Neste Dia Mundial da Água (22 de Março), o Instituto Terra registra a marca de 324 nascentes em processo de recuperação em afluentes do Rio Doce. As ações desenvolvidas se concentram em sete municípios banhados pela bacia hidrográfica localizada entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
O trabalho de recuperação de nascentes integra o programa “Olhos D`Água”, que é desenvolvido desde 2010 e se divide em projetos menores, com parceiros, patrocinadores e locais de atuação diferentes. Além disso, todos os projetos envolvem a mobilização das comunidades e dos pequenos proprietários rurais, do poder público municipal e do Comitê da Bacia.
Importante ressaltar que o programa “Olhos D`Água” do Instituto Terra foi escolhido em 2011 pela ONU-Água como uma das 70 melhores práticas, em desenvolvimento no mundo, que visam a recuperação e conservação dos recursos hídricos em nosso planeta.
Atualmente, o programa conta com oito projetos em execução na área do Médio Rio Doce, nos municípios mineiros de Aimorés e Conselheiro Pena, e nos municípios de Colatina e Baixo Guandu, no Espírito Santo. Os parceiros envolvidos são o Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua), EDP-Escelsa, Ministério Público do Estado do Espírito Santo, Ministério Público Federal, através da Procuradoria Geral de Governador Valadares, e o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG).
Além de Governos e empresas, clientes dos cartões de crédito feitos com plástico reciclado do Banco do Brasil também podem dar seu apoio ao programa, a partir do projeto “BB Origens” (www.institutoterra.org/cartao_bb/). A estimativa é atingir, com essa iniciativa, a marca de mais 500 nascentes protegidas na bacia do Rio Doce.
Em essência, o programa “Olhos D`Água” exige um longo processo de conscientização a partir da mobilização de pequenos produtores rurais (a maioria das nascentes se encontra dentro dessas pequenas propriedades), além da elaboração de projeto técnico de uso e ocupação do solo e da distribuição de insumos para proteção e recuperação dos mananciais. Após a conclusão dessa primeira etapa, o Instituto Terra também realiza, por um período de três anos, o monitoramento da vazão e qualidade da água das nascentes protegidas.
Até o momento, 237 produtores rurais foram mobilizados e capacitados pelo programa. Superintendente Executivo do Instituto Terra, Adonai Lacruz explica que, no início, a tarefa de mobilização do pequeno produtor rural era maior, mas hoje há uma fila de espera para ingresso no programa. “Acreditamos que isso é fruto tanto do processo de educação ambiental quanto da verificação por parte dos que não aderiram ao projeto, de que seu vizinho, que aderiu, obteve ganhos visíveis não somente ambientais, mas também produtivos a partir do aumento da oferta hídrica em sua propriedade”, avalia.
Sobre o Instituto Terra:
O Instituto Terra é uma associação civil, sem fins lucrativos, fundada em 1998 por Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado. Atua na restauração ecossistêmica, produção de mudas nativas, extensão ambiental, pesquisa científica aplicada e educação ambiental, na região do Vale do Rio Doce, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Brasil. Em 13 anos o Instituto Terra já capacitou mais de 60 mil pessoas, de 176 municípios, entre agricultores, professores, alunos, técnicos ambientais e lideranças comunitárias. Atuou em projetos de restauração ecossistêmica de mais de 55 milhões de m² de Mata Atlântica e produziu mais de 3 milhões de mudas nativas. O Instituto Terra é auditado anualmente por empresa de Auditoria Independente.
Mais informações no site http://www.institutoterra.org/.
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