Um estudo realizado pela Harvard Medical School sobre o ciclo de vida completo do carvão mineral concluiu que o custo real para o Estado da energia gerada por esse combustível é quase três vezes maior do que se costuma afirmar, o que torna as fontes eólicas e solares muito mais competitivas. Além do impacto ambiental da extração e da combustão do carvão – que libera uma quantidade enorme de gases estufa –, a pesquisa contabilizou também os problemas de saúde causados pela sua produção e pelo seu uso.
Hoje, 45% da energia dos Estados Unidos provém da queima do carvão. Seus defensores argumentam que, por ser uma fonte barata, ele permite a produção de energia por um custo operacional baixo. Mas as implicações econômicas do seu uso vão muito além do preço que os americanos pagam pela eletricidade. Segundo dados da The American Lung Association, a poluição gerada pelas usinas termoelétricas é responsável por quase 10 mil hospitalizações e mais de 20 mil ataques cardíacos por ano no país. Além disso, ela causou mais de 13 mil mortes prematuras em 2010. Só na região de Appalachia, em Virginia, onde os pesquisadores realizaram os seus estudos, desde 1900, quase 100 mil mineiros foram mortos em acidentes durante a extração e mais de 200 mil deles morreram de Antracose, uma lesão pulmonar.
De acordo com estimativas de Paul Epstein, um dos autores do estudo, a utilização desse combustível fóssil gera um gasto com problemas de saúde e complicações decorrentes da poluição de 345 bilhões de dólares por ano para a economia americana. E essa despesa não é paga pelas usinas, mas pelos cidadãos. Se esse valor fosse absorvido pela indústria termoelétrica, o preço do kilowatt/hora da energia produzida a partir de carvão, que hoje custa cerca de 12 centavos, sofreria um aumento de quase 18 centavos, se tornando uma das tecnologias mais caras do mercado.
E o seu custo pode ser ainda muito maior do que os números do relatório sugerem. Epstein afirma que, ao quantificar os danos ecológicos e para a saúde, eles deixaram de analisar aspectos importantes – como os impactos dos metais pesados e outras toxinas nos ecossistemas. Uma das recomendações da pesquisa é que o uso desse combustível seja progressivamente abandonado e que sejam usadas análises dos custos do ciclo de vida completo das tecnologias disponíveis para orientar o desenvolvimento das políticas energéticas.
Por Luana Caires
Fonte: O Eco Cidades
Hoje, 45% da energia dos Estados Unidos provém da queima do carvão. Seus defensores argumentam que, por ser uma fonte barata, ele permite a produção de energia por um custo operacional baixo. Mas as implicações econômicas do seu uso vão muito além do preço que os americanos pagam pela eletricidade. Segundo dados da The American Lung Association, a poluição gerada pelas usinas termoelétricas é responsável por quase 10 mil hospitalizações e mais de 20 mil ataques cardíacos por ano no país. Além disso, ela causou mais de 13 mil mortes prematuras em 2010. Só na região de Appalachia, em Virginia, onde os pesquisadores realizaram os seus estudos, desde 1900, quase 100 mil mineiros foram mortos em acidentes durante a extração e mais de 200 mil deles morreram de Antracose, uma lesão pulmonar.
De acordo com estimativas de Paul Epstein, um dos autores do estudo, a utilização desse combustível fóssil gera um gasto com problemas de saúde e complicações decorrentes da poluição de 345 bilhões de dólares por ano para a economia americana. E essa despesa não é paga pelas usinas, mas pelos cidadãos. Se esse valor fosse absorvido pela indústria termoelétrica, o preço do kilowatt/hora da energia produzida a partir de carvão, que hoje custa cerca de 12 centavos, sofreria um aumento de quase 18 centavos, se tornando uma das tecnologias mais caras do mercado.
E o seu custo pode ser ainda muito maior do que os números do relatório sugerem. Epstein afirma que, ao quantificar os danos ecológicos e para a saúde, eles deixaram de analisar aspectos importantes – como os impactos dos metais pesados e outras toxinas nos ecossistemas. Uma das recomendações da pesquisa é que o uso desse combustível seja progressivamente abandonado e que sejam usadas análises dos custos do ciclo de vida completo das tecnologias disponíveis para orientar o desenvolvimento das políticas energéticas.
Por Luana Caires
Fonte: O Eco Cidades
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