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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Matéria Capa Edição 34 - Sustentabilidade além da matéria-prima

Profissionais e empresas mostram como é possível produzir moda sustentável

Jornalista: Bruna Robassa

Você já parou para pensar no impacto que o simples hábito diário de se vestir pode trazer ao meio ambiente e à sociedade? Essa até pode parecer uma pergunta sem resposta ou sem sentido para muitos, no entanto, quem tem o costume de andar na moda ou de adquirir peças com frequência, vale refletir sobre as consequências desse tipo de consumo, principalmente se não for consciente.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o Brasil é o 5º maior produtor têxtil do mundo, tendo faturado apenas em 2012 US$ 56,7 bilhões, o que representa mais de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro. São mais de 32 mil empresas que, juntas, produzem em média 9,8 bilhões de peças por ano. Apesar de serem números importantes para a economia do país, assim como outros segmentos industriais, esse é um setor que gera grande quantidade de resíduos.  Apenas em São Paulo são cerca de 10 toneladas por mês.

O correto descarte dos resíduos sólidos é essencial para o processo de reciclagem e para evitar diversos prejuízos ao meio ambiente e à população, como a poluição visual, do solo, do ar e do lençol freático, além de danos à saúde humana. O método de descarte utilizado pode fazer com que o material deixe de ser resíduo e passe a ser rejeito, quando não pode mais ser reaproveitado. Apesar da preocupação quanto a essa destinação ser antiga e recorrente, potencializada em diversos setores com a sanção da Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os grandes focos do Governo e da mídia acabam sendo os resíduos de plásticos, vidros, papelão e dos produtos eletrônicos, como celulares.


Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 6,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos tiveram destino impróprio no País em 2010, visto que cerca de 70% das cidades brasileiras descartam resíduos de forma incorreta, principalmente em lixões.  Somente no caso dos eletrônicos, estima-se  que cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos são jogadas fora, todos os anos, pela população do mundo, apesar de haver possibilidade de reciclagem.

Diante disso, apesar de não ser muito recorrente a abordagem dos resíduos da indústria têxtil e de vestuário, a produção de vestimentas e acessórios não para de crescer, impulsionada especialmente pelas tendências da moda. Alem dos resíduos da confecção, há a questão do descarte do velho para adquirir o novo, e, com isso, aumenta também a preocupação com a reciclagem e reutilização desses produtos.


Não apenas a matéria-prima e o processo produtivo utilizado na produção de vestuários e acessórios, mas a responsabilidade com os resíduos gerados e com a mão de obra empregada nesse mercado, assim como a consciência e a responsabilidade no ato de se vestir são algumas das atitudes consideradas importantes para a preservação dos recursos naturais e para a saúde do meio ambiente e da sociedade como um todo.

Vestir Consciente

Apesar de ainda estar longe do ideal, o cenário de produção e o consumo de vestuários e acessórios sustentáveis têm ganhado cada vez mais adeptos. Para Lia Spínola, diretora do Instituto Ecotece, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), cuja missão é gerar soluções criativas na moda que promovam o vestir consciente com o desenvolvimento de produtos sustentáveis e práticas educativas, o hábito de consumir roupas da moda ou de adquirir vestuários novos é natural do ser humano, no entanto é sempre importante se questionar antes de fazer uma compra – “Será que eu preciso disso mesmo?”, sugere Lia.

 “A roupa é um bem de consumo indispensável que pode gerar ativos sociais e ambientais. Vestir-se com roupas e acessórios sustentáveis é vestir-se de cidadania, é saber que é possível gerar uma mudança no mundo no ato da compra, na escolha do produto, nas roupas que usamos”, opina Lia.

A diretora do Ecotece sugere que há diversas maneiras de se vestir de forma sustentável que vão além da aquisição de produtos confeccionados com responsabilidade socioambiental. “Incentivamos muito o ‘Do it yourself’ (Faça você mesmo) em roupas que podem ganhar uma nova cara e com isso têm sua vida útil prolongada. Outra forma de ser sustentável é fazendo doações e organizando troca de roupas entre amigas e colegas”, sugere.

Ainda segundo Lia, uma pesquisa da entidade Franklin Associates for the American Fiber aponta que 50% dos impactos ambientais das roupas são gerados durante a fase de uso do produto pelo consumidor, quando, lavam, passam, secam e descartam suas roupas. Por isso, também faz parte do hábito de vestir consciente estar atento para lavar somente as roupas que realmente necessitam ser lavadas e cuidar para que as roupas não amassem e tenham que ser novamente passadas.

Mercado

Keka Ribeiro, docente em moda, designer e consultora de moda sustentável diz que o mercado de produção de roupas de forma sustentável é crescente, mas por enquanto evolui em ritmo lento. “Estamos vivendo um momento no qual economicamente é bastante delicado. Ao mesmo tempo em que reconhecemos a necessidade de ações mais sustentáveis, vemo-nos diante da realidade fast-fashion e da disputa com os importados chineses. Aos poucos as empresas vão se adaptando, o consumidor se conscientizando, mas tudo ainda está bem no princípio de um caminho”, analisa.

O gerente de infraestrutura e capacitação tecnológica da  ABIT, Sylvio Napoli, também afirma que é crescente o mercado de produção de tecidos e roupas de forma sustentável, no entanto, diz que a grande preocupação é a aplicação do conceito de forma correta. A consultora Keka Ribeiro pensa da mesma forma e diz que apesar de ser um assunto bastante tratado na atualidade, práticas sustentáveis são pouco compreendidas em sua totalidade. “Ainda não existe uma consciência, de fato. São modelos de ações que as pessoas vão reproduzindo, muitas vezes sem saber a razão total de ser. Logo, isso pode variar de acordo com a cultura de cada empresa”, diz.

 

Napoli ainda lembra que sustentabilidade não pode ser mera agente de propaganda. “É preciso afinar o discurso, não adianta só discursar sem entender do que se trata. Dessa forma, o resultado é nulo”, alerta. Entre as ações acompanhadas pela ABIT com o objetivo de orientar e padronizar ações nesse sentido está um programa de certificação de qualidade de roupas profissionais que pode ser estendido a todos os outros segmentos. Pelo programa, as indústrias interessadas seguem determinados preceitos e, com isso, obtêm um selo de certificação.  A ABIT coordena as avaliações externas, no entanto, quem avalia os processos é uma certificadora acreditada pelo Instituto Nacional Metrologia Normalização Qualidade Indústria (Inmetro).

 

O projeto teve início há cerca de seis anos e conta atualmente com cinco empresas participantes e mais 25 comprometidas. “Para que um processo seja considerado sustentável, é preciso levar em conta o respeito ao meio ambiente, a responsabilidade social, além da ética com os clientes e fornecedores e do respeito com a qualidade e com o setor produtivo”, diz.

 

Ações


O tipo de ação desenvolvida depende do grau de maturidade da empresa. “Há empresas que têm processos definidos, mas ainda engatinham no aspecto inovação. Há outros casos em que a empresa tem no seu DNA a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade, mas não tem ideia de que está dando passos em relação à sustentabilidade”, analisa Napoli.

 

Segundo avalia o diretor da ABIT, um dos grandes desafios rumo à sustentabilidade é a destinação de resíduos da indústria de vestuário. “Já existem muitos programas de logística reversa em fase adiantada e propostas concretas, no entanto, é preciso haver  um tratamento tributário especial para essas empresas”, diz.

 

Graças a atitudes louváveis, parte das sobras de algumas indústrias do setor já é destinada à produção de roupas ecologicamente corretas ou para confecção de outros acessórios e utensílios. Segundo conta a consultora em moda sustentável, Keka Ribeiro, a confecção de camisas e jeans Dudalina tem realizado um trabalho bastante interessante e até inspirador. “Apesar de seu principal insumo ser o algodão convencional, ou seja, não orgânico, a empresa tem repassado os retalhos de sua linha de produção para comunidades orientadas, que produzem belíssimos trabalhos de sacolas em patchwork, que são consumidos pela própria camisaria”, conta.


Além disso, a empresa está montando um programa de reciclagem, no qual todo tipo de papel utilizado na fábrica, no escritório e nas lojas, será reutilizado na produção de materiais gráficos da própria empresa. Alguns produtos até já calculam a emissão de CO2, o que é uma revolução. Outras grandes marcas como C&A, Adidas, Hering, entre tantas outras empresas mais, ou menos conhecidas, também realizam ações já significativas, relata a consultora.

Outro projeto de destaque nessa linha de ação, segundo a ABIT, é o “Retalho Fashion”. Lançado em 2012 pelo Sinditêxtil-SP, com o intuito de gerenciar os resíduos têxteis das confecções dos bairros do Bom Retiro e do Brás, em São Paulo (SP), a ideia é capacitar pessoas para a coleta e seleção do material com geração de emprego e renda, além de deixar de importar trapos que têmem sido jogados no lixo.

 

Preocupação

Roberto Chadad, presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), afirma que a preocupação com sustentabilidade na indústria já existe há mais de 20 anos, no entanto, ainda falta educação e conhecimento. Ele reconhece que já existem algumas iniciativas das próprias indústrias ou de sindicatos regionais com foco na reciclagem, em que os resíduos industriais são destinados para flanelinhas ou para serem usados como pano de chão. “Ressalto que ainda falta uma coordenação das ações, e que as iniciativas são isoladas”, conta.

Segundo informações da Abravest, em todo o Brasil são 25 mil indústrias de vestuário registradas e mais de 1,4 milhões de costureiras atuantes. Ainda de acordo com a entidade, 80% da matéria-prima utilizada na produção de vestimentas é algodão,  e os 20% restantes englobam quase 10 outros tipos de materiais.

De acordo com Chadad, o algodão é a matéria-prima menos prejudicial ao meio ambiente, já que pode ser facilmente reutilizado, podendo até virar novamente algodão depois de utilizado.  Por outro lado, o pior resíduo é chamado de Rami – uma fibra dura e prejudicial ao meio ambiente. “Esse material, assim como os tecidos sintéticos e os feitos à base de petróleo ainda são muito utilizados porque aceitam outros componentes e porque possuem cor mais viva, no entanto, por seus resíduos serem muito prejudiciais, deveriam ser excluídos da linha de produção”, alerta.

Santa Catarina


Ainda segundo o presidente da Abravest, o estado de Santa Catarina é um dos maiores produtores de vestuário do Brasil e também a localidade que conta com ações sociais e ambientalmente conscientes mais evoluídas, como é o caso da Malwee, uma das principais indústrias do vestuário do Brasil, e da empresa de confecção surfwear Oceano.

Há mais de quatro décadas em funcionamento, a preocupação da Malwee com a sustentabilidade já está incorporada ao seu DNA. Entre as ações de destaque está a utilização do fio feito de garrafa de PET em várias peças, o que já possibilitou a retirada de mais de 3,5 milhões de garrafas do meio ambiente, assim como a lavação com o uso de ozônio em peças jeans, que dispensa totalmente o uso da água. A gestão da água é outro diferencial da empresa, que busca minimizar o consumo do recurso em seus processos produtivos.

Entre os produtos de destaque em responsabilidade socioambiental está a Malha Sustentável, que é produzida com uma mistura de resíduos de malha, algodão e poliéster de garrafas de PET recicladas, além da meia-malha Brasil, composta pela Fibra Brasil, oriunda do reaproveitamento de fibras de bananeira. 

De acordo com informações da empresa, a principal geração de resíduos da indústria do vestuário vem do setor de corte, onde as peças são dimensionadas e cortadas de forma a atender os padrões ditados pela moda. Nesse setor, em especial, a Malwee conta com um sistema totalmente informatizado, que busca otimizar o uso dos tecidos, gerando o menor resíduo possível. De qualquer forma, o resíduo gerado nesse setor é reaproveitado como matéria-prima para outras empresas, que podem produzir fios ou dar outros destinos a esse material. Para resíduos que não são reaproveitados, a empresa construiu um aterro industrial próprio, devidamente licenciado nos órgãos ambientais.

Na onda da sustentabilidade


A paixão pelo mar e pelo surf faz parte das origens da confecção de vestuários e acessórios Oceano Surfwear, empresa de Santa Catarina fundada há mais de 30 anos. Affonso Eggert Junior, diretor-presidente da marca, conta que sempre teve a preocupação em adotar ações com o objetivo de produzir vestuários e acessórios da forma mais sustentável possível.

Os produtos de vestuário da Oceano têm em sua matéria-prima alguns componentes reciclados, como é o caso da malha RECICLE, que tem 50%  de sua composição feita com fios da reciclagem de garrafas de PET. Também há grande responsabilidade nos processos de estamparia, no qual é reciclada a água usada para lavar os quadros, assim como no processo de  sublimação.

“A tinta sublimática é à base de água,  não gera resíduos em grandes quantidades  e o papel do processo é praticamente todo reaproveitado para usar nas impressoras normais e nos blocos de anotações”, conta Eggert Junior. A empresa também separa os resíduos industriais, além de latas, papéis em geral, retalhos de tecidos, malhas, plásticos e os vende ou doa a pessoas que reutilizam esses materiais.

Alguns resíduos, como  no caso da malha, já são reaproveitados para fabricação de uma nova malha com misturas de fio desfibrado, com fio de algodão cru e poliéster de garrafa de PET. “Temos uma malha com o nome de ECO RETURN utilizada em nossa nova coleção que tem essa composição e também temos fornecedores de Jaraguá do Sul que nos fornece a malha INFYNITE, que tem a mesma composição”, conta o empresário.

Além do processo

E a Oceano também vai além da preocupação com a matéria-prima e com os processos produtivos responsáveis. Um dos principais lemas da marca é manter o oceano azul, o que é disseminado por meio de uma forte campanha. Mais conhecida por “Keep the Oceano Blue”, a iniciativa tem o objetivo de promover ações para coleta de lixo nas praias, além de orientações sobre preservação da natureza.

A empresa também se preocupa com a sustentabilidade econômica e por isso bonifica os colaboradores pelo Programa de Participação de Resultados (PPR).  “Tudo isso, é claro, em um ambiente com muito amor, união e justiça. É o que buscamos sempre no dia a dia de trabalho, trabalhar numa comunidade, onde existe felicidade, trabalho com se fosse diversão”, destaca.

Paraná

Inspirada em cores, formas e desenhos de flores e folhagens naturais, a marca Irmãs Green, da estilista e diretora criativa paranaense Hieda Oviar, nasceu em 2010 após uma ampla pesquisa sobre o nicho da moda sustentável. “Fomos esboçando a identidade da marca que foi sendo revelada a partir do ‘insight’ que tivemos do nome, uma referência aos irmãos Grimm, escritores de fábulas que reforçam o humanismo, confiança e a esperança na vida. Esses conceitos presentes nas fábulas retratam muito a sustentabilidade presente na marca”, conta Hieda.

A estilista conta que trabalhar com moda sustentável foi de certa forma um resgate da essência do seu estilo de vida na infância e juventude, já que foi criada em cidades pequenas e vivia perto do campo e da natureza.“Sinto-me realizada ao passar uma mensagem mais humanitária e coletiva de mundo por meio das roupas que crio”, relata.

Todas as matérias-primas utilizadas na confecção são sustentáveis e/ou favorecem a redução de resíduos. Alguns exemplos são os tecidos e malhas recicladas mescladas ao poliéster da PET, tecidos e malhas orgânicas, tecidos naturais, como o linho e o bambu, couro ecológico e o jeans reciclado com poliéster da PET.  Além desses tecidos fabricados na indústria têxtil brasileira, a Irmãs Green utiliza também off-cortes (resíduos têxteis) de tecidos e malhas reaproveitadas de coleções anteriores e também compra esses off-cortes de micro empresas familiares na região de Curitiba.



“O processo criativo e de pré-produção é executado em nosso ateliê, onde posteriormente é encaminhado para ser confeccionado por facções de costura parceiras de nossa empresa. Todo esse processo é pensado para uma redução de impactos e a mão de obra que produzirá a coleção também é levada em conta, visando um comércio justo e as condições satisfatórias de trabalho envolvendo todos os fornecedores da cadeia de produção”, explica Hieda.

Segundo a estilista, o interesse do público por um produto mais ético vem crescendo gradativamente, e tem sido bem aceito, pois  além da estética  da roupa, as clientes têm se interessado também pelo conceito do produto e procuram saber a procedência das matérias-primas presentes nas coleções. “O nosso público é uma mulher de alma jovem que gosta de se vestir de forma diferenciada e exclusiva e que dá valor ao conceito envolvido em uma peça de roupa”, conta.

Desafios

Apesar de ser um mercado crescente, Hieda acredita que existem três grandes desafios a serem superados. O primeiro é a quebra do paradigma consumista "fast-fashion" que ficou enraizado na moda, em que a indústria lança novas tendências muito rapidamente e incentiva o consumidor a comprar mais do que o necessário. O segundo é aliar o crescimento ao consumo sustentável. O terceiro é a concorrência com os produtos importados que possuem baixos custos devido à mão de obra e matérias-primas mais baratas e a fabricação em larga escala.

“Esse último é um desafio da indústria de moda brasileira em geral e não só da moda sustentável. Para uma microempresa como a Irmãs Green, esses desafios são ainda maiores, mas continuamos acreditando em um produto mais ético e diferenciado e as pessoas têm se identificado com a nossa proposta, o que nos leva a concluir que estamos no caminho certo”, avalia.

Para a consultora em moda sustentável Keka Ribeiro, a criação de uma nova cultura, de consciência verdadeira, é o grande desafio. “Ainda estamos no processo onde repetimos ações ideais, mas a consciência mesmo, ou seja, a inteligência essencial pela sustentabilidade ainda não existe. Quando nossa sociedade estiver culturalmente educada por pensamentos sustentáveis, as ações serão naturais, contínuas e engajadas, não será mais uma questão de escolha, mas escolhas naturais”, reflete.

Presente e futuro

Apesar dos desafios para que se alcance o cenário ideal na produção de vestuários de forma sustentável, já e possível notar um novo estilo de vida sendo adotado pelas indústrias, profissionais e pelas pessoas. A valorização de produtos que reduzem ou eliminam a agressão ao meio ambiente está cada vez mais notável nos hábitos de consumo das pessoas e com a moda não é diferente.

Segundo sugere a estilista Hieda, é importante que as pessoas procurem saber a procedência dos produtos que estão vestindo, a começar por perguntar a si mesmo questões simples e relevantes.  A empresa que fabricou a roupa polui o meio ambiente? O tecido foi fabricado visando à redução de resíduos? A mão de obra que a confeccionou foi explorada?

“Ao conhecerem mais profundamente o que estão levando para a casa, as pessoas vão conseguir quebrar as barreiras que as impediam de vestir com mais consciência, afinal somos o que vestimos não só esteticamente, a moda sustentável nos trouxe além da estética o conceito de ética para a roupa. A sustentabilidade quer trazer um futuro melhor para as novas gerações e isso traz benefícios pessoais e também coletivos para quem opta por esse tipo de produto”, finaliza.


Passos para um Vestir + Consciente

1- Identificar aspectos do consumismo - Estar alerta para não agir pautado pelos estímulos da mídia e não comprar por compulsão. Identificar um desejo e necessidades verdadeiras.
2- Sempre que possível, optar por comprar roupas feitas com ativos ambientais e princípios do comércio ético e solidário.
3- Comprar produtos locais. O que é feito localmente é relevante globalmente.
4- Estar atento para lavar as roupas que realmente necessitam ser lavadas.
5- Cuidar para que as roupas não amassem e tenham que ser novamente passadas.
6- Valorizar o que é feito à mão.
7- Promover eventos de trocas de roupas.
8- Prolongar a vida das roupas – usar a criatividade e técnicas do retecer.


Fonte – Instituto Ecotece


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Veja outros conteúdos dessa edição:


Matérias:

- Entrevista: Lourival dos Santos e Souza
- Visão Sustentável: Gesso reciclado vira fertilizante para agricultura
- Responsabilidade Social Corporativa: Educando na Sustentabilidade
- Desenvolvimento Local: Eficiência Energética no WTC

Artigos:
- Artigo: O sonho acabou? (Jerônimo Mendes)
- Artigo: Oportunidade e realização (Rafael Giuliano)
- Artigo: O mito do PIB (Daniel Thá)
- Artigo: Água: A crise e a inércia política global (Hugo Weber Jr)
  
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