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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Empresa de confecção firma parceria com Instituto Brasileiro de Floresta à preservação da mata atlântica existente em Nova Friburgo


Por Alex Sandro Santos

Região beneficiada
Nova Friburgo é detentora de uma belíssima natureza, com a área total de 933km², onde mais de 50% da área territorial deste município, localizado na região serrana do Rio de Janeiro, é cercada pela majestosa e importante mata atlântica.
Friburgo foi também fortemente castigada pelo desastre climático ocorrido em janeiro de 2011, fato este que lamentavelmente originou a morte de mais de quinhentas pessoas e rendeu a mesma, neste período, os holofotes das mais diversas redes de televisão de todo o mundo. E até hoje ainda é possível identificar as marcas deixadas por este triste episódio, ou seja, algumas montanhas ainda estão desnudas de suas vegetações. Nesta mesma cidade também existe o polo de confecções que batiza a mesma como a capital da moda íntima do Brasil, e por conta disto existem muitas empresas de confecção, lojas de tecidos e acessórios, lojas especializadas em máquinas de costura industriais, empresas de estamparia, elásticos e bordados, entre outros. Segundo o IBGE, em pesquisa realizada em 2010, a população de Nova Friburgo é de 182,082 mil habitantes e os seus municípios limítrofes são Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Macaé Trajano de Morais, Bom Jardim, Duas Barras, Sumidouro e Teresópolis.
Breve história do projeto
Em 2010, o jovem casal Alex e Adriana Santos, cria a microempresa denominada Confecção Elas, no entanto os mesmos já possuíam experiência no ramo desde 2005. Com a legalização da Elas, eles firmam parceria com uma empresa de grande porte localizada nesta mesma cidade e passam a industrializar, por meio de terceirização, sutiãs de bojos. Para cada sutiã confeccionado era gerado uma sacola plástica que servia para embalar cada par de bojo – material este de espuma e que serve para sustentar os seios femininos. Cada sacola desta continha a marca do fabricante do bojo e o tamanho do mesmo, e, assim que o sutiã entrava no processo de fabricação, esta embalagem plástica era descartada. O casal de empreendedores adotam estas embalagens para dar início ao Projeto Ambiental denominado Elas Preservando, ou seja, as sacolas eram usadas para cultivar mudas de árvores.
Com a chegada do primeiro filho, eles encontraram uma nova direção à empresa e passam a fabricar, por produção própria, roupinhas de bebê personalizadas - tornando-se uma das primeiras neste segmento na região. E não havendo mais a existência das sacolas dos bojos, e existindo o forte desejo de não parar o projeto ambiental, eles encontram no lixo têxtil, novamente, o material para servir como base do projeto, ou seja, eles passam a reaproveitar os cones de linhas vazios da sua própria confecção e de outras fábricas para cultivar as mudas nativas da mata atlântica. Este material é feito de PVC (policloreto de vinila), muito comum de ser encontrado em Nova Friburgo, muito parecido com tubete de plantas e pode ser usado diversas vezes, ao contrário das sacolas plásticas.
Desde o início do projeto, muitos foram os desafios enfrentados por eles, já que não possuíam conhecimento na área de cultivo de mudas. Foram muitos testes e mudanças. Por sorte e determinação, eles foram criando parcerias com outras pessoas e empresas e assim melhorando a qualidade do projeto como um todo, e, com isso, cada participante contribui com a sua parte propiciando uma somatória incrível de conscientização e preservação ambiental nesta cidade. Atualmente, o Projeto Ambiental Elas Preservando conta com o apoio do Jornal A Voz da Serra; Revista Momento Ambiental; Horto Terra Viva; Sítio Terra Romã e Marcos Cunha; HD Imagem Digital; Expertise Consultoria; Hak e o estudante de engenharia florestal Flávio Monteiro.
Ao final de 2011 tiveram uma ideia que agregou um valor extraordinário ao projeto: parceria com unidades de ensino localizadas em Nova Friburgo. O que acontece é que a Confecção Elas instala dentro das escolas interessadas um pequeno viveiro de mudas e estimula os educadores e diretoria a trabalharem a educação ambiental na prática. Cada escola possui a sua particularidade em cogitar o projeto dentro da mesma, mas consiste basicamente em fazer com que os estudantes se responsabilizem pelas mudas, dediquem-se no cultivo seja irrigando e mantendo o viveiro sempre limpo. Alex e Adriana disponibilizam um manual de como utilizar o viveiro de mudas de forma simples dentro da escola e orienta para que se realizem pesquisas junto com os estudantes para que estes possam conhecer as mudas cultivadas na escola e o quanto elas são importantes à fauna e flora da mata atlântica. Mais de mil mudas já foram plantados na cidade de Friburgo por conta do projeto Elas Preservando, mais precisamente em parques ecológicos. Cerca de dois mil alunos são beneficiados, atualmente, pelo projeto.
“Nosso maior objetivo é se tornar uma confecção referencial em todo o país em termos de responsabilidade socioambiental e promover uma revolução na região onde estamos instalados em nível de conscientização ambiental, pois nossa maior missão não é somente plantar árvores, mais promover a educação ambiental tendo como princípio a reciclagem de lixo têxtil e a aproximação da juventude com o meio ambiente. Acreditamos que as novas gerações, sê submetidas à experiência da preservação ambiental de forma simples e prática, estas crescerão com uma visão ampla e muito mais conscientes sobre a importância da conservação do planeta” – explica Alex.
O pássaro beija-flor com uma gota no bico foi adotado como símbolo do projeto, se inspirando na reflexão já bastante conhecida onde o pequenino pássaro usa o seu próprio para apagar um incêndio na floresta. Enquanto todos os outros bichos fogem, o beija-flor recolhe a água de um riacho e arremessa sobre as labaredas. Ao ser indagado por um dos bichos, o pássaro responde estar fazendo apenas a sua parte mesmo que ainda de baixa dimensão.

Relevância ecológica
Para este ano o desafio deles é ainda maior não somente pelo número de mudas que se pretende ampliar como também a parte técnica, ou seja, aliar-se com a prefeitura e órgãos ambientais desta cidade para executar, nos próximos anos, a introdução das mudas cultivadas pelo projeto nas áreas que foram atingidas pelo desastre climático e/ou áreas específicas que necessitam urgentemente de árvores. Só para se ter uma ideia da importância ecológica deste trabalho da Elas, o município de Nova Friburgo localiza-se numa posição relevante dentro da mata atlântica, pois a mesma está situada na região montante das duas Bacias - Paraíba do Sul e Macaé – o que significa que todos os corpos d’água que passam pelo município têm suas nascentes em seu território. Desta forma, todas cidades que estão à jusante de Nova Friburgo dependem, além dos mesmos conservarem seus mananciais, que Nova Friburgo conserve bem as suas nascentes. Sabe-se, ainda, que a preservação da natureza e o plantio de novas árvores colaboram para que estas nascentes permaneçam proporcionando toda a sua vitalidade ao ser humano. Vale mencionar também que novas árvores realizam o sequestro de gás carbônico e liberam mais oxigênio ao planeta, e diversos outros benefícios.
Confira um pequeno trecho de uma matéria publicada no dia 29-02-12 pelo Jornal A Voz da Serra e perceba a importância deste projeto ao município de Nova Friburgo: “O Estado do Rio perdeu 247 hectares do Bioma no período de 2008 a 2010. Detectamos o desmatamento equivalente a 12 campos de futebol somente em Nova Friburgo. Esses números fazem do município a oitava cidade que mais desmatou a Mata Atlântica no Rio de Janeiro neste período. A população precisa ficar atenta, pois a cidade já perdeu 67% de sua cobertura original de Mata Atlântica. Não podemos permitir o desmatamento e devemos evitar a ocupação em áreas de risco ou inadequadas para moradias”, diz a diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota.

Parceria com o Instituto Brasileiro de Floresta
E sabendo desta iniciativa exemplar, o IBF (Instituto Brasileiro de Florestas), localizado no estado do Paraná, se juntou à Confecção Elas para proporcionar ainda mais qualidade no Projeto Elas Preservando. O presidente do IBF, Solano Aquino, se mostrou grandemente entusiasmado com a proposta ambiental respectiva e prontamente se dispôs em entrar nesta parceria a favor da mata atlântica, já que o IBF está profundamente envolvido no que está relacionado com a preservação do planeta. No início de fevereiro, mais de cinco mil sementes de espécies nativas da mata atlântica já chegaram para atender a demanda inicial do projeto Elas Preservando, além de cursos ligados ao cultivo de mudas e elaboração de planos estratégicos.
Entre as sementes, estão: Pau Amendoim, Gurucaia, Paineira Rosa, Urucum, Araçá Goiaba, Aroeira Salsa, Canafístula, Aroeira Preta, Cedro Rosa, Pau Jangada Branco e Ipê Amarelo. O IBF mantém o site de vendas “Clique Mudas” onde são comercializados diversos produtos, assim como mudas, elaboração de projetos, cursos, livros, sementes e muitos outros.

Próximo passo. Mais ICMS-verde ao município
Para expandir as suas atividades, a Confecção Elas busca agora uma área localizada na Região Serrana do Rio de Janeiro para que possam montar um viveiro de mudas com maior capacidade para que este também possa servir de base aos viveiros menores montados nas escolas, de modo que tais mudas possam servir para conservar áreas específicas e proporcionar ao município as benfeitorias originárias deste trabalho ambiental, não somente com a introdução de mudas propiciando um aumento na área verde da região como também os recursos estaduais, assim como o ICMS- Verde, que de acordo com a lei estadual 5.100/2007 faz com que o Executivo receba valores cada vez maiores para ser investido nesta área, e a compensação de carbono que se tornou uma grande busca entre as indústrias que necessitam repor seus danos ao meio ambiente. O local ideal para eles seria Nova Friburgo, pois já estão inseridos nesta região, no entanto se outras prefeituras e/ou indústrias sentirem o desejo de formar parceria neste sentido, os idealizadores do programa respectivo se colocam disponíveis para estudar propostas.

Produtos do vestuário ecologicamente correto
E por estarem fortemente envolvidos com o conceito de sustentabilidade, a Confecção Elas que já produz roupas de bebê priorizando tecidos de menor impacto ao ambiente, a mesma também passou a fabricar camisas ecológicas para atender indústrias, bancos, redes de lojas e empresas de grande porte. Além de ser utilizado tecido que cause menos impacto no planeta, assim como 100% algodão, 100% garrafa pet ou 50% pet + 50% algodão, eles entregam ao cliente junto com as camisas um documento constando o cálculo dos gastos energéticos gerados a partir da fabricação de cada peça e, no mesmo, a sugestão de quantas mudas seriam necessárias para compensar o carbono emitido. “Este documento inovador, serve a instituição respectiva como ferramenta estratégica ao marketing, já que a mesma possuirá um mecanismo para se basear e elaborado com técnicos tanto na área ambiental como de energia. Fazendo isto, a empresa poderá mensurar com bastante fundamento ‘meus funcionários vestem ecologicamente correto. Minha empresa preserva o meio ambiente’. E se houver interesse do cliente, nós da Elas também nos responsabilizamos em plantar/doar parte das mudas que constar no relatório” – comenta Alex.

Para quem desejar conhecer melhor a Confecção Elas, fazer cotações e saber mais sobre as suas iniciativas que já foram premiadas, basta acessar www.elasecomodas.com, enviar email para elas.ecomodas@gmail.com ou ligar para (22) 4105 1071 ou 8157 9540. Quem desejar conhecer mais sobre o Instituto Brasileiro de Florestas pode acessar www.ibflorestas.org.br

ALUNOS DA UP E CT POSITIVO LEVAM PROJETOS SOCIAIS AO NORTE E NORDESTE




Crédito: Divulgação
Alunos da UP e do CT Positivo desenvolveram atividades sociais em Carmópolis (SE) durante o Projeto Rondon deste ano.

Estudantes de cinco cursos da Universidade Positivo e do Centro Tecnológico Positivo participaram do Projeto Rondon e desenvolveram atividades de saúde, educação, cultura, direitos humanos e justiça no Amazonas, Pará e Sergipe

Alunos da Universidade Positivo (UP) e do Centro Tecnológico Positivo (CT Positivo) retornaram neste mês de fevereiro da operação São Francisco, uma iniciativa do Projeto Rondon desenvolvida em cidades do Amazonas, Pará e Sergipe. Alocados no município sergipano de Carmópolis, os estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Medicina, Psicologia e Direito, da UP, e de Gastronomia, do CT Positivo, desenvolveram atividades sociais voltadas à saúde, educação, cultura, direitos humanos e à justiça, com o objetivo de contribuir para a qualidade de vida dos habitantes locais. Uma aluna de Medicina também integrou o Projeto Rondon em um navio da Marinha, com ações de assistência hospitalar destinadas às comunidades ribeirinhas do Pará e do Amazonas.

Para Mariana Menine Kubis, aluna do curso de Medicina da UP que esteve em Carmópolis, participar das ações do Projeto Rondon foi uma oportunidade de levar conhecimento a quem, muitas vezes, não tem acesso à informação. “Vemos ao vivo aquilo que acompanhamos pelos noticiários acreditando que não é problema nosso. O problema é de todos. Com o Rondon, é possível levar esclarecimento à população na tentativa de formar uma sociedade mais desenvolvida, esclarecida e sustentável”, afirma.

A estudante foi responsável por diversas oficinas oferecidas aos moradores, entre elas, as de suporte básico de vida e desfibrilador externo automático (equipamento para atendimento em emergências cardíacas), planejamento familiar, prevenção do uso de drogas, do diabetes e do câncer de mama. Ela conta que, apesar de o município sergipano ser um importante polo do estado na extração de petróleo e gás, e de contar com royalties do petróleo, possui muitas deficiências. “Há problemas de educação e conscientização ambiental, de higiene alimentar, no trânsito. Também verificamos outras questões sociais, como uso de drogas, violência sexual e trabalho infantil. Poder ver isso de perto e ajudar é realmente uma grande oportunidade para se aprender o que é humanidade e solidariedade”, avalia Mariana. Outras oficinas foram ofertadas pelos alunos da UP em Carmópolis, como avaliação nutricional, conselho tutelar, planejamento familiar, feira de profissões, incentivo ao estudo no ensino superior e ensino de línguas.

Esta é a segunda vez que a Universidade Positivo participa do Projeto Rondon, existente desde 1967 e coordenado pelo Ministério da Defesa, com o apoio das Forças Armadas. A iniciativa envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades em situação de risco e ampliem o bem-estar da população. Além dos alunos, dois professores da UP, Edisom de Paula Brum, de Medicina, e Marly Bittencourt Gervásio Marton da Silva, de Enfermagem, também fazem parte da ação voluntária no Sergipe. A participação da UP no Projeto Rondon é apoiada pelo Instituto Positivo, órgão que potencializa as ações de responsabilidade social das empresas e unidades educacionais do Grupo Positivo.


Alunos da UP que participaram do Projeto Rondon:
Aglaher Mayra Stocco da Silva (Medicina)
Alexandre Casco Pietsch (Medicina - em cadastro reserva)
André Bihuna D’Oliveira (Arquitetura e Urbanismo)
Camila Santos Osiowy (Medicina - participa do Projeto Rondon no navio da Marinha)
Cerlei Fátima Franzoi (Medicina)
Cristiane Soffiatti Zolet (Gastronomia)
Jonathan Rafael Campos (Direito)
Leonardo Paese Nissen (Medicina)
Mariana Menine Kubis (Medicina)
Talita Vivian Luchtemberg (Psicologia)


Um pouco sobre o Instituto Positivo
O Instituto Positivo (IP) nasceu em 2012, em meio às celebrações dos 40 anos do Grupo Positivo, para fortalecer o terceiro setor brasileiro e também para centralizar e potencializar a responsabilidade social e o investimento privado das empresas e unidades educacionais do grupo. Os investimentos terão foco em educação, mobilização e meio ambiente. Dessa forma, o IP funciona como o alicerce de todas as ações ecoeficientes, comunitárias e solidárias que já vêm sendo praticadas em todas as áreas do grupo: ensino, soluções educacionais, cultura, tecnologia e gráfica.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Painel Sustentabilidade na Construção Civil



No dia 10 de abril de 2013, no Braston Hotel, em São Paulo, SP, será realizado o seminário técnico Painel Sustentabilidade na Construção Civil, evento que mostrará tecnologias em composites, poliuretano e plásticos de engenharia que podem ser aplicadas em edificações sustentáveis

O objetivo do Painel Sustentabilidade na Construção Civil é mostrar soluções que atendem às diretrizes da sustentabilidade nesta indústria, oferecendo:
1) Ecomateriais (materiais renováveis, recicláveis, reutilizáveis, atóxicos)
2) Soluções tecnológicas inteligentes que promovam a economia de água e energia, redução da poluição e conforto de seus usuários
3) Produtos que aproveitam a iluminação natural, regulam a temperatura, permitam o aquecimento solar, entre outros benefícios

O evento é gratuito para os participantes, entretanto dirigido e exclusivo para os profissionais que especificam, projetam e desenvolvem soluções para o mercado de construção civil utilizando composites, plástico de engenharia e poliuretano.

Data: 10 de abril
Horário: das 9h às 13h10
Local: Braston Hotel – Av. Augusta 467 – São Paulo, SP.
As inscrições gratuitas devem ser feitas pelo site www.tecnologiademateriais.com.br 
Mais informações – Tel.: 55 11 2899-6377 Contatos Maurício Mino – 55 11 2899-6395 – mauricio@artsim.com.br Jornalista responsável: Simone Martins – Mtb 027303

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A água também é verde


*Heloisa Bomfim

A eficiência energética vem se consolidando como uma das principais diretrizes que norteiam a construção de novos empreendimentos no Brasil. Mas, aos poucos, a economia de água também tem ganhado os holofotes de projetos sustentáveis. Isso faz todo o sentido uma vez que diariamente desperdiçamos litros e litros desse recurso. Uma simples torneira gotejando, por exemplo, é capaz de jogar fora mais de 32 litros em um dia. O que também aumenta a necessidade de ações preventivas contra o desperdício é o custo da água. Atualmente, paga-se entre R$ 16,00 e R$ 20,00 por metro cúbico de água potável, incluindo o tratamento de esgoto.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), o mercado de eficiência energética pode movimentar até R$ 2 bilhões por ano. A partir de um bom plano, as médias de redução na conta de energia e água de uma indústria ficam entre 4% e 9%. No comércio, a economia pode alcançar entre 10% e 30%.
Portanto, para se considerar um projeto “verde”, ou seja, ecologicamente correto, o consumo e as formas de controle da água não podem ser ignorados. Em outras palavras, para ser “verde”, não se pode esquecer do “azul”.

Uma das ações possíveis e de fácil aplicação é o controle de vazamentos, que pode ser feito por meio de um monitoramento constante da curva de água do empreendimento. A partir desse princípio, é possível entrar com correção imediata caso haja alguma alteração. Para um empreendimento médio, que chega a gastar cerca de R$ 110 mil mensais com água, o monitoramento constante de vazamentos representa de 5% a 7% de redução na conta mensal.

Outra prática importante é a adequação dos equipamentos. Isso envolve a troca por aparelhos mais eficientes ou   a regulagem da vazão de água. Os pressurizadores nas torneiras, que distribuem melhor a água que chega ao usuário, diminuem a pressão e, consequentemente, a água usada para lavar as mãos, por exemplo. Também já podem ser encontrados mictórios a seco  , e caixas de descarga com apenas seis litros, em vez dos 12 litros que se utilizava há alguns anos.

A captação de água também gera uma boa economia, principalmente porque materializa o conceito de reciclagem da água. O tipo mais indicado é a captação de águas pluviais. Captada por uma cisterna instalada no telhado do empreendimento, a água passa pelo procedimento “first flush”, quando os primeiros 10 minutos de água são descartados, por serem geralmente mais ácidos (especificamente na cidade de São Paulo). O sistema então armazena a água, que fica pronta para receber um tratamento simples  . O único inconveniente dessa alternativa é o espaço para armazenar a água coletada. Se não um for um problema para o edifício, a técnica só traz bons resultados, com redução de 17% no consumo de água  .

Reciclagem de água. Também é possível reciclar para fins potáveis as chamadas “águas cinzas”, de lavatórios, chuveiros ou qualquer água que não tenha contato com bacia sanitária. O tratamento é um pouco mais caro, mas é facilmente compensado   com a estimulação do uso racional da água que essa técnica acaba proporcionando.

O reúso de “águas negras”, de esgoto, já apresenta um maior nível de complexidade no tratamento e tecnicidade, pela maior probabilidade de contaminação. Outras ações, como a opção por plantas nativas nos jardins, que consomem menor quantidade de água, e campanhas de conscientização dos usuários do empreendimento, também trazem reduções consideráveis.
Um bom projeto pode contemplar até 20% ou 25% na redução do consumo de água. Medidas como controle de vazamentos, instalação de redutores de pressão nas torneiras, substituição de válvulas de descarga e de boias de regulagem de nível podem gerar excelentes economias.

Para se ter uma ideia do montante de economia que é possível fazer com o controle de água, tomemos com exemplo um shopping center da cidade de São Paulo  . O empreendimento mantinha um consumo de água mensal de cerca de R$ 115   mil e após a adoção de um programa para controle de água conseguiu reduzir os gastos em 20%, ou mais de R$ 22 mil. As mesmas medidas, num empreendimento que gasta R$ 253 mil por mês com consumo de água, resultaram em economia de 24%, ou R$ 62 mil por  mês.

Seja qual for o projeto, é importante ter em mente que uma ação aparentemente simples já é capaz de trazer uma economia interessante. Quando se fala de um recurso tão indispensável quanto a água, todo e qualquer esforço para sua preservação torna a operação de um empreendimento mais  inteligente e mais eficiente.  
*Heloisa Bomfim é Business Developer da Dalkia Brasil

Sobre a Dalkia
Fundada há mais de 70 anos na França, a Dalkia é a divisão de energia da Veolia Environnement em parceria com a Electricité de France (EDF). É referência mundial em serviços de eficiência energética, utilidades e infraestrutura e está presente em 40 países. Em todo o mundo, os serviços da Dalkia têm como objetivo otimizar o consumo de energia e o uso das instalações, proporcionando o melhor aproveitamento dos recursos. No Brasil desde 1998, a Dalkia atua em instituições de saúde, instituições de ensino, empreendimentos comerciais, shopping centers e indústrias. Em 2011, a Dalkia registrou um faturamento de R$ 318 milhões no País.   

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Prêmio Expressão de Ecologia


Prêmio Expressão de Ecologia

O Prêmio Expressão de Ecologia surgiu na esteira da Rio+20, a Conferência de Meio Ambiente da ONU que inaugurou uma nova época ambiental no planeta. Sua estratégia é incentivar as empresas a investirem na preservação ambiental. Certificado pelo Ministério do Meio Ambiente como o mais importante do país no segmento empresarial, ele já teve 1.996 cases inscritos nestes 20 anos.

Seu rigoroso corpo de jurados é formado por técnicos, ambientalistas, doutores, professores e agentes de campo ligados ao meio ambiente. Eles reúnem-se agora em novembro para selecionar os vencedores da próxima edição.

Em 2012 a editora lançou o Livro Verde do Sul – 20 anos do Prêmio Expressão de Ecologia, que conta a história da evolução ambiental empresarial na Região Sul nestas duas décadas e pode ser acessado em sua versão e-book em: www.expressao.com.br/livroverde

Entre os premiados de sua vigésima edição está o articulista da Revista Geração Sustentável, Hugo Weber Junior com o projeto HMA - Hospital Municipal de Araucária .
Nessa edição, a premiação contou com 193 projetos ambientais participantes, um recorde histórico de inscrições, o que valoriza ainda mais sua conquista. O portal especial da Editora Expressão que apresenta as ações ambientais participantes com a possibilidade de baixar na íntegra os projetos autorizados poder ser acessado através do endereço abaixo:

Conheça os jurados da vigésima edição da premiação que escolheram o seu projeto entre os melhores da Região Sul do Brasil:


PGRS,PGRCC,ETE,ANÁLISE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS,BIODIGESTOR


CAU/PR apresenta Projeto Arquiteto Empreendedor para parceiros

Projeto deve beneficiar e ajudar  profissionais que querem se tornar empreendedores, mas também pode melhorar desenvolvimento do Estado
Imagem: Jucenei Gusso Monteiro, coordenador do NESC-CAU/PR e Jeferson Dantas Navolar, presidente do CAU/PR


O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), Jeferson Dantas Navolar, e o conselheiro do CAU/PR e coordenador do Núcleo de Empreendedorismo e Sustentabilidade do CAU/PR (NESC-CAU/PR), Jucenei Gusso Monteiro, apresentaram o Projeto Arquiteto Empreendedor a parceiros a agentes de fomento do Núcleo. Em sua apresentação, o presidente do CAU/PR ressaltou que um dos objetivos do Núcleo é “transformar os arquitetos em empreendedores para que esses profissionais deixem a informalidade e, como pessoas jurídicas, tenham acesso a fontes de financiamento, possam participar de licitações e tenham benefícios sociais como direito a aposentadoria”.

Navolar também apresentou números dos profissionais e das empresas que hoje atuam no Estado. O Paraná tem em torno de sete mil profissionais pessoas física e apenas cerca de mil empresas. “Esta é uma realidade que precisa mudar. Nesse sentido o projeto Arquiteto Empreendedor surge para auxiliar o profissional de arquitetura e urbanismo a montar sua empresa e vir a se tornar agente transformador dentro da sociedade”, afirma Navolar.

Já para Jucenei Gusso Monteiro, o arquiteto pode interferir diretamente na qualidade financeira de cada município. “Sabemos que há recursos do Governo Federal para as administrações municipais que muitas vezes não são utilizados por falta de projetos. Por isso, a intenção do Núcleo é orientar e preparar os profissionais para que eles possam auxiliar na captação dessas verbas, promovendo assim o desenvolvimento regional”, completa Monteiro.

Municípios
A qualificação dos profissionais e a possibilidade de atuação deles junto aos municípios são vistas com bons olhos pelo gerente regional da Caixa Econômica Federal, Marques Calixto. “Acho que a iniciativa da criação do Núcleo é de extrema importância, porque a valorização dos profissionais de arquitetura traz com certeza um benefício maior para toda a sociedade. E nós estamos cada vez mais precisando de profissionais competentes, com esclarecimento e com conhecimento suficiente nos municípios do Estado do Paraná, principalmente os que não têm nenhuma assistência”, afirma Calixto. O gerente disse que os municípios precisam de projetos e planos de execução de trabalhos para receber fundos do Governo Federal e o Núcleo pode contribuir ajudando as prefeituras a viabilizá-los.

O técnico de Relações Institucionais da Fomento Paraná, Elson Teixeira, vê com otimismo a iniciativa do Conselho. Para ele, o CAU pode vir a ser dos grandes fomentadores do crescimento e da sustentabilidade junto a empresários formais e informais e aos profissionais da área. “A Fomento realmente pode se considerar parceira dessa iniciativa, em função da sinergia que é construída através das iniciativas tanto da agência quanto do CAU”, diz Teixeira. O técnico ressalta que ações como essa do CAU/PR, qualificando os arquitetos como agentes da sociedade, irão fazer com que mais recursos cheguem aos municípios.

Para conhecer mais sobre os trabalhos do Núcleo, estavam na apresentação representantes da Embracon, da Nobre Seguradora, do Fundo de Assistência Social dos Arquitetos e Urbanistas (Funsau), da Berkley, da Fomento Paraná, do Call Center Paraná, da Caixa Econômica Federal, da Aliança Nosso Paraná Sustentável, da Associação Comercial do Paraná e da Revista Geração Sustentável. O Sebrae embora não tenha participado dessa reunião já é parceiro do NESC-CAU/PR. E será o responsável pelos cursos de qualificação dos profissionais da arquitetura e urbanismo.

Sobre o CAU/PR
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná é uma autarquia Federal criado pela Lei nº 12.378/2010 que também regulamenta o exercício da profissão de arquiteto e urbanista. Está em funcionamento desde 19 de novembro 2011. Ele tem, entre outras, as funções de fiscalizar o exercício da profissão, bem como influir na formulação das políticas públicas nas áreas de habitação, mobilidade, planejamento territorial urbano e preservação do patrimônio. No Paraná, o Conselho é presido pelo arquiteto e Jeferson Dantas Navolar.