Contribuições
ainda podem ser feitas e têm a finalidade de aproximar ONGs de investidores e
incentivar as ações desenvolvidas pelo projeto Condomínio da Biodiversidade
(Conbio)
Em 2012, o
projeto Condomínio da Biodiversidade (Conbio), da SPVS, foi selecionado pela
Bolsa de Valores Socioambientais (BVSA) – criada pela BM&FBOVESPA, para
receber investimentos de empresas e da sociedade, a fim de ampliar e
intensificar os trabalhos de conservação da biodiversidade realizados em áreas
particulares com vegetação nativa de Curitiba e região metropolitana. O Conbio
foi um dos 14 projetos escolhidos no ano passado.
Até o
momento, mais de R$ 36 mil já foram doados para contribuir com a proposta e,
apesar de o valor representar um excelente resultado, a meta e arrecadação
estipulada pela BVSA é de R$ 100 mil. Para atingir a marca, as doações podem
ser feitas pelo site (https://www.bvsa.org.br/projeto/16/condominio-da-biodiversidade-programa-de-apoio-a-conservacao)
e, mesmo que a maior parte dos recursos venha de empresas que aplicam quantias
superiores a R$ 1 mil, a BVSA também está aberta a receber contribuições de
pessoas que desejem oferecer valores a partir de R$ 20,00, por meio de boleto
ou cartão de crédito.
De acordo
com Rodrigo Aguiar, Coordenador de Sustentabilidade e Instituto
BM&FBOVESPA, a iniciativa busca aumentar a quantidade de dinheiro
destinado às ONGs e aproximar investidores e projetos. “Numa ponta, tem gente
querendo doar e, na outra, o terceiro setor buscando recursos”, explica.
Assim como
acontece com companhias que têm ações listadas na Bolsa, os projetos das
organizações escolhidas são listados na BVSA e aguardam o investimento
socioambiental dos interessados. “O doador tem interesse em colaborar e está
procurando quem merece o recurso. Oferecemos um ‘cardápio’ de opções que
consideramos confiáveis e o interessado escolhe a que mais lhe interessa”,
conta Rodrigo.
Para Elenise
Sipinski, bióloga e coordenadora do Conbio, a oportunidade de investimento é
valiosa para a conservação da biodiversidade. “O apoio recebido será
direcionado para estimular proprietários de áreas com floresta nativa a
manterem-nas conservadas, além de facilitar o processo de transformação dos
espaços dos interessados em
Reservas Particulares do
Patrimônio Natural Municipal em Curitiba”, diz.
A gerente de
Parcerias Estratégicas da SPVS, Monica Borges, também acredita que a iniciativa
favorece a SPVS, pois ajuda a divulgar a importância da conservação da
biodiversidade e torna a instituição ainda mais conhecida. “É uma honra ter um
projeto da SPVS selecionado no BVSA. Sabemos da seriedade do programa e isso
nos ajuda a reforçar nosso posicionamento em relação à causa, contribuindo para
envolver mais empresas e pessoas nesse desafio de grande importância para o
Planeta”, atesta a gerente.
Conbio
Em 2000,
a partir da
parceria entre SPVS e proprietários de áreas com remanescentes naturais de
Curitiba (PR) e região metropolitana, foi criado o programa Condomínio da
Biodiversidade (Conbio). A intenção da proposta é promover ações de conservação
de áreas nativas remanescentes urbanas, motivando uma melhora na qualidade de
vida de todos. Em 2008
a SPVS
firmou parceria com a Prefeitura de Curitiba e desde então, realizou mais de
900 visitas em propriedades particulares com vegetação nativa.
O projeto incentiva atitudes que preservem a biodiversidade de áreas
urbanas. Por meio da orientação direta a proprietários, do incentivo à criação
de Reservas Particulares do Patrimônio Natural e da divulgação de boas práticas
de conservação em ambientes urbanos, o Conbio busca contribuir com a reversão
de processos de degradação ambiental nas áreas remanescentes de vegetação
nativa.
Atualmente, o projeto conta com a parceria da Prefeitura de Campo Largo,
Sociedade Chauá, Instituto Mater Natura, Fundação O Boticário, PADF e apoio
financeiro do Caterpillar e Banco HSBC.
Bolsa de
Valores Socioambientais
A Bolsa de Valores Socioambientais (BVSA) é uma iniciativa lançada pela BM&FBOVESPA e suas corretoras para impulsionar projetos realizados
por ONGs brasileiras.
Para ter seus projetos listados na Bolsa, as organizações passam por rigoroso processo de seleção. Além disso, quando a fase de captação é encerrada, a O Instituto
BM&FBOVESPA, através da BVSA, monitora o uso dos recursos de forma a garantir que eles sejam direcionados para os
objetivos previamente assumidos.
O recurso é
repassado integralmente para as ONGs e, em dez anos de existência, a
instituição já captou R$ 12,7 milhões para 121 projetos.
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