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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lucrando com sustentabilidade

Para dizer ao mundo inteiro que uma empresa é, de fato, sustentável, antes de propagandas ou qualquer outra coisa, é necessário que o conceito esteja incorporado aos processos internos e, principalmente, que esteja inserido aos valores corporativos. Não somos sustentáveis pelo que falamos, mas pelo que fazemos. Dever de casa pronto, aí sim pode se pensar em ferramentas e mecanismos que possibilitem lucro, ainda mais agora que a sustentabilidade está na crista da onda.

Escrevi anteriormente sobre a linha Ecomagination, que proporcionou à GE receita de mais de 10 bilhões de dólares. Também escrevi sobre o Fundo Ethical, do Banco Real, que, do seu lançamento até meados de 2008, apresentou rentabilidade superior ao índice Bovespa do mesmo período. Há diversos outros produtos com esse propósito, como a linha Ekos, da Natura, a EcoLav, também da GE, o Comfort, da Unilever, e por aí vai. É claro que não deve ser o único propósito, mas não vejo problema algum querer lucrar com a onda verde ou com o socialmente responsável.

Pensando na premissa de produtos sustentáveis, chegará ao Brasil, já para o Natal, o primeiro celular ecologicamente correto do país. Lançado pela coreana Samsung, o Blue Earth é feito a partir de garrafas pet recicladas e não utiliza BFRs (Brominated Flame Retardant) e outros compostos químicos em sua composição.

Mas as inovações ecológicas vão além. Pense na cena: você está fora de casa esperando uma ligação super importante e sabe que a bateria do celular vai acabar a qualquer momento. Situação bem comum, não? Com o Blue Earth, basta deixá-lo ao sol por uma hora que a bateria é recarregada para uma conversa de até 16 minutos. Além da ajuda nos momentos de aperto, podemos, ainda, economizar energia elétrica sempre que optarmos pela solar.

O celular ecológico também vem com alguns programas bem interessantes, como o que conta os passos durante uma caminhada. Com isso, ele calcula o carbono que deixou de ser emitido caso o trajeto fosse feito de carro e quantas árvores foram poupadas com a ação. Ah, já ia me esquecendo! Sim, o celular também faz ligações, tem câmera de três megapixels, wi-fi, bluetooth, GPS, 3G, se conecta a redes sociais e todo aquele blablablá que nos encanta na tecnologia.

O preço sugerido é de 949 reais. Caro, mas levando-se em consideração que o Blackberry que eu estou namorando há tempos custa 1700 reais, é mais que uma boa pedida. O quanto a Samsung vai lucrar não apenas com esse aparelho, mas com toda a sua linha Ecofit? Não faço a menor idéia, mas o tempo dirá.

Um comentário:

  1. Tenho sempre acompanhado as materias e eventos divulgados no BLOG da revista... São conteúdos muitos interessantes para a vida do individuo e para as decisões nas empresas!

    Roberto Braga
    Publicitário SP

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