Telles
da Costa Neves
Com a consciência da finitude dos recursos
naturais e escassez dos mesmos, que a cada dia se torna mais evidente, tem
tornado o assunto sustentabilidade amplamente discutido, tanto se fala sobre o
assunto que se romperam as fronteiras dos debates acadêmicos e o inseriram nas
organizações e governanças politicas estaduais e municipais. Nunca se falou e
se cobrou tanto das organizações, dos estados e municípios um comportamento de
responsabilidade ambiental como em nossa época. Comportamento este impulsionado
pela criação da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) , criada pelo Governo Federal que tem como objetivo
a gestão eficaz de todos os resíduos gerados, designa a responsabilidade
compartilhada entre geradores de resíduos, estados e municípios, cujo prazo
para adequação se encerrou em 02 de agosto deste ano.
A preocupação com a
sustentabilidade se faz evidente e necessária em nossa época, e de acordo com
os autores Barbieri e Cajazeira (2009) há muitos sinais de que a capacidade
sustentável da terra vem sendo ultrapassada e isso inevitavelmente provocará
grandes catástrofes sociais e ambientais, contudo já atestamos diversos
problemas ambientais gravíssimos, tais como: aquecimento global, destruição da
camada de ozônio, poluição dos rios e oceanos, extinção acelerada de espécies,
bem como sérios problemas sociais. Neste contexto revela se uma área empresarial
pouco conhecida, uma vertente da logística empresarial, chamada de logística
reversa ou logística verde, que de acordo com Leite (2003), pode ser definida
como a área que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas
correspondentes ao retorno de todos os resíduos gerados ao ciclo de negócios,
ou ao ciclo produtivo.
A logística reversa utiliza-se de canais de distribuição
reversos para que aconteça o retorno destes bens, materiais, produtos, etc. os
canais de distribuição reversos podem ser responsáveis por todo caminho reverso
dos produtos comercializados, que por algum motivo, seja ele devido a defeitos
de fabricação, recondicionamento e remanufatura, prazo de validade vencido, reuso
ou ciclo de vida útil encerrado, retornam ao ciclo produtivo da empresa ou tem
destinação final de maneira adequada, isto fará com que se diminua o acúmulo de
lixo final. Os bens, produtos ou materiais podem acumular se em grandes
quantidades, resultando em sérios problemas ambientais, se não retornarem ao ciclo
produtivo ou forem usados de outra maneira. Desta forma a Logística Reversa vem
ganhando muita importância e reconhecimento, pelo fato de gerar um melhor
aproveitamento de resíduos que provavelmente se tornaria lixo, ajudando assim
na contribuição da preservação do meio ambiente.
A logística reversa vem
fortalecer o conceito que devemos substituir a cultura do consumo,
caracterizada pela motivação de comprar, usar e dispor, pela junção das ideias
de uma cultura ambientalista, que privilegia, reutilizar e reciclar os
produtos. A intensa industrialização, o crescimento populacional, a
diversificação do consumo de bens e serviços e a menor durabilidade dos
produtos têm contribuído para o aumento da geração de resíduos sólidos, o que
constitui um grave problema ambiental, mas agora com a logística reversa este
problema pode ser amenizado e ainda gerar valor de diversas naturezas, tais
como: econômico, ecológico, legal, competitivo, de imagem corporativa, dentre
outros. Neste contexto compreendemos a importância da logística reversa nos
dias de hoje para uma produção socioambiental.
LOGÍSTICA REVERSA, a única solução para a verdadeira preservação e sustentabilidade.
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