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terça-feira, 15 de julho de 2014

TECNOLOGIA DE SEPARAÇÃO BASEADA EM SENSORES PARA A RECICLAGEM MODERNA DOS VEÍCULOS FORA DE USO


Os sistemas de separação baseada em sensores da TOMRA Sorting Recycling permitem recuperar matérias-primas secundárias, aumentar a pureza dos produtos e separar impurezas, recuperando em até 95% metais como alumínio, aço inoxidável, cobre, fios ou bronze. Esta avançada tecnologia oferece à indústria brasileira de reciclagem de veículos a oportunidade de recuperar com facilidade, precisão e elevada rentabilidade as matérias-primas mais preciosas, impulsionando o crescimento necessário ao setor.

Economia de matérias-primas, menor contaminação ambiental e grandes oportunidades de negócios. São três razões de peso para reciclar veículos fora de uso (VFU ou ELV  “End of Life Vehicles”), um tema ainda pouco abordado no Brasil, onde apenas 2% dos componentes dos veículos em fim de vida são recuperados, de acordo com dados do Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa do Estado de São Paulo-SP (Sindinesfa).

Com uma frota de automóveis que já superou 40 milhões de veículos, o mercado automotivo brasileiro está em constante crescimento. Simultaneamente, há carros, motos, ônibus e caminhões velhos, abandonados ou apreendidos que se amontoam em depósitos de sucatas e nos pátios dos Departamentos de Trânsito. Este cenário piora se acrescentarmos a quantidade de veículos obsoletos que continuam a circular de maneira perigosa e altamente poluidora, em especial os mais de 230.000 caminhões acima dos 30 anos ainda em atividade.

Por isso, tanto a renovação de frotas quanto a reciclagem dos veículos não utilizados constituem, de fato, uma prioridade para o país. Tais veículos não representam apenas um perigo ambiental e físico, mas também uma grande perda, já que toda essa matéria-prima poderia regressar à cadeia produtiva, gerando postos de trabalho e fazendo crescer a economia brasileira.

O setor brasileiro de reciclagem de veículos crescerá em 2014

Apesar da legislação ainda insuficiente, a reciclagem dos VFU no Brasil é um mercado ativo e considerado um negócio com futuro. As empresas de reciclagem de caminhões preveem um crescimento de 20% nos lucros do setor em 2014 e, por isso, insistem na implementação do Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões, que permitirá manter esse crescimento no futuro.  Com este mesmo objetivo, está em curso um projeto para a construção de um grande Centro de Reciclagem de Veículos de alta tecnologia em Belo Horizonte, Minas Gerais, que deverá estar operacional em 2015.

De acordo com os dados do Sindinesfa, no Brasil existem cerca de 10 milhões de veículos aptos para a reciclagem. Isto significa cerca de 5 milhões de toneladas de sucata de metais ferrosos, o material mais abundante em um automóvel. Ainda assim, um veículo é muito mais do que ferro, sendo possível recuperar outros materiais como plástico, borracha e vidro, bem como materiais de alto valor industrial, como metais não ferrosos - cobre, bronze, latão, alumínio e zinco, por exemplo.  Isso sem contar as placas de circuitos impressos e cabos elétricos, que são recursos muito preciosos: servem para a produção de novos veículos e o seu valor no mercado é mais elevado que o das misturas de materiais ferrosos recuperadas.

A reciclagem de metais não ferrosos é cada vez mais importante em termos de rentabilidade. No caso do alumínio, por exemplo, um dos recursos primários mais caros e difíceis de obter, a proposta de recuperação é ainda mais atrativa, já que existe uma enorme procura de alumínio no mercado e, além disso, a reciclagem permite poupar até 90% dos custos energéticos que a sua extração implica.


Sistemas modernos de separação por sensores, elevadas capacidade, eficiência e rentabilidade

Enquanto no passado era comum recuperar apenas os metais ferrosos do triturador, a reciclagem moderna de VFU vai além da separação do ferro, segregando metais não ferrosos e componentes metálicos, como fios de cobre e placas de circuitos impressos.

Os processos tradicionais de fragmentação de veículos podem reciclar uma porcentagem elevada de metais ferrosos e não ferrosos da carroceria dos carros triturados; no entanto, os resíduos que seguem para descarte ainda contêm até 20% de metais não ferrosos e aço inoxidável. Isto representa uma grande oportunidade de negócios, pois ainda é possível recuperar muitas matérias-primas que, atualmente, são colocadas em depósitos controlados.

Para atualizar a atividade de reciclagem de VFU no Brasil e recuperar todos esses metais valiosos, são necessárias não apenas mais fábricas, mas também tecnologias mais eficientes, que contem com sistemas de separação modernos, capazes de recuperar o máximo de recursos possível com uma qualidade elevada, minimizando ao mesmo tempo os custos de tratamento e eliminação. Entre os sistemas mais inovadores destaca-se a tecnologia de separação baseada em sensores da TOMRA Sorting Recycling, como o TITECH finder que detecta, através do sensor eletromagnético, as menores partículas de metal, entre elas cabos elétricos, fios de cobre ou placas, obtendo concentrados de metais não ferrosos com elevado grau de pureza e frações sem metais.

Quer seja em instalações novas ou em expansões de fábricas já existentes, estes equipamentos avançados de separação com sensores são instalados nos trituradores depois dos separadores por Correntes de Foucault, para recuperar todos os metais que este último não consegue separar. A excelente combinação dos diferentes sensores da TOMRA permite o funcionamento em turnos separados e com diferentes programas, recuperando até 95% das frações de metais como aço inoxidável, cobre, fios ou bronze.

A recuperação definitiva dos valiosos fios de cobre

Os equipamentos da TOMRA Sorting Recycling adaptam-se a aplicações especiais de separação de metais, criando uma solução tecnológica adequada a cada tarefa de separação. Um exemplo disso é a reciclagem de fios de cobre, que aparecem tanto na fração pesada quanto na fração leve do triturador.

As tecnologias convencionais de separação não permitem obter frações de um único material concentrado de cobre e fio com pureza elevada; no entanto, o TITECH finder [poly] não somente detecta frações de metal muito finas, através de um sensor eletromagnético de elevada sensibilidade (EM), como seu sensor adicional de infravermelhos próximos de alta resolução (NIR) também pode identificar a camada de polímero de isolamento de PVC, PP, PE ou borracha.  Ambos os sinais em conjunto permitem identificar um fio sem erros.

Outro exemplo de novos processos no  triturador seria a combinação do TITECH x-tract e do TITECH combisense, o qual, por um lado, pode converter uma fração do separador de Foucault (chamada Zorba) em uma fração de alumínio de valor elevado e, por outro, em uma fração de metais pesados altamente enriquecidos depois de passar pelos dois equipamentos. Isto sem aplicar processos de flotação e passando primeiro por um sensor de raios X, capaz de separar de acordo com a densidade atômica, obtendo uma fração que, por sua vez, se pode dividir em frações separadas de cobre, bronze, zinco e aço inoxidável, através da separação por cor e em diferentes passagens pelo TITECH combisense.

Tal como em outros países vizinhos, a tendência no Brasil é implantar medidas de sustentabilidade que obrigarão fabricantes e consumidores a serem responsáveis pelos produtos no final da sua vida útil, quer sejam veículos, eletrodomésticos ou outros objetos recicláveis. A tecnologia de separação por sensores da TOMRA Sorting Recycling oferece à indústria brasileira de reciclagem de metais a oportunidade de recuperar, com facilidade e precisão, as matérias-primas secundárias e impulsionar esse crescimento que já se vislumbra. 

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