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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Curso Executivo: Balanced Scorecard Sustentável, bases e aplicações.


União de empresários faz a força para o desenvolvimento local e empresarial

       Jornalista: Lyane Martinelli  


 Aproximar grandes empresários, possibilitando networking, troca de experiências e a geração de novos negócios nacionais e internacionais. Com esse espírito, que cultiva desde a sua criação, o World Trade Center Business Club (WTC) vem agregando valor e trazendo desenvolvimento para as regiões em que atua. Presente em Curitiba desde 2010, essa associação de empresários criada nos Estados Unidos na década de 1960, pelos irmãos Rockfeller, está construindo uma nova forma de relacionamento empresarial aliado à possibilidade de crescimento efetivo para o segmento no estado. “Temos o compromisso de trabalhar como um instrumento de aproximação entre executivos, abrindo novas oportunidades de negócio na região e com outras em que o WTC atua. Fazemos isso por meio de reuniões entre empresários locais e também de outras localidades, assim como via debates com grandes nomes capazes de enriquecer as discussões entre os conselheiros”, explica Diego Pettinazzi Rodrigues, diretor do WTC Brasil e que tem como foco o trabalho na região Sul do Brasil.


A atuação do WTC entre os altos executivos gera crescimento não só nos negócios locais, mas também agrega valor onde opera e promove o desenvolvimento local, com o objetivo de atender exatamente as necessidades de crescimento latentes onde passam a atuar. “Desde que iniciamos as atividades do WTC em Curitiba, percebemos que a cidade tem um perfil diferenciado, buscando possibilidades que tragam oportunidades inovadoras. Essa é uma das características que identificamos no perfil da cidade e de seus empresários”, afirma Luiz Alberto de Paula Lenz Cesar, diretor do WTC Curitiba. No trabalho que vem sendo desenvolvido em Curitiba, o WTC trabalha baseado na análise do “DNA Corporativo” dos empresários locais buscando, a partir dessa observação intensa, entender os interesses dos conselheiros e também o que cada um pode oferecer nas trocas de experiências. “Hoje já contamos com 60 conselheiros atuando no WTC Curitiba, o que podemos considerar um resultado muito positivo, pois isso demonstra a adesão dos empresários aos nossos ideais e nos abre portas para alcançar com mais rapidez e solidez os objetivos de desenvolvimento que o WTC tem como filosofia”, explica Luiz Alberto.

Dentro da perspectiva de atuação do WTC nas cidades em que está presente, o projeto divide-se em duas fases básicas: organizar e fortalecer as parcerias entre os executivos da região e um segundo passo, que é a construção de um edifício, em que os conselheiros regionais são convidados a investir na construção e operacionalização do empreendimento. “Nessa fase, o WTC tem como objetivo resgatar áreas da cidade com o investimento de construção de um centro comercial que vai gerar empregos, criar novas oportunidades regionais e explorar novas alternativas de investimento e circulação de dinheiro na região”, explica Diego Rodrigues. Essa perspectiva de gerar desenvolvimento em espaços pouco aproveitados nasceu com os irmãos Rockfeller que, ao reunir grupos de empresários em nova York, na década de 1960, buscaram essa união para ampliar os negócios na cidade e recuperar uma área abandonada, na época, na ilha de Manhattan, onde foram construídas as “Torres Gêmeas”. Hoje, várias das 330 cidades em que o WTC está presente contam com empreendimentos que atingiram suas expectativas de recuperar áreas subutilizadas, como em São Paulo, em que a região da Berrini sofreu grandes mudanças após a construção do complexo do WTC. Para Curitiba, a expectativa é que em pouco tempo o projeto na capital paranaense entre na etapa da construção do empreendimento. “Hoje estamos na fase de consolidação do processo de aglomeração dos empresários. Logo, estaremos com a base completa para avançar no projeto, que hoje está em fase de estudos de localização, necessidades da cidade e possibilidades. Mas já pensamos em um projeto que tenha uma torre comercial, hotel, prédios corporativos e um centro cultural”, conta Luiz Alberto. Ainda dentro do Paraná, o WTC tem também a expectativa de ampliar sua atuação para o interior, criando sub-sedes do WTC do Paraná em cidades chave como Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.

Dentro das atividades que vêm sendo desenvolvidas pelo WTC Curitiba, nessa fase de integração e aglomeração dos empresários está um circuito de ações corporativas, como workshops, mesas redondas, minicursos e ações culturais e de lazer que buscam focar nas questões corporativas, mas também oferecer um olhar global sobre o contexto social e econômico atual. “Temos também uma preocupação de realizar a integração desses associados com os conceitos que hoje permeiam o mercado corporativo, como a sustentabilidade. Para isso, desenvolvemos o projeto “Repensar”, em que realizamos atividades lúdicas que promovem o contato dos executivos com a natureza, mas também com conceitos de responsabilidade ambiental, de trabalho em grupo e de respeito ao meio ambiente, tudo permitindo também o lazer desses executivos”, explica o direto do WTC Curitiba. O projeto “Repensar” promove atividades de interesse dos conselheiros e promovem a integração entre eles permeando assuntos que, de uma forma ou de outra, podem surgir na vida corporativa do executivo. O objetivo é que, ao desenvolver habilidades por meio de atividades lúdicas, ele esteja preparado para enfrentar situações reais no seu dia a dia.

WTC no Brasil
           
        Atuando no Brasil de 1995, o WTC iniciou seus trabalhos no país em São Paulo e hoje tem sedes também em Belo Horizonte, São José dos Campos, Brasília, Joinville, Florianópolis e Recife, além de Curitiba. Em todas essas cidades, a expectativa é chegar à fase de construção de empreendimentos dentro da filosofia de reunir grandes empresários e levar desenvolvimento para as regiões de atuação. Hoje, além de São Paulo, que já tem o empreendimento em funcionamento, Belo Horizonte também já está desenvolvendo seu próprio complexo. De acordo com Diego Rodrigues, “a marca WTC agrega muito valor por onde passa. Estima-se que os locais em que funcionam as sedes do WTC nas cidades, assim como a região em que seus complexos estão instalados valorizam cerca de 30% comparando com o período anterior à presença do WTC”.
               
          Com o slogan “relacionamentos que abrem portas”, o WTC já tem mais de 2 mil conselheiros no Brasil e em todo o mundo já são mais de 330 cidades em 110 países que contam com a presença e influência do WTC. “Hoje, um executivo que atua em Curitiba e precisa entrar em contato com um alto executivo em Dubai, por exemplo, para abrir novas fronteiras de negócio pode demorar até um ano para conseguir essa aproximação. O WTC, pela sua característica internacional, tem como diminuir as distâncias e entraves entre esses empresários, sendo capaz de ajudá-los a catalisar seus negócios. Essa é uma peça chave de trabalho do WTC para os grandes empresários: potencializar sua atuação no país e no exterior”, explica o diretor do WTC Brasil.

Para enriquecer e ampliar as discussões sobre negócios e mundo corporativo, o WTC no Brasil também tem uma estrutura para que diretores das empresas associadas possam participar de debates com outros diretores a fim de enriquecer suas experiências. “Cada presidente que faz parte do conselho do WTC na sua cidade pode indicar dois diretores seus para participar dos comitês de discussão, que reúnem esses diretores com outros de áreas afins para troca de informações”, explica Rodrigues.


Quer conhecer mais sobre o WTC Curitiba? Entre em contato no telefone (41) 4141-1020 ou pelo site: www.wtcclub.com.br. As reuniões do Conselho são mensais.


Artigo Edição 30 - Ser Sustentável


SISTEMAS DE COTAS NAS UNIVERSIDADES: POLÍTICA DE AÇÃO AFIRMATIVA?

Na edição de maio da GS deste ano, refletimos sobre o lado maléfico das políticas protecionistas de mercado, adotadas pelo governo brasileiro, apontando para o efeito desastroso da encoberta de nossa ineficiência, tanto em termos produtivos quanto em termos de infraestrutura para a produção. Entendo que a proteção é positiva quando proporciona ao protegido a oportunidade de, no mínimo, igualar-se a quem ou à situação que o ameaça. Recentemente, deparamo-nos, novamente, com mais uma medida protecionista aprovada por decreto pelo atual governo brasileiro. Tal medida determina que, de imediato, mais de 12% das vagas em todas as universidades públicas federais, em todos os cursos e turnos, sejam destinadas a alunos que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas. A meta, de acordo como a portaria 18 do MEC, é que, em quatro anos, metade das vagas das universidades públicas seja reservada para alunos egressos de escolas públicas.

Novamente fico com a sensação de que estamos tratando, com equivocada e vergonhosa desenvoltura, os efeitos provocados por uma educação pública de base miserável, assim como fizemos com nossa indústria, frente ao nosso desleixo com relação à infraestrutura do Brasil. Para quê cotas, podemos perguntar? Porque, em última instância, reconhecidamente, o ensino público médio e, principalmente, o fundamental em nosso país – em todas as instâncias de poder, diga-se de passagem – são incapazes de capacitar seus alunos para disputarem as vagas nas universidades públicas em iguais condições aos alunos egressos de escolas particulares. Por quê? Porque são anos seguidos de descaso dos governos com a educação do brasileiro. Atualmente, investimos cerca de quatro vezes menos em educação secundária do que a média dos 34 países da OCDE – Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico.

Assim como as políticas de bolsas e de incentivos ou renúncias fiscais, a política de cotas pode esconder, mais que a ineficácia de nossas escolas: pode iniciar um processo perigoso de substituição do mérito, no sistema educacional, pela simples proteção. Não é difícil prever que, se, de fato, ocorrer tal substituição, o maior perdedor será o desenvolvimento do nosso país.

TODA DISCRIMINAÇÃO É NEGATIVA
               
      Anteriormente à discussão da necessidade ou não de cotas, algumas medidas são necessárias, a começar pelo entendimento do que seja a autodeclaração de que farão os alunos sobre a cor da pele (imagino que já estejamos concordando de que somos da espécie humana). Quem é pardo? Quem é negro? Onde foi para o mestiço? Somos descendentes de 500 anos de miscigenação entre europeus brancos, indígenas e  africanos.

      Outro aspecto a ser considerado nessa questão: em nosso sistema educacional, o mérito, e, por conseguinte, uma boa dose de esforço do estudante, ainda são fundamentais para a excelência na formação de profissionais. Forçar a entrada de alunos advindos de uma educação de base que se enquadra entre as piores do mundo, além de quebrar a meritocracia, pode afetar a qualidade do ensino e o interesse dos alunos pela pesquisa nos cursos de pós-graduação das faculdades públicas. Corremos o risco de nivelarmos por baixo, porque baixa é a nossa capacidade de desenvolver políticas educacionais que promovam a formação de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento social do nosso país.

Não podemos dizer que o Ensino Superior, como está, seja razoável. Não dá para considerar aceitável um modelo educacional onde menos de 3% dos alunos do Ensino Superior advém dos 20% mais pobres da população. É um sistema desequilibrado e cruel. Mas resolver o problema do desequilíbrio do acesso ao ensino do terceiro grau no Brasil por meio de cotas atreladas à renda, cor de pele, e outros parâmetros dissociados da atividade educacional é, no mínimo, mais uma medida paternalista. Que tal começarmos a combater a causa e não o efeito? Que tal criarmos cotas nos orçamentos públicos que tenham como objetivo retificar as injustiças cometidas no passado com nossa educação de base? 

Ivan de Melo Dutra - Arquiteto e Urbanista e Mestre e Organizações e Desenvolvimento.

Oportunidades!


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Programa Jovem Profissionais do Desenvolvimento 2013

Já imaginou uma nova geração de profissionais preparada para os desafios que a humanidade enfrenta na atualidade?


Esta é a proposta do Programa Jovem Profissionais do Desenvolvimento, que está com inscrições abertas até 20 de janeiro, para jovens graduandos ou recém graduados, da região de Curitiba.

Os complexos desafios globais que se apresentam atualmente exigem novas respostas, especialmente da nova geração de profissionais, para as quais se faz necessário o desenvolvimento de determinadas competências, muitas vezes ainda não contempladas nos planos acadêmicos e organizacionais. Para enfrentar tais desafios, futuros líderes precisam de uma nova abordagem interdisciplinar, empreendedora, pautada na inovação e co-criação e, principalmente, pautada em valores e princípios compatíveis com a transformação e mudança dessas realidades. Movido por essas questões, surge em 2011 o Programa Jovens Profissionais do Desenvolvimento, que abre inscrições para a edição 2013 até o dia 20 de janeiro.

Realizado pela organização de sociedade civil, sem fins lucrativos, Sociedade Global, trata-se de um programa de desenvolvimento de competências para um novo perfil de Liderança e Cidadania Global, com duração aproximada de seis meses. São trabalhadas competências como: Liderança Sustentável, Gestão Estratégica, Empreendedorismo Social, Cidadania Global e Diplomacia Multisetorial. Em uma metodologia baseada em Sete Níveis do Desenvolvimento Humano, os participantes contam com módulos teóricos e vivenciais, plano de coaching, acompanhamento de mentores, e são orientados em ações práticas como a gestão de projetos e os desafios “on the job” no módulo Trainee Social.

O Programa proporciona ambientes de aprendizagem colaborativa para a prática de competências técnicas, humanas e valores universais necessários para a profissionalização do desenvolvimento. Através dele são propostas e implementadas soluções para a Governança Democrática e o Desenvolvimento Local em Curitiba.

Tem como objetivo final contribuir para o desenvolvimento de capacidades de jovens em início de carreira para que assumam cargos médios em atividades de gestão do desenvolvimento no setor público, privado ou social; com conhecimento crítico dos desafios da globalização, pensamento sistêmico e inteligência complexa, aptos a compreender as mudanças, riscos, incertezas e oportunidades, através de questionamento permanente, reflexivo e crítico e com capacidade de mobilização e ação.

Uma oportunidade para os indivíduos crescerem como cidadãos responsáveis, pensando e agindo global e localmente, transformando-se em líderes sustentáveis e em empreendedores sociais capacitados para gerir políticas, programas e projetos de desenvolvimento.

Edição 2013 - Início 18 de Fevereiro. Inscrições até 20 de Janeiro.

Saiba mais: www.sociedadeglobal.org.br

Contato: jpsociedadeglobal@gmail.com



Saiba como tornar sua construção sustentável com a escolha de materiais


A arquiteta Luciana Abreu Braga, da equipe da Master Ambiental, dá dicas sobre materiais que reduzem os impactos ambientais

Na hora de comprar o material para uma construção, a maioria das pessoas opta pela economia, escolhendo produtos de menor custo. Porém, nesse momento, vale a pena avaliar a qualidade de cada material – e seus prejuízos ou benefícios para o planeta.

A arquiteta e analista da Master Ambiental Luciana Abreu Braga trabalha no departamento de construção sustentável da empresa, principalmente nos projetos de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

Um fator decisivo para a obtenção do selo é justamente a escolha de materiais para a obra. Segundo ela, para uma construção ser sustentável, é importante pensar em longo prazo. “Na maioria das vezes, os materiais mais sustentáveis exigem menos manutenção, rendem mais e têm maior vida útil, com benefícios futuros”, comenta.

Também é preciso ficar atento às novidades. “Cada vez mais surgem linhas de produtos sustentáveis e a internet é uma ótima ferramenta para essas descobertas”, acrescenta.

Por outro lado, existem os materiais a serem banidos de uma vez por todas das construções, como a telha de amianto, cuja utilização é proibida por lei na maioria dos estados do Brasil, devido à sua toxicidade para o ambiente e para a saúde.

Outro exemplo é o PVC, que em combustão libera para a atmosfera gases como as dioxinas, altamente cancerígenas. Entretanto, de acordo com a arquiteta da Master, a alternativa ao PVC disponível no mercado é o PEAD, de melhor qualidade, porém de custo mais elevado.

Mesmo que sua obra não esteja em busca de uma certificação; as dicas a seguir podem tornar sua construção mais sustentável.

Dica 1 - Escolha materiais com conteúdos reciclados
A fabricação de materiais que contém matéria prima reciclada poupa recursos naturais e diminui o consumo de combustíveis e energia, além de o processo de reciclagem ser um destino ambientalmente adequado para resíduos sólidos, o que evita poluição. Um exemplo de material reciclado disponível no mercado é a madeira plástica, que possui conteúdos de plástico reciclado e resíduos de madeiras.
Existe também a brita reciclada, ou seja, proveniente de britagem de entulho da construção, que pode ser feita na própria obra e utilizada para fins não estruturais.

Dica 2 - Procure materiais de origem regional ou local
No momento de escolher os materiais, analise qual é a origem, ou seja, onde foi produzido. Consumir materiais de origem regional reduz impactos com o transporte e armazenamento da matéria prima. Por isso, dê preferência aos materiais produzidos mais próximos do local da obra.
Muitas vezes, não é possível adquirir todos os materiais necessários para a obra na região, mas no mínimo 20% de todo o consumo da obra deve ser de procedência regional.

Dica 3 - Utilize somente madeiras certificadas e de reflorestamento
No momento de comprar materiais de origem florestal, verifique se a madeira é legal, ou seja, se tem a documentação que comprova sua origem, que é o chamado DOF – Documento de Origem Florestal, para madeiras nativas, e o Certificado de Reposição Florestal, no caso de madeiras exóticas. É importante verificar se possui o selo FSC - Forest Stewardchip Council (Conselho de Manejo Florestal). 
O selo FSC garante que a madeira foi manejada de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável. No processo de certificação, é rastreada toda a cadeia de custódia, ou seja, o ciclo de vida da madeira, para garantir que foram cumpridas as regras do Manejo Florestal e que a madeira não vem de um desmatamento ilegal.

Dica 4 - Escolha pisos permeáveis
O piso externo é um dos fatores importantes para uma construção sustentável. Opte por aqueles que favoreçam a infiltração da água no solo. A excessiva impermeabilização causa impactos para as redes de drenagem urbanas e para os cursos de água nas cidades, além de transtornos comuns como enchentes.
Pisos drenantes ou intertravados são exemplos, pois além de permitirem a infiltração da água no solo, não necessitam de argamassa e rejunte.  Os pisos de borracha feitos a partir da reciclagem de pneus, além de serem reciclados, também são permeáveis.  Além disso, esses pisos permitem o uso de criatividade na escolha de cores e formatos.

Dica 5 - Utilize tintas com menor concentração de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs)
Na hora de escolher a tinta, ou o fabricante), escolha tintas com menor concentração de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), que são considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente e muito comuns nos solventes das tintas. Prefira as tintas à base d´água, mas procure se informar sobre suas concentrações de COV.

Para descobrir o teor de concentração de COV na tinta, procure fornecedores que tenham realizado testes de emissividade e que tenha especificações técnicas mais abrangentes sobre o produto.

Artigo - Ah, se os empresários soubessem disso...


No mundo atual, as coisas mudam rapidamente. A tecnologia avança e o que era comum, passa em pouco tempo a ser coisa do passado. Resultado: quem não se atualiza perde mercado e dinheiro, muito dinheiro.
A construção civil também está mudando. Considerada a atividade econômica que mais causa impactos ambientais no planeta, o setor de construção começa a se redimir à medida que inúmeras tarefas realizadas no passado e tidas como normais, hoje já não são mais admitidas por serem poluidoras.
Um exemplo é a destinação dos entulhos de obra. Na maioria das vezes, os responsáveis pela obra nem sabiam onde iam parar. A terra na frente das obras sujava as ruas, a compra de materiais de empresas sem licença ambiental nem preocupava a ninguém, sem falar das madeiras ilegais utilizadas nas obras agravando o desmatamento da Amazônia.
Porém, poucos, muito poucos, estão conectados com essas mudanças. Quem participa de congressos, como o último promovido pelo GBC Brasil sobre Construções Sustentáveis e Prédios Verdes, realizado em São Paulo, no mês de setembro, consegue ficar por dentro das novidades do setor.
Dentre essas novidades, destaca-se justamente o conceito de Prédio Verde, que além dos benefícios do marketing ambiental – responsável por atrair cada vez mais consumidores - promovem uma enorme economia de energia elétrica e de água potável.
Para obter a certificação de Prédio Verde, a obra tem que economizar pelo menos 30% de energia elétrica e de água em comparação com uma obra similar. Mas que afirmação ‘“maluca”, podem pensar os empresários, será que os instaladores de elétrica e hidráulica não sabem projetar de forma econômica?
Por incrível que pareça, a maioria não sabe e continua a projetar como no século XX, adotando parâmetros ultrapassados. Nunca foi exigido deles que adotassem novos parâmetros de desempenho, conforme normas americanas e europeias.
Essas normas, obrigatórias para Prédios Verdes que pleiteiam a certificação, determinam a elaboração de projetos supereficientes, significando também um ganho financeiro para empresários.
Então, por que não passam a construir um monte de prédios verdes? Não fazem porque não acreditam que poderão obter retorno financeiro com uma grande economia de energia elétrica e também de água. 
Por incrível que pareça, preferem fazer como sempre fizeram e, sem saber, continuam a perder dinheiro. Tomara que quem ler este artigo passe a buscar informações sobre os prédios verdes, já que empresário não é de perder dinheiro e sim de ganhar.

Fernando de Barros é engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental e responsável técnico da Master Ambiental.