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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Busca por materiais sustentáveis deve ampliar participação da embalagem metálica no mercado


Depois de amargar um período de declínio na produção industrial, superado nas últimas décadas por produtos de custo inferior como o plástico e o cartão laminado, o mercado de embalagens metálicas vivencia uma nova expectativa de crescimento, aquecido pela ampliação da demanda por produtos manufaturados mais sustentáveis. A opinião é do presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais (SINIEM) e da International Packaging Association (IPA), Antonio Carlos Teixeira Álvares, também CEO da Brasilata, líder na fabricação de latas de aço no País.

Até então restrita, nas gôndolas dos supermercados, a setores como o de bebidas, em que há supremacia no uso de latas para assegurar a qualidade do produto, a embalagem metálica vinha sofrendo forte concorrência, em função de fatores como o custo superior do transporte, responsável por encarecer o preço das unidades. Mas essa lógica tende a se inverter, em razão dos benefícios associados ao meio ambiente, acredita Teixeira.

“A condição do metal como material permanente está se tornando uma vantagem competitiva, que possibilita não só recuperação como a expansão do market share das embalagens metálicas”, afirma o CEO da Brasilata.

Além de propiciar maior proteção ao produto manufaturado, a embalagem de lata atende aos principais preceitos de sustentabilidade, o que a coloca num patamar de superioridade em relação aos outros materiais disponíveis. “Os metais são infinitamente recicláveis, ao passo que a reciclagem do plástico e do cartão laminado é muito mais difícil, e só é possível com a degradação do material original, no processo conhecido como downcycling”, explica o executivo.

Criado por Anders Linde, secretário geral da Metal Packaging Europe (MPE), o conceito de material permanente se fundamenta no fato de que o metal, além de renovável, é um elemento químico que permanece para sempre no planeta. “E ser permanente, é muito mais amigável à natureza do que ser apenas renovável”, conclui Teixeira.

Essa aposta num futuro mais sustentável estimulou os fabricantes locais de latas metálicas a investir na criação da Associação Prolata Reciclagem, voltada para o reaproveitamento dos recipientes de aço após o consumo. De acordo com Teixeira, a entidade vem obtendo resultados significativos, e já registra os primeiros casos de substituição de outras embalagens do mercado
por latas de aço.

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