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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Palestras no Rio Grande do Sul debatem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da ONU


Uma programação de palestras destinadas a divulgar e debater os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), marcará o mês de maio em Porto Alegre e também na instituição de ensino superior gaúcha Antonio Meneghetti Faculdade, localizada no município de São João do Polêsine (RS). Todos os finais de semana, a Antonio Meneghetti Faculdade apóia esse evento promovido pela Associação Brasileira de Ontopsicologia que convida um empresário ou pesquisador para falar sobre os Objetivos do Milênio e também sugerir ações práticas que possam contribuir com esses. No sábado, o convidado profere palestra na sede da instituição e, aos domingos, em Porto Alegre.

Na primeira edição dos encontros, dias 01 e 02 de maio, o convidado é o Presidente da empresa gaúcha de agronegócio Agropecuária Foletto, Ari Foletto. Ele abordará o primeiro ODM, que diz respeito a “erradicar a extrema pobreza e a fome”. Logo após a palestra do empresário, será exibido o vídeo de uma conferência proferida pelo presidente do Concelho Científico da Antonio Meneghetti Faculdade, Antonio Meneghetti. Acadêmico graduado com doutorados nos campos da Filosofia, Sociologia e Teologia, o professor italiano proporá formas com que a sociedade pode apoiar a luta contra a erradicação da fome e da pobreza.

O ciclo de palestras visa a divulgação dos ODMs e, assim, o incentivo para que se desenvolvam ações relacionadas a essas metas em meio a comunidade das regiões que sediam os encontros. Procura-se contribuir também com os esforços do Governo Federal em prol dos ODM, tendo em vista que o Brasil é um dos 191 países que assinaram a Declaração do Milênio, em 2000, se comprometendo a cumprir, até 2015, as metas referentes a cada Objetivo do Milênio.


A Antonio Meneghetti Faculdade tem sua história ligada a dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Ela foi criada no Centro de Arte e Cultura Humanista Recanto Maestro, projeto que foi reconhecido pela ONU, em 2007, como uma iniciativa que contribui para os ODM. Pela importância econômica que adquiriu para o município em que está localizado, sediando empresas, hotéis e centros de ensino, o Recanto Maestro foi também elevado a condição de distrito municipal. O reconhecimento pela ONU se deu em Genebra, na Suíça, durante a primeira edição do Encontro Ministerial Anual (Annual Ministerial Review, AMR), que é uma reunião de debates entre representantes das nações membro das Nações Unidas sobre o alcance dos Objetivos do Milênio. Dentre as 32 ONG's escolhidas para apresentarem seus projetos, estiveram presentes duas iniciativas brasileiras: uma da Legião da Boa Vontade (LBV) e outra a do Recanto Maestro, que nasceu de uma iniciativa da Associação Brasileira de Ontopsicologia.

As inscrições podem ser feitas no local, com um investimento de R$ 70,00 para a comunidade e de R$ 30,00 para estudantes e professores. Mais informações, pelo fone (55) 3289-1140 e (55) 9902-1138 ou pelo e-mail secretaria@ontopsicologia.org.br.

Saiba mais sobre o evento
O segundo encontro programado no ciclo de palestras abordará, no dia 08 de maio, o ODM 3 (igualdade entre sexos e valorização da mulher), o 4 (reduzir a mortalidade infantil), e o 5 (melhorar a saúde das gestantes), por meio de palestra com a empresária e pedagoga da Antonio Meneghetti Faculdade, Maria Alice Schuch.

No dia 22 de maio, é a vez do ex-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul hoje Vice-Presidente de Finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Ademar da Silva Junior, trazer o Objetivo 1, de Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome, para o cenário nacional da agricultura e pecuária.

O objetivo número 6, que fala em combater a AIDS, a malária e outras doenças, será abordado sob o ponto de vista da educação sexual para jovens no dia 29 de maio, com a psicóloga e consultora empresarial, Josiane Barbieri.

Oito objetivos para melhorar o mundo
Os ODM foram lançados em 2000, pela ONU, durante a Cúpula das Nações Unidas, em Nova York (EUA). No início de abril deste ano, a Secretaria da Presidência da República lançou o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM, que visa expor, para a ONU e para a sociedade, as ações públicas realizadas, até agora, em prol dos objetivos. Para conhecer o relatório, pode-se acessar o site do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada): www.ipea.gov.br




Conferência ANPEI contribui para a Política de Inovação do País

Conferência Anpei encerra-se com elaboração do documento para contribuir com a Política de Inovação do País


O Coordenador Geral da X Conferência Anpei – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, Mario Barra, apresentou o relatório final das contribuições dos 818 participantes do evento para elaboração do documento, a ser entregue ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), em maio próximo.


Segundo Barra, a dinâmica para coleta de recomendações à CNCTI foi inovadora e participativa. O documento gerado a partir da questão norteadora “O que é necessário para que o setor privado seja definitivamente o protagonista principal do desenvolvimento sustentável no Brasil através da inovação”, representa a contribuição de significativa parcela da comunidade brasileira envolvida com inovação, o que lhe confere a necessária legitimidade para o esforço de tornar o Brasil mais competitivo e inovador.


Para conseguir resolver a questão principal, a Anpei elaborou quatro perguntas básicas, relativas à cultura de empreendedorismo inovador; instrumentos fiscais e econômicos de fomento à inovação; sustentabilidade e competitividade; e a inclusão das empresas na governança e gestão de políticas públicas de inovação. Foram formuladas quatro perguntas aos participantes: a) de que forma induzir uma transição para uma cultura de empreendedorismo inovador no País?; b) o que é necessário para facilitar o acesso e a utilização de fomentos financeiros e econômicos para a inovação nas empresas, e quais instrumentos radicalmente novos podemos criar?; c) de que forma garantir que, ao inovar, as empresas sejam competitivas e sustentáveis?; d) como as Empresas devem ser incluídas na governança e na gestão dos instrumentos de fomento e políticas públicas de inovação?


As conclusões alcançadas a partir dessas questões serão novamente debatidas pela Anpei, para a criação de um documento definitivo até o fim de maio.


Maiores Informações:
altair@enfoque.com
www.enfoque.com

Artigo: O que é de todos...

Estamos no campo das suposições. Em um reinado distante, vasto e razoavelmente desenvolvido, tudo ocorria bem. O rei era um só, amado pelos seus súditos e reconhecido internacionalmente como um chefe de Estado e de governo carismático.
A alta burguesia não era grande, mas estava tão satisfeita. A baixa burguesia era bem maior que a alta e estava um pouco contrariada. Já o povo era composto por muitas pessoas, bem mais que a soma de todos os outros grupos do reinado. Todo esse povo acordava cedo, trabalhava e dormia cedo para poder trabalhar no dia seguinte. Os mais necessitados ganhavam todo o mês uma cesta de alimentos enviada pelo rei.

Continuamos no campo das suposições. Um belo dia aconteceu algo muito estranho nesse reinado. Todos os papéis sumiram. Documentos, livros, jornais. Tudo. Todas as matrizes gráficas e todos os equipamentos para reprodução. Enquanto os órgãos de segurança do reinado tentavam elucidar o mistério o rei começou a ficar aflito e chamou seus ministros.

- Todas as leis sumiram. Precisamos nos organizar e reescrevê-las, pois não quero ser conhecido internacionalmente como “o rei sem lei”.
E os ministros começaram a escrever novamente as leis do reino. Mas a alta burguesia ficou sabendo, se organizou rapidamente e reivindicou participação. Não havia como negar; praticamente todos os serviços do reinado estavam nas mãos deles! O trabalho foi reiniciado e, como agora havia muitos interesses, resolveram organizar uma comissão, que ficou conhecida como “Comissão Real de Estabelecimento da União” ou CREU.

A baixa burguesia ficou sabendo da situação e queria também participar. Era a chance de baixar as taxas e defender seus interesses. Mas ela não conseguia se organizar pois eram muitos interessados na representação e ninguém queria ceder para ninguém. Também a criação do CREU resultou em mais uma taxa real e a baixa burguesia precisou correr atrás de mais um prejuízo. O povo não ficou sabendo de nada. E mesmo que soubessem eram tantos que não saberiam se organizar a tempo para qualquer reivindicação. Finalmente, depois de alguns meses, o CREU finalizou o trabalho que foi apresentado ao rei. Ele considerou que o trabalho estava muito extenso – para que tantas leis? – e sentiu falta de um tópico.

- Onde estão as leis ambientais?
- Leis ambientais? Elas existiam? Perguntou o representante do CREU.
- Não sei se tínhamos, mas todos os reinados desenvolvidos têm e eu não quero ficar para trás.
E o CREU foi novamente convocado. E para este assunto o filho do rei foi nomeado presidente do CREU. Nenhum representante entendia de meio ambiente então resolveram convocar uma reunião com um especialista no assunto. E eles vieram e falaram:
- O reino tem vários problemas relativos ao meio ambiente. Atualmente os mais graves são o das enchentes, desmoronamentos e inundações.
- Mas as enchentes e inundações não são causadas pela chuva? Pergunto o presidente do CREU. Podemos editar uma lei que pare as chuvas?
E todos riram.

O especialista não se abalou com a demonstração de ignorância e continuou.
- A nova lei ambiental deve garantir que a vegetação natural seja mantida ao longo dos cursos de água e das nascentes. Também deve proibir qualquer tipo de edificação em encostas.
- O reino é um vale e temos muitas encostas onde moram os representantes do povo. Os lugares seguros são propriedade do rei. Não podemos alterar isso.
- Então a lei deve proibir que se impermeabilize o solo destes lugares com calçadas e castelos. A água precisa de local para ser absorvida pelo solo antes de chegar aos rios.
Todos os representantes do CREU riram e o príncipe dispensou o especialista. Imaginem modificar as lindas calçadas do reino, famosas no mundo todo!

Outro especialista foi chamado.
- Não podemos utilizar combustível fóssil como base energética, pois é um recurso finito e muito poluente. A lei deve favorecer a pesquisa e o uso de fontes alternativas de energia. Também precisamos limitar o número de carros e garantir acesso ao transporte coletivo.
- Mas logo agora que descobrimos uma imensa fonte de petróleo no subsolo do reino? Não, não podemos fixar esta lei. Também fizemos convênio com indústrias automobilísticas que trarão muitas fábricas para nossas terras. E assim foi. Vários especialistas se pronunciaram, mas em vão. Nem uma única lei foi escrita. Precisavam comunicar o rei. Ele era um sábio e poderia dar uma solução.

O rei ouviu os relatos em silêncio. Estava preocupado. O grande banquete anual para todos os monarcas importantes do planeta seria no dia seguinte e ele havia preparado um belo discurso sobre as novas leis de seu reinado. E no texto a questão ambiental era fundamental. Ele dispensou a CREU e ficou o resto do dia meditando. No dia seguinte pela manhã as leis estavam completas e modernas. A lei ambiental tinha apenas um artigo! O próprio rei escreveu antes de embarcar para o encontro global. E naquela mesma noite, perante os soberanos mais importantes da Terra o rei pronunciou seu discurso e sua lei ambiental: “O meio ambiente é de todos e cabe a todos o dever de zelar por ele”. E foi aplaudido de pé. Porque todos os demais reis sábios presentes sabem que o que é de todos não é de ninguém. Por isso eles eram os reis. (Texto inspirado na obra “O que é a Constituição” de Ferdinand Lassale: e-book em http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/constituicaol.html).


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Curitiba leva prêmio e é eleita cidade mais sustentável do mundo

Curitiba foi eleita em março o prêmio Globe Award Sustainable City, que elege a cada ano a cidade mais sustentável do mundo. O prêmio é organizado pelo Globe Forum, da Suécia. A eleição de Curitiba foi unanimidade entre os jurados.

O objetivo do prêmio é destacar cidades com excelência em desenvolvimento urbano sustentável e torná-las exemplos positivos para outras cidades. Além de Curitiba, as finalistas eram Sydney, na Austrália; Malmö, na Suécia; Murcia, na Espanha; Songpa, na Coreia do Sul; Stargard Szczecinski, na Polônia. Este é o segundo prêmio mundial vencido por Curitiba neste ano. Em janeiro, a cidade ganhou o Sustainable Transport Award, em Washington, pela implantação da Linha Verde.

O júri avaliou itens como preservação de recursos naturais; bem-estar e relação social nas cidades; inteligência e inovação nos projetos e programas; cultura e lazer; transporte; confiança no setor público e gerenciamento financeiro e patrimonial. O carro-chefe do case apresentado por Curitiba ao comitê foi o programa Biocidade, que integra a questão ambiental a todas as ações do Município. Segundo o secretário do Meio Ambiente de Curitiba, José Antônio Andreguetto, “o Biocidade é um modelo de desenvolvimento local em que o cidadão leva o conceito de sustentabilidade para dentro de casa”, analisou.

Para o secretário, a cidade foi capaz de receber o prêmio por uma série de iniciativas e também algumas estratégicas. “Um aspecto foi a apresentação do projeto com links da cidade no serviço de mapas na internet do Google, o Google Earth . Dessa forma, os jurados puderam ler o case de Curitiba e ainda visualizar a cidade, que possui 18% de área verde. Esse valor é quase igual a reserva legal, que é uma exigência das propriedade rurais”, explicou. Outros projetos decisivos para tornar Curitiba a cidade mais sustentável do mundo foram também aqueles ligados às políticas públicas para incentivar a conservação de áreas verdes, “como os parques, as transferências de áreas e a redução de IPTU para as áreas verdes e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipais (RPPNM)”, afirmou Andreguetto . Ele ainda citou os planos de habitação através da Cohab e os cursos para profissionais da área de jardinagem, que são capazes de gerar conhecimento e renda.

Em nota oficial, o comitê de jurados afirmou: "Curitiba demonstrou grande profundidade no nível de entendimento da essência para o desenvolvimento sustentável de uma cidade, nas políticas públicas e na implementação das ações. Particularmente, a abordagem holística com que a cidade encarou os desafios da sustentabilidade é bem delineada e gerenciada numa clara demonstração de forte e saudável participação da comunidade e integração da dimensão ambiental com as dimensões intelectual, cultural, econômica e social."

Além da premiação, Curitiba terá participação especial na Conferência Mundial de Sustentabilidade Globe Forum, que acontecerá em Estocolmo, nos dias 28 e 29 de abril. Curitiba terá um palestrante na sessão Inovação em Cidade Sustentável e um espaço para exibição de seus programas no salão de exposições da Conferência. A cidade também ganha dois anos como membro especial do Globe Forum, em 2010 e 2011, e destaque nas Conferências que acontecerão em Dublin, em novembro de 2010, e em Gdansk, em 2011.


Na foto ao lado, José Antônio Andreguetto - Secretário Municipal de Meio Ambiente (à direita) e o Diretor Executivo da Revista GERAÇÃO SUSTENTÁVEL, Pedro Salanek Filho, na semana da premiação da cidade de Curitiba.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nova edição da GERAÇÃO SUSTENTÁVEL já está disponível

A edição 17 da revista já está pronta!
Acompanhe a seguir o Editorial.

As cidades e as borboletas

“O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você”, era o conselho do poeta gaúcho Mário Quintana, para quem ele chamava de “caçadores de borboletas”. Eram aqueles que buscavam beleza e sabedoria para suas terras e saíam a caçar borboletas em lugares distantes. Ao serem caçadas, ali permaneciam por pouco tempo, já que sempre acabavam indo embora.

Esse conselho é uma metáfora que pode ser aplicada tanto na vida pessoal de muita gente como também na história de populações inteiras, ou de algumas cidades. Nessa edição, a GERAÇÃO SUSTENTÁVEL mostra a trajetória de cidades que passaram por dificuldades incríveis e souberam reverter a situação quando descobriram a capacidade de “cuidar de seu próprio jardim”. Nesse trabalho, perceberam que o único jeito era trabalhar em equipe e então desencadearam processos de desenvolvimento local que dificilmente serão desmanchados. Afinal, criaram a cultura do sábio pensamento em conjunto, capaz de proporcionar e multiplicar o crescimento em todos que estão ao redor, respeitando individualidades e o meio em que vivem.

O modelo que cada um encontrou para ter desenvolvimento é o que menos importa. Mas sim o fato de que descobriram potencialidades dentro de sua própria cultura e foram buscar lá fora somente mecanismos para ajudar a despontar o crescimento.

Também nessa edição, o leitor vai conhecer um pouco de um processo que é sustentável em todo seu ciclo, que é a indústria da fitoterapia. Além dos segredos das empresas que souberam adotar o Marketing Verde e ainda o que empresas de setores como de tintas e cigarros e estão fazendo para diminuir o problema que os resíduos de seus produtos causam à sociedade e ao meio ambiente.

Boa leitura!
Pedro Salanek Filho
Diretor Executivo
pedro@geracaosustentavel.com.br



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sexta-feira, 23 de abril de 2010

RANKING BENCHMARKING, 08 ANOS SELECIONANDO AS MELHORES PRÁTICAS PRÓ-SUSTENTABILIDADE

Já passaram pelo crivo do Programa Benchmarking e hoje integram o maior Banco de Boas Práticas Pró-Sustentabilidade de livre acesso do país, mais de 100 instituições brasileiras. São empresas e gestores Benchmarking, reconhecidos como detentores das melhores práticas de sustentabilidade, e por isto, exemplos a seguir.

O Programa Benchmarking desde 2003 adota os princípios Benchmarking para selecionar e rankear as melhores práticas. Neste período contou com mais de 80 especialistas de diversos países na comissão técnica que avaliam os cases inscritos. É um programa independente que adota o conhecimento aplicado para desenvolver, difundir e incentivar a adoção das boas práticas nas organizações. Para total independência e credibilidade do processo, não tem patrocínio, e adota regulamento e metodologia próprios para garantir precisão técnica no resultado final.

Hoje, o Banco de Práticas Pró-Sustentabilidade do Programa Benchmarking conta com 171 práticas organizadas em 10 temáticas gerenciais: Resíduos, Energia, Gases e Poluentes, Recursos Hídricos e Efluentes, Educação, Informação e Comunicação Ambiental, Ferramentas e Políticas de Gestão. Manejo e Reflorestamento, Pesquisas Científicas e Desenvolvimento de Novos Produtos, Proteção e Conservação e Arranjos Produtivos.

SUSTENTABILIDADE, COMPARTILHAR PARA CRESCER

Com esta meta, além do Banco de Boas Práticas, este rico acervo alimenta publicações e eventos técnicos. Desde o inicio, os cases Benchmarking fazem parte da grade dos encontros técnicos GMGA (Grupo Multidisciplinar de Gestão Ambiental), e a partir de 2008, estão presente no Benchmarking Internacional da FIBoPS – Feira Internacional para o Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais que já promove o intercâmbio dos cases brasileiros com cases de outros. Já tivemos o intercâmbio do Brasil com outros 12 países nas edições 2008 e 2009.

O acervo Benchmarking é também compartilhado em diversas publicações. Em 2007, foi lançado o Livro BenchMais, as 85 melhores práticas da gestão socioambiental do Brasil (*), correspondente as quatro primeiras edições do Programa; em 2008 foram lançados o Guia das Boas Práticas com periodicidade anual, e a Revista Benchmarking com periodicidade quadrimestral. Em 2009, foi lançado o Boletim MAIS SUSTENTÁVEL com periodicidade bimestral.

Mais de 60 mil profissionais, especialistas e lideranças já tiveram contato com as praticas selecionadas pelo Programa



RECONHECIMENTO E PARTICIPAÇÃO INTERNACIONAL

A metodologia de seleção e definição do Ranking Benchmarking determina que a comissão técnica seja multidisciplinar e representante de segmentos significativos e respeitados, renovados anualmente.

Dentro deste contexto, os mais atualizados especialistas ligados a reconhecidas instituições integram a comissão que avalia o case inscrito sem ter acesso ao nome da empresa para assegurar total imparcialidade e credibilidade. Já integraram a comissão técnica do Programa Benchmarking mais de 80 especialistas de diversos países e continentes.

A comissão técnica 2010 congrega participações de especialistas de 06 países: Brasil, USA, Escócia, Portugal, Alemanha e Inglaterra. Veja abaixo depoimento de alguns de seus integrantes:

"O importante trabalho do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro ajuda empresas a encontrar seu caminho certo em um futuro sustentável. Aqui você pode encontrar as melhores práticas em termo de responsabilidade socioambiental que podem inspirar as mudanças na sua organização. O bom exemplo da sua empresa pode inspirar outros”, segundo Heiko Spitzeck, Professor da Universidade de Cranfield Doughty do Centro de Responsabilidade Corporativa, Reino Unido.

Já para Michel H. Magnocavallo, Diretor Executivo do Escritório de Projetos Mercosul em Frankfurt: "Acredito que a sustentabilidade está cada vez mais passando a ser compreendida como um fator com influência direta no resultado econômico de uma empresa. Ao mesmo tempo em que agradeço imensa e honradamente o convite para integrar esta comissão, aproveito a oportunidade para parabenizar o Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro pelo pioneirismo em proporcionar ao empresariado esta ferramenta ímpar de acesso às melhores práticas de gestão socioambiental."

Para integrar o Ranking Benchmarking 2010 e ser reconhecido como uma instituição adotante e promotora das boas práticas pró-sustentabilidade é necessário inscrição até 30/05/2010.

Informações, regulamento e inscrições no site www.benchmarkingbrasil.com.br

Blog brasileiro ganha na categoria "Mudança Climática" em Berlim

O blog brasileiro "Coluna Zero", em que um grupo de jovens analisa de forma divertida e informal as diferentes realidades sociais e ambientais do país, ganhou nesta quinta-feira (15) o prêmio de melhor blog na categoria "Mudança Climática", pelo Best of the Blogs (BOBs) em Berlim.

A categoria Mudança Climática foi criada este ano. O blog "Coluna Zero" promete, na página inicial, trazer "informações e opiniões sobre meio ambiente, preservação ambiental e consumo consciente", além de desbravar "de uma forma bem informal e descontraída as belezas naturais de cada local, as pessoas e os lugares onde se divertem".


O blog brasileiro Coluna Zero, que ganhou disputa na categoria "Mudança Clmática", em Berlim

Os prêmios são concedidos pela rede alemã de televisão para o exterior "Deutsche Welle" (DW) que deu o título de melhor blog do ano para o site "Ushauidi.com". Nascido no Quênia, o blog recolhe testemunhos de pessoas que vivem em zonas em conflito e em lugares afetados por catástrofes naturais.

Já "A volta ao mundo de Asun e Ricardo" ficou com o prêmio de melhor blog em espanhol. O site narra as viagens do casal que decidiu rodar o globo em comemoração aos seus 25 anos de casados.

A "Deutsche Welle" anunciou os ganhadores em uma cerimônia realizada no teatro de variedades Friedrichstadtpalast de Berlim. São 11 seções por idiomas e outras multilingüísticas, como a de Melhor Podcast, Melhor Videoblog e BlogWürst, para os projetos mais inovadores.

O prêmio Repórteres sem Fronteiras ficou para o blog "Somos Jornalistas" da iraniana Zhila Bani Jaghob. Nesta categoria também concorria o "Ciudad Juárez, na sombra do narcotráfico", da jornalista espanhola Judith Torrea.

"Com o prêmio, queremos destacar seu compromisso com o direito à liberdade de expressão. É uma das poucas jornalistas que ainda trabalha no Irã", destacou o júri. Zhila foi presa pela terceira vez após as eleições do Irã no ano passado e libertada 70 dias depois.

Embalagem reciclável vale desconto para o consumidor

Desde o dia 12 de abril, uma embalagem Tetra Pak de sucos Del Valle garante R$ 0,30 de desconto na compra de outro Del Valle em um supermercado Carrefour. Dez lojas da rede no Estado de São Paulo estão credenciadas para a promoção, uma parceria de Instituto Akatu, Coca-Cola Brasil (fabricante dos sucos), Tetra Pak e Carrefour para estimular a reciclagem de resíduos e o consumo consciente.

Todas as embalagens coletadas serão doadas, beneficiando diretamente cooperativas e gerando renda para catadores. Além de estimular o engajamento da sociedade no processo de coleta seletiva e reciclagem, o esforço preserva a qualidade das embalagens quando retornam à cadeia produtiva como insumo, diminuindo o impacto ambiental da produção.

“Acreditamos na força da cooperação entre indústria, fornecedores, organizações da sociedade civil e consumidores para alavancar ainda mais os índices de reciclagem no Brasil, que atualmente já ocupa posição de destaque no cenário mundial”, afirma Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu.

Segundo Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil, “o principal objetivo do programa é fomentar um ciclo perfeito de aproveitamento dos resíduos, de maneira que, processados adequadamente, retornem à cadeia produtiva como insumos, protegendo o meio ambiente”.

Para Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade do Carrefour, “a iniciativa é mais uma importante contribuição para estimular a reciclagem de resíduos sólidos pela população e se soma às diversas ações que a rede já realiza na área, focadas na promoção de um consumo mais consciente e sustentável”, avalia.

As lojas Carrefour participantes são Pinheiros, Pamplona, Morumbi, São Vicente, Santos, Santos Praiamar, Cambuci Lion, Campinas D. Pedro, Piracicaba e Campinas Dunlop.

10ª Conferência Anpei debate Cooperação para Inovação Sustentável

Encontro irá de 26 a 28 de abril, em Curitiba, e apresentará palestras e exemplos de empresas inovadoras

A inovação e a sustentabilidade estarão no centro das discussões da 10ª Conferência Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de abril em Curitiba, no Cietep (Centro de Inovação, Educação, Tecnologia e Empreendedorismo do Paraná), na Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico. O tema do encontro deste ano será a “Cooperação para Inovação Sustentável”.
São esperados cerca de 700 participantes, que terão a oportunidade de acompanhar palestras de especialistas de renome nacional e internacional, como a do professor Stuart L. Hart, da Cornell University (EUA), autor de livros e artigos sobre inovação e sustentabilidade; das autoras da obra The Future of Innovation, a alemã Bettina Von Stamm e a russa Anna Trifilova; e do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), Luciano Coutinho, que falará sobre as políticas e iniciativas de apoio à tecnologia e do Movimento Empresarial pela Inovação. Além disso, o encontro contará com a apresentação de 55 casos bem-sucedidos do uso da inovação em favor da sustentabilidade, sendo 25 deles do Paraná.
Para o coordenador da 10ª Conferência Anpei, Mario Barra, o objetivo é impulsionar o intercâmbio de ações e informações para ampliar o uso das práticas inovadoras. “A Conferência Anpei é o único evento que reúne contribuições de gestores de planejamento e desenvolvimento das empresas, para estimular a inovação na iniciativa privada do Brasil”, ressalta. A própria instituição deverá inovar neste ano com a criação de uma rede social na internet, que será usada ao longo da conferência para troca de informações e ideias entre os participantes.
Será elaborado e apresentado, ainda, um documento com as propostas para a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em maio. O documento será feito a partir de uma dinâmica realizada entre os presentes e terá como objetivo apresentar sugestões para a criação de uma política de estado que privilegie o protagonismo do setor privado para o desenvolvimento sustentável e a inovação.
A 10ª Conferência Anpei tem o apoio da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e é realizada pela primeira vez em Curitiba. Detalhes sobre a programação e outras informações podem ser consultadas no site www.anpei.org.br/xconferencia.

A Anpei é uma instituição com 26 anos e que congrega 150 associados, com atuação voltada para o incentivo da inovação tecnológica no Brasil.

Curso de Sustentabilidade nos negócios: 14 de Maio - IBQP



SAIBA MAIS: http://www.ibqp.org.br/

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Somar sensibiliza para replantio de mata nativa no Jacuí

Somar sensibiliza para replantio de mata nativa no Jacuí

A Somar - Sociedade Mineradora, em parceria com o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí, está sensibilizando proprietários de terras da região a se engajar a um grande mutirão de replantio de mata nativa nas margens do rio. Donos de áreas de 40 municípios vizinhos podem contar com o suporte da empresa que dará apoio técnico para o plantio e também ajudará na manutenção dos canteiros, através de informações e cuidados relativos à forma de irrigação e controle de pragas. Para ingressar no projeto Elo Verde, basta se candidatar junto ao Comitê pelos telefones (51) 3731-3744 ou pelo e-mail baixojacui@yahoo.com.br.

A Somar tem estrada em ações de sustentabilidade. Desde 2003 desenvolve o Margens Vivas, projeto dedicado à conscientização ambiental de crianças e jovens por meio do plantio de mudas nativas em áreas ribeirinhas e em municípios integrantes da Bacia do Baixo Jacuí. A experiência resultou no primeiro arboreto didático implantado em uma escola do Brasil. Os estudos envolveram os temas Formações Florestais do Rio Grande do Sul, Ecossistemas Brasileiros, Reinos Florísticos do Mundo e Espécies Emblemáticas.

Saiba mais: A Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí tem área de 17.345,15 km² e população estimada em 385.496 habitantes. Os principais cursos de água são os arroios Irapuã, Capané, Botucacaí, Capivari, do Conde, dos Ratos, dos Cachorros e Ibacurú. A principal atividade desenvolvida na região é a lavoura de arroz, incluindo também a de milho, fumo e hortigranjeiros.


Municípios que compõem o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí e que podem participar do projeto: Agudo, Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, Candelária, Cerro Branco, Charqueadas, Dom Feliciano, Dona Francisca, Eldorado do Sul, Encruzilhada do Sul, Faxinal do Soturno, General Câmara, Ibarama, Ivorá, Júlio de Castilhos, Lagoa Bonita do Sul, Mariana Pimentel, Minas do Leão, Montenegro, Nova Palma, Novo Cabrais, Passo do Sobrado, Passa Sete, Pântano Grande, Pinhal Grande, Restinga Seca, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Santana da Boa Vista, São Jerônimo, São João do Polêsine, Sertão Santana, Silveira Martins, Sobradinho, Triunfo, Vale Verde.


Mais sobre a Somar
Uma das mais importantes empresas do setor da mineração de areia no Rio Grande do Sul, a Somar - Sociedade Mineradora, completou 26 anos em 2009 com um dado alentador: tem mais de 75 milhões de metros cúbicos de reservas, confirmados por 300 furos de sondagem executados neste ano, quantia suficiente para atender o crescimento de demanda esperado para os próximos quatro anos, em função da Copa de 2014 e da consequente perspectiva de que grandes obras, como a construção da Rodovia do Parque (BR-448), finalmente saiam do papel. Em 2010, o setor estima crescer pelo menos 20% no Rio Grande do Sul.

Responsável pelo aproveitamento de areia em uma jazida de 22 quilômetros localizada no principal rio do Estado, o Jacuí, a Somar foi a primeira empresa do Brasil a implantar o uso do GPS nas 16 dragas que operam em suas concessões, possibilitando que suas atividades sejam monitoradas 24 horas por dia pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O sistema, que hoje é utilizado apenas no Rio Grande do Sul e pela Petrobras na Bacia de Campos, permite que técnicos do órgão verifiquem se a extração de areia está sendo feita nos lugares e horários determinados pelas licenças ambientais, e que suspendam as atividades, remotamente, em caso de irregularidades. Esta e outras iniciativas da Somar garantem que, em um quarto de século, ela jamais tenha sofrido uma notificação, autuação, multa ou condenação ambiental.
Saiba mais: E-mail neiva@neivamello.com.br

Foto: Empresa também investe na conscientização dos jovens (Crédito - Divulgação)

Palestra: Desafios Sustentabilidade e Conjuntura Brasileira


terça-feira, 20 de abril de 2010

Instituto Ethos lança site sobre a norma ISO 26000


O objetivo do novo site é facilitar a compreensão da norma de responsabilidade social da ISO e estimular seu emprego por organizações brasileiras.


O Instituto Ethos acaba de inaugurar um site dedicado exclusivamente à divulgação de informações sobre a norma ISO 26000, que deverá ser lançada em dezembro. Trata-se do ISO 26000 – Norma Internacional de Responsabilidade Social, cujo endereço é www.ethos.org.br/iso26000.

Segundo Gustavo Ferroni, coordenador do projeto no Instituto Ethos, o site foi desenvolvido para ser uma ferramenta didática que facilite a preparação dos usuários para a chegada da ISO 26000. “É uma ferramenta de disseminação, destinada a facilitar a compreensão do conteúdo da norma de responsabilidade social da ISO, e servirá de apoio para todos os interessados no assunto, sejam empresas, ONGs, estudantes ou outros que queiram se informar sobre a norma”.

O site mostra todo o processo de construção da ISO 26000, dá um panorama de seu conteúdo e apresenta notícias e novidades sobre a norma. Um dos destaques é a seção “Processo de Construção”, que apresenta uma linha do tempo com os principais passos para a criação da norma. Outro destaque é a seção “Olhares sobre a Norma”, que estabelece relações entre o conteúdo da ISO 26000 e outros documentos de responsabilidade social.

Algumas partes do site ainda estão em construção. De acordo com o coordenador, essas páginas serão concluídas conforme seu conteúdo esteja disponível. “Algumas análises da norma em relação a outras ferramentas são complicadas e serão disponibilizadas apenas quando o conteúdo estiver pronto e com qualidade. Mas outras partes do site são informativas e já podem ser aproveitadas”, informa Ferroni.


GT Ethos ISO 26000


O Instituto Ethos acompanha a ISO 26000 desde antes do início de sua elaboração. Participou ativamente do processo internacional de construção da norma e desenvolveu aqui no Brasil uma série de atividades relacionadas à iniciativa. Além de promover palestras e oficinas em várias cidades do país, o Ethos criou em 2005 o Grupo de Trabalho Ethos para a ISO 26000. Composto por empresas associadas ao instituto e organizações convidadas, o GT Ethos ISO 26000 tinha como objetivo discutir a norma de maneira a subsidiar as posições do Instituto Ethos no processo internacional.

Durante a Conferência Internacional Ethos 2010, será realizada uma oficina sobre a convergência entre os Indicadores Ethos e a ISO 26000. Para obter informações sobre o evento e fazer sua inscrição, acesse o site www.ethos.org.br/ci2010.

Inovação no agronegócio brasileiro - Economia de água potável

Projeto criado pelo C.E.S.A.R proporciona aumento na produção agrícola, economia e melhor aproveitamento da água

Até o ano de 2050, a população mundial deve crescer para o número de 2,3 bilhões de habitantes. A estimativa é da agência especializada das Nações Unidas, que lidera os esforços internacionais para erradicar a fome, a Food and Agriculture Organization of the United Nations. Entre as preocupações deste crescimento populacional está o fornecimento de alimentos. Para poder abastecer toda esta população, a produção agrícola mundial precisa crescer em 70%, ou seja, mais que a metade do que já se produz. Mas de que forma pode-se aumentar a produção com os mesmos recursos territoriais que existem atualmente, considerando que 70% da água potável no mundo já é utilizada na agricultura?

O desafio está na implantação de novas tecnologias na produção e processamento de alimentos. Aliás, uma das formas que podem ser utilizadas para enfrentar este grande desafio foi produzida e está sendo testada no Brasil. Trata-se do Monitor de Irrigação, projeto criado e desenvolvido pelo C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), que utiliza Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) direto no campo e permite acompanhamento e controle pelo celular do pivô central. Ou seja, uma inovação agregada a um processo já existente nas plantações que viabiliza o monitoramento e o controle de irrigação de forma eficiente, econômica e responsável.



A inovação no agronegócio que aumenta a produção e controla o consumo de água potável

Normalmente, o pivô, sistema de irrigação, fica instalado no meio do plantio afastado da sede das fazendas. A observação da lâmina d’água ou qualquer ajuste que ele necessite tem que ser analisado localmente, um por um (é comum que existam vários equipamentos em uma mesma fazenda). Por este motivo, acontece de o equipamento desligar, jorrar água demais, ou de menos, por vários dias seguidos sem que seja percebido.

A água utilizada por dia para irrigar um hectare com pivô central corresponde à água demandada por dia para atender 200 pessoas. Um pivô em média é capaz de irrigar 50 hectares, o que corresponde ao abastecimento de uma cidade de 10 mil habitantes. Não existem dados oficiais consolidados sobre a população de pivôs centrais no Brasil, porém os fabricantes deste equipamento estimam que existam atualmente no Brasil cerca de 12.000 unidades de pivô central, com taxas de crescimento em torno de 8% ao ano. Ou seja, realizando uma conta rápida, um dia de irrigação desta base de pivôs pode consumir água suficiente para abastecer uma população de 120 milhões de habitantes por um dia.

Neste contexto, considerando a necessidade de uso racional e otimizado da água para irrigação através de pivôs centrais, o grande problema atual dos pivôs centrais no Brasil é a precariedade no seu manejo e a falta de informações confiáveis. Todo o processo é manual e está bastante suscetível a falhas. Atualmente, um funcionário percorre de moto as grandes distâncias entre pivôs para verificar seu funcionamento e realizar a sua programação. Se cada um dos 12.000 pivôs instalados no Brasil funcionar por mais de 10 minutos além do previsto, teremos um desperdício de água suficiente para abastecer uma população de 800 mil pessoas por um dia. Ou seja, a responsabilidade da eficiência do consumo de água pelos pivôs centrais está fortemente concentrada, literalmente, nas mãos dos trabalhadores rurais, neste caso chamados “pivozeiros”, que contam, muitas vezes, com poucos recursos tecnológicos para fazer melhor uso da água.

Com o dispositivo elaborado pelo C.E.S.A.R, o pivô passa a ser monitorado e controlado na palma da mão, por um celular, possibilitando que o seu funcionamento seja observado sem dificuldades a todo instante. Com isto, o desperdício de água diminui e há aumento da produtividade, uma vez que o pivô fica ajustado para trabalhar em sua totalidade. A observação do equipamento indica que, estando tudo bem ajustado, a produtividade possa aumentar em até quatro vezes. “O monitor de irrigação é o primeiro de uma série de produtos e serviços que levamos para o agronegócio. Vamos explorar a utilização de TIC para trazer solução de problemas para o setor”, diz Eduardo Peixoto, executivo de desenvolvimento de negócios do C.E.S.A.R.

O agronegócio representa 35% da economia do país, com média de 27 milhões de pessoas trabalhando direta e indiretamente ligadas ao setor. Na safra atual, o Brasil deverá colher mais de 144 milhões de toneladas de grãos, o que representa cerca de 6% da produção mundial, com potencial para crescer ainda mais. “Para continuar sendo competitivo no mercado internacional e fazer frente à China, por exemplo, é preciso incrementar a produção e alcançar a produção de 300 milhões de toneladas de grãos até 2018”, esclarece Peixoto.

No Brasil são apenas 115 empresas que produzem soluções de software para o agronegócio, na sua grande maioria com soluções focadas em gestão. O maior uso de tecnologia no agronegócio evita desperdícios (especialmente de água) e aumenta ainda mais a produtividade. Este dado mostra que ainda há muito que avançar na junção da Tecnologia da Informação e Comunicação com o agronegócio brasileiro.



A aplicação do Monitor de Irrigação em qualquer plantação

Com o Monitor de Irrigação agregado ao pivô central, os produtores conseguem alcançar inúmeros benefícios ao seu negócio, como o ganho na produção. Durante os testes realizados no Brasil, além de estudos e pesquisas realizados pelo C.E.S.A.R, verificou-se que o Monitor de Irrigação pode dar ganho de produtividade de quase 200% para plantações de café, 150% para arroz, 60% para milho, trigo, algodão e feijão e 25% para soja.

O Monitor de Irrigação pode ser instalado em terrenos planos ou ondulados, possibilitando, também, a aplicação de fertilizantes pelo sistema do pivô, bem como proporcionar a irrigação localizada.

Sobre o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.) – Com atuação de mais de 14 anos, o C.E.S.A.R. é um instituto privado de inovação que desenvolve produtos, processos, serviços e empresas com base na Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Atua como intermediador de centros de pesquisas, universidades e empresas, gerando uma rede de conhecimento para a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). Conta com mais de 500 colaboradores nas cidades de Recife, São Paulo e Curitiba, esta última onde está situado o C.E.S.A.R. Sul, braço do instituto responsável pela abrangência de empresas regionais bem como o estudo do mercado local. Site: http://www.cesar.org.br/

Pioneirismo – COPEL Apresenta Energia Alternativa na RECICLAÇÃO 2010

Na Feira RECICLAÇÃO deste ano, a Companhia Paranaense de Energia (Copel), uma das principais empresas apoiadoras e expositoras do evento, estará com um amplo stand onde levará ao público a apresentação de uma experiência pioneira no país e que teve muito êxito no setor elétrico brasileiro. É a aquisição de energia elétrica gerada a partir de biogás energético, resultante da biodigestão de dejetos de animais da suinocultura.

Esse tipo de fornecimento de energia, denominado geração distribuída, é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e funciona em cinco localidades como protótipo em operação de caráter comercial. Após muitos testes realizados no decorrer de 2008, com resultados bastante satisfatórios, a Copel fez uma chamada pública para comprar energia excedente dos projetos. São seis contratos, que totalizam potência de até 524 kW (quilowatts), energia que atende cerca de 130 moradias de padrão médio desde o ano passado.


Marlene Zanin, Diretora de Meio Ambiente da COPEL discursando na abertura oficial da RECICLAÇÃO 2009.
Segundo o coordenador de energias renováveis da Copel, Francisco José Alves de Oliveira “Esta é a primeira vez em que uma iniciativa de energia alternativa de pequeníssimo porte se liga à rede, é regulamentada pela Aneel e tem autorização para que seja aplicada em todo o País. Em breve, o projeto estará em todo o Paraná”, avisa o coordenador. Para a diretora de Meio Ambiente da Copel, Marlene Zanin, a iniciativa da geração distribuída de energia impressiona por vários aspectos sustentáveis e pela quebra de paradigmas. “Afinal, garante enormes ganhos ambientais, dá uma alternativa de energia limpa, reutiliza os dejetos da suinocultura, além de trazer benefícios econômicos aos pequenos produtores e criadores de animais por meio do sistema oficial de compra e fornecimento de energia”, analisa.

A COPEL apóia e participa da RECICLACÃO por entender que o evento é um excelente fórum para que possamos apresentar ao público consumidor, nossos projetos que visam a diminuição da poluição e a preservação ambiental, precisamos apoiar estas iniciativas, que visam a multiplicação das ações e a disseminação da consciência ambiental.


LANÇAMENTO:



O hoje Governador Orlando Pessuti, na época vice-governador em visita ao stand da COPEL na RECICLAÇÃO 2009.



Aproximadamente 60 pessoas participaram do lançamento oficial da RECICLAÇÃO no dia 08 de abril e puderam conhecer melhor a proposta da quinta edição do evento, que acontece entre os dias 16 a 19 de junho e trará uma programação repleta de iniciativas que visam incentivar a reciclagem e a preservação ambiental.

Simultamente a feira serão realizados eventos de cunho técnico científico, que visam à melhor capacitação de profissionais do setor, entre eles; III Seminário de Saneamento Ambiental, promovido pela 3R AMBIENTAL, II Seminário de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas, realizado em parceria com o Mestrado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA / USP) e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, II Seminário de Reciclagem Agrícola – Resíduos de Origem Urbana, Industrial e Rural, promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná Curitiba (AEAPR-Curitiba), e o Curso Introdução ao Mercado de Reciclagem ministrado por profissionais do portal RECICLAVEIS.COM.

Para quem deseja conhecer mais a respeito do evento considerado o maior do Brasil direcionado à reciclagem e sustentabilidade ambiental ou então garantir espaço para exposição na feira poderá entrar em contato pelo site www.montebelloeventos.com.br/reciclacao, ou através do e-mail: montebello@montebelloeventos.com.br / telefone (41) 3203-1189

segunda-feira, 19 de abril de 2010

GIFE ANUNCIA PRIMEIROS RESULTADOS DO CENSO SOBRE INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO BRASIL

Entidade prevê aumento de investimento em 2010, chegando ao patamar de R$ 2.012 bilhões


Durante a abertura do 6º Congresso GIFE sobre Investimento Social Privado, que acontece nesta semana no Rio de Janeiro, o secretário-geral do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Fernando Rossetti, comentou os primeiros registros da quinta edição do Censo da entidade sobre investimento social privado (ISP) no Brasil. O documento reúne dados do último biênio (2007 – 2009) e ressalta que ainda em 2010 o setor prevê investir mais de R$ 2 bilhões no país, registrando crescimento de 6,23% sobre 2009. O Censo indicou também que Educação ainda permanece como o principal setor que recebeu mais recursos no período. O estudo teve a parceria do IBOPE Inteligência/ Instituto Paulo Montenegro e do Instituto Itaú Cultural.

A relação entre o investimento social privado e a crise financeira, deflagrada no final de 2008, sofreu pouco impacto. No ano passado os investimentos tiveram uma redução de 6% em relação ao ano anterior. Porém, vale ressaltar que 45% dos investimentos originalmente planejados, representando a maioria, permaneceram no ano passado, 29% teve uma ligeira redução e 18% teve uma significativa redução.

“O terceiro setor triplicou de tamanho e as empresas cada vez mais tem alinhado seus interesses corporativos com as ações sociais, o que mostra que tivemos na época da reorganização de ambientes, que favorecem o crescimento da sociedade civil”, afirmou Rossetti.

Os associados à rede estão presentes com projetos e programas em todo Brasil. A distribuição está mais concentrada no Sudeste, seguido pela região Sul. Logo depois vem o Centro-Oeste, seguido pelo Nordeste. A região Norte tem o menor volume de atuação. Além de Educação, no ano passado, algumas áreas tiveram aumento importante de investimento como Cultura e Arte, Formação para o Trabalho, Esportes e Comunicação.

“Um dos desafios do terceiro setor é nacionalizar os investimentos, fazendo com que os Investimentos Sociais Privados não permaneçam apenas nos locais e regiões em que são geradas as riquezas. Precisamos pensar como fazer isso”, ressaltou o secretário-geral do GIFE.


Visão para o ISP em 2020

Durante o 6º Congresso GIFE sobre Investimento Social Privado, foi lançada a Visão para o ISP 2020. Segundo Fernando Rossetti, serão necessários dez anos para estabelecer um panorama do setor. “O GIFE só tem 15 anos e neste período já obteve conquistas importantes para no âmbito social. Pensar em mudanças estruturais requer este tempo. Nossa meta é estabelecer um setor de investimento social privado relevante e legítimo que abranja diversos temas, regiões e públicos, formado por um conjunto sustentável e diversificado de investidores”, concluiu Rossetti.

O GIFE congrega organizações de origem privada e financiadoras de projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. O perfil dos associados que participam da pesquisa que gera o Censo GIFE é composto por 54% de Associações / Fundações Empresariais, 24% de Empresas, 11% de Associações / Fundações Independentes, 6% Associação / Fundação Comunitária e 3% de Associação / Fundação Familiar. A Rede GIFE – por reunir alguns dos maiores investidores do país – compõe um grupo que responde por cerca de 20% do total investido na área social pelo setor privado, de acordo com dados da pesquisa Ação Social das Empresas, do IPEA.


Solicite maiores informações pelo e-mail: tatiana@gife.org.br

Projeto de Lei para Gestão de Esgoto

Projeto de lei prevê a identificação da bacia hidrográfica na conta de água e esgoto

Vereador Omar Sabbag Filho apresentou projeto de lei para identificar a destinação dos esgotos gerados pelos domicílios nas contas/fatura de água e esgoto.

A proposição n. 005.00068.2010 garante à população de Curitiba ter conhecimento, em suas contas/faturas e em outros documentos de cobrança dos serviços aos usuários, das informações relativas à destinação do esgoto coletado.

A conta/fatura deverá trazer explicitada a ligação ou não da unidade ao sistema de coleta e de tratamento, a identificação da sub-bacia hidrográfica em que o domicílio ou unidade territorial está localizada , a identificação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) ou estrutura utilizada para acolher ou tratar os esgotos coletados e onde estão sendo depositados os efluentes tratados na respectiva sub-bacia hidrográfica a qual pertence.

Para o vereador, “os instrumentos legais que este projeto propõe darão ao cidadão curitibano e ao governo municipal condições de ampliar o acompanhamento da oferta e da qualidade dos serviços de saneamento básico especialmente no que tange à destinação dos esgotos sanitários”.

Os rios que atravessam a cidade de Curitiba e suas respectivas bacias hidrográficas tornam visível a necessidade de ações que promovam a sua despoluição, pois a presença de esgotos sanitários lançados inadequadamente são as principais causas desta poluição. Esse projeto de lei complementa o que determina o Decreto Federal Nº 5.440, de março de 2005, que exige que se veicule nas contas/faturas informações sobre a qualidade da água distribuída à população.





Leia abaixo a íntegra da Proposição:


PROPOSIÇÃO N° 005.00068.2010

O Vereador Omar Sabbag Filho infra-assinado, no uso de suas atribuições legais, submete à apreciação da Câmara Municipal de Curitiba a seguinte proposição:

Projeto de Lei Ordinária

SÚMULA

Dispõe sobre a obrigatoriedade da concessionária que explora os serviços públicos de abastecimento de água, de coleta, remoção e tratamento de esgotos sanitários do Município de Curitiba identificar nas contas/faturas a destinação dos esgotos gerados pelos domicílios.

Art. 1º Fica o concessionário dos serviços públicos de abastecimento de água, de coleta, remoção e tratamento de esgotos sanitários do Município de Curitiba obrigado a explicitar, nas contas/faturas e outros documentos de cobrança dos serviços aos usuários, as seguintes informações relativas à destinação do esgoto coletado:

I - Explicitação da ligação, ou não ligação, da unidade ao sistema de coleta e de tratamento;

II - Explicitação da sub-bacia hidrográfica em que o domicílio ou unidade territorial está localizada;

III - Explicitação da sub-bacia hidrográfica na qual o efluente tratado está sendo disposto;

IV - Explicitação da sub-bacia hidrográfica em que está localizada a Estação de Tratamento de Esgotos ou estrutura utilizada para acolher e ou tratar os esgotos coletados;

V - Identificação nominal da Estação de Tratamento de Esgotos ou estrutura em que o tratamento está sendo realizado;

Art. 2º Para efeitos desta lei entende-se:

I - por sub-bacia hidrográfica: a sub-divisão territorial do município de Curitiba pela Prefeitura Municipal de Curitiba considerando a rede hidrográfica nele existente. No caso de a dejeção ocorrer fora dos limites de Curitiba, considerar-se-á a nomenclaturada da própria sub-bacia hidrográfica.

II - por efluente tratado: as águas residuárias do esgoto tratado.

Art. 3o Compete à Prefeitura Municipal de Curitiba fiscalizar o disposto na presente lei.

Art. 4º Para adequar-se às novas regras determinadas por esta lei, a concessionária terá o prazo de 180 dias contado da publicação desta lei.

Art. 5º O não cumprimento desta lei sujeitará a concessionária às seguintes penalidades:

I - Multa de 03 (três) salários mínimos na incidência da infração;

II - Multa de 93 (noventa e três) salários mínimos, no caso da 1ª reincidência;

III - Multa de 183 (cento e oitenta e três) salários mínimos, no caso da 2ª reincidência;

IV - Multa de 273 (duzentos e setenta e três) salários mínimos, no caso da 3ª reincidência;

V - Multa de 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos, no caso da 4ª reincidência e para cada reincidência subseqüente.

Parágrafo único: Para efeito de aplicação das multas deverá ser considerado o salário mínimo nacional.

Art. 6º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, sendo revogadas todas as disposições em contrário.

Palácio Rio Branco, 12 de abril de 2010

Omar Sabbag Filho
Vereador

Justificativa

Curitiba é conhecida mundialmente pelos seus diversos exemplos de preservação, conservação e recuperação ambiental promovidos através de políticas públicas voltadas aos cuidados com a Natureza. Tem desenvolvido ações que são utilizadas como referência por várias cidades ao redor do mundo.

Para que esta cultura se consolide, as questões ligadas ao saneamento básico devem ser conduzidas sob a égide da “melhoria contínua” dos serviços prestados à população. Abrangendo desde a captação de água nos mananciais de abastecimento até os corpos hídricos receptores dos efluentes das estações de tratamento de esgotos; dos hábitos de consumo e geração de resíduos sólidos até o seu processamento, reaproveitamento e destinação final de rejeitos; dos cuidados com a permeabilidade do solo até a adequada utilização dos sistemas urbanos de drenagem de águas pluviais.

O cidadão curitibano tem, como dever de cidadania, importante papel neste processo, pois é através de sua conduta como usuário de um sistema público de saneamento básico que as condições ambientais da cidade se mantém em níveis adequados para a existência humana coletiva.

Os instrumentos legais que este projeto propõe darão ao cidadão curitibano e ao governo municipal condições de ampliar o acompanhamento da oferta e da qualidade dos serviços de saneamento básico especialmente no que tange à destinação dos esgotos sanitários.

Os rios que atravessam a cidade de Curitiba e suas respectivas bacias hidrográficas tornam visível a necessidade de ações que promovam a sua despoluição, pois a presença de esgotos sanitários lançados inadequadamente são as principais causas desta poluição.

Este projeto de lei, além de complementar o que determina o Decreto Federal Nº 5.440, de março de 2005, que exige que se veicule nas contas-faturas informações sobre a qualidade da água distribuída à população, dará instrumentos à Prefeitura Municipal de Curitiba para a fiscalização deste serviço e para o cidadão curitibano as condições de acompanhar a qualidade do serviço que lhe é prestado.

Universidade Positivo inicia campanha para diminuir o uso de copos plásticos

Universidade Positivo inicia campanha para diminuir o uso de copos plásticos


A instituição está distribuindo aos funcionários copos rígidos de plástico (não descartáveis). Não é segredo que os plásticos prejudicam o meio ambiente. Não somente por seu tempo de decomposição – ele demora até 100 anos para se degradar – mas, também, porque quando jogado em aterros prejudica a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis. Na tentativa de ampliar suas ações de sustentabilidade, a Universidade Positivo deu início a uma campanha que visa diminuir o número de copos plásticos usados pelos funcionários da instituição.

Desde o fim do ano passado, estão sendo distribuídos para professores e funcionários UP copos rígidos de plástico (não descartáveis). “Essa iniciativa pretende difundir a consciência ambiental na instituição. Por meio desta atitude simples e prática, podemos contribuir para o futuro do planeta, além de dar bom exemplo para os alunos”, explica o diretor administrativo da UP e idealizador do projeto, Jair Bordignon.

A ação faz parte da política de defesa do meio ambiente adotada pela Universidade Positivo, que já pratica a separação dos resíduos por meio do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e da Saúde.

SOBRE A UNIVERSIDADE POSITIVO – A Universidade Positivo materializa, na Educação Superior, a excelência que o Grupo Positivo alcançou na oferta de educação. Para assegurar uma sólida formação profissional, com base nos valores do saber, da ética, do trabalho e do progresso, e adequada às exigências do mercado de trabalho, mantém parcerias com entidades e instituições públicas e privadas. O câmpus Ecoville foi especialmente projetado com o objetivo de integrar as modernas instalações físicas à preservação do meio ambiente. É nesse câmpus modelo, comparável às melhores instituições internacionais, que a Universidade Positivo oferece cursos de Graduação, de Pós-Graduação e Pesquisa e de Extensão. O Centro Tecnológico da Universidade Positivo, com sede no câmpus Ângelo Sampaio, tem uma proposta diferenciada e oferece Cursos Superiores de Tecnologia de curta duração, para quem busca formação sintonizada com as necessidades do mercado de trabalho. Na Graduação, a Universidade Positivo ainda conta com a Escola de Negócios, que tem como objetivo ser referência no desenvolvimento do ensino de Negócios. Por meio de clínicas, a instituição presta um importante serviço à comunidade com atendimento gratuito em várias áreas. O mesmo acontece com o Hospital da Cruz Vermelha, que triplicou sua estrutura física e duplicou sua capacidade de atendimento, graças à parceria, firmada em 2004, com o curso de Medicina. O Grupo Positivo, do qual a Universidade Positivo faz parte, é a maior corporação de Educação do Brasil, conta com mais de 7,5 mil colaboradores e mantém negócios em países da América, da Ásia, da África e da Europa.
saiba mais: www.up.edu.br

Artigo: Gestão do Lixo

LIXO QUE NÃO É LIXO, É DINHEIRO

*João Paulo Maranhão

Nas últimas semanas, batalhas acirradas vêm sendo travadas na cidade de Curitiba e Região Metropolitana, em virtude da necessidade de se conseguir uma nova área para a destinação do lixo produzido pela nossa população. É evidente que o aterro do Caximba já está, há muito tempo, com sua capacidade de estocagem e armazenamento esgotada, sendo que a manutenção desse local como aterro sanitário pode causar e causará até o mês de novembro de 2010 – data limite para fechamento do mesmo – diversos danos ao meio ambiente e à saúde da população que reside na região.

Mas porque tanta discussão sobre esse assunto? Por que tantas medidas judiciais se não existem dúvidas de que outro local tem que ser escolhido? Por que tantos interesses particulares tentam se sobrepor aos interesses da coletividade, que tem como direitos fundamentais a saúde e o bem estar? A resposta para estas indagações é simples: atualmente o lixo é dinheiro. Não pensem que só porque o lixo é tido como algo que não presta, que é descartado, que ele não tem seu valor.

O que para a maioria da população é um mal, para alguns é um bem, ou melhor, uma mina de dinheiro inesgotável, na medida em que a tendência é a de que a cada dia que passa, mais lixo venha a ser produzido por nossa população que não pára de crescer, muito menos de consumir. Certo é também que dar a correta destinação ao lixo é medida necessária, sendo que não se tem mais dúvidas de que o Poder Público “prefere” delegar tal atribuição do que arcar com essa responsabilidade. Fala-se isso pois efetivamente são poucas as Prefeituras de nosso país que adotam políticas públicas específicas para o lixo, não sendo Curitiba uma delas.

A perpetuação da manutenção de aterros sanitários como o do Caximba, constitui-se em um sério problema sanitário, pois tal tipo de armazenamento de lixo expõe as pessoas a várias doenças, tais como parasitoses, além de contaminar o solo, as águas e os lençóis freáticos. Tanto isso é verdade que por diversas vezes já se teve notícias dessa condição em relação ao aterro do Caximba, em especial no que se refere a destinação do chorume em águas fluviais de rios da nossa Região Metropolitana.

Novas tecnologias devem ser implementadas, adotando-se sistemas de reciclagem e queima de resíduos, tais como os utilizados em outras capitais de nosso país, abdicando-se a prática hoje utilizada em nossa Capital. O tempo urge, sendo que Prefeitura não pode continuar perpetuando brigas judiciais visando corrigir um procedimento licitatório que ao que tudo indica já nasceu fadado ao insucesso, pois como dito anteriormente, interesses econômico-financeiros de particulares querem ser tidos como mais importantes dos que os interesses da coletividade.

Soluções para a destinação do lixo, que não aquela pleiteada na licitação que agora se encontra suspensa, existem, sendo medida salutar que a Prefeitura adote outra visão em relação a este tema, pois se isso não ocorrer, é provável que o caos se instale quando da chegada do esgotamento do aterro do Caximba.

*João Paulo Maranhão é sócio-advogado do Escritório Katzwinkel & Advogados Associados

Artigo: Direito Ambiental

PRINÍCIOS DO DIREITO AMBIENTAL

*Sabrina Maria Fadel Becue

A evolução do direito ambiental acompanha a crescente preocupação humana com o ambiente à sua volta. Mas somente na década de 1920, com a massificação das relações sociais, foi reconhecida a existência de direitos metaindividuais, entre eles, o direito à vida saudável. A tutela ambiental está assentada nesta premissa: necessidade de criar e preservar um ambiente adequado para desenvolvimento pleno do homem e das gerações futuras.

Pautado pelo objetivo exposto, as legislações e as declarações internacionais trazem uma série de princípios definidores da tutela ambiental, entre eles os princípios da precaução; do desenvolvimento sustentável; do poluidor-pagador; e da participação e responsabilidade comum, mas diferenciada. O princípio da precaução impõe que, na presença de dúvida quanto à segurança de um produto e no emprego de uma técnica ou incertezas em relação à ocorrência de dano ambiental, o ato deve ser evitado. Esse princípio sofre ferrenhas críticas em razão da sua abstração conceitual e aplicação casuística, já que os parâmetros de cientificidade variam de acordo com as normas de cada país. Contudo, elas não devem ser levadas a sério, visto que as políticas ambientais trabalham sempre com a potencialidade de dano e conseguem, mesmo assim, transformar a incerteza em dados e ações concretas através, por exemplo, do Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

“Caminhando” lado a lado com o princípio da precaução, o princípio do desenvolvimento sustentável transmite a idéia de ação em longo prazo. A necessidade de tutelar a qualidade de vida das gerações futuras, manejando corretamente a escassez dos recursos naturais, veda práticas predatórias. Se por um lado a livre iniciativa e atividade de empresa são garantias constitucionais, por outro, o desenvolvimento tecnológico permite que as empresas subsistam e lucrem com a implementação de práticas limpas e com melhor aproveitamento dos recursos naturais. O princípio não pressupõe a ingenuidade do intérprete quanto aos danos gerados por toda atividade industrial. O risco é ínsito à sociedade contemporânea, mas é preciso achar um ponto de equilíbrio implantando técnicas alternativas e com a utilização racional dos meios naturais.

Já o princípio do poluidor-pagador imputa a todos que desenvolvem atividades impactantes ao meio ambiente uma responsabilização própria desse novo ramo do direito. O ordenamento transfere os custos com políticas de prevenção de danos, exige medidas de monitoramento da atividade e, configurada a lesão, impõe também a reparação. Atuando nessas três frentes ele consegue desmistificar a idéia de que a poluidor não será apenado se houver garantias quanto à capacidade de indenizar as vítimas: degradar o meio ambiente não é uma opção. O Estado visa a internalização dos custos causados pelas atividades poluidoras na estrutura de produção e consumo, em outras palavras, encarece as atividades danosas ao meio ambiente, primeiro porque o causador deve ser o maior responsabilizado pelos danos e, segundo, porque esse é um meio eficaz de prevenção e incentivo ao emprego de ‘técnicas limpas’.

Por fim, resta analisar o princípio da responsabilidade comum, mas diferida. Este princípio reconhece que, em primeiro lugar, os países desenvolvidos, além de possuírem mais recursos para investir na proteção ao ambiente, normalmente são os maiores responsáveis pelos danos gerados. Considera também as diferenças entre os ecossistemas do planeta. Todos devemos zelar pela preservação do meio ambiente, contudo, as frentes de atuações e os montantes de investimentos realizados se diversificam. O Fundo Multilateral, criado pelo Protocolo de Montreal, é a expressão mais saliente do princípio, pois concede ajuda financeira aos países em desenvolvimento, para que aperfeiçoem os produtos, de modo a não mais prejudicar a camada de ozônio. No âmbito interno, temos o Fundo Nacional de Meio Ambiente, instituído pela Lei 7.797/89, que prevê recursos públicos a serem manejados pela própria administração ou por entidades privadas sem fins lucrativos, sob supervisão da SEMA, para realização de projetos voltados às unidades de conservação, ao desenvolvimento tecnológico, ao controle ambiental, entre outros (art. 5º).

Todos esses princípios são extraídos da sistemática adotada pelas legislações voltadas à proteção ambiental e tentam compatibilizar a ação humana com a necessidade de se proteger a natureza que nos circunda. Justamente por guardarem uma visão holística do processo de desenvolvimento social e dos danos que eventualmente este venha a causar ao ambiente, trazem em seu bojo medidas eficazes, quando aplicadas, para racionalização dos recursos naturais em prol da qualidade de vida.


*Sabrina Maria Fadel Becue é membro do escritório Katzwinkel e Advogados Associados.

sábado, 17 de abril de 2010

Mercado de carbono cresce e deve aumentar demanda interna no Brasil

Mercado de carbono cresce e deve aumentar demanda interna no Brasil

Especialista da Brookfield Energia Renovável, Julien Dias, ministra palestra nesta segunda-feira, sobre o mercado de carbono no País

O mercado mundial de projetos associados a créditos de carbono deve alcançar US$ 170 bilhões em 2010. Terceiro colocado neste cenário o Brasil retém 10% das transações e se coloca, principalmente, como exportador. Assim como a maioria dos países em desenvolvimento, o País comercializa os créditos de carbono gerados por projetos que envolvem Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) com fábricas ou termelétricas da Europa, por exemplo. Nesta troca, as indústrias conseguem atingir suas metas e o País se beneficia de uma fonte de renda, que nasceu da preocupação com o meio ambiente. Para se ter uma idéia, a renda anual brasileira com exportações de certificados de emissões somam US$ 476,5 milhões por ano.

Mas o cenário deve mudar nos próximos anos. Segundo o especialista da Brookfield Energia Renovável, Julien Dias, que trabalha com crédito de carbono desde 2003, a demanda interna deste mercado vai aumentar significativamente nos próximos anos. Segundo a lei 12.187/2009, assinada em dezembro pelo presidente Lula, a meta brasileira de redução das emissões de CO2 entre 36,1% para 38,9% até 2020. “Muitas organizações terão que apagar sua pegada de carbono e devem procurar empresas especializadas não apenas em vender os créditos, mas em mensurar e estabelecer inventários, para definir metas e ações”.

Na mesma linha, a demanda por profissionais capacitados também aumentará. Segundo Julien, a carência por “colarinhos verdes” é mundial. E no Brasil a palavra de ordem é antecipação. “A prática ainda não está na agenda do empresariado de forma sólida, mas já é lei e deve sofrer duras fiscalizações nos próximos anos. Temos que nos antecipar”.

Julien Dias estará em Curitiba na próxima segunda-feira (19/04), quando ministra a palestra “Mudanças no clima - Qual a sua estratégia de negócio?”. O evento será às 19h na sede do ISAE/FGV.


Convite à imprensa

Palestra - “Mudanças no clima - Qual a sua estratégia de negócio?”

Palestrante – Julien Dias é graduado em Administração de Empresas; MBA em Finanças pelo IBMEC/SP e Pós-graduado em Finanças pela University of London. Está no mercado financeiro há mais de 10 anos, atuando em Project Finance, Corporate Finance e Operação Estruturada. Trabalhou em diversas empresas multinacionais e bancos, como por exemplo, Santander, Orbitall (Citigroup), Saint-Gobain entre outras e, atualmente, na Brookfield Energia Renovável. Desde 2003, trabalha com Crédito de Carbono e foi responsável por 5 dos 105 projetos Brasileiros de Crédito de Carbono registrados na ONU. Participou da COP-15 em Copenhague como parte da delegação oficial do Brasil.

Data: 19/04/2010
Hora: 19h
Local: ISAE/FGV – Avenida Visconde de Guarapuava, 2943, Centro.

Inscrições gratuitas pelo e-mail: eventos@isaebrasil.com.br

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Relatório Social Unilehu 2009/2010

Lançamento do Relatório Social Unilehu 2009/2010

Neste dia 7 de abril, a Unilehu (Universidade Livre para a Eficiência Humana) reuniu novamente seus parceiros e outros convidados para divulgar o seu Relatório Social 2009/2010, que discorre sobre todas as atividades realizadas no ano anterior e oferece uma perspectiva dos desafios que estão pela frente. O lançamento teve a participação do consultor paulista Reinaldo Bulgarelli, sócio da Txai Consultoria e referência no tema da diversidade que realizou uma palestra com o tema “Diversidade”. Num clima descontraído, ele falou sobre a riqueza das diferenças na descoberta de soluções inovadoras para a sustentabilidade das empresas. Por meio de uma sensibilização com imagens sugestivas, propôs que cada um redimensionasse o seu tamanho no universo, na terra e na sociedade, refletindo sobre os preconceitos e a aceitação das diferenças de gênero, raça, idade e também das condições de deficiências.

Saiba mais: http://www.unilehu.org.br/






PALESTRA: Diversidade é o segredo da vida

Reinaldo Bulgarelli celebra a melhoria das relações entre as pessoas, lembrando que a complementaridade das diferenças é a chave para a existência humana

Maria Fernanda Gonçalves

Decidido a trabalhar pela tolerância e pela inclusão sociais desde a adolescência, o paulista Reinaldo Bulgarelli, 47, é coordenador de cursos da Fundação Getúlio Vargas, na área de Responsabilidade Social, e consultor para inclusão em empresas, ministrando palestras por todo o país. Depois de sua passagem, é percebido o aumento significativo do aumento de mulheres em cargos de liderança, abrem-se novos setores que incluem pessoas com deficiências (PcD) e são propostas metas mais efetivas de responsabilidade social nas empresas visitadas. O que o levou para esta direção foi ter convivido com amigos negros quando jovem, entendendo o que era ser o único branco, com oportunidades e condições diferentes. Na sua trajetória, trabalhou com crianças indígenas na Amazônia, em projetos do Unicef , e teve a honra de colaborar com o educador pernambucano Paulo Freire, na educação de meninos de rua. Assim, passou a maior parte de sua vida envolvido com inclusão social e educação, sendo hoje sócio da Txai Consultoria. Aqui, o autor de Diversos Somos Todos nos fala sobre o trabalho da Unilehu, a diversidade na sociedade e comemora os avanços do comportamento do brasileiro. “Estamos vivendo um momento muito feliz na sociedade brasileira em relação à inclusão de pessoas com deficiência, o que tem gerado também aprendizados significativos em relação a outros segmentos da sociedade”, diz. “Passamos a compreender que processos de inclusão são construídos e constroem círculos virtuosos”.
Ou seja, “a escola está mais inclusiva porque o mercado de trabalho está mais inclusivo e vice-versa. As famílias de PcD estão mais inclusivas porque a sociedade está mais inclusiva e vice-versa. As PcD estão mais cientes de sua cidadania, com a auto-estima elevada, enfim, o círculo virtuoso da inclusão está formado. Diante disso, a sociedade já está em rápido e profundo processo de mudança”. Ele ainda cita Gandhi, “seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Confira a seguir a entrevista exclusiva que o autor concedeu à Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu):

Unilehu - O que é a diversidade?
Reinaldo Bulgarelli - Onde há vida, há diversidade. É possível dizer até que a diversidade é o segredo da vida. Na família humana, a diversidade nos caracteriza e nos desafia ao longo de nossa história. Afirmamos que somos todos iguais na Declaração Universal dos Direitos Humanos exatamente para garantir que nossas singularidades possam se expressar em torno de um projeto de humanidade que essa declaração traz consigo.
Somos iguais na condição de gente, como membros de uma só família, a humana. Somos todos diferentes porque a vida nos faz assim e assim nos fazemos também, construindo nossas identidades, nossa maneira de ser no mundo a partir do que nos foi dado ou imposto, das oportunidades e das escolhas que realizamos. Diversidade é cultura, é o que somos, o que fazemos e o que fazem com o que somos. Tudo isso resulta num conjunto imenso de diferenças e semelhanças que caracterizam cada pessoa e toda a humanidade ao mesmo tempo.
Diversidade é a consideração pelas pessoas e suas características para que possamos enfrentar juntos os desafios da nossa existência no planeta. Com esse horizonte positivo, fica mais fácil rompermos as barreiras que nos afastam do apreço pela diversidade.

Unilehu – Nossa organização promove a inclusão da PcD no mercado de trabalho. O que pensa sobre sua convivência com os colegas no meio corporativo?
Bulgarelli - A Unilehu nasceu com uma missão muito nobre, não apenas porque promove inclusão de PcD, mas porque contribui para aproximar as organizações da diversidade. As organizações que têm apreço pela diversidade sentem falta da vida como ela é, precisam da diversidade para se desenvolver e construir diferenciais significativos num mercado cada vez mais competitivo. Quem ajuda uma organização a aproximá-la das PcD está realizando um serviço que deve ser muito valorizado.
A convivência de pessoas com e sem deficiência no trabalho tem uma característica que eu valorizo muito: a cooperação. Ainda há quem alegue que pessoas com deficiência não conseguem realizar tudo sozinhas e precisam de ajuda de outros colegas no trabalho. Sabemos que não é bem assim, mas qual é o problema com as pessoas cooperarem umas com as outras em torno dos desafios da área e do cumprimento da missão da empresa?
Lido com grandes empresas e gosto de lembrá-las que não se tornaram o que são com individualismo, mas com muita cooperação entre todos. Pessoas com deficiência exigem complementaridade, cooperação, ajuda mútua? Ótimo! Isso gera também interações criativas, soluções de tipo novo, ampliação das perspectivas da empresa, sinergias e fortalecimento do trabalho em equipe que, em tese, todos valorizam.

Unilehu – Quem ganha nesta relação?
Bulgarelli - Quando você tem condições e quer trabalhar, mas é excluído por causa das barreiras colocadas pelo preconceito, é evidente que as cotas para PcD beneficiam diretamente estas pessoas. Imagine ter formação universitária e vender doces nos cruzamentos da cidade? É o caso de uma funcionária formada em administração que foi divulgado na revista Exame há muitos anos.
Mas os ganhos são também para os colegas sem deficiência, que passam do desafio para a percepção de que há mais possibilidades do que barreiras nesta relação e na realização das atividades. Os depoimentos de colegas que escuto antes dos processos de inclusão são sempre carregados de medo dos mais variados tipos. Os depoimentos posteriores tratam dos aprendizados, de como é uma riqueza trabalhar com alguém que realiza as mesmas atividades de uma outra maneira, com outros olhares, outras histórias, enfim, a riqueza se fazendo presente. Gestores que, em geral, resistem tanto no início, também mudam totalmente a forma de ver a questão e passam a enxergar a inclusão de PcD como uma oportunidade de desenvolvimento da liderança e do trabalho em equipe. São ganhos para as pessoas e para o desenvolvimento profissional de todos. A empresa só tem a ganhar com tudo isso e não podemos nos esquecer da sociedade.

Unilehu – Como gestores devem encarar a chegada de uma pessoa que apresenta claramente uma limitação, mas que oferece outras possibilidades?
Bulgarelli - Como um colega que trará demandas e oferecerá soluções, como qualquer outro. Nossos processos de gestão estão muito baseados no controle e na homogeneização de tudo e todos. Parece que a tarefa de gestão se resume a produzir por meio da adequação das pessoas a uma forma que não permite a expressão da diversidade, portanto, da vida. A chegada de um colega com deficiência a princípio assusta porque é alguém que força a reconhecer que somos mais do que “mão-de-obra”. Há uma pessoa inteira em cada colaborador com demandas e soluções, mas isso não parece não ser bem-vindo porque aprendemos que a produção acontece por meio do controle de tudo, até do penteado dos funcionários. Pessoas com deficiência humanizam o ambiente exatamente por trazer vida onde a vida está reprimida.

Outras informações sobre o palestrante estão publicadas no site http://www.unilehu.org.br/

segunda-feira, 12 de abril de 2010

RECICLAÇÃO 2010 - Maior evento nacional da sustentabilidade ambiental é lançado em Curitiba


A MonteBello eventos promoveu na última quinta-feira, oito de abril, o lançamento oficial da quinta edição da ReciclAção - Feira Brasileira de Reciclagem, Preservação e Tecnologia Ambiental. O lançamento aconteceu no espaço Expo Unimed Curitiba, onde entre os dias 16 e 19 de será realizado a RECICLAÇÃO 2010.

O evento contou com uma programação oficial iniciando com a palestra Economia Sustentável ministrada e muito bem apresentada pelo professor de MBA Cleuton Carrijo, o lançamento oficial da terceira edição do informativo ReciclAção e em seguida houve um animado networking onde foi servido coquetel para os convidados, profissionais, autoridades e empresários do setor.

Arilson Lorensini representante do Banco do Brasil, patrocinador da Reciclação, destacou a importância do evento para a entidade. “É uma iniciativa alinhada aos valores de sustentabilidade do Banco do Brasil e como tal não poderíamos deixar de participar”, comentou. O direto geral da empresa Paulista Ambisol, também patrocinadora e expositora, Dorivaldo Domingues de Souza veio para Curitiba especialmente para o lançamento e destacou que muitas empresas estão preocupas apenas com o lucro e tudo está indo pelo ralo e que a soma de pequenas ações é que trará resultados interessantes. “São gerados diariamente sete bilhões de quilos de lixo em todo o mundo e este resíduo tem que ir para algum lugar. Precisamos reciclar e acabar com o desperdício para melhorar a qualidade de vida para todos. A ReciclAção é uma destas pequenas ações que somadas farão enorme efeito”, Salienta Dorivaldo.

Luiz Lucchesi presidente AEAPR-PR (Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – Curitiba) esteve representando o CREA-PR e disse que as duas entidades apóiam a ReciclAção. “É um evento único e de extrema necessidade para resolvermos diversos problemas ambientais”, destacou.

O Coordenador do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Roberto Gava, utilizou de uma metáfora para falar sobre as mudanças que precisam ser feitas na indústria como um todo. “As indústrias são como um transatlântico e como tal não há como dar um cavalo de pau, mas é preciso mudar violentamente. A nova lei de resíduos sólidos que está em aprovação vem para fazer essa mudança de direção, principalmente com o sistema de logística reversa”, comenta Gava. O sistema que o coordenador se refere é um mapeamento dos resíduos desde a sua origem até o seu destino e que dará ao seu gerador a devida responsabilidade de sua destinação correta após o descarte. Gava ainda foi enfático ao falar que devemos poupar água, “para descartar 350 mililitros de uma cerveja utilizamos 20.000 mililitros, isso é um absurdo, mas tá fácil, precisamos mudar apenas duas pessoas, a jurídica e física” completou profetizando que em breve veremos assaltos aos entregadores de água.

Gava destacou ainda que não medirá esforços para trazer a indústria para junto da ReciclAção. “Eu preciso que vocês tenham sucesso, afinal a ReciclAção começa conosco, poupando água e sendo responsável pelos resíduos gerados”. Juarez Machado, diretor executivo da Rede Petro Paraná destaca a importância da realização de um evento do porte da ReciclAção para as empresas interessadas em trabalhar com a cadeia do petróleo. “É critério básico para empresários buscar adequação ambiental para prestarem serviços dentro da cadeia do petróleo. E mais que isso, o que o empresário faz para que seus funcionários e colaboradores levem valores ambientais para dentro de casa? É preciso contribuir com o todo”, enfatiza Juarez.

Em sua fala Valdir Bello, coordenador geral da RECICLAÇÃO, agradeceu as empresas patrocinadoras, Banco do Brasil e Ambisol e todos as instituições e empresas apoiadores e expositoras, e também a todos os presentes, salientou não apenas o lado financeiro em participar do evento, mas também pelo apoio moral necessário para encoraja-lo a realizar a feira. Pois é muito difícil viabilizar um evento voltado exclusivamente para o tema reciclagem e preservação ambiental “Bancos, empresas e até instituições governamentais voltadas exclusivamente para o setor falam em sustentabilidade, em contribuir para um mundo melhor em ações que estão realizando, mas quando são abordados para participarem da ReciclAção muitas dizem que está fora do budget e que participaram na próxima. Não entenderam que o evento vai muito além da geração de negócios, é uma ferramenta para a sustentabilidade e para multiplicar ações que visam a preservação ambiental”, frisou Bello.

O diretor executivo da Revista Geração Sustentável, Pedro Salanek Filho, abriu o evento e lançou a rede social Confraria Sustentável. Segundo ele, a rede servirá para que a ReciclAção comece antes e quando chegar em junho, no momento da realização, muitos assuntos já estejam em andamento. “É um espaço destinado a todos que contribuem com a sustentabilidade para geração e troca de ideias e discussão de assuntos relacionados a reciclagem e preservação”, destacou Pedro postando o primeiro recado na rede social: “A ReciclAção 2010 começa agora”.

O ponto alto do lançamento foi a palestra Economia Sustentável, ministrada por Cleuton Carrijo, professor de pós-graduação e MBAs em todo o país. Durante a palestra Cleuton mostrou imagens de satélite de resíduos acumulados no Oceano Pacífico na costa do Japão e destacou, “não podemos pensar em novas rotas em cima de velhos mapas”. Para ele é preciso criar um novo modelo mental, uma nova forma de sustentabilidade. “É preciso inovar sobre a ótica do que realmente é a palavra inovação. O palestrante comentou ainda que as ações em favor da sustentabilidade precisam ser transformadoras, “não basta tirar o pobre da favela, é preciso tirar a favela dele”. E causou uma reflexão nos participantes, “aquele frango comprado no mercado passa por mais de 600 litros de água, desde o início do processo produtivo, precisamos poupar, a indústria precisa aprender a poupar e a reutilizar. Já diz a sabedoria popular: sabendo usar não vai faltar”. Sobre a ReciclAção, Cleuton disse que o evento está no rumo certo e que isso é ser kaínos, “a feira gera questionamentos e amplia o foco levando para um ambiente de negócios onde todos os empresários têm a oportunidade de participar e contribuir com a sustentabilidade”.

Aproximadamente 60 pessoas participaram do lançamento e puderam conhecer melhor a proposta da quinta edição da ReciclAção. O evento acontece entre os dias 16 e 19 de junho e trará uma programação repleta de atrativos, entre eles o Salão da Cidadania Ambiental. De acordo com Bello, o salão irá reunir pequenas iniciativas na transformação de resíduos recicláveis. “É uma oportunidade para pequenos produtores exponham seus produtos num evento de porte nacional”, explica o organizador. Paralelamente a feira serão realizados quatro eventos simultâneos de cunho técnico científico: III Seminário de Saneamento Ambiental, promovido pela 3R AMBIENTAL, o II Seminário de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas, realizado em parceria com o Mestrado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA / USP) e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, o Seminário de Reciclagem Agrícola – Resíduos Urbanos, Industriais e Rurais, promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Curitiba (AEAPR-Curitiba), e o Curso Introdução ao Mercado de Reciclagem ministrado por profissionais do portal RECICLAVEIS.COM.

Para quem deseja conhecer mais a respeito do evento considerada o maior do Brasil direcionado à reciclagem e sustentabilidade ambiental ou então garantir espaço para exposição na feira poderá entrar em contato pelo site é www.montebelloeventos.com.br e-mail: montebello@montebelloeventos.com.br ou através do telefone (41) 3203-1189.

Recicle seus conceitos, pratique o desenvolvimento sustentável e amplie seus negócios.

“Associe a marca de sua empresa a um evento que gera negócios, sustentabilidade, inclusão e multiplicação da consciência ambiental.”