Sustentabilidade como estratégia empresarial
Por Cláudio Boechat, Professor e Coordenador do Núcleo de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa da Fundação Dom Cabral.
Nos dias atuais, é fundamental que todo profissional que pretende ou ocupe cargos de liderança nas organizações, encare as questões da sustentabilidade sob uma ótica empresarial estratégica.
A princípio, você pode pensar as ações de sustentabilidade como respostas a dois motivadores: riscos e oportunidades para os negócios hoje e no curto prazo. Mas, há um terceiro viés, decorrente da percepção de que grandes mudanças ocorrerão como conseqüência da evolução da sociedade e devido a imperativos ambientais.
Em outras palavras, a rota pela qual temos caminhado não nos atende mais. É certamente mais inteligente e mais perspicaz identificar os desafios impostos pela sociedade e pelo planeta às empresas e ao mercado hoje, buscando novas estratégias de negócios para estarmos presente em um futuro desejado, em alguns aspectos, e inexorável, em outros.
Observe, por exemplo, as mudanças climáticas. Ocorre, há décadas, uma emissão exagerada de gases de efeito estufa pelo homem, um fenômeno natural pelo qual uma camada de gases na atmosfera retém no ambiente uma parcela da energia recebida do sol.
Isso acontece, entre outros fatores, quando queimamos combustíveis fósseis nos automóveis, indústrias e usinas de energia, quando incendiamos as florestas ou mesmo pelos gases emitidos na criação de gado. Quando essa camada fica mais densa, mais energia fica presa na biosfera, resultando no seu aquecimento. E, as conseqüências são inúmeras: mudanças de regimes de chuvas e de temperaturas, maior ocorrência de catástrofes climáticas (como secas e inundações), elevação do nível dos mares e derretimento das geleiras. Este é um aspecto inexorável do futuro.
Quais seriam as formas de uma empresa pensar estrategicamente as mudanças climáticas? O planejamento de riscos e de oportunidades pode levar uma empresa a estratégias que “aproveitem” enquanto os custos não são afetados pelas mudanças que ainda virão. Isto pode beneficiar alguns no curto prazo, mas certamente agravará o problema no longo prazo. Nesses casos, é comum ouvirmos argumento como “no futuro, os custos serão divididos por todos” ou “afinal de contas, eu não estarei aqui mesmo...”
Porém, planejar estrategicamente para a sustentabilidade significa construir, a partir de hoje, o futuro desejável, considerando os efeitos do que é inexorável. Ou seja, reduzir ao mínimo as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar a mudanças inevitáveis, ao mesmo tempo em que se reduzem a pobreza e as diversas desigualdades entre pessoas e regiões, recuperando a natureza para todas as espécies de vida do planeta.
Assim, as empresas podem hoje tomar atitudes pró-ativas de inserção de novos processos no seu modelo de negócio. É possível perceber que os fenômenos climáticos ampliarão o mercado do setor da construção com a relocação de cidades e estradas, as construções de diques e obras de preservação dos litorais e a reconstrução de áreas destruídas por catástrofes. Entre outras mudanças, será necessário também alterar os locais e as formas de produção agrícola e pecuária, aprender como explorar as riquezas de florestas e produzir matérias primas de maneira sustentável.
Na medida em que crescem as demandas decorrentes de maior consciência ambiental e de justiça social, é certo que as empresas com tal pensamento estratégico se posicionarão em condição competitiva absolutamente diferenciada, garantindo antecipadamente um novo posicionamento no mercado e assegurando bons resultados econômicos.
Por Cláudio Boechat, Professor e Coordenador do Núcleo de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa da Fundação Dom Cabral.
Nos dias atuais, é fundamental que todo profissional que pretende ou ocupe cargos de liderança nas organizações, encare as questões da sustentabilidade sob uma ótica empresarial estratégica.
A princípio, você pode pensar as ações de sustentabilidade como respostas a dois motivadores: riscos e oportunidades para os negócios hoje e no curto prazo. Mas, há um terceiro viés, decorrente da percepção de que grandes mudanças ocorrerão como conseqüência da evolução da sociedade e devido a imperativos ambientais.
Em outras palavras, a rota pela qual temos caminhado não nos atende mais. É certamente mais inteligente e mais perspicaz identificar os desafios impostos pela sociedade e pelo planeta às empresas e ao mercado hoje, buscando novas estratégias de negócios para estarmos presente em um futuro desejado, em alguns aspectos, e inexorável, em outros.
Observe, por exemplo, as mudanças climáticas. Ocorre, há décadas, uma emissão exagerada de gases de efeito estufa pelo homem, um fenômeno natural pelo qual uma camada de gases na atmosfera retém no ambiente uma parcela da energia recebida do sol.
Isso acontece, entre outros fatores, quando queimamos combustíveis fósseis nos automóveis, indústrias e usinas de energia, quando incendiamos as florestas ou mesmo pelos gases emitidos na criação de gado. Quando essa camada fica mais densa, mais energia fica presa na biosfera, resultando no seu aquecimento. E, as conseqüências são inúmeras: mudanças de regimes de chuvas e de temperaturas, maior ocorrência de catástrofes climáticas (como secas e inundações), elevação do nível dos mares e derretimento das geleiras. Este é um aspecto inexorável do futuro.
Quais seriam as formas de uma empresa pensar estrategicamente as mudanças climáticas? O planejamento de riscos e de oportunidades pode levar uma empresa a estratégias que “aproveitem” enquanto os custos não são afetados pelas mudanças que ainda virão. Isto pode beneficiar alguns no curto prazo, mas certamente agravará o problema no longo prazo. Nesses casos, é comum ouvirmos argumento como “no futuro, os custos serão divididos por todos” ou “afinal de contas, eu não estarei aqui mesmo...”
Porém, planejar estrategicamente para a sustentabilidade significa construir, a partir de hoje, o futuro desejável, considerando os efeitos do que é inexorável. Ou seja, reduzir ao mínimo as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar a mudanças inevitáveis, ao mesmo tempo em que se reduzem a pobreza e as diversas desigualdades entre pessoas e regiões, recuperando a natureza para todas as espécies de vida do planeta.
Assim, as empresas podem hoje tomar atitudes pró-ativas de inserção de novos processos no seu modelo de negócio. É possível perceber que os fenômenos climáticos ampliarão o mercado do setor da construção com a relocação de cidades e estradas, as construções de diques e obras de preservação dos litorais e a reconstrução de áreas destruídas por catástrofes. Entre outras mudanças, será necessário também alterar os locais e as formas de produção agrícola e pecuária, aprender como explorar as riquezas de florestas e produzir matérias primas de maneira sustentável.
Na medida em que crescem as demandas decorrentes de maior consciência ambiental e de justiça social, é certo que as empresas com tal pensamento estratégico se posicionarão em condição competitiva absolutamente diferenciada, garantindo antecipadamente um novo posicionamento no mercado e assegurando bons resultados econômicos.
Gostei muito do blog!Tornou-se inevitável as mudanças das empresas em relação as questões ambientais, não só estrategicamente, mas também por necessidade, já que estamos chegando mundialmente em situações limites.
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