que o comum, mesmo sendo produzido pela mesma empresa.

Para ele, a indústria da reciclagem tem, sim, potencial pra crescer, mas precisa de desoneração de tributos e de escala. Segundo Bicca, que acompanhou de perto a concepção do documento da nova gestão de lixo, será contemplada no texto da PNRS a possibilidade da indústria de reciclagem receber incentivos da União e dos governos estaduais.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá, ainda, harmonizar as diversas legislações estaduais e municipais, o que, de acordo com o presidente do CEMPRE, "facilitará a vida das empresas que atuam em várias regiões". Para ele, o maior avanço da política está na criação do instituto da responsabilidade compartilhada, na qual todos são responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos - fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e poder público.

Outro ponto positivo que ele destaca é a obrigatoriedade da logística reversa, quando o fabricante é o responsável pelo descarte do produto após a venda. No Brasil, alguns produtos como pneus, pilhas e baterias de celular já possuem descarte adequado previsto em lei. Mas a nova gestão de lixo brasileira inclui todos os eletroeletrônicos - de pen drives à máquinas de lavar - lâmpadas e também embalagens.

Para operar a logística reversa serão feitos acordos setoriais. "O poder público e o setor empresarial sentarão à mesma mesa para definir, através de um documento consensual, a forma como cada um exercerá a sua responsabilidade em dar destinação final ambientalmente adequada aos resíduos sólidos", afirma. "Nesse processo poderão ser inseridas cooperativas de catadores para fazer a triagem do material a ser reciclado, o que ajudaria a diminuir as desigualdades sociais no País", conclui.


Fonte: Vanessa Barbosa - 14/07/2010 - Portal Exame*

A maldição do lixo eletrônico

Hoje em dia está cada vez mais difícil empurrar equipamentos eletrônicos combalidos e computadores ultrapassados para frente. ONGs se tornaram altamente seletivas na aceitação de material doado — foi-se o tempo em que qualquer máquina, por pior que fosse, era considerada uma contribuição e tanto.

Fora de forma, agora só se aceita iPad, uma das mercadorias mais raras do mundo no momento. iPad, de qualquer jeito. O resto, sem acordo. A mudança tem tudo a ver com o barateamento dos produtos à venda nas lojas, é claro. Tudo que leva chip está cada vez mais acessível. Com netbooks zero-quilômetro na faixa de 500 reais, quem vai querer um PC-trambolho com problemas? E se uma TV de LCD, pequena mas fininha, pode sair por menos de 600 reais, alguém vai se interessar por um aparelho pesadão de tubo, da época de Matusalém?

Mas não são só os preços que explicam a desgraça em que caiu a parafernália eletrônica usada. O Brasil, numa fase espetacular de crescimento econômico, virou um país de maioria de classe média com a ascensão da classe C, como até os marcianos já sabem. E a classe D passou a apresentar um potencial de compra que impressiona. Bancos e empresas de cartões estão quebrando a cabeça sobre como oferecer crédito aos mais novos consumidores. O mercado se expande por todos os lados — e a velharia chipada fica cada vez mais desprezada.

Felizmente, vê-se a criação de uma estrutura mínima para receber o lixo eletrônico como lixo — para reciclar, de preferência. Só um exemplo: outro dia, indo para o trabalho, soube pelo tuíte do José Serra sobre um site em São Paulo, o www.e-lixo.org, que dá dicas de lugares que coletam a tralha eletrônica e chipada. O site é simples e eficientíssimo — usa o Google Maps para mostrar, para cada CEP pesquisado, onde estão os postos de coleta. A surpresa: a quantidade enorme de opções para muitos tipos de lixo — de baterias a toners, de no-breaks a monitores, de ar-condicionado a aparelhos de som. Algumas pragas, como as baterias, são campeãs em postos de coleta. Não é que aos poucos vamos nos parecendo mais com o lado rico do mundo?


Fonte: Sandra Carvalho
Info Exame – 07/2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sama participa do Leaders Summit 2010


Empresa é a única mineradora brasileira convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a compor painéis de discussões sobre a “nova era da sustentabilidade

A SAMA S.A. Minerações Associadas, única mineradora de amianto crisotila da América Latina e a terceira maior do mundo, participa do Leaders Summit 2010 que está sendo realizado em Nova York (EUA). O evento promovido pela Organizações das Nações Unidas (ONU) debate temas sobre a transformação da sustentabilidade nos mercados, a partir dos principais acontecimentos atuais ocorridos na economia e no meio ambiente.

Durante os três dias de debates, CEOs de empresas, representantes do governo e da sociedade civil estarão envolvidos em discussões que tem como objetivo chegar a definição de uma estratégia global para a construção de uma nova era da sustentabilidade, onde os assuntos de meio ambiente, social e governança estão integrados aos negócios. A SAMA foi a única mineradora brasileira convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a compor painéis de discussões.

”Estamos na Conferência com o compromisso de contribuir para a definição de como implementar a responsabilidade ambiental em outras empresas, a partir de nossas práticas já reconhecidas pela ONU. Precisamos reforçar o bloco de formação de líderes para fomentar a sustentabilidade e espalhar conhecimento sobre o tema”, afirma Rubens Rela Filho, diretor geral da Sama que também representa a Eternit, no Leaders Summit 2010.

Empresa controlada pelo grupo Eternit, a Sama foi fundada em 1967 e é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) - iniciativa mundial que tem como objetivo avançar a prática da responsabilidade social corporativa, na busca de uma economia global mais sustentável e inclusiva. A adesão ao Pacto Global é sinal de que a empresa e cada um de seus colaboradores apóiam os seus princípios e se comprometem a divulgá-los.


Sobre a Eternit

Com 70 anos de atividades, a Eternit é líder nos mercados de cobertura, painéis e placas cimentícias. A empresa tem sede em São Paulo e cinco fábricas, localizadas estrategicamente, nas cidades de Colombo (PR), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Simões Filho (BA) e Anápolis (GO), onde está a subsidiária Precon Goiás. Possui sete filiais nos municípios de Colombo (PR), Goiânia (GO), Anápolis (GO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Simões Filho (BA) e São Paulo (SP). Também detém a Tégula, subsidiária que produz telhas de concreto, com cinco fábricas localizadas em Atibaia (SP), Içara (SC), Anápolis (GO), Frederico Westphalen (RS) e Camaçari (BA). Seus produtos são oferecidos em mais de onze mil pontos de venda em todo o Brasil. A Eternit fibrocimento conta hoje com mais de 12 mil clientes. Uma das maiores mineradoras de amianto crisotila do mundo é a, subsidiaria integral, SAMA S.A. Minerações Associadas, que está situada no município de Minaçu, em Goiás, compõe o grupo.

Companhia de capital aberto, o Grupo Eternit faz parte do Novo Mercado, nível máximo de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Em 2006 e 2007, o Programa de Relações com Investidores da Eternit ficou entre os cinco melhores do mercado brasileiro (empresas “small & mid cap”), de acordo com IR Magazine Awards Brazil e em 2008 ganhou o Prêmio ABRASCA de melhor relatório anual para companhias abertas com receita líquida abaixo de R$ 1 bilhão e em 2009 o programa de Governança Corporativa da Eternit foi eleito o melhor da America Latina pela IR Global Rankings. Website: www.eternit.com.br.

Fonte:
In Press Porter Novelli
www.inpresspni.com.br

Expominerais em Agosto na cidade de Curitiba





Evento da indústria mineral será em Curitiba

Milhares de carros circulam diariamente entre prédios que a construção civil levanta sem parar. Você já pensou na importância da indústria mineral para este cenário? É com o objetivo de causar uma reflexão na sociedade sobre a dimensão e importância desta indústria que o Conselho Setorial da Indústria Mineral juntamente com a Mineropar Serviços Geológicos e a Monte Bello Eventos e pretende criar um ambiente para exposição de produtos, equipamentos, tecnologias e serviços para o setor, e apresentar soluções de fornecedores para melhoria da cadeia produtiva na indústria mineral.

Valdir Bello, diretor da MonteBello empresa organizadora juntamente com as instituições apoiadoras, convidam todos os interessados para conhecer a Expominerais. “Todos estão convidado a conhecer melhor os objetivos do evento para a promoção do setor e geração de negócios neste importante segmento da economia paranaense que é a indústria mineral”.

A Expominerais está formatada em uma feira técnica para apresentar ao público profissional e consumidores do segmento as novidades sobre a indústria extrativa e seus fornecedores. O evento deseja estimular políticas públicas e privadas e contribuir com a atualização profissional através da realização simultânea de eventos técnicos científicos. Entre os eventos simultâneos estão o 3º Seminário da Indústria Mineral Paranaense, a 8ª Reunião Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola (Repronac) e a assembléia geral ANEPAC (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil) realizada através da Pedrapar (Associação Paranaense dos Beneficiadores de Material Pétreo).

Serviço:

A Expominerais: Feira da Indústria Mineral é uma realização da Montebello com apoio de realização do Conselho Setorial da indústria Mineral e Mineropar serviços geológicos.

Os interessados em participar do lançamento e conhecer melhor o evento devem entrar em contato com a organização do através do telefone (41) 3203-1189 ou montebello@montebelloeventos.com.br . Mais informações, consulta ou reserva de área para exposição podem ser obtidas através do site www.montebello.com.br/expominerais

Acesso gratuito mediante apresentação de convite que será distribuído pela organização, pelos apoiadores e expositores.

Relatórios de Sustentabilidade 2009 - Eletropaulo

AES Brasil disponibiliza na internet relatórios das seis empresas do Grupo

A partir desta semana, estão disponíveis no portal www.aesbrasil.com.br os Relatórios de Sustentabilidade 2009 das empresas da AES Brasil. Pela primeira vez, sugestões dos stakeholders do Grupo foram incluídas nos documentos da AES Eletropaulo e AES Tietê. As ideias surgiram durante o Painel de Diálogo com Públicos de Relacionamento sobre Relatório de Sustentabilidade, que ofereceu aos participantes a possibilidade de opinar sobre a versão 2008 e apresentar sugestões de temas para serem abordados nas próximas publicações.

A AES Brasil realizou o Painel de Diálogo com Públicos de Relacionamento sobre Relatório de Sustentabilidade no fim do ano passado. Na ocasião, estavam presentes clientes residenciais e corporativos, colaboradores e fornecedores para discutirem temas relacionados à AES Eletropaulo. Já a reunião sobre a AES Tietê contou com colaboradores, fornecedores e profissionais da área do Poder Público.

Entre as principais sugestões inseridas no Relatório de Sustentabilidade 2009 estão a contextualização dos indicadores, detalhamento dos impactos de uma distribuidora no setor elétrico e a divulgação dos programas desenvolvidos pelas empresas nas comunidades. A publicação segue ainda as diretrizes G3 da Global Reporting Initiative (GRI) e inclui indicadores específicos do setor elétrico.


Além das informações da AES Eletropaulo e AES Tietê, também estão disponíveis no portal os relatórios de outras quatro empresas do Grupo AES Brasil: AES Sul (distribuidora), AES Uruguaiana (geradora) e AES Eletropaulo Telecom e AES Com Rio (telecomunicação).

Os relatórios de Sustentabilidade 2009 da AES Brasil destacam as principais iniciativas do Grupo para garantir o desenvolvimento de seus negócios dentro dos parâmetros econômico, social e ambiental, além de informações sobre a gestão das companhias.


Investimentos

Os relatórios também destacam os investimentos da AES Brasil. Em 2009, o Grupo destinou R$ 774 milhões na manutenção e expansão do sistema elétrico da AES Eletropaulo e AES Sul, em inovação tecnológica, na recuperação de perdas de energia de distribuição, em excelência operacional das usinas da AES Tietê e no desenvolvimento de tecnologia no segmento de telecomunicações por meio da AES Eletropaulo Telecom e da AES Com Rio. Para 2010, o Grupo prevê investir R$1,1 bilhão para atender 7 milhões de clientes em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


Sobre a AES Brasil – está presente no país desde 1997 e possui mais de seis mil colaboradores. O Grupo faz parte de uma empresa global, a AES Corporation, um dos principais investidores do setor elétrico mundial, presente em 31 países dos cinco continentes. A AES Brasil atua nos setores de geração, distribuição e comercialização de energia e também no segmento de telecomunicações.

Fonte: In Press Porter Novelli

TOTVS CURITIBA PROMOVE EDUCAÇÃO


VICTOR BARBOSA ASSUME O CONSELHO PARANAENSE DE CIDADANIA DO SISTEMA FIEP

A transmissão de cargo aconteceu nesta sexta-feira (09), em Curitiba. Um dos primeiros trabalhos da nova gestão será a interiorização do Conselho

O empresário Victor Barbosa assumiu nesta sexta-feira (09), em Curitiba, a presidência executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O CPCE conta com 240 integrantes de todos os setores da sociedade e atua para estimular boas práticas de responsabilidade social corporativa. O presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, presidiu o CPCE desde sua fundação, em dezembro de 2004.

“Este é um momento de muita felicidade, pois terei a oportunidade de transmitir à sociedade minha experiência de mais de 30 anos em responsabilidade social corporativa”, disse Barbosa, destacando que um de seus trabalhos no Conselho será disseminar o conceito de responsabilidade social e esclarecer a confusão que existe entre responsabilidade social e filantropia. “Hoje, as empresas se vêem forçadas a tomar atitudes sustentáveis. Queremos mudar esta visão de obrigação para compromisso”, destacou.

“Um dos diferenciais do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial é a colaboração conjunta entre os diversos segmentos da sociedade: indústrias, sindicatos, instituições de ensino superior, comércio, serviços e organizações do terceiro setor”, destacou Rodrigo da Rocha Loures, ao transmitir o cargo de presidente do Conselho a Victor Barbosa. Para ele, a diversidade torna o debate muito rico e possibilita o desenvolvimento de projetos em diversas áreas. “Nós, juntos, representamos o que a comunidade tem de melhor”, observou.

Um dos primeiros trabalhos da nova gestão será a interiorização do CPCE, começando pela região Noroeste, com a instalação do Conselho em Maringá. O lançamento do Conselho de Cidadania no município será dia 22 de julho. “Temos que estar presentes no interior do Paraná, disse Barbosa, informando que outras regiões do Estado também serão contempladas.

O Conselho - Nestes quase seis anos de atuação, O CPCE desenvolveu uma série de ações que colaboram com o Pacto Global e com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no Paraná, além de influenciar políticas públicas que promovem o desenvolvimento sustentável.

“O Paraná é destaque na mobilização pelo alcance dos Objetivos do Milênio. Ainda faltam cinco anos para vencer o prazo estabelecido pela ONU para o alcance dos objetivos, mas no Paraná o trabalho está bem adiantado”, disse Rocha Loures, citando o trabalho do CPCE, do Movimento Nós Podemos Paraná e do Observatório de Indicadores (Orbis) no desenvolvimento de ações em prol do desenvolvimento sustentável.

O Conselho está dividido em quatro Núcleos de Competências, que são responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos: Núcleo Indústrias e Sindicatos; Instituições de Ensino Superior; Comércio, Serviços e de Apoio ao Desenvolvimento; e Organizações do 3º Setor.

Dentre os temas discutidos no primeiro semestre de 2010 no CPCE, destacam-se a sucessão em empresas familiares, o papel das empresas e o Pacto Global, o papel do idoso na sociedade e a situação da saúde da gestante no Paraná. O CPCE também deu continuidade ao programa de educação ambiental Valorizar é Preciso!, e criou o Programa de Capacitação do 3º Setor.

Victor Barbosa – O novo presidente do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial tem 31 anos de experiência empresarial e em ações de responsabilidade social e já participava, como empresário, do CPCE. Ele também atuou no Conselho Temático de Responsabilidade Social da Fiep entre 2000 e 2009. Como presidente do Grupo NOVO/DK (Novo Nordisk e Novozymes) para a América Latina, entre 1977 e 2008, Barbosa desenvolveu uma série de atividades de responsabilidade social corporativa. Em sua gestão, a Novozymes foi considerada empresa líder no índice Dow Jones de Sustentabilidade.



Crédito da foto: Gilson Abreu


Fonte: Comunicação Social - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná

sexta-feira, 9 de julho de 2010

PROGRAMA INTERNACIONAL DE RSC EM CURITIBA





Programa em Responsabilidade Social Corporativa

De Barcelona (Espanha) para Curitiba (Curso de Extensão)

A Estação Business School, como escola inovadora, em parceria com o CIES, um centro de estudos e pesquisas avançados em Responsabilidade Social Corporativa, vinculado à Universidade de Barcelona, oferecem juntos um Programa de extensão com 56 horas em Responsabilidade Social Corporativa. O CIES tem um mestrado nesta área e é referência mundial. O programa contempla três módulos, que serão ministrados, em Curitiba, por dois professores do CIES, e por um professor brasileiro. É um programa de elevado nível e inédito no Brasil.

No novo ambiente econômico dos negócios, de globalização e de intensa competição, as organizações de um modo geral tendem a assumir responsabilidades além dos objetivos puramente econômicos e razão de ser de suas existências. Na questão da sustentabilidade, seus processos produtivos devem atender as necessidades do presente sem esgotar recursos e possibilidades das gerações futuras em satisfazer suas necessidades. Na sustentabilidade empresarial, os lideres devem considerar o valor em suas cinco dimensões: econômica (financeiramente viável); social (individual e coletivamente justo); ambiental (ecologicamente correto); cultural (comportamentalmente transformador) e espacial (equilibradamente integrador = governança).

Estes três Módulos foram desenhados para proporcionar reflexões e possibilidades de aplicação um moderno modelo de gestão, tanto por meio da identificação dos conceitos fundamentais na área de sustentabilidade de negócios quanto à sua correlação com a eficientização energética e a minimização do impacto ambiental nos processo produtivos de empresas cidadãs.


Este programa tem como principais objetivos:

1. Proporcionar os conhecimentos teóricos e práticos necessários para a gestão de uma empresa ou organização que quer ser socialmente responsável;

2. Capacitar gestores e profissionais das empresas para que conheçam as metodologias que existem para analisar, por em prática e informar sobre a responsabilidade social corporativa;

3. Proporcionar uma formação específica a responsáveis por áreas de desenvolvimento sustentável;

4. Promover nos participantes do Programa uma cultura socialmente responsável.



Módulos e Conteúdos do Programa

Módulo 1: Responsabilidade Social da Empresa (18h)

Desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social da empresa. Âmbitos de atuação da responsabilidade social da empresa (RSC). Capital social e diálogo com as partes interessadas (stakeholders). Investimentos socialmente responsáveis.

Professora: Isabel Vidal Martínez, Ph.D. em Economia, professora da Universidade de Barcelona. É fundadora e presidente do CIES e especialista em Responsabilidade social corporativa. É membro de várias instituições internacionais ligadas à RSC. Autora de várias publicações em RSC.

Dias de Aula: 18, 19 e 20 de agosto, com aulas à noite, das 19h00 às 22h15 e no dia 21 de setembro de 2010, sábado pela manhã (das 08h00 às 12h00).



Módulo 2: Padrões de Responsabilidade (20h)

Metodologia e conceito de auditoria. Fundamentos conceituais de relatório de sustentabilidade. Ferramentas de medição e comunicação da responsabilidade corporativa. Os padrões de responsabilidade corporativa: Global Reporting Initiative (GRI), Accountability 1000 (AA1000), Social Accountability 8000 (AS 8000). Aplicação de padrões de Responsabilidade Social Corporativa.

Professor: Jordi Morrós Ribera, professor titular de Contabilidade Financeira e Analítica da Universidade de Barcelona. É especialista em Responsabilidade social corporativa.

Dias de Aula: 15, 16 e 17 de setembro, com aulas à noite, das 19h00 às 22h15 e no dia 18 de setembro de 2010, sábado pela manhã (das 08h00 às 12h00).




Módulo 3: Sustentabilidade Social e Ambiental nos Negócios (20h)

Conceitos e Fundamentos da Sustentabilidade e Estudo de Cenário dos Impactos da Nova Economia. Competências centrais predisponentes à Sustentabilidade: critérios que favorecem a aceleração dos processos de adequação empresarial à vantagem competitiva (V-R-I-O). As Cinco Dimensões da Sustentabilidade de negócio e estratégia corporativa.Video e Debriefing: “O Origem das Coisas que Consumimos” / Annie Leonard . Estudo de Casos nas 5 Dimensões (melhores práticas).

Professor: Cleuton Rodrigues Carrijo, doutorando em estratégia e marketing, administrador, consultor de renome nacional e internacional, empresário, professor da Estação Business School e especialista em Sustentabilidade e em responsabilidade social corporativa.

Dias de Aula: 24 e 25 e 01 e 02 de outubro de 2010. As aulas deste módulo são às sextas-feiras (19h00 às 22h15) e aos sábados pela manhã (das 08h00 às 12h00).



Público-Alvo

Este Programa é destinado a gestores e profissionais que exercem ou pretendem exercer atividades no âmbito da Responsabilidade Social Corporativa, desenvolvimento sustentável, reputação corporativa e relações institucionais.




Certificação

Os participantes receberão um Certificado expedido pelo CIES em parceria com a Estação Business School, para isso deverão desenvolver um trabalho de aproveitamento.


Investimento

Para inscrições até o dia 15 de julho, o valor é de três vezes (julho, agosto e setembro) de R$ 1.000,00 (hum mil reais) ou à vista: R$ 2.800,00. As vagas são limitadas.


Mais Informações: http://www.estacaopr.com.br/ ou 41.2101.8800

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nova edição da Geração Sustentável - Matéria de Capa

Visão interior, olhar exterior

É preciso saber dosar, na medida e no momento certo, o uso das ferramentas e indicadores de sustentabilidade corporativa

Quem nunca se imaginou dotado de uma visão de raios-x, assim como o famoso super-herói criado em 1938. Afinal, além de super-homens e super-mulheres, a sociedade atual necessita, com urgência, de super-empresas capazes de lançar um olhar de raios-x para seus núcleos. Empresas que conseguem olhar para dentro de si mesmas têm enxergado, com mais facilidade, pontos que precisam de mudança. Esta visão é composta por indicadores e ferramentas para medir a sustentabilidade corporativa.
O consultor em Responsabilidade Social, Juvenal Correia Filho, que é e psicólogo com MBA em Direção Estratégica, ressalta que ética e transparência são fundamentais, pois conduzem todo o processo de responsabilidade socioambiental. Afinal, com uma visão autocêntrica e egoísta, as empresas passam a desempenhar um papel ruim na sociedade, pois criam expectativas que não são atendidas, mesmo que isso seja a longo prazo. “A nova competitividade das empresas passa pela sustentabilidade”, acredita.

Segundo ele, hoje os processos de gestão precisam dar uma resposta para o mercado e para os investidores, por isso, um olhar “para o umbigo”, neste caso, é indispensável. “O investirdor avalia, por exemplo, se a empresa se encaminha para uma economia verde”, exemplifica.

Neste aspecto é bom lembrar que até pouco tempo atrás, empresa sustentável era aquela que evidenciava sustentabilidade financeira, medida por relatórios e indicadores econômicos. “Atualmente, temos a concepção de uma nova criação de valor, que prioriza as três dimensões (econômica, social e ambiental) de forma equilibrada. Antes só importava o balanço financeiro, e os passivos gerados pelo valor econômico não entravam na questão”, lembra Correia Filho.

Embora ainda integre um processo em desenvolvimento, a gestão por indicadores acompanha a necessidade de se entender, inclusive, o que é o desenvolvimento sustentável. “Pois a empresa não existe só para ter lucro. Ela tem, inclusive em seu alvará, uma razão social. Tem que ter lucro e ser sustentável. É preciso investimento no equilíbrio e mudança de olhar para se chegar à longevidade”, sustenta.

Este processo, de acordo com o consultor, tem estreita relação com o diálogo realizado com os stakeholders, pois a longevidade é uma grande vantagem. “Eles querem saber se a empresa onde se está investindo tem menor possibilidade de gerar passivos, pois vivemos em um planeta com recursos finitos e é preciso administrar de forma sustentável”, comenta. Outra relevância destes indicadores é tirar a percepção errônea que RSE é ação social. “Não se trata de ser bonzinho, mas de se manter no mercado”, salienta.

Correia Filho alerta que para atender a todos estes objetivos de forma completa é fundamental, inicialmente, escolher a ferramenta correta, para não gerar uma “visão míope” sobre as empresas. Dois modelos amplamente utilizados são do Global Reporting Initiative (GRI), da organização com sede na Holanda; e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, instituição brasileira.



Nova edição da Geração Sustentável: Indicadores de Sustentabilidade

A nova edição da revista GERAÇÃO SUSTENTÁVEL já está circulando… O tema de capa é Indicadores de Sustentabilidade! Abaixo você tem acesso ao editorial e aos títulos das matérias e artigos. Está disponibilizado também um trecho da matéria de capa. Boa leitura !!!

EDITORIAL:

OS INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS QUE IMPULSIONAM OS NEGÓCIOS

Em toda a minha trajetória profissional, sempre ouvi nas reuniões estratégicas das empresas um tradicional jargão do mundo corporativo “Só se gerencia aquilo que se mede”. Essa frase dita por um dos mais importantes estudiosos da área da administração moderna (Peter Drucker) encaixa-se muito bem em se tratando de gestão para sustentabilidade empresarial. Por outro lado, cria-se um enorme drama para os gestores, pois começam aí muitas indagações… Como medir algo sistêmico e multidisciplinar? É suficiente medir com indicadores quantitativos usuais ou necessariamente precisam ser criados indicadores qualitativos?
Essas e outras perguntas são mencionadas nessa edição da revista juntamente à abordagem sobre os indicadores e as ferramentas disponíveis para as empresas medirem seus projetos socioambientais. Atualmente, as organizações, mundo afora, têm percebido que atuações nas áreas socioambientais são estratégicas para a continuidade e para a evolução dos negócios, mas como comprovar, de forma convincente, todos os esforços realizados nesse sentido? É correto realizar ações isoladas e enquadrá-las como responsabilidade socioambiental da empresa? Emitir um relatório recheado de cobertura jornalística, fotos e imagens de pessoas da comunidade sorrindo pode, de fato, qualificar a empresa com o título de “socialmente e/ou ambientalmente responsável”? Outro aspecto é a mensuração das ações socioambientais por meio do volume de recursos financeiros investidos. Isso é responsabilidade socioambiental? É possível medir melhoria na qualidade de vida da comunidade no entorno ou na recuperação de áreas degradadas por meio de “reais” investidos? O que de fato os treinamentos ou a quantidade de participantes em um evento melhoraram a qualidade de vida da comunidade, na empregabilidade dessas pessoas, na renda ou mesmo no grau de educação e de conhecimento? Foi feito algum acompanhamento da área degradada após o direcionamento de recursos? O que precisa de fato ser evidenciado em um balanço socioambiental não é o valor numérico, mas sim o resultado efetivo junto à localidade na qual foram realizados.
Esta edição não tem a intenção de criar indicadores ou responder a todas essas questões, mas provocar uma reflexão nos gestores de que indicadores são necessários. Apesar de todas as intenções positivas por parte das empresas em seus projetos, é necessário medir com efetividade. Responsabilidade ou qualquer outro nome que seja dado a esse compromisso empresarial faz parte das ações transformadoras junto à comunidade e ao meio ambiente e não apenas do registro de boas práticas.

Nessa edição também você encontra:

MATÉRIAS
Entrevista: Carlos Gusso (Risotolândia)
Matéria de Capa: Visão Interior, olhar exterior (acesse aqui a matéria)
Responsabilidade Social: Lições de cooperação e cidadania
Visão Sustentável: Relatando a Sustentabilidade
Energias Renováveis: O Futuro será elétrico
Responsabilidade Ambiental: CO2 Uma questão de controle
Gestão de Resíduos: Ideias que visam proteger o futuro
ARTIGOS
Ser Sustentável - Ivan de Melo Dutra - As vantagens de ser pequeno
Gestão Sustentável - Jeronimo Mendes - Governança Corporativa na empresa familiar
Meio Ambiente - Gastão Octávio da Luz - Os ambientes e as visibilidades
Destaque Jurídico - Antonio Claudio Demeterco - Os contratos de Franquias


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Inscrições abertas para 3º Ciclo do Holcim Awards

Começa no dia 01/07/2010 o prazo para as inscrições do 3º ciclo do Holcim Awards – concurso mundial criado pela Holcim Foundation for Sustainable Construction com o objetivo de reconhecer projetos baseados no conceito de construção sustentável que reúnam inovação, eficiência e visão de futuro para este segmento.


O período de inscrições segue até o dia 23 de março de 2011 pelo site http://www.holcimawards.org/

Podem participar do Holcim Awards arquitetos, projetistas, engenheiros e responsáveis por projetos de construção sustentável. Os projetos concorrentes devem ser apresentados em língua inglesa – idioma oficial da premiação – e devem ser desenvolvidos levando em consideração conceitos de sustentabilidade, que incluem: inovação e capacidade de transferência; padrões éticos e eqüidade social; uso eficiente de recursos naturais; desempenho econômico e compatibilidade; e impacto estético e adequação ao contexto.

Os projetos da categoria principal ainda devem estar em estágio avançado, com alta probabilidade de execução. Já a categoria Next Generation é aberta a jovens profissionais maiores de 18, completos até o dia 23 de março de 2011, que apresentam projetos criados nas universidades.

Os projetos inscritos serão avaliados por júris liderados por universidades parceiras de cada região e serão compostos por representantes independentes do setor da ciência, empresarial e sociedade civil. As universidades parceiras da Holcim Foundation são: Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, Suíça; o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, EUA; a Universidade de Tongji em Xangai (TDX), China; a Universidade Iberoamericana (UIA), no México; a Escola Superior de Arquitetura de Casablanca, em Marrocos; e a Universidade de Witwatersrand (Wits), em Johanessburgo, África do Sul. No Brasil, a instituição conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP).


O Prêmio

Considerado o maior prêmio de estímulo à construção sustentável do mundo, o Holcim Awards ocorre em nível regional e global, sendo que a primeira etapa é realizada em cinco regiões: Europa, América do Norte, América Latina, África&Oriente Médio e Ásia&Pacífico.

No total, o Holcim Awards irá distribuir US$ 2 milhões em prêmios para os melhores projetos em construção sustentável. Cada uma das cinco regiões distribuirá US$ 300 mil, sendo divididos em: US$ 100 mil para a categoria Ouro, US$ 50 mil para a categoria Prata, US$ 25 mil para a categoria Bronze além de US$ 50 mil para a categoria Next Generation. As regionais poderão apontar 4 projetos para receber Prêmios de Reconhecimento, concedidos pelo júri, totalizando até US$ 75 mil.

Na fase global, os projetos que forem premiados com Ouro, Prata e Bronze, de cada região, serão submetidos a um júri mundial. Os vencedores desta etapa receberão um total de US$ 350 mil, sendo US$ 200 mil para o prêmio Ouro; US$ 100 mil para o prêmio Prata; US$ 50 mil para o prêmio Bronze.


Destaque para o Brasil


Em sua edição anterior, que contemplou o ciclo de 2007 a 2009, o Holcim Awards recebeu cerca de 5 mil inscrições provenientes de 90 países. Do Brasil foram inscritos 294 projetos, havendo destaque para o País na etapa regional latino-americana com 5 projetos premiados com medalhas de prata e bronze na principal categoria, prêmio Next Generation e duas menções honrosas (Holcim Awards Acknowledgement prizes).

Entre os premiados da etapa regional no 2º Ciclo do Holcim Awards estavam o projeto da Midiateca da PUC Rio do Rio de Janeiro, assinado por Angelo Bucci da SPBR arquitetos (Prata); e a torre multifuncional compacta, que abriga uma cisterna para coleta de água de chuva, a caixa de água e um equipamento coletor solar para aquecimento de água de autoria de Maria Andrea Triana, Roberto Lamberts e Marcio Antonio Andrade da LabEEE da UFSC, Florianópolis (Bronze). Outros detalhes sobre os projetos brasileiros podem ser encontrados no site da Holcim Foundation - http://www.holcimfoundation.org/T880/Finalistprojectsfrom10countries.htm


Sobre a Holcim Foundation

Com sede em Zurique, na Suíça, a Holcim Foundation for Sustainable Construction foi criada pelo Grupo Holcim, em 2003. Atuando independentemente da Holcim , a instituição incentiva soluções sustentáveis, sob os aspectos tecnológicos, ambientais, sócio-econômicos e culturais, que possam impactar mundialmente o setor da construção.

A Holcim Foundation conscientiza a opinião pública sobre o importante papel que os profissionais do segmento têm para viabilizar um ambiente verdadeiramente sustentável para as gerações futuras, adotando práticas inovadoras. Entre as iniciativas da Holcim Foundation estão: difundir as melhores práticas, buscar soluções pioneiras e influenciar jovens arquitetos, engenheiros, projetistas e construtores para que adotem parâmetros inovadores e sustentáveis em seus projetos de construção.

Isto é feito por meio de três ações principais, realizadas em ciclos de 3 em 3 anos: o Holcim Fórum - simpósio que fomenta discussões sobre o futuro do ambiente construído; o Holcim Awards - maior prêmio de construção sustentável que elege projetos que se destacam neste segmento no mundo; e o Holcim Projects – fomento a projetos de construção civil e pesquisa que acelerem o progresso e contribuam para a promover a construção sustentável.

Para despertar a atenção e inspirar as novas gerações de profissionais do setor de construção civil, a Holcim Foundation atua diretamente na disseminação dos conceitos de construção sustentável, por meio de parcerias com universidades da América Latina, América do Norte, Europa, África e Ásia.


Fonte: www.inpresspni.com.br

Itaú promove debate sobre tendências de TI verde no Brasil e no mundo

Edição 2010 do Sustentabilidade em Pauta - encontro promovido periodicamente pela instituição financeira - ocorreu hoje com o objetivo de discutir e difundir ações, desafios e resultados na área de tecnologia sustentável. Participaram GM, Pão de Açúcar e Booz & Company

O Itaú Unibanco realizou no dia 30/06/2010 a 6ª edição do Sustentabilidade em Pauta, evento que tem como objetivo levantar, debater e disseminar questões relacionados a sustentabilidade ambiental, social e econômica. O tema escolhido para a primeira edição do evento em 2010 foi TI Verde – cases nos setores de indústria, varejo e serviços.

O encontro reuniu a diretora de tecnologia da informação da Booz & Company, Renata Serra; o diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco, João Bezerra Leite; o diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul, Cláudio Martins; e Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar.



Os principais pontos abordados foram:



Booz & Company

Renata Serra, diretora da prática de tecnologia da informação da Booz & Company

Renata Serra, diretora da prática de tecnologia da informação da Booz & Company, abriu o Sustentabilidade em Pauta abordando as diferenças entre as tendências mundiais e as práticas aplicadas no Brasil. Padrões que são utilizados em diferentes regiões do mundo, como a certificação RoHS (Ásia e Europa), e a EPEAT (EUA), que soma os selos RoHS e EnergyStar, ainda não fazem parte da realidade brasileira de forma generalizada. “Os governos tem papel importante para a disseminação de práticas de TI Verde na medida em que são grandes consumidores de tecnologia e podem exigir padrões sustentáveis de produção aos fabricantes. Dessa maneira, lideram e disseminam a cultura sustentável para o setor”, completa ela.

Renata ressalta que as práticas sustentáveis na área de tecnologia devem estar inseridas na governança das empresas. “Iniciativas isoladas não geram resultados tão positivos quanto uma prática estruturada possibilita. É um campo repleto de oportunidades e, para aproveitá-las, é preciso desenvolver políticas de controle, além de meios para gerir fornecedores e mensurar resultados”, afirma Renata. A principal oportunidade, aponta ela, é na economia de energia, que pode chegar a 40%, além da área de TI ser uma importante alavanca para melhorar as ações de sustentabilidade nas empresas e na sociedade como um todo

Itaú Unibanco

João Bezerra Leite, diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco

O diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco, João Bezerra Leite, apresentou as principais ações do banco na área de tecnologia sustentável e os resultados decorrentes dessas atitudes. Dentre as principais ações está o descarte responsável de lixo eletrônico. Do início de 2009 até agora, a instituição recolheu mais de 220 toneladas de e-lixo por meio do programa interno “Descarte Sustentável”, atingindo a marca de 98% de reaproveitamento do material coletado.

Com medidas como a consolidação e virtualização de servidores, a troca gradativa de monitores de tubo (CRT) para LCD; a utilização de desktops virtuais; a aquisição de equipamentos mais eficientes; e a redução de deslocamentos com uso de ferramentas tecnológicas o Itaú economizou, somente em 2009, mais de 1900 megawatt/hora e deixou de emitir 92 toneladas de CO2.

As principais metas para 2010 são expandir a capacidade do data center em proporção maior que o consumo de energia elétrica (Next Generation Data Center); disseminar tecnologias que ampliem o conceito green workplace, reduzindo deslocamentos por meio de soluções tecnológicas; estabelecer com fornecedores processos consistentes para descarte e reciclagem de equipamentos; e estimular o desenvolvimento de aplicativos verdes.



Grupo Pão de Açúcar

Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar

A substituição dos PCs por estações Thin Clients está entre as ações de TI Verde apresentadas por Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar, durante o Sustentabilidade em Pauta.

A tecnologia resulta em menor largura de banda de rede, baixa dissipação de calor e baixo consumo de energia. Com isso, o grupo economizará R$ 4,5 milhões somente em 2010 e prevê economia de R$ 13 milhões até 2013. “A nossa meta é realizar a substituição de 100% dos equipamentos até 2012”, afirma Vasconcellos.

O uso de etiquetas eletrônicas ao invés das tradicionais reduziu drasticamente a utilização de papel e impressoras, além de evitar diferenças de preços nos pontos de vendas nas três lojas em que a tecnologia foi implementada. Duas em Brasília e uma em São Paulo. Vasconcellos também ressaltou como principal desafio a mudança de cultura interna para realizar o abastecimento das lojas com base na previsão da demanda, diminuindo os volumes de mercadorias estocadas e a eventual falta de produtos nas gôndolas, além de otimizar os processos de compras e de logística integrada.


GM


Cláudio Martins, diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul

O case apresentado por Cláudio Martins, diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul, destaca a ação realizada pela companhia para diminuir a quantidade de impressões realizadas por seus colaboradores. Os números são impressionantes. Em 2002, eram impressas 52 milhões de páginas em 1600 equipamentos de diferentes tipos. O diagnóstico mostrou que faltava gestão e sobrava desperdício de recursos, como energia, papel e tinta.

A solução adotada pela montadora foi o desenvolvimento de um processo de gestão com o objetivo de otimizar a impressão de documentos. Entre as medidas, a aquisição de equipamentos mais modernos e em menor quantidade, o estabelecimento de meta de redução de 22% na quantidade de impressões e criação de relatório que aponta tipo e quantia de documentos impressos por usuário e departamento. Uma verdadeira mudança de cultura que resultou em economia de quatro milhões de kWh de energia.

Fonte: Itau Imprensa

Tecnologia em Saneamento

Amanco Biax reduz em 50% o tempo de obra de saneamento no Rio Grande Norte

Obra integra melhoria da infraestrutura da Praia da Pipa, um dos principais atrativos turísticos potiguares

A primeira instalação do Amanco Biax, no vilarejo turístico e ecológico de Praia da Pipa, no município de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, já comprovou as vantagens da linha, composta por tubos PVC-O (biorientado), para redes de adução e distribuição de água bruta ou potável e para esgoto por bombeamento. A execução da rede de esgoto, no trecho que compreende o novo anel viário da Praia da Pipa e a rodovia estadual RN 003 (que liga o município de Goianinha a Pipa), durou apenas 75 dias, enquanto que a mesma obra, se realizada com outro material, levaria cerca de 150 dias.

Totalmente de plásticos, porém robustos e resistentes, os tubos Amanco Biax são capazes de atender às redes de tubulações com pressão PN16. Como são mais leves do que os tubos de ferro fundido ou de fibra de vidro, tradicionalmente utilizados nesse tipo obra, seu transporte e manuseio são muito mais simples e ágeis, dispensando maquinários para movimentação de material pesado, o que permite a redução pela metade do tempo de instalação.

“Além disso, o tubo Biax, por ser robusto, suporta melhor as deficiências e irregularidades nos locais de instalação, não permitindo propagação lenta de uma possível fissura, evitando futuros vazamentos”, explica a analista sênior de Produtos da Amanco, Ana Christina De Lion. A combinação de resistência e ductilidade (capacidade elástica de deformação e resistência à pressão) reduz a possibilidade de danos ao tubo durante o manuseio e instalação. O Amanco Biax é flexível e sustentável, já que sua produção consome menos energia, minimizando o impacto ao meio ambiente.

O projeto original previa a utilização de tubos de ferro fundido, mas a necessidade de aceleração da obra, a fim de acompanhar o ritmo da conclusão da rodovia, fez com que a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern) optasse pelos tubos Amanco Biax. A rede de esgoto, executada pela Certa Construtora, beneficiará cerca de 50 mil pessoas, incluindo a população flutuante de turistas que se hospedam em pousadas e hotéis de Praia da Pipa. Foram utilizados na obra 80 tubos de 6 metros comprimento e 300 mm de diâmetro. Toda a ampliação da infraestrutura de saneamento da localidade, com recursos federais do Prodetur (Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo) e iniciada em outubro de 2009, deve ser concluída em abril de 2011.

Fonte: Ketchum

Pós Graduação: Sustentabilidade nas Edificiações


Curitiba contou com um dos maiores eventos nacionais sobre sustentabilidade


Educação ambiental é promovida para públicos diferentes, mas que objetivam a qualidade de vida com consciência e baixo custo

Catástrofes naturais têm feito o ser humano apurar um olhar diferenciado em relação ao meio ambiente. No Brasil, a proteção à natureza e o uso sustentável de recursos naturais se tornou lei em 27 de abril de 1999. Em 2010, a 5ª edição da Feira Reciclação, realizada no Expo Unimed Curitiba de 16 a 19 de junho, comprovou que sociedades leigas e especializadas estão aderindo cada vez mais aos eventos que apresentam projetos sustentáveis. Será uma tendência mundial ou um diferencial local?

Para Valdir Bello, diretor da Monte Bello Eventos, realizadora da Reciclação, o sucesso do evento, que acontece há cinco anos e com comprovado aumento de expositores e de público, se deve a este ser “um tema de interesse de todos, por apresentar propostas que procuram atender as necessidades dos resíduos urbanos, industriais e rurais”. Na primeira edição da Reciclação, em 2006, eram 29 expositores. Em 2010 a feira contou com a participação de 81 empresas. “Para 2011, estima-se que tenhamos um aumento de 30%, em comparação aos resultados deste ano, tanto de público, quanto de expositores”, conta Valdir.



Segundo o diretor, o direcionamento deste evento a dois tipos de públicos, o científico e o comum, fundamenta-se com dois objetivos: a geração de negócios e a viabilização da sustentabilidade. O primeiro visa o mercado da tecnologia ambiental, que ganhou destaque na última década, quando os desastres ambientais começaram a se fazer constantes nos noticiários. Já o segundo é dedicado, especialmente, à sociedade em geral, com a promoção da educação ambiental por meio da exposição de medidas simples, como a separação do lixo e o reaproveitamento e o redirecionamento de resíduos domésticos.



A Reciclação atende o artigo 1º da Lei nº 9.795/99: “Entendem-se por educação ambiental os processos dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. O artigo 2º ainda determina que a educação ambiental deva ser feita “em todos os níveis e modalidades do processo educativo, de caráter formal e não-formal”.



“A reciclagem é uma das ferramentas mais oportunas, eficiente e disponível à sociedade global, para se mitigar, pelo menos, parte dos efeitos da poluição por resíduos”, afirma Cláudio Barretto, consultor em novos negócios e tecnologia da Ambisol Soluções Ambientais Ltda, uma das empresas patrocinadoras da feira. Ele diz que a população mundial produz, aproximadamente, quatro milhões de toneladas de lixo por dia. No Brasil, a geração é de cerca de 150 mil toneladas de lixo/dia e a Grande Curitiba gera em torno de três mil toneladas diariamente. Por isso, Barreto acredita que a Reciclação segue uma tendência do mercado de feiras e eventos na contribuição com a saúde do meio ambiente.



A parceria global na luta pela conscientização ambiental

Em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), mais conhecida como Rio 92. 179 países assinaram a Agenda 21, considerada o maior instrumento de planejamento de ações sustentáveis. Deixa-se clara a necessidade urgente de se repensar e realizar mudanças nos padrões de produção e consumo. “Nós precisamos reduzir a velocidade da roda de consumo. Precisamos minimizar a geração de resíduos, buscar a eficiência energética e a preservação da água”, afirma Barreto. Sobre os processos industriais, o consultor considera o aprimoramento da legislação ambiental e a implementação de certificados de segurança ambiental, saúde e responsabilidade social como o impulso para a produção mais limpa. “A realidade já constatada por algumas empresas, quanto ao custo-benefício positivo, fruto do melhor desempenho econômico pela redução do desperdício, otimização energética e melhoria da imagem” é ressaltada por Barretto, como o incentivo para a adesão aos projetos sustentáveis e o respeito às leis.



Curitiba como exemplo

Para Valdir Bello, um dos fatores que contribuem com o sucesso da Reciclação é a escolha de Curitiba como cidade sede do evento. Para ele, a fama de capital ecológica gera “o interesse das empresas em apresentar seus produtos aqui”.



De acordo com Barretto, no Estado do Paraná, o Fórum Permanente da Agenda 21 vem desenvolvendo há anos um incessante trabalho de implementação da sua agenda. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA tem praticado ações para o controle e tratamento dos resíduos sólidos e programas de auditorias compulsórias. “A cidade é dotada de uma cultura de forte e eficiente estrutura organizacional, independente do seu governante”, afirma.



Educação com responsabilidade

Além da preocupação em fazer jus à capital do meio ambiente, a diretoria do Expo Unimed Curitiba avalia com cuidado os conteúdos dos eventos ali realizados. Isto porque o espaço está localizado dentro de uma das principais instituições de ensino superior do Paraná e é de fundamental importância que tudo o que se é apresentado contribua com a formação dos estudantes. “Para nós do Centro de Convenções da Universidade Positivo é de total relevância abrigar um evento que discute um assunto que tem total sinergia com alguns cursos da universidade”, declara Marcelo Franco, diretor-geral do Expo Unimed Curitiba. Segundo ele, na Reciclação 2010, os universitários puderam aprimorar seus conhecimentos e colocar em prática o que aprenderam em sala de aula. “Esse cuidado emana dos princípios que rege o Grupo Positivo: ética, trabalho e progresso. Jamais deixaremos de trabalhar em conjunto, visando, primeiramente, a formação cidadã dos nossos alunos”, destaca.





SOBRE O EXPO UNIMED CURITIBA - Centro de Eventos localizado no câmpus de uma das mais importantes instituições de Educação Superior do Brasil – a Universidade Positivo, em Curitiba (PR). O Expo Unimed Curitiba foi inaugurado no dia 29 de março de 2008 com mais de 8,3 mil m2 de área construída para recepcionar exposições, eventos empresariais, feiras tecnológicas, congressos científicos, entre outros eventos de destaque no cenário nacional e internacional. O complexo apresenta duas asas principais, separadas por um átrio de acesso e recepção. As asas possuem paredes removíveis e salas modulares que possibilitam a criação de espaços flexíveis, adaptados conforme as necessidades do evento. O Expo Unimed Curitiba conta ainda com estacionamentos com capacidade para mais de 2 mil veículos, restaurante, total infra-estrutura tecnológica, docas para carga e descarga de até 15 caminhões simultaneamente e demais serviços de apoio. Junto ao Expo Unimed Curitiba, encontram-se o Teatro Positivo – Grande Auditório (o maior do Paraná, com 2,4 mil lugares) e o Teatro Positivo – Pequeno Auditório (com 714 lugares).


Fonte: Lide Multimídia