Ações do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial ajudam empresas e instituições a agirem pensando no bem-estar de toda a comunidade
O ano de 2011 foi um ano de comprometimento com a questão da sustentabilidade para muitas empresas e instituições paranaenses. Com os desafios do crescimento econômico frente à necessidade de se trabalhar projetos de responsabilidade social corporativa, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, criado em 2004 pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) para promover o desenvolvimento sustentável do estado, conclui mais um ano de atividades somando mais de 300 conselheiros, ou seja, presidentes de instituições participantes do Conselho, espalhados em diferentes municípios.
Segundo a coordenadora do Conselho, Rosane Fontoura, o papel dos conselheiros é trocar informações de como fazer a chamada responsabilidade social corporativa, “fortalecendo a sinergia entre empresas, promovendo e conhecendo práticas e projetos voltados ao indivíduo”. Apenas na XIV Reunião do Conselho Superior do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, realizada no dia 9 de dezembro, foram anunciados 20 novos conselheiros, situação em que os novos vice-presidentes das regionais instaladas em Londrina, Campos Gerais e Cascavel foram apresentados, e expostos os projetos realizados em 2011 e os propostos para o ano de 2012. Mais de 90 conselheiros, empresários e representantes de sindicatos, instituições educacionais e organizações terceiro setor participaram deste evento e receberam as boas-vindas do presidente executivo do CPCE, Victor Barbosa e do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Edson Luiz Campagnolo.
Além do estabelecimento de núcleos regionais, parcerias estratégicas foram firmadas pelo Conselho neste ano como, por exemplo, com Câmaras Bilaterais, OAB, GRPCOM, estado e municípios, estando ainda à frente de campanhas de adesão ao Pacto Global - iniciativa que visa mobilizar a comunidade empresarial para a adoção, em suas práticas de negócios, dos valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
No último dia 6 de dezembro, a prefeitura de Maringá e mais 20 empresas, instituições de ensino e organizações não governamentais, da região Noroeste do Paraná, assinaram o termo de compromisso com a iniciativa, com a presença do presidente executivo do CPCE, Victor Barbosa e do prefeito de Maringá, Silvio Barros, no Hotel Elo da cidade. Maringá é a terceira cidade no Brasil a aderir ao Pacto Global, sendo Porto Alegre e Ortigueira as outras duas.
As empresas de Maringá e outras que são signatárias do Pacto dão o exemplo na prática de como fazer essa iniciativa acontecer, afirma a coordenadora do CPCE, Rosane Fontoura. “Isso só contribui com a inovação da empresa, com a competitividade, otimização dos custos de produção, valorização dos stakeholders, etc.”, afirma ela sobre como uma empresa voltada à colaboração ao desenvolvimento sustentável, ajudando no desenvolvimento local das comunidades em que estão inseridas é positiva nos aspectos econômico, social e ambiental.
A FGV foi uma das primeiras instituições do Brasil a assinarem o Pacto Global em 2001, quando eram permitidas apenas empresas a serem signatárias. Para o presidente do ISAE/FGV, Norman de Arruda Filho, sendo signatária do Pacto a instituição colabora na formação de lideranças, na participação do comitê brasileiro da comissão educacional, incentivo a pesquisas e criação de estudos de caso que mostram exemplos de como fazer àqueles que querem e não sabem como, na divulgação e implementação dos princípios que norteiam o Pacto como a educação responsável de qualidade bem como no dia a dia da estrutura da instituição com práticas como o reaproveitamento da água, reutilização de papel, certificações, entre tantas outras ações.
O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, segundo o presidente do ISAE/FGV, é fundamental e exerce um papel inteligente de descentralização e interiorização no processo de conscientização e mobilização de empresas, lideranças e instituições de ensino. Norman de Arruda Filho, que já palestrou sobre o Pacto Global e os Princípios para Educação Empresarial Responsável (PRME), afirma ainda que a educação é o caminho para a sustentabilidade - “novo modelo civilizatório que estamos ajudando a construir”.
Outras ações do Conselho também tiveram destaque no ano de 2011, como o apoio do CPCE aos parceiros dos projetos como o Fórum Unidos pela Paz, Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade, Destinação de Incentivos Fiscais e o Encontro Paranaense de Reabilitação, Inclusão e Tecnologia. O Fórum Unidos pela Paz realizado em setembro deste ano, por exemplo, buscou compartilhar experiências bem-sucedidas e construindo, em conjunto, uma cidade mais segura. Ele foi realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do CPCE, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), Associação Comercial e Lions Club, reunindo cerca de 160 pessoas.
Para 2012, a coordenadora Rosane afirma que o Conselho irá fazer um esforço ainda maior para que mais empresas assinem o Pacto Global sendo que serão oferecidas ainda oficinas para contribuir com a chamada comunicação de progresso (COP), com consultorias especializadas que mostram como devem ser feitos os relatórios de práticas sustentáveis que colaboram com a prática dos princípios do Pacto. Além da colaboração de um maior número de empresas assinando o Pacto Global num ambiente de responsabilidade social corporativa, visando a anticorrupção e a ética, o Conselho visa também uma adesão ainda maior de indivíduos no interior por meio das regionais e do número de conselheiros no interior do estado, oferecendo diretrizes às empresas de acordo com objetivos estratégicos do CPCE, melhorando a educação para o desenvolvimento sustentável.
Os objetivos estratégicos do setor (ver quadro) estão baseados em cooperar com projetos do Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento (PNUD) relacionados à responsabilidade social como o Pacto Global, negócios inclusivos e objetivos do milênio no estado do Paraná. Estes também objetivam influenciar políticas públicas que promovam desenvolvimento sustentável, ampliar ações que intensifiquem a transferência de competências organizacionais, apoiar mecanismos que criam valor de cidadania empresarial às organizações e estimular a prática de voluntariado corporativo e do investimento social privado.
Apesar de amplos os objetivos, os resultados nesse processo de desenvolvimento sustentável fomentado pelo CPCE podem ser percebidos, segundo Rosane, pelo número de empresas que participam do conselho, as quais estão bastante envolvidas na discussão e realização de projetos. Para Filho, há uma evolução clara nesse outro processo de produção colocado em prática nos últimos anos. “Percebemos outro olhar que se reflete na formação de uma maturidade no padrão de consumo, num novo jeito de pensar e agir em uma gestão equilibrada nos setores estratégicos, de finanças e negócios, num modelo baseado na sustentabilidade”, afirma o presidente do ISAE/FGV.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
1. Cooperar com Programas do PNUD relacionados à Responsabilidade Social, como: Pacto Global, Negócios inclusivos e ODM no Estado do Paraná.
2. Influenciar políticas públicas que promovam desenvolvimento sustentável.
3. Desenvolver ações que promovam a transferência de competências organizacionais relacionadas à responsabilidade social.
4. Apoiar mecanismos que criam valor de cidadania empresarial às organizações do Estado do Paraná.
5. Estimular a prática de voluntariado corporativo e do investimento social privado nas organizações do Estado do Paraná.
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Artigos:
Leandro F. Bastos Martins: Promessa é dívida?
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