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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pelo futuro das empresas

Guia procura trazer aos empresários algumas dicas para um futuro mais sustentável

As micro, pequenas e médias empresas representam hoje, no Brasil, aproximadamente 95% das empresas do estado do Paraná, sendo responsáveis por mais de 50% dos empregos diretos e com 24% de participação no PIB do estado. Entretanto, muitas delas sofrem dificuldades de gestão e, por isso, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) criou o “Guia do Empresário do terceiro milênio”, com dicas e orientações para empresários sobre orientações econômicas e socioambientais.

A mudança de postura do empreendedor paranaense é um dos objetivos do material, que busca abrir caminhos para uma gestão organizada e responsável, não só no quesito social e econômico, mas também relacionados à sustentabilidade.

“O guia pretende motivar os gestores a administrarem suas empresas encarando novas posturas que lhes proporcionem maior comodidade e conforto no gerenciamento dos recursos humanos, no relacionamento com a comunidade que os cerca e, sobretudo, torná-los mais competitivos no mundo globalizado. Tudo isso fundamentado nos princípios do Pacto Global e nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) entre outras sugestões de boas práticas”, afirma Victor Barbosa, presidente do CPCE.

“O CPCE estabelece mecanismos de apoio às empresas que têm interesse em investir na área socioambiental, bem como orienta sobre o investimento social privado e apoia a formação de empresários paranaenses comprometidos”, explica Barbosa. Por isso, o material traz, de forma didática, as principais questões a serem implementadas ou ampliadas pelos empreendedores para manter a boa saúde do seu negócio, sem se esquecer do seu lugar na sociedade e no ambiente.

Oficinas sobre o Pacto Global

Junto a esse trabalho, com o guia para os empresários, o CPCE está desenvolvendo atividades com os empresários paranaenses para difundir os princípios do Pacto Global - uma iniciativa desenvolvida pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas dos direitos humanos, relações do trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

“Esses princípios são um comprometimento mundial com o fazer bem e acertadamente as práticas dos negócios. Nós, o Brasil, não podemos – e não devemos - ficar fora desse movimento que hoje aglomera milhares de organizações pelo mundo articuladas por cerca de 200 redes internacionais”, comenta Barbosa.

Para o CPCE, é importante salientar que o Pacto Global não é um instrumento regulatório, mas um código de condutas para promover o crescimento sustentável e a cidadania por meio de lideranças corporativas comprometidas com a inovação. As oficinas vão ocorrer em todo o Paraná durante o ano de 2012 e as datas serão publicadas no site http://www.cpce.com.br/.

Os 10 princípios do Pacto Global

Direitos Humanos
-Respeitar e proteger os direitos humanos
- Impedir violações de direitos humanos

Trabalho
- Apoiar a liberdade de associação no trabalho
- Abolir o trabalho forçado
- Abolir o trabalho infantil
- Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho

Meio Ambiente
- Apoiar uma abordagem preventiva aps desafios ambientais
- Promover a responsabilidade ambiental
- Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente

Contra Corrupção
- Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina

Responsabilidade Social Corporativa

A falta de planejamento das ações e dos critérios que efetivam a responsabilidade social corporativa (RSC) em uma empresa podem gerar desperdício de tempo e dinheiro. Por isso, o CPCE passou a oferecer em 2012 cursos de responsabilidade social corporativa, para que “cada vez mais empresas trabalhem de forma planejada a sustentabilidade de seus negócios com foco nas áreas que hoje são primordiais para a boa governança empresarial, onde o econômico, o ambiental e o social fazem parte dessa estratégia de negócios e são mensurados e apresentados no balanço social da empresa”, conforme explica Sandra Bortot, articuladora do Núcleo do Terceiro Setor e do Núcleo das Instituições de Ensino Superior do CPCE.

Os cursos vão contemplar assuntos, como: Normas e Certificações, Voluntariado Corporativo, Incentivos Fiscais e Doações Dirigidas, Planejamento e Gestão Estratégica do Terceiro Setor. “Esses são cursos que têm como grande desafio e objetivo ganhar maior tangibilidade, procurar indicadores concretos, utilizando-se de uma monitoria e avaliação permanentes, aprimorando o trabalho dos gestores e especialmente a percepção de que a RSC deve fazer parte da estratégia de negócios da empresa e de propagar a importância de tratar a questão social como forma estratégica, reaprendendo modos e condutas que tenham a responsabilidade social como aprimoramento da qualidade de vida e o crescimento sociocultural de todos os envolvidos e guia para as tomadas de decisão”, explica Janine Massolin, conselheira do CPCE.

Segundo a conselheira, “é essencial aliar as práticas sociais ao planejamento estratégico, buscando sempre a análise dos ambientes externo e interno da organização. Por tanto, é necessário considerar que o Planejamento Estratégico com foco em RSC deve estar na base de gestão das organizações que as impulsionem para o desenvolvimento sustentável, e para o cumprimento de suas ações”.

Matéria publicada na Revista Geração Sustentável - Jornalista Lyane Martinelli

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Veja outros conteúdos dessa edição:

Matérias:
Visão Sustentável: Excesso de iimpostos e importações ameaça a indústria têxtil brasileira
Empreendedorismo: Iniciativa de inclusão transforma a vida das pessoas por meio do empreendedorismo

Artigos:
Julianna Antunes: A sustentabilidade corportaiva ainda é uma escolha?
Daniella MacDowell: Quem é o profisisonal de sustentabilidade?
Jeronimo Mendes: O que é ser sustentável

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