Por José Augusto Minarelli, Diretor-Presidente da Lens & Minarelli, empresa especializada em outplacement e aconselhamento de carreira
As áreas de Recursos Humanos das empresas terão que repensar suas atividades, estruturando-as de modo a atender as emergentes estratégias de sustentabilidade das empresas. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada em parceria entre o Massachussets Institute of Technology (MIT) e o Boston Consulting Group (BCG) sobre como as empresas estão adaptando seus negócios para torná-los mais aderentes a uma nova realidade social que clama por práticas e atitudes responsáveis no que diz respeito à gestão das empresas. O estudo envolveu 1.500 organizações em todo o mundo que atuam em vários segmentos econômicos e até no terceiro setor. (...)
No entanto, para aqueles que acreditam que a sustentabilidade tem a ver apenas com questões ambientais, a pesquisa vai mostrar que, ao menos para as lideranças sênior das empresas, a sustentabilidade pode e deve ser vista de modo amplo, envolvendo, inclusive, questões ligadas a relações de trabalho entre as organizações e seus empregados, bem como aspectos de responsabilidade econômica e social. (...)
Demissões em massa e impessoais, tratamento dos demitidos como “inimigos”, inexistência de programas que ajudem estas pessoas a alcançar novas oportunidades. Além de criarem novos empreendimentos, estas práticas terminam por minar as imagens de “empresas sustentáveis” que muitas companhias tentam alcançar, como vimos em episódios recentes envolvendo grandes corporações, inclusive no Brasil, que demitiram milhares de empregados ao menor sinal de uma crise que pouco as afetou.
Assim, enquanto as lideranças empresariais consideram as práticas sustentáveis como vitais para a estratégia das empresas, uma vez que a própria pesquisa do MIT aponta que 92% das companhias estão pensando em sustentabilidade, falta ainda às áreas de Recursos Humanos pensar sua atividade de modo a humanizar, inclusive, os momentos problemáticos em que elas precisam dispensar pessoas.
Fonte: www.mundosustentavel.com.br
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