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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Notas Curtas: Sustentando


Sorte para as árvores
Os bilhetes da Mega-Sena passarão de 14 centímetros de comprimento para 12 centímetros. A redução de dois centímetros de papel pretende evitar a derrubada de árvores. De acordo com a Caixa Econômica Federal, em dias de muita movimentação, as mais de 10 mil lotéricas do Brasil movimentam até 20 milhões de apostas. O volume de papel gasto nos jogos chega a 3 milhões de metros. Com a economia dos dois centímetros, em um ano, a Caixa vai evitar que 2,2 mil árvores sejam derrubadas.

Pequenos grandes gestos
Um estudo divulgado pelo Grantham Institute for Climate Change do Imperial College de Londres mostra que simples gestos como apagar as luzes, desligar a televisão ou reduzir o uso de água aquecida nas máquinas de lavar pode ter muito mais resultado na redução das emissões de gases de efeito estufa do que se esperava. O estudo mostra que a economia energética dos consumidores pessoa física pode ser maior do que 60% e o impacto é grande. O estudo recomenda que os governos continuem estimulando essas mudanças de comportamento, ao mesmo tempo que apoiam a adoção de fontes renováveis.

Construção verde na web
A Even, uma das maiores construtoras e incorporadoras do Brasil, está lançando o jogo on-line Construtor Verde. Pioneira na área, a iniciativa visa disseminar as práticas de responsabilidade socioambiental. O objetivo do jogo é construir um bairro ecologicamente sustentável, a partir da instalação de prédios com características de preservação do meio ambiente. A escolha dos materiais e o posicionamento dos cômodos, por exemplo, são fatores que podem promover o jogador entre os 20 níveis de dificuldade e fazer com que ele acumule "experiência verde". Destinado a jovens e adultos, o jogo pode ser acessado gratuitamente pelo site http://www.construtorverde.com.br/.

Copo de gelatina
O escritório de design The Way I See the World lançou copos ambientalmente corretos e também bastante divertidos. Trata-se do Jelloware, copo comestível feito de um tipo especial de gelatina de algas. A invenção ecológica vem em três sabores: limão e manjericão, gengibre e hortelã e alecrim e beterraba. Diferentemente dos copos feitos de vidro ou plástico, que podem ser guardados no armário da cozinha, os de gelatina devem ser armazenados na geladeira. Mas, quando em uso, eles podem ser manuseados como qualquer copo. E quem não quiser comer, pode jogar o recipiente fora no lixo comum ou na grama de casa, sem culpa na consciência. Diferente dos copos de plásticos descartáveis, o Jelloware é biodegradável e ainda serve como nutriente para plantas.

Lenta mudança
A pesquisa 2010 Gibbs & Soell Sense & Sustainability Study entrevistou executivos das 1000 maiores empresas americanas listadas pela revista Fortune para revelar que apenas 29% deles e 16% dos consumidores sentem que a maioria das companhias está adotando práticas ambientáveis mais saudáveis. A percepção de que práticas de negócios verdes são agradáveis e não uma necessidade é evidente na pesquisa, com 78% citando uma falta de retorno de investimentos como uma forte barreira para a adoção de práticas mais sustentáveis. Cerca de 70% dos executivos disseram que a pouca disposição dos consumidores de pagar mais por produtos verdes é a segunda maior barreira, e 45% acham que a dificuldade de avaliar a sustentabilidade no ciclo de vida de um produto é um grande desafio.

Mar virando sertão
A ONU lançou em Fortaleza a Campanha da Década dos Desertos e da Desertificação. O objetivo é atrair a atenção e a sensibilidade das autoridades e da população em defesa de medidas de proteção e gestão adequada das regiões atingidas pela seca. A degradação da terra ameaça a subsistência de mais de 1 bilhão de pessoas em cerca de 100 países. As informações são das Nações Unidas. Os principais problemas são causados pela degradação contínua do solo devido às mudanças climáticas, à exploração agrícola desenfreada e à má gestão dos recursos hídricos. Este conjunto de dificuldades provoca ameaça para a segurança alimentar e pode levar à fome das comunidades afetadas, além de gerar a degradação de solo produtivo. Dados do Programa de Meio Ambiente da ONU (Pnuma) apontam que um terço da população mundial vive em regiões atingidas pelos desertos, o que na prática provoca ameaças econômicas e ambientais. A desertificação abrange mais de 3,5 milhões de hectares, que representam 25% do mundo. (Fonte Agência Brasil)

Acordo de preservação
Brasil e Estados Unidos assinaram em agosto um acordo na área de meio ambiente para conversão da dívida brasileira com a Agência Internacional de Cooperação dos Estados Unidos (Usaid – sigla em inglês) em investimentos na preservação e conservação de florestas tropicais. O acordo prevê que serão destinados US$ 21 milhões para projetos nas áreas de conservação, manejo e monitoramento. O acordo só foi possível porque os Estados Unidos aprovaram em 1998 uma lei que permite a troca de dívida por investimentos no meio ambiente. A ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, disse que o primeiro edital para projetos relativos ao acordo deve sair até o fim do ano. A expectativa é investir em biodiversidade, conservação, áreas protegidas, manejo, populações tradicionais por meio de projetos de desenvolvimento local, em monitoramento e vigilância. Segundo a ministra, os recursos deverão ser destinados à preservação e conservação da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.

Por que pisos de madeira?
A questão de utilizar ou não pisos de madeira sempre levantou algumas dúvidas. O fato de utilizar madeira nobre não quer dizer que o produto não respeita o meio ambiente. Ao contrário, sua extração controlada e certificada garante que o consumidor utilize um produto de qualidade, que tenha uma durabilidade muito maior, evitando assim, a troca constante do material. Pelo lado estético e de bem estar, o piso de madeira agrega aconchego e bem estar a qualquer ambiente, isso porque, ele consegue transmitir a vida e a receptividade característica da madeira, que não está presente em produtos industriais que imitam apenas a questão visual da matéria-prima. Para Roseli Karam, gerente de marketing da Cikel Brasil Verde, “Extraída de forma sustentável e atestada ambientalmente, a madeira se torna uma matéria-prima altamente viável e utilizável. São produtos provenientes de florestas certificadas pelo FSC – Forest Stewardship Council e aprovados em todas as leis ambientais de preservação.


Matérias publicadas originalmente na edição 19 - Revista Geração Sustentável
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