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terça-feira, 6 de março de 2012

Produtos concentrados fazem bem ao meio ambiente

Você sabe quanto tempo e dinheiro são gastos no transporte de todos os bens de consumo que compra?

E, mais importante, sabe a quantidade de gases do efeito estufa (GEE) emitidos na atmosfera durante esse transporte?

Para ter ideia, um caminhão a diesel que transita 1000 km por mês emite (calculando sem levar em conta o peso do veículo carregado e a velocidade praticada) no mínimo, 3,6 ton CO2 (fonte: Key associados). Para compensar essa emissão, é necessário o plantio de 15 árvores.

É difícil calcular a emissão de todos os meios de transporte que levam produtos das fábricas para o atacado e varejo e, destes, para as residências e os locais públicos em que serão utilizados. Porém, pelo exemplo, pode-se imaginar que é uma quantidade bem maior do que vem sendo compensada, o que traz prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente.

A destinação é outra questão importante; segundo dados do Instituto Socioambiental do Plástico (Plastivida), cerca de 2 milhões de toneladas de plástico descartado após o uso se acumulam anualmente no Brasil. Destes, somente 17% é reciclado HD – pela lei brasileira, plástico reciclado só pode ser utilizado na indústria têxtil e na fabricação de cabides, baldes, mangueiras, solados, vassouras, material de escritório e móveis para jardim, por exemplo. Nunca em embalagens de produtos alimentícios ou remédios. Já o de PET tem 41% reaproveitado no Brasil.

Assim, iniciativas como a produção de menos embalagens ou de embalagens menores para diversos produtos são bem-vindas. Além de diminuir as emissões de GEE com transporte e fabricação, diminui o uso de matérias-primas (principalmente petróleo), o montante de lixo descartado e de dinheiro gasto. Os produtos podem ser comercializados mais baratos ao consumidor final e todos saem ganhando. (ver quadros)

É o caso dos produtos de limpeza concentrados, vendidos em embalagens menores, como uma das linhas da Unilever ou a linha completa de produtos de limpeza Simple Clean.
"Ao comprar um produto já diluído, o consumidor está comprando água – o que ele já paga (e paga caro) em casa – além da embalagem que depois vai ter de destinar", diz Renata Ribeiro, proprietária da Simple Clean que, neste mês, inaugura loja em Curitiba e está presente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 2012, os produtos chegam a São Paulo e Goiânia.

Segundo Renata, além de concentrados, os produtos Simple Clean têm outras vantagens importantes em relação aos similares: são atóxicos, anticorrosivos, não abrasivos e não inflamáveis, ou seja, não agridem o meio ambiente, não fazem mal à saúde, são menos perigosos em relação a acidentes e não estragam móveis, roupas e objetos em geral. Também geram menos espuma, o que, ao contrário do que se acredita popularmente, não dificulta a limpeza e ainda reduz o consumo de água.

Menos é mais: Os produtos concentrados são tendência de mercado. De acordo com informações da Unilever, nos Estados Unidos, a entrada no mercado do detergente líquido concentrado da marca gerou, em um ano, "uma economia de mais de onze milhões de litros de água, mais de 30 mil litros de diesel e um milhão de gramas de resina plástica. Na área de distribuição, houve uma redução de mais de 16 mil pallets (estrado de madeira para transporte de cargas), um milhão de caixas de papelão e mil horas usadas para descarregamento de caminhões."

Segundo os cálculos da Unilever, no Brasil, a embalagem menor de seus produtos concentrados gera uma economia de 58% de plástico por ano, cerca de 1.600 toneladas. No transporte, há redução de 52% de caixas de papelão e de 67% de pallets (estrados de madeira usados em transporte de cargas), além de 67% menos caminhões nas estradas.

O transporte de produtos tóxicos também gera uma série de demandas relacionadas a leis de envasamento e rotulagem. As embalagens de produtos devem ser aprovadas pelo Ministério da Saúde (Lei nº 6360/1976) em detalhes como material, tamanho, rotulagem e meio de transporte: "devendo a natureza do material escolhido ser compatível com o produto a ser acondicionado, bem como com o seu transporte, oferecendo condições que impeçam quebra, ruptura, vazamento e outros acidentes que possam pôr em risco a saúde humana e o ambiente” (Portaria 10/1980) – Fonte: TECPAR (Instituto de Tecnologia do Paraná).

Ver para crer: Renata Ribeiro conta que a principal dificuldade na inserção de seus produtos no mercado é que as pessoas não acreditam. Ou melhor, só acreditam experimentando o produto.
Por isso, Renata faz demonstrações nas empresas em que é convidada e, quando a venda é fechada, oferece treinamento para o uso correto do produto.

Em uma dessas demonstrações, o proprietário da empresa chegou a tirar o produto das mãos de Renata para testar ele mesmo. A empresa compra os produtos Simple Clean até hoje.

Com os concentrados, o consumidor da Simple Clean compra também as embalagens apropriadas para pronto uso que vêm com a indicação exata de quantidade de produto concentrado e de água a serem usados, não somente para cada tipo de produto, mas para cada tipo de limpeza. Nas compras seguintes, o produto é vendido em refis que economizam embalagens.

A zeladora do condomínio Golden Lake, em Curitiba, um edifício residencial de 20 andares (e cliente Simple Clean), Terezinha Rodrigues Albach, também tem uma história curiosa para ilustrar como é difícil ao consumidor brasileiro acreditar que, pelo rendimento, o produto é mais barato. Zeladora há dez anos, quando chegou ao condomínio, os produtos Simple Clean já eram utilizados. Porém, um novo síndico achou muito caro e, durante seis meses, fez suas faxineiras usarem produtos comuns, comprados no supermercado. Os moradores do prédio começaram a reclamar que estavam acontecendo muitos escorregões e quedas, e exigiram a volta do produto anterior. Ao fazer os cálculos, o síndico percebeu que não somente vinha usando, nos últimos meses, um produto inferior, como mais caro. Voltou ao Simple Clean:

"Hoje mesmo eu estava limpando a escadaria, quando passaram moradores e comentaram como é agradável o cheiro do produto", diz Terezinha. "Eu, que tenho rinite alérgica, sofria muito com outros produtos."

Emerson Faune, administrador da concessionária de automóveis Honda Prix, também em Curitiba (outra cliente de Renata Ribeiro), acredita que produtos diluíveis são bons porque duram mais e economizam tempo. "Não é toda hora que você vai ter que fazer a diluição, então, aprendendo na primeira vez e com as medidas certas, não é complicado".

Para ele, um diferencial da Simple Clean são as demonstrações e os treinamentos de como usar, e as especificações nas embalagens. "Com outros produtos, fazíamos a compra e não nos ensinavam nada", afirma.

Faune solicitou uma demonstração dos produtos porque foram indicados pela Concessionárias Servopa, outra empresa cliente da Simple Clean na capital paranaense. Em março de 2011, solicitou uma demonstração porque precisava comprovar a eficiência, mesmo após ter recebido boas referências do produto. "Depois da demonstração, ficamos com um kit pequeno para teste. Usei e gostei, atendeu às expectativas", declara.

Ele diz ainda que, além de não agredir o meio ambiente, o efeito é melhor que o de outros produtos e não tem cheiro forte, nem estraga superfícies. "Por isso, podemos usá-lo em todos os lugares, o que facilitou a limpeza. As faxineiras também gostam tanto que, em uma ocasião em que me esqueci de fazer o pedido à Simple Clean e tive que comprar outro de emergência, elas logo me cobraram."

O administrador, que antes precisava renovar o estoque de produtos de limpeza todos os meses, agora faz suas compras em intervalos de 3 a 4 meses. O produto mais utilizado na Honda Prix é o Limpeza Pesada em todos os setores, inclusive banheiros e pisos - apenas a área de exposição da loja tem 1200 m².

Normas de destinação de embalagens usadas de produtos de limpeza*

· Não reutilizar as embalagens vazias.
· Nunca utilizar embalagens vazias de bebidas para acondicionar produtos saneantes.
· Lavar bem as embalagens vazias utilizando somente água no enxágue.
· Após bem lavadas, as embalagens devem ser separadas de acordo com o material de fabricação e, se não houver restrições devido ao tipo de produto que acondicionavam, destinadas preferencialmente a processo industrial de reciclagem.
· As embalagens de produtos que estão em uso devem ser mantidas bem fechadas e identificadas.
· Caso os produtos não sejam utilizados até o fim, não misturar as sobras com outros produtos, nem adicioná-las a produto recém aberto.
· Deve-se evitar o descarte de saneantes diretamente na rede pública de esgotos, sem que tenham sido previamente tratados – neutralizados e/ou inativados, conforme o caso (verificar com o fornecedor os métodos de tratamento e descarte adequados ao produto).

*Fonte: Gerência Geral de Saneantes da Agência Nacional de Saúde.


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Veja outros conteúdos dessa edição:

Matérias:
Entrevista: Elisa Prado (Tetra Pak)
Capa: Campos Gerais: um Paraná a ser conhecido
Desenvolvimento Local: Setor de sustentabilidade ganha representatividade no Brasil
Responsabilidade Social: Paraná se mobiliza para o desenvolvimento sustentável
Energias Renováveis: Cenário para comercialização de carros elétricos no Brasil ainda não é favorável

Artigos:
Leandro F. Bastos Martins: Promessa é dívida?
Antenor Demeterco Neto - Logística e desenvolvimento econômico sustentável?
Gastão Octávio da Luz - Desafios Globais ao "desenvolvimento sustentável"

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