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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quando o cuidado com o mundo vira profissão

Sabe-se que as corporações buscam cada vez mais ações sociais e favoráveis à conservação da biodiversidade. Entenda como isso pode virar sua atividade principal e como ela traz retorno financeiro e satisfação pessoal

É cada vez mais freqüente ver empresas apostarem em ações ligadas ao meio ambiente e em práticas sustentáveis. E essa realidade só tende a aumentar. Uma pesquisa realizada pela consultoria The Boston Consulting e pela MIT Sloan Management Review intitulada Sustainability: the embracers seize advantage, divulgada em fevereiro de 2011, revelou que 59% dos executivos entrevistados (de um total de 3 mil respondentes) concordavam que a sustentabilidade tem um efeito decisivo em suas maneiras de pensar, agir, competir e administrar.

Esses dados mostram que a preocupação com o tema já ocupa um espaço importante dentro das organizações e abre uma porta para que essas práticas se tornem elementos fundamentais para a profissão de “protetor do planeta”. E, em busca de alternativas que estimulem as empresas a desenvolverem ações favoráveis à conservação da biodiversidade, do meio ambiente e da transformação social, executivos conseguem transformar esses elementos em ações que revelem uma atitude proativa das empresas em prol do nosso planeta.

Maria Alice Alexandre, executiva de 52 anos, veio da área de business, onde trabalhou por longos anos e hoje atua no Instituto Life, uma Organização Não-Governamental que gerencia o desenvolvimento de uma certificação de ações de conservação em prol da biodiversidade. Mesmo confessando que teve que se dedicar muito para aprender mais sobre os temas biodiversidade e sustentabilidade, ela conta que decidiu aderir à causa de verdade quando percebeu que sua experiência anterior ajudava a gerenciar uma equipe e o trabalho dentro de uma ONG e suas habilidades de negociação também ajudavam a convencer entidades e executivos a aderir a uma nobre causa. “A área de compras, onde trabalhei mais de 20 anos, me trouxe bagagem suficiente para negociar com grandes executivos. No início, tive que me dedicar a aprender todo o processo da ONG e hoje posso dizer que já estou me sinto um pouco ‘dona’ dessa maravilhosa causa”, conta. Questionada sobre a diferença de vender um produto e vender um conceito, ela é enfática: “Não há diferença quando você vende aquilo que acredita. Se você acredita no que está falando, os argumentos são naturais e a verdade é explícita”, diz.

Para Carla Virmond Mello, especialista em carreira e diretora da ACTA - Carreira, Transição e Talento e da DBM no Paraná e Santa Catarina, novas necessidades e demandas para a construção desta nova realidade global, desde o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias até inovações nas formas de produção, surgem de todos os lados, e isso abre oportunidades em todas as áreas da economia. “Não são só as ONGs que estão ganhando mais espaço. A cada dia surgem novos empreendedores com causas sociais, sejam elas de meio ambiente, de saúde ou educação, que querem construir uma sociedade melhor e também ter o retorno financeiro dessas iniciativas”, diz Carla. Sim, é possível que lucros e preocupação social andem juntos. “O mais importante disso tudo é perceber o desejo daquela pessoa em abraçar uma causa e fazer a diferença no mundo”, ressalta.

Porém, quando se está frente a uma ONG, deve-se levar em conta que não se está trabalhando para uma organização que visa lucros, mas sim por uma causa muito maior. Maria Alice conta que, apesar de estar ganhando menos do que ganhava no trabalho anterior, sua satisfação é tão grande, que hoje recusaria qualquer convite para voltar à área corporativa. “Vivemos de patrocínios e é daí que vem o meu salário. Não temos lucros, eu não ganho bônus. quando você vem para uma ONG não fica por dinheiro, fica por prazer”, admite. “Sei que estou numa fase da vida que me permite escolher, não sei se faria as mesmas escolhas se tivesse 20 anos, mas hoje afirmo que meu trabalho é um legado que deixa uma mensagem para toda a sociedade. Isso, para mim, é o que basta; procuro mais prazer no que faço do que dinheiro”, conta. Além de toda a satisfação pessoal, Maria Alice também comemora que sua ocupação atual permite ter mais qualidade de vida, coisa que não tinha antes. “Qual é o preço de conseguir almoçar em casa com a família e ver de perto os filhos crescerem? Hoje, além de conseguir ficar mais perto das minhas filhas e do meu marido, trabalho para deixar um mundo melhor não só para elas, mas para todos. É como se pudesse dizer que a vida já valeu a pena”, finaliza.


Sobre a DBM

A DBM é uma consultoria global especializada na transformação do capital humano em momentos de transição. Com mais de 20 anos de atuação no mercado brasileiro, e mais de 40 em âmbito internacional, a DBM lidera o segmento de transição de carreira no mercado brasileiro, atuando também em grandes projetos de mudança organizacional, coaching e talent development. No País, a empresa conta com operações próprias nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. A DBM, uma das maiores empresas de consultoria de Recursos Humanos do mundo e a mais conceituada na área de Aconselhamento e Redirecionamento de Carreira, está presente em 85 países, tendo mais de 230 escritórios no mundo.

Fonte: Smartcom Inteligência em Comunicação

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