quinta-feira, 6 de maio de 2010
Reciclagem agrícola será tema de evento técnico simultâneo a RECICLAÇÃO 2010.
O grande potencial agronômico do lixo orgânico pode torna-lo um poderoso fertilizante e servir como alternativa sustentável para os grandes geradores de lixo
O esgotamento da capacidade dos aterros sanitários de muitas cidades brasileiras vem demonstrando a urgência em se lidar com a questão do lixo. Em Curitiba, alternativas para o destino do lixo orgânico serão apresentadas durante a RECICLAÇÃO 2010. O tema será discutido no II Simpósio Nacional de Reciclagem Agrícola de Resíduos de Origem Rural, Urbana e Industrial, que acontecerá simultaneamente a feira nos dias 16 e 17 de junho de 2010, no Centro de Eventos Expo Unimed Curitiba.
Quando se fala em reciclagem do lixo, o pensamento imediato é de que apenas plástico, papel, vidro ou metal podem ser separados, para ganhar um destino mais adequado, como a reutilização. Mas os materiais orgânicos, tais como restos de alimentos, cascas e folhas também podem ser reutilizados, desafogando os aterros e contribuindo para a atividade agrícola.
Estudos demonstram que, devido ao seu enorme potencial agronômico, e suas propriedades químicas, físicas e biológicas, o lixo orgânico pode se tornar um ótimo adubo. “Poucas empresas conhecem as vantagens econômicas e ambientais da reciclagem agrícola. Mas no Paraná ela tem um bom campo, principalmente em decorrência da forte pressão sobre os grandes geradores de lixo, que estão impedidos de depositar seus resíduos em aterros sanitários”, afirma o coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Antonio Lucchesi, atual presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – Curitiba (AEAPR-Curitiba).
Coordenador técnico do Simpósio, Lucchesi assegura que, para os grandes geradores, a reciclagem agrícola se constitui em uma alternativa segura e mais atrativa. “Desde que atenda aos padrões adequados de tratamento e de aplicação no campo, o processo de transformação de resíduos orgânicos em adubo é extremamente viável, porque é mais barato, não gera passivo, além de promover uma grande economia para atividade agrícola”, opina.
Apesar das vantagens, há questões conceituais, técnicas, legais e comportamentais a serem vencidas para o aproveitamento racional dos resíduos como fertilizantes, condicionadores de solo e, ou corretivos, em sistemas agrícolas de produção. “Ainda temos muito a caminhar para que a reciclagem agrícola se torne uma realidade. Este II Simpósio vai traçar um panorama nacional sobre o lixo, debater questões legais, entender como as autoridades enxergam a questão, além de aprender com a experiência de outros estados e países”, define Lucchesi.
Estaremos trazendo grandes ícones do segmento para discorrer e falar sobre o tema, vamos discutir formas de se compostar resíduos sustentavelmente. A produção de resíduos na Região Metropolitana de Curitiba com potencial para reciclagem agrícola e seu mercado, a legislação ambiental e as necessidades do Paraná quanto aos resíduos orgânicos, os passos para o licenciamento ambiental de um projeto de reciclagem agrícola, a reciclagem agrícola de resíduos por meio outras tecnologias inovadoras e as vantagens da aplicação destes resíduos em solos agrícolas são temas de palestras que integram o II Simpósio.
A RECICLAÇÃO 2010 – Feira Brasileira de Reciclagem Preservação & Tecnologia Ambiental, será realizado no período de 16 a 19 de Junho de 2010 em Curitiba Paraná.
Empresas e profissionais interessados em apresentar suas marcas na área de reciclagem e preservação ambiental ou participar dos eventos técnicos cientifico que acontecerão simultaneamente a feira, poderão entrar em contato através dos fone: (41)3203-1189 ou www.montebelloeventos.com.br/reciclacao.
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