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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Edição 21 - Entrevistado Victor Barbosa Presidente do CPCE

Histórias de cidadania empresarial para compartilhar

O presidente do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, empresário Victor Barbosa, conta suas experiências de trabalho com a Responsabilidade Social Corporativa.

Com 31 anos de experiência empresarial e em ações de responsabilidade social, o empresário Victor Barbosa tornou-se em 2010 o presidente do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). É alguém que sabe na prática a importância e o valor da preocupação com o bem comum. Afinal, quando foi presidente do Grupo Novo Nordisk e Novozymes para a América Latina, entre 1977 e 2008, Barbosa desenvolveu uma série de atividades de responsabilidade social corporativa. Em sua gestão, a Novozymes foi considerada empresa líder no índice Dow Jones de Sustentabilidade.

Agora, o empresário está à frente de um órgão que conta com 240 integrantes de todos os setores da sociedade e atua para estimular boas práticas de responsabilidade social corporativa. O CPCE desenvolve uma série de ações que colaboram com o Pacto Global e com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no Paraná, além de influenciar políticas públicas que promovem o desenvolvimento sustentável. E é sobre esse trabalho que ele fala com exclusividade para a revista Geração Sustentável:

Ao assumir a direção do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, chegou a afirmar que gostaria de ajudar o empresário trocar a obrigação pelo compromisso com a sociedade. Acha que o empresariado paranaense ainda está muito longe dessa troca? Por quê?
A FIEP na sua magnífica estrutura, com sua gente operosa, profissional e dedicada, têm dado provas de grande eficiência, sobretudo nos últimos anos graças a um modelo de Governança Corporativa inovador com sustentabilidade. No seu bojo, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial encontra o palco favorável para, em conjunto com os Núcleos, criar “Cases de Sucesso” de responsabilidade Social os quais adequadamente divulgados às empresas paranaenses – e não só – permitirá que as empresas ou qualquer instituição se inspire e aplique o modelo que deu certo se assim o desejarem nas suas atividades sócio-filantrópicas ou mais adequadamente de Responsabilidade Social. Sabemos através de material estatístico, mas a informação está muito dispersa e confusa, da participação das empresas paranaenses em atividades sociais de grande significado e valor; sejam ligadas à proteção do meio ambiente, à instrução da camada mais jovem da nossa sociedade ou outras. Falta em minha opinião um movimento de valorização dessas atividades dispersas e o CPCE pode ser o parceiro e representar o mediador para que essas atividades tenham maior impacto e maior retorno para os seus empreendedores e criadores. Queremos ser os parceiros desses empreendedores sociais oferecendo alternativas e parcerias desses projetos proporcionando massa critica e divulgação. A empresa socialmente responsável conhecida e inserida obtém a preferência dos consumidores, representando ganhos nos negócio. No Estado do Paraná o investimento social corporativo ainda é uma atividade muito recente, porém algumas empresas vêm investindo em projetos sociais nos moldes que devem ser reconhecidos, até internacionalmente. No mundo globalizado de hoje, não se pode deixar o Paraná e o Brasil sem as ferramentas adequadas ao bom exercício e defesa da cidadania para demonstração de maturidade empresarial alcançada e para influir positivamente na imagem do Paraná perante o mercado. Estou absolutamente certo de que o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial sabe como fazer isso.

Na sua opinião, qual é o perfil do empresário do terceiro milênio?
Foco-me particularmente no Brasil de “agora”. As últimas estatísticas sobre o Brasil quer mundiais ou nacionais nos dão conta que apesar dos promissores níveis de desenvolvimento industrial em um ambiente de pleno emprego os índices educacionais são pobres e figuram ainda entre os mais baixos do mundo pondo em risco a almejada sustentabilidade. Torna-se então necessário, diria fundamental, a interação da escola e da universidade com a empresa. Portanto, na minha visão atual, é necessário quebrar os paradigmas e desafiar o empresário moderno a enfrentar a formação acadêmica dos futuros profissionais do nosso país como uma verdadeira necessidade, sem a qual tudo o que dissemos anteriormente sobre a visão da liderança, do comportamento social, da sensibilidade com o meio ambiente e a justeza financeira e econômica são pura utopia... Quimeras que nunca se realizarão.

** Divulgado apenas esse trecho da entrevista. A matéria completa estará disponível aqui no BLOG no mês de janeiro/2011 ou solicite o seu exemplar através do email: contato@geracaosustentavel.com.br


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