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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sustentabilidade é palavra de ordem nas empresas de sucesso

Feira de Gestão em Curitiba apresenta exemplos bem-sucedidos de organizações que caminham em direção do modelo ideal de sustentabilidade

A sustentabilidade está entre os cinco temas mais importantes das empresas líderes de mercado no Brasil. Para debater o tema na Feira de Gestão da FAE foram convidados o jornalista Ricardo Voltolini e o gerente de sustentabilidade da Alcoa, Fabio Abdala.



O jornalista levou ao público do evento um contexto histórico da responsabilidade social no Brasil e no mundo. Segundo ele, o Brasil passa hoje por uma mudança no foco da economia. "As discussões sobre sustentabilidade na Europa começaram há 15 anos, com a iniciativa dos governos. Já no Brasil, há 10 anos, as empresas tomaram a frente e iniciaram as discussões sobre responsabilidade social e, há três ou quatro anos, vem se falando no conceito mais amplo de sustentabilidade. A diferença é que, aqui, estamos vendo uma velocidade muito intensa de mudança para uma economia verde, que visa um equilíbrio de resultados financeiros, sociais e ambientais", comparou.

No livro "Conversas com Líderes Sustentáveis", Voltolini apresenta entrevistas inéditas com dez dos mais importantes empresários que atuam no país. São eles: Guilherme Peirão Leal, Fábio Barbosa, Luiz Ernesto Gemignani, Franklin Feder, Paulo Nigro, Kees Kruythoff, Héctor Núñez, José Luciano Penido, Miguel Krigsner e José Luiz Alquéres. "Temos hoje uma elite de líderes sustentáveis no Brasil. São poucos, mas já estão internacionalizados pelas suas posturas e valores", revelou. "Esses são os líderes da nova economia, que se consagraram porque (e não apesar de) adotaram uma postura sustentável", contou.


Sustentabilidade na Mineração

Um dos exemplos citados é a Alcoa. A palestra magna da Feira de Gestão 2011 mostrou o case de sucesso de uma das líderes em produção de alumínio, eleita Empresa Sustentável do Ano pelo Guia Exame de Sustentabilidade e integrante do Índice Dow Jones de Sustentabilidade por nove anos consecutivos. No evento realizado em Curitiba, o gerente de sustentabilidade da empresa, Fábio Abdala, apresentou a experiência do Projeto Juruti Sustentável, impulsionada pela implantação do empreendimento de mineração da Alcoa em Juruti, cidade localizada no Oeste do Estado do Pará, no coração da Amazônia.

De acordo com Abdala, a Mina de Juruti foi idealizada para conviver em total integração com a comunidade, contando com estratégias de sustentabilidade. "A mineração no Norte do País tem experiências muito negativas. Acreditamos que se pudermos fazer de Juruti uma referência será bom não só para o município, como também para a região Norte, para o setor mineral, para o Brasil e também para a Alcoa", ponderou.

O Projeto Juruti Sustentável visa atender aos três aspectos do tripé de sustentabilidade, vislumbrando o desenvolvimento regional: respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e sucesso econômico. Desde o início das atividades do empreendimento, várias reuniões preliminares e audiências públicas foram realizadas com lideranças comunitárias, instituições públicas e privadas e outras partes interessadas, em Juruti, Santarém e Belém, das quais participaram até seis mil pessoas. Essas ações deram origem aos Planos de Controle Ambiental (PCAs) e à Agenda Positiva.

São 35 programas que integram os PCAs, abrangendo ações de monitoramentos do clima, ar, ruídos, águas, conservação da flora e fauna, produção de mudas, educação ambiental, atendimento médico-sanitário e educacional, segurança pública, valorização e resgate da cultura local, apoio à elaboração do Plano Diretor do Município de Juruti, entre outras.

A Agenda Positiva - ações complementares voluntárias da companhia que beneficiam diretamente a comunidade local - atende aos principais anseios manifestados pelos próprios jurutienses e assegura melhorias nas áreas de saúde, educação, cultura, meio ambiente, infraestrutura urbana e rural, segurança e justiça, e assistência social. São iniciativas implementadas mediante parcerias com o poder público, organizações não governamentais e a própria comunidade.

Parcerias institucionais garantem o desenvolvimento de projetos estratégicos, como a criação do Conselho Juruti Sustentável, os indicadores regionais de sustentabilidade e estudos para a criação do futuro fundo pelo desenvolvimento de Juruti. É um empreendimento que protege ao máximo possível o meio ambiente. Todas as áreas de construção passam pela devida recuperação, mediante modernas técnicas de revegetação - hidrossemeadura e biomantas - além do plantio de 80 mil mudas de árvores nativas da região, produzidas em viveiros próprios e comunitários, para revegetação das áreas mineradas. Graças a essa técnica, em 1990 a Alcoa foi incluída no Rol de Honra Global 500 do Programa de Meio Ambiente da ONU - a única mineradora que o integra - por sua atuação na Austrália. O mesmo trabalho, realizado em Poços de Caldas (MG), antecedeu a legislação brasileira nesse sentido e é considerado modelo no Brasil e no mundo.

"O retorno deste investimento é ser parte legítima e integrante dessa comunidade", disse Abdala. Mas essa atitude de responsabilidade socioambiental tem um retorno para além da capacidade de funcionar localmente de forma pacífica: "é só ver as carteiras de investimento das empresas consideradas sustentáveis", argumentou. A Alcoa foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa da revista Exame, nas áreas de "Valores e Transparência" e de "Governo e Sociedade". Além disso, a Alcoa foi incluída nove vezes entre as "Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil", pelo Instituto Great Place to Work e Revista Época. Pesquisa da revista Carta Capital já consagrou a Alcoa como uma das empresas mais admiradas do Brasil, e a companhia foi também considerada uma "Empresa do Bem" pela revista Dinheiro.


O evento

A 11ª Feira de Gestão aconteceu de 20 a 22 de setembro, na FAE Centro, em Curitiba. O evento trouxe modelos inovadores e soluções de gestão para as áreas de saúde, habitação, mobilidade, inclusão e energia - alguns dos Desafios do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de três palestras magnas e cinco painéis temáticos, a Feira de Gestão apresentou os melhores trabalhos acadêmicos dentro dos cinco Desafios do Milênio propostos.



Fonte: Central Press

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Artigo: Círculo virtuoso e os caminhos da sustentabilidade

Todos os dias temos a responsabilidade de dar continuidade ao que já iniciamos, sempre contando com recursos que restaram disponíveis depois do dia anterior. Sejam eles naturais, financeiros ou humanos, a vida nos leva a refletir sobre a questão da sustentabilidade. É preciso inteligência nessa equação para que os resultados que pretendemos não consumam esses recursos de forma que não seja equilibrada ou responsável.

Mas a esperança de que essa equação possa ser resolvida reside no fato de que isso depende somente da vontade do ser humano. Às vezes, temos a sensação de que não há nada a fazer, que tudo o que estava ao alcance já foi realizado e que cabe ao outro o poder de decisão. Mas precisamos refletir se realmente estamos fazendo a nossa parte.

Em minha trajetória profissional, tive a felicidade de trabalhar na Amana-Key diretamente com diretores, gerentes e supervisores de organizações que, em programas de desenvolvimento em gestão para executivos, buscavam ir além do próprio benefício profissional, porque coordenavam equipes e áreas e precisavam encontrar uma forma mais refinada e sutil de tratar com as pessoas com quem conviviam. Dessa maneira, foram entendendo e respeitando o outro e deixaram transparecer como efeito comum ao final dos programas, que essa forma de ver o mundo contribuiu para que se sentissem melhores ao final do processo. E seu lado profissional ganhou com isso, pois pessoas mais equilibradas, conscientes de seu papel e importância na liderança das organizações desempenham suas tarefas com muito mais qualidade e dão melhores resultados.

Hoje estou na direção da Associação Junior Achievement Paraná, uma organização que trabalha para beneficiar jovens, adolescentes e crianças, um público maravilhoso e empolgante, que nos motiva ainda mais a realizar todas as coisas, pois fazem parte do ciclo natural da vida, afinal, todos nós um dia tivemos sonhos e esperança semelhantes.

Ao receber o convite, lembro que a primeira coisa que imaginei foi a sustentabilidade desse modelo praticado pela associação, em que empresas socialmente responsáveis financiam os projetos para que seus colaboradores possam compartilhar voluntariamente suas experiências em sala de aula com jovens estudantes. São aqueles gestores que tiveram a oportunidade de um dia aprender nas universidades, ou em cursos e programas de desenvolvimento, ou em literatura de ponta em gestão, e que, através de uma ação de voluntariado, podem contribuir para a transformação da vida de outros, mais novos, que os observam como referências do que sonham ser um dia, profissionais de sucesso, com conhecimento e generosidade suficiente para oferecer essa parte importante de suas vidas a fim de que eles possam ter uma chance de ter o espírito empreendedor despertado. Seja para acreditar que podem estudar um pouco mais além do que estariam normalmente dispostos, ou conhecer outras profissões que poderão lhes trazer muito mais realização do que as haviam se limitado a imaginar, ou, em alguns casos, jovens que passam a sonhar por terem sido tão bem impactados por essa experiência e buscam arquitetar os seus caminhos após a inspiração daqueles voluntários que um dia lhes ofereceram um pouco de seu tempo e fizeram funcionar esse grande círculo virtuoso do bem.

São coisas como essas, tão simples e que dependem de tão pouca coisa para acontecer, no caso a vontade de alguém de compartilhar aquilo que tem e que ainda continuará consigo depois, que me fazem acreditar que a sustentabilidade está cada vez mais encontrando espaço em nossas vidas, nossas crenças e nossas ações. Visto que não há mais outro caminho a trilhar que não seja esse, buscando o que é melhor para todos.


FABRÍCIO CARDOSO CAMPOS

Publicitário, especialista em Administração de Marketing, Gestão Avançada de Pessoas e Estratégica da Inovação

(Artigo publicado originalmente na edição 24 - Revista Geração Sustentável)
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Acesse outros conteúdos dessa edição:

Matérias:
Editorial

Entrevista: Almir de Miranda Perru
Matéria de Capa: Usipar
Responsabilidade Ambiental: Composteiras Industrializadas
Visão Sustentável: Os projetos florestais do Grupo Ecoverdi
Responsabilidade Social: Ações e Projetos CPCE
Qualidade de Vida: Academias ao ar livre (Curitiba)
Desenvolvimento Local: Os desafios da Construção Civil


Artigos:
Gastão F. da Luz: De cógidos, fatos e acontecimentos
Jeronimo Mendes: A nova Ordem Econômica
Evandro Razzoto: Marketing Verde como ferramenta estratégica de negócio

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Indústria de guardanapo inova ao retirar o plástico do guardanapo embalado

Uma indústria paranaense, líder na fabricação de guardanapos, coloca no mercado um produto inovador e sustentável. Trata-se do guardanapo embalado em papel, que substitui as embalagens plásticas.

A novidade levou um ano para ser desenvolvida e entrou no mercado brasileiro recentemente, através do McDonald’s, seu principal cliente. As principais vantagens do produto é ser 100% reciclável, ecologicamente correto e provido de fontes renováveis. "Produzimos 3.600 toneladas de guardanapos embalados por ano. Isso significa que com o novo produto, 480 toneladas de plástico deixarão de ser depositados na natureza nesse período", explica o diretor Hildebrando Tuca Reinert.

A Guardanapos Leal tem mais de dois mil clientes, entre restaurantes, redes de fast-food, lanchonetes, hotéis e padarias, em todo o país. Entre as empresas que consomem os produtos produzidos pela Leal existem algumas que exigem que seus fornecedores tenham responsabilidade ambiental. "São empresas, assim como a Leal, que cada vez mais se preocupam com a origem dos produtos que levam a sua marca. O mercado brasileiro está se sensibilizando com as questões ambientais e as marcas precisam estar atentas, principalmente porque o consumidor já encara a sustentabilidade como uma obrigação. Desta forma, procuramos criar um material que atendesse às exigências do público e que, ao mesmo tempo, fosse sustentável", ressalta.

Com dois meses no mercado, o novo produto tem tido boa adesão entre os clientes da empresa. Além do Mc Donald´s, a rede de cinemas Kinoplex, Burger King, Subway, Spoleto e Au Au estão em processo de substituição do antigo pelo novo produto. "A aceitação está cada vez maior. Nossa meta é que até o inicio de 2012 o plástico seja eliminado da nossa cadeia produtiva. Acredito que conseguiremos cumpri-la, pois além do preço continuar o mesmo, nossos clientes terão a mesma economia do guardanapo embalado individualmente, acrescido da vantagem de oferecer um produto sustentável ao consumidor final", explica.

A Guardanapos Leal indústria com sede em Piraquara, Paraná, atua no desenvolvimento, industrialização e comercialização de produtos descartáveis de papel voltados para alimentação e higiene como: guardanapos, embalagem para talheres, cartuchos, papéis toalha, cupons fiscais, lâminas de bandejas e higiênicos. A responsabilidade com o meio ambiente sempre andou junto ao crescimento da empresa. A Guardanapos Leal disponibiliza dois sistemas de tratamento de água contribuindo para a preservação dos mananciais. A empresa busca, por práticas de gestão ambiental modernas, adoção de processos produtivos racionais e com poucas perdas e conscientização de seus colaboradores sobre a necessidade de preservação dos recursos naturais.

Fonte: M5 Comunicação Integrada

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sustentábil: um novo conceito em Construções Sustentáveis

Entrevista edição 24 - Almir de Mirando Perru - Sinduscon/PR

Empreendimentos Verdes: construindo um mundo mais sustentável

A Construção Civil é um dos setores mais promissores para as próximas décadas e também um dos mais preocupados em reduzir seus impactos socioambientais. Encontrar alternativas sistêmicas e que envolve todas as etapas do processo, mantendo a viabilidade dos empreendimentos, é o grande desafio desse segmento. Para abordar esses pontos e outros assuntos relacionados a sustentabilidade, Almir de Miranda Perru, vice-presidente da área técnica de Meio Ambiente do SInduscon/PR falou com exclusividade para a revista GERAÇÃO SUSTENTÁVEL. Almir é empresário do setor atuando desde 2003 à frente da CTBA Construtora. Em seu currículo, conta com aproximadamente 90 mil metros quadrados de área de construção em obras em andamento e de empreendimentos já concluídos.



Almir de Miranda Perru
Vice-presidente da área de Meio Ambiente do Sinduscon/PR


Construção e Sustentabilidade caminham juntas?
Sim, cada vez mais empresas de construção civil têm se sensibilizado com o tema sustentabilidade, por uma questão de sobrevivência, sob aspecto econômico, social, político e ambiental. A indústria da construção tem participado ativamente de discussões sobre este assunto com agentes de todas as esferas do setor produtivo, institutos de pesquisa e desenvolvimento, universidades, fabricantes de materiais, recicladores, e principalmente com o poder público, a fim de que o tema seja tratado de forma adequada e igualmente ‘sustentável’.
Vale ressaltar aqui a importância de estimular a inovação tecnológica eco-eficiente no País, como uma ferramenta para reformulação de práticas e atitudes, pois toda mudança requer primordialmente políticas de incentivos.

Que etapas do processo de uma construção são mais críticas e que geram os maiores impactos ambientais?
Não existe uma fase mais crítica que outra. Tudo começa com um bom processo de gestão do negócio, desde a fase de desenho do projeto, até a fase de execução. Com planejamento eficiente, os materiais são empregados de forma racional, sem desperdício, o que significa economia de dinheiro e tempo, além de poupar o meio ambiente. As novas tecnologias têm contribuído com a redução do impacto ambiental. Os processos industrializados minimizam a geração de resíduos.
As construtoras têm utilizado tintas sem solvente, materiais menos agressivos, têm adotado medidas que diminuem os desperdícios com água e energia, utilizado sistemas com aproveitamento da energia solar, inibição do uso desnecessário e simultâneo dos elevadores e ares condicionados, dentre outros elementos e atitudes que visam a saúde e qualidade de vida dos usuários e preservação do meio ambiente.
Em termos construtivos, muito se evoluiu também. Hoje em dia muitas empresas não empregam apenas o sistema convencional de construção, de empilhar tijolo sobre tijolo. Existem vários métodos construtivos, tais como, alvenaria estrutural, construções pré- moldadas, pré-fabricadas, dentre outros que permitem um processo mais controlado, visando sempre a diminuição do desperdício, aumento da velocidade de produção e conseqüente diminuição do impacto ambiental nos canteiros de obras.

Certificações verdes para construções são diferenciais para construtoras e investidores?
Sim, com certeza. No Brasil existem duas certificações que indicam os empreendimentos verdes, o selo LEED e o Aqua. Investir em um projeto sustentável é sem dúvidas um excelente negócio, mostra a consciência ambiental da empresa, e o consumidor está cada vez mais atento a estas questões. Vale ressaltar que um prédio construído com foco na certificação beneficia não apenas o meio ambiente, mas as pessoas envolvidas na obras, nos chamados empregos verdes, as pessoas que irão conviver naquele empreendimento, bem como o seu entorno.

Considerando que uma grande obra nunca está sozinha, como promover efetivamente o desenvolvimento do seu entorno?
Alguns empreendimentos são construídos em localizações estratégicas, onde os futuros moradores contam com um leque de serviços muito grande, escolas, mercados, enfim, com estabelecimentos comerciais próximos, possibilitando que o carro fique na garagem, estimulando as pessoas a caminharem. Há empreendimentos que contribuem com o desenvolvimento da região onde são construídos, que acabam atraindo comércio e serviços, beneficiando todos que moram ou circulam no local.

Será possível superar o gargalo de infraestrutura nos próximos anos, diante das exigências dos eventos esportivos (copa e olimpíadas)?
Curitiba é uma cidade modelo, é reconhecida por desenvolver excelentes projetos para o desenvolvimento da cidade e região metropolitana. Temos certeza de que é possível vencer os gargalos existentes e que a capital paranaense fará bonito na copa do mundo de 2014. É lógico que para isso existem alguns desafios, como vencer a burocracia, a morosidade da administração pública, bem como atribuir transparência a este processo de preparação para os eventos esportivos.

O setor da construção civil é um dos mais promissores para as próximas décadas, quais são as principais tendências socioambientais que influenciam o segmento?
Os prédios verdes, que atendem a uma série de critérios e exigências para se tornarem sustentáveis, como valorização da iluminação natural e lâmpadas mais econômicas para poupar energia, captação da água da chuva, emprego de materiais de fácil manutenção, também para economizar água, dentre tantos outros exemplos. Outra tendência são os empreendimentos Home Working, que congregam salas comerciais inteligentes, apartamentos, e espaços comerciais, como shoppings, tudo para dar maior comodidade aos moradores. Num prédio misto como este, o cidadão não precisa pegar o carro e enfrentar o trânsito para trabalhar ou para ir às compras. Poupa tempo, energia e o meio ambiente.
De forma geral, a industrialização dos sistemas construtivos é também um caminho sem volta. Para dar conta da demanda por novas moradias, até mesmo por conta do Programa Minha Casa, Minha Vida 2, o setor terá de modernizar os canteiros de obras, investir em maquinários, novos equipamentos e processos construtivos, bem como em qualificação profissional.

Quais ações o Sinduscon-PR vem desenvolvendo para o fortalecimento e sustentabilidade do setor?
A entidade tem promovido uma série de cursos e eventos para debater com os empresários da construção civil e demais atores da sociedade organizada temas relevantes, como o da sustentabilidade. Para assuntos mais técnicos o Sinduscon-PR disponibiliza também um serviço especializado para os associados, onde engenheiro e arquitetos orientam as empresas quanto a procedimentos adequados, legislação urbana e normas técnicas, por exemplo.
A entidade participa ativamente das discussões que envolvem o setor na FIEP, na esfera pública e em todos os níveis de governo, por que sabemos que a construção civil é a grande parceira do desenvolvimento do País.

Que mensagem final gostaria de deixar para os leitores da Revista Geração Sustentável?
Durante longos anos o País deixou de tratar a habitação de interesse social com a atenção necessária, situação que culminou em um déficit habitacional de aproximadamente sete milhões de unidades.
Este problema transcende a questão física-estrutural. A falta de moradia desagrega a família, dificulta a educação, favorece o acesso à criminalidade, reduz as chances de inserção do indivíduo na sociedade, dentre outras consequências igualmente graves.
E não é possível falar em construção sustentável, isolando-se apenas o empreendimento, desconsiderando o entorno. É fundamental prover à totalidade da população brasileira de serviços adequados de saneamento básico, para evitar que mais de 500 crianças morram, por dia, vítimas de doenças provocadas pela falta ou pela insuficiência deste serviço público tão importante e vital.
Só com moradia digna o trabalhador renderá mais no emprego, a criança estudará melhor e a família passará mais tempo em casa, beneficiando e potencializando, por conseqüência, os investimentos públicos em saúde, educação, mobilidade urbana e segurança pública. Sociedade mais feliz e educada está é a fórmula para um mundo Sustentável.


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Desenvolvimento Local: Os desafios da Construção Civil


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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feira provoca debates sobre mobilidade e tecnologia



De 20 a 22 de setembro, a FAE Centro Universitário realiza a 11ª edição da Feira de Gestão, em Curitiba (PR). O evento traz modelos inovadores e soluções de gestão para as áreas de saúde, habitação, mobilidade, inclusão e energia - alguns dos Desafios do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O painel Mobilidade acontece no dia 21, às 19h15 e tem como debatedores o doutor em Desenvolvimento e professor do Programa de Mestrado em Organizações e Desenvolvimento (PMOD) da FAE, Lafaiete Neves, e o diretor territorial Paraná e Santa Catarina da Vivo, Josué Freitas.

Segundo Neves, Curitiba se posiciona como a cidade com a maior proporção de carros por habitante do País, atingindo a marca de um veículo automotor para cada 1,96 habitantes. Em números aproximados, a capital paranaense possui uma frota de 1,1 milhão de carros para 1,750 milhão de pessoas. "Esta estatística reflete diretamente na questão da mobilidade urbana, ocasionando trânsito caótico nos horários de pico e o aumento no número de acidentes, além do desconforto para a população que utiliza o transporte coletivo", afirma o professor. Os participantes do evento terão acesso às pesquisas realizadas pelo especialista, que remontam a estrutura urbana na capital paranaense do final da década de 60 até os dias atuais.

O painel abrange também a utilização da tecnologia para diminuir as distâncias e levar serviços de qualidade à população. Sob este ponto de vista, Freitas vai mostrar como a Vivo chegou à liderança do mercado de telecomunicações móveis no Brasil e também abordará os projetos da empresa nas áreas de inclusão digital e difusão da educação e de novas formas de aprendizagem por meio da tecnologia de comunicação em rede.

A programação completa do evento e mais informações estão no site www.fae.edu/feira.

Serviço:
O quê: 11ª Feira de Gestão da FAE - Desafios do Milênio
Quando: de 20 a 22 de setembro de 2011
Onde: FAE Centro Universitário - Rua 24 de Maio, 135 - Centro - Curitiba - PR
Mais informações e inscrições pelo site www.fae.edu/feiradegestao2011


Programação

20 de setembro
19h15 - Painéis simultâneos - Energia (Usiminas e Volvo), Saúde (Philips e Hospital Pequeno Príncipe) e Habitação (Thá e Curadores da Terra)
20h30 - Palestra Magna - Jovens Empreendedores de Sucesso, com o presidente da Cacau Show, Alexandre Tadeu Costa, e o fundador da Bematech, Marcel Malczewski.

21 de setembro
19h15 - Painéis simultâneos - Mobilidade (Vivo) e Inclusão (BRDE, Microsoft e O Boticário)
20h30 - Palestra Magna - Responsabilidade Social e Desenvolvimento, com o autor do livro Líderes Sustentáveis, Ricardo Voltolini, e o gerente de sustentabilidade da Alcoa Alumínio S.A, Fabio Abdala.

22 de setembro
19h30 - Palestra Magna - Desafios de Sustentabilidade em um Mundo em Transição, com o economista Ricardo Amorim.
21h - Cerimônia de premiação FAE Desafios do Milênio


Fonte: Central Press

domingo, 4 de setembro de 2011

Prêmio Zilda Arns - inscrições até 11 de setembro



LÍDERES E ENTIDADES QUE DESENVOLVEM TRABALHOS SOCIOAMBIENTAIS PODEM SER PREMIADOS COM R$ 50 MIL PARA SEUS PROJETOS.

Até o dia 11 de setembro, estão abertas as inscrições para a edição 2011 do Prêmio Instituto HSBC Solidariedade - Troféu Dra. Zilda Arns Neumann, que vai reconhecer e premiar lideranças comunitárias que atuam nas áreas de Educação e Meio Ambiente, no Paraná.

Os vencedores das duas categorias receberão R$ 50 mil cada um, que serão destinados a apoiar o trabalho da instituição e também para a realização de cursos de aperfeiçoamento dos líderes indicados. O Regulamento está disponível no site www.hsbc.com.br/premioihs.

Para participar, basta preencher a ficha de inscrição e enviar por e-mail para inscricao@premioihs.com.br.