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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Lideranças Sustentáveis - Responsabilidade Social Corporativa - Edição 32









Trabalho dos vice-presidentes do CPCE é essencial para o sucesso dos projetos de responsabilidade social corporativa

Jornalista Bruna Robassa


O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), órgão consultivo da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), tem nas regionais do estado empresários nomeados como vice-presidentes, os quais atuam de forma voluntária. Para eles, esse não é um impedimento para que realizem um trabalho de excelência e essencial para o desenvolvimento dos projetos e ações da entidade e para que contribuam com os desenvolvimentos econômico e social de suas regiões de atuação.

Para cada uma dessas regionais do conselho, há um articulador contratado pelo Sesi que atua junto aos empresários voluntários a fim de prestar um apoio mais eficiente às atividades desenvolvidas. O trabalho dessas unidades, estrategicamente divididas em Campos Gerais, Maringá, Londrina e Oeste, é focado nos objetivos e necessidades dos locais em que o CPCE atua, além do foco no fator econômico e no bem-estar de toda a comunidade da região, promovendo o meio ambiente equilibrado.

“O fato de ser uma atuação voluntária enobrece ainda mais a importância e o valor do trabalho desses empresários, mais do que essencial para o andamento e evolução dos projetos e ações do CPCE”, destaca Rosane Fontoura, coordenadora executiva do conselho.

Entre as ações articuladas por esses líderes da sustentabilidade, há a organização de projetos e atividades entre as empresas da região, o incentivo para que os empresários assinem o Pacto Global e trabalhem em busca da promoção de seus princípios na área dos direitos humanos, trabalhistas, ambientais e contra a corrupção e o alcance do Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Além disso, eles trabalham para a qualificação dos gestores, a promoção de eventos para as partes interessadas da indústria (fornecedores, colaboradores, comunidade e outros stakeholders), a inspiração de boas práticas de responsabilidade social corporativa e a viabilização do desenvolvimento sustentável.

O que esses quatro representantes escolhidos têm em comum é um histórico com a consciência de que as empresas devem ser responsáveis junto à sociedade e ao meio ambiente e com a manutenção de um ambiente de trabalho saudável. Para esses empresários, a troca de ideias entre os participantes do Conselho é essencial para a evolução das pessoas, das instituições, do meio ambiente e de toda a sociedade.

Londrina


Em Londrina, a regional é coordenada pela presidente do Instituto Atsushi e Kimiko Yoshii signatária do Pacto Global, Kimiko Yoshii, que atua em conjunto com a articuladora Fabiana Beatriz Dalberto Vasconcelos. Para Kimiko, participar do Conselho traz a oportunidade de novos aprendizados, da partilha de ideias e da construção de soluções conjuntas. Ela conta que foi o desejo de levar para as empresas da região a nova mentalidade voltada para a prática de responsabilidade socioambiental e para a cidadania que a motivou a aceitar o convite feito pelo CPCE para ser vice-presidente em Londrina.

“É uma oportunidade para levar a questionar o legado que estamos deixando para as futuras gerações, buscando as melhores soluções para a sustentabilidade, para ser agente multiplicador dos ODM e do Pacto Global bem como do Movimento Nós Podemos Paraná e também de mostrar ao empresariado que essa prática é possível por meio da otimização do uso do tempo em sua agenda”, relata.

A empresária conta que a responsabilidade socioambiental está fortemente presente em seu cotidiano e na sua empresa. Segundo ela, o grupo A. Yoshii, por intermédio do Instituto, há mais de seis anos possui projetos focados na área de educação, cultura, cidadania, saúde e meio ambiente. Todos os projetos estão alinhados com os ODM e com os princípios do Pacto Global.

Entre os projetos desenvolvidos pelo instituto, destaca-se o incentivo ao voluntariado com doação de sangue, plantio de árvores e coleta seletiva de lixo, a realização de palestras sobre cidadania, saúde, meio ambiente e ação social, o desenvolvimento de projetos com foco na inserção digital entre outras inúmeras atividades. Também são executadas ações em parceria com o Sesi, com o Senai e com a Guarda Mirim de Londrina para educação e profissionalização de jovens e adultos.

Para Kimiko, o desenvolvimento de atividades como essas pelas empresas, assim como a participação em reuniões e projetos do Conselho é fundamental. “Temos que ser agentes multiplicadores da Responsabilidade Socioambiental Corporativa em nossas instituições e, participando do Conselho, temos oportunidade de aprender uns com os outros, partilhar ideias e construir soluções conjuntas”, reflete.

A vice-presidente ainda destaca que a atuação das empresas junto ao CPCE pode ser percebida em melhoria da qualidade de vida dos funcionários e da comunidade ao redor. “O foco é fazer a lição de casa dentro e fora da empresa. Tratando os colaboradores com dignidade e ética, desenvolvendo ações de saúde e prevenção, respeitando as relações de gênero e dando oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Além disso, as empresas estão tomando consciência ao dar retorno às comunidades onde estão inseridas no cuidado e preservação do meio ambiente. Isso deve estar presente na missão da empresa, visando à própria sobrevivência e qualidade de vida para todos”, destaca.

Hoje, a regional conta com o Conselho em fase de expansão e com a participação de várias instituições importantes no município. A Unimed de Londrina e a Central das Cooperativas de Crédito do Estado do Paraná (SICOOB) assinaram recentemente o Pacto Global.

Maringá

Para o vice-presidente da regional de Maringá, Sergio Luiz Baccarin, responsabilidade socioambiental é dever de todos. Bacarin é diretor administrativo da empresa signatária do Pacto Global Plant Bem Fertilizantes e atua em conjunto com a articuladora Débora Regina Irie. Ele relata que uma de suas atuações mais representativas em prol da sociedade e do meio ambiente foi quando era presidente de uma associação regional de empresas de comércio de insumos para agricultura e pecuária. “Lá, juntamente com a indústria, estruturamos um processo de recolhimento de embalagens vazias. Hoje, 10 anos depois, esse sistema está em todo o Brasil e é um sucesso e modelo para diversos países, inclusive os mais desenvolvidos, mostrando para o mundo que ações fundamentadas em princípios éticos de responsabilidade coletiva podem transformar para melhor o meio ambiente em que vivemos”, analisa.

A regional do CPCE de Maringá conseguiu, desde sua instalação, em 2010, grandes realizações e resultados importantes. Hoje, a regional conta com um conselho fortalecido e 62 instituições participantes, das quais mais de 22 assinaram o Pacto Global, que representa um comprometimento para a busca dos ODM. “Nestes objetivos estão contempladas as formas com as quais uma corporação pode e deve se desenvolver, tornando o capitalismo mais sustentável e equilibrado na relação próspera do capital com o meio”, explica.

Oeste

Inaugurada há pouco mais de um ano, a regional Oeste tem como vice-presidente Guido Bresolin, presidente da Bresolin Indústria e Comércio de Madeiras Ltda., que defende o poder transformador das empresas. Além de realizar ações em sua cidade sede, Cascavel, o Comitê Gestor também atuou em municípios da região oeste por meio de ações de sensibilização e articulação de empresas, indústrias, sindicatos e organizações do Terceiro Setor.

O empresário conta que a consciência sobre a importância da responsabilidade das empresas com a sociedade e o meio ambiente despertou nele quando ainda estava na faculdade. “Já pensava que a dívida das empresas com os clientes e a comunidade (mercado) que elas atuam ia muito além das obrigações fiscais e trabalhistas. Por isso, senti-me muito valorizado pelo convite do CPCE, pois estar no Conselho é a oportunidade de colocar em prática esta visão do papel do empresário e da empresa em sua comunidade”, lembra.

Para Bresolin, o Pacto Global e os ODM’s são ferramentas de mudança. “O empresário pode usar elas para gerar transformação em sua realidade, basta ele abrir seu campo de visão e incorporar essa cultura”, analisa. Para 2013 o planejamento da regional busca o fortalecimento do Conselho com a presença de mais empresas e com a realização de eventos que incentivem a assinatura do Pacto e dos ODM`s com o apoio da articuladora local Pamela Bortuluzzi.

Campos Gerais


Instalado em 2011, a regional dos Campos Gerais do CPCE atende toda a região e já conquistou reconhecimento com mais de 30 empresas em seu Comitê Gestor e outras no Conselho. Criado em Ponta Grossa pela localização geográfica estratégica, o Conselho de Campos Gerais tem como vice-presidente Ney da Nóbrega Ribas. Para ele, a região é um polo muito importante para a economia do estado e precisa de ações voltadas à responsabilidade socioambiental. “Precisamos de ações que propiciem visão de longo prazo e que contribuam para uma identidade regional onde os desequilíbrios sejam minimizados”, explica.

Ribas participa do CPCE desde sua fundação, em 2004, atendendo ao chamado da Fiep, que propunha uma ação integrada por parte das empresas que possuíam projetos de responsabilidade social. “Aceitei o convite para ser vice-presidente porque, além da honra em poder contribuir nesse processo, é uma oportunidade ímpar para inspirar outros líderes da região dos Campos Gerais sobre a importância de refletirmos e agirmos sobre o tema Responsabilidade Socioambiental Corporativa”, avalia.

Segundo ele, o Conselho é o fórum onde todos compartilham seus projetos e inspiram os demais por meio de suas boas práticas. “A troca de experiências facilita a implantação, amplia e integra os programas de cada organização. Numa outra perspectiva, esse ambiente nos motiva a agir em parceria”, conclui. Ribas atua junto à articuladora Glaucia Wesselovicz.

Plano 2013

A missão, a visão, as oportunidades, os objetivos estratégicos de cada uma das regionais estão previstos no plano estratégico anual do CPCE aprovado pelo presidente, Victor Barbosa. Além de reuniões periódicas com empresários das regiões estão previstos encontros entre diversos segmentos da sociedade e com temáticas variadas em torno da sustentabilidade, além de ações que visam conscientizar pessoas e empresas da região a atuar em consonância com o que prega o CPCE, com o apoio de todo o sistema da FIEP.

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Veja outros conteúdos dessa edição:

Matérias:

- Capa: Veículos elétricos: locomoção do futuro?
- Entrevista: Osório Trentini
- Visão Sustentável: Cativa Natureza – Expansão Orgânica
- Tecnologia e Sustentabilidade: Na medida da sustentabilidade (Paraná Metrologia)
- Desenvolvimento Local: Rede de crescimento (WTC)


Artigos:

- Artigo: Escassez ou abundânica? Eis a questão! (Jerônimo Mendes)
- Artigo: Voluntáriado: Desenvolvimento sustentável de pessoas e organizações (Rafael Giuliano)
- Artigo: Ultrapassando todos os limites (Clóvis Borges)
- Artigo: Reciclagem de vidro – Um mercado a descoberto (Hugo Weber Jr)

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