Relembre quais foram as ações mais importantes de 2012 para o CPCE e conheça os projetos para este ano
Jornalista Bruna Robassa
Desenvolvimento, inovação e criatividade são apenas algumas das qualidades utilizadas para definir o trabalho realizado pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). “O CPCE foi idealizado e almeja ser um ator importante na arte do desenvolvimento, da inovação, da criatividade, da consciência ambiental, dos direitos humanos e animais, do estabelecimento de parcerias”, disse Victor Barbosa, presidente da entidade, durante discurso da última reunião de 2012, do Conselho Superior do CPCE.
No decorrer do ano que passou, a entidade reforçou por meio de ações, parcerias e projetos desenvolvidos o seu objetivo de educar, estimular e ajudar pessoas e empresas a tornar o mundo cada vez mais sustentável e melhor por meio de simples mudanças de hábitos e adoção de novas atitudes.
O ano de 2012 foi de muito trabalho, avanços e conquistas para o CPCE. Desde cafés da manhã, diálogos, cursos, seminários, oficinas até congressos fizeram parte dos eventos da entidade no ano passado. Cada qual com seu objetivo e público, todas as ações promovidas contribuíram efetivamente para o crescimento não apenas das pessoas e empresas diretamente envolvidas com o conselho, como também para a sociedade. “Mais de 22 mil pessoas foram indiretamente impactadas em projetos de cidadania desenvolvidos pela entidade”, conta a coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura.
Também fazem parte das conquistas e avanços de 2012 o lançamento do Portfólio de Produtos do CPCE, o fortalecimento do Núcleo Indústria e Sindicatos (NIS), a realização do Curso de Ensino a Distância (EaD) Empresário do Terceiro Milênio, as novas adesões das empresas paranaenses ao Pacto Global, a distribuição de 5.000 cartilhas sobre Incentivos Fiscais, o Programa de Qualificação do Terceiro Setor, formação da Rede Paranaense do Voluntariado, além do apoio à realização de outras ações institucionais do SESI.
Última reunião do Conselho em 2012
A última Assembleia do Conselho Superior do CPCE do ano foi diferente das anteriores, já que Victor Barbosa optou por convidar cada um dos conselheiros a falar um pouco sobre o conselho e as ações das empresas, em vez de ele mesmo resumir essas ações. Por isso, alguns conselheiros tiveram espaço para apresentar um case do que pensavam ser as melhores práticas desenvolvidas durante o ano.
“É com a visão de um Paraná de excelência, em desenvolvimento progressista, criativo e competitivo que o CPCE desenvolve e organiza os seus programas e encoraja os seus núcleos de competências a estabelecerem plataformas e a idealizarem novos projetos, integrando pequenas e médias empresas, organizações do terceiro setor e sindicatos, convidando as grandes companhias, e algumas fazem parte do nosso Conselho, compartilharem do seu conhecimento, das melhores práticas e dos seus múltiplos e proveitosos saberes. E isso está acontecendo!”, destacou Barbosa no discurso de abertura da assembleia.
Pacto Global
Eduardo José Nicolau Feliz, presidente da Granotec do Brasil S.A, escolheu como case a adesão das empresas ao Pacto Global. “A primeira sensação que temos ao conhecer o Pacto Global é algo impactante. É mais que um contrato, é algo visceral, como um pacto de sangue, é um compromisso de fidelidade absoluta, e o global, então, nem se fala, pois é uma coisa planetária”, disse.
Feliz contou que pensou em recusar o convite para adesão ao pacto, por pensar que já era grande sua dificuldade em aderir a pactos menores, imaginou o quanto seria complicado fazer parte de um pacto global. Mudou de ideia. Sua empresa tem cerca de 100 funcionários, os quais, junto de suas famílias, representam um universo de cerca de 300 ou 400 pessoas que já foram impactados pelas ações realizadas.
“A assinatura do pacto tem causado relevância para dar dignidade da ação do trabalho e da correlação do trabalho com a comunidade. O Pacto Global tem e merece ser divulgado de forma permanente e isso não só por parte das federações e das associações, como também por seus comportamentos do dia a dia, convidando, explicitando, e deixando claro daquilo que nós estamos fazendo. Ninguém precisa começar nada do zero, pois já existem diversas ações estruturadas de grandes empresas”, conta. Na empresa de Feliz, isso tem sido feito por meio de um voluntariado interno de seus funcionários e dos seus familiares.
ODM nas empresas e sindicatos
A aplicação dos Objetivos do Milênio (ODM) nas empresas e nos sindicatos foi o case escolhido por Rui Gerson Brandt, presidente do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná (Sinpacel). Desde o ano passado ele assumiu o papel de diretor executivo do Sinpacel e passou a olhar os aspectos que ficam em torno das empresas de uma forma diferente. “Principalmente a questão da sustentabilidade, porque o setor de papel e celulose normalmente é um setor em evidência quando se fala em meio ambiente”, analisa.
O empresário ainda faz questão de esclarecer que existe um mito em relação à produção de papel. Ele se refere especialmente às pessoas e empresas que utilizam frases de rodapé junto à assinatura de e-mails com mensagens negativas sobre a impressão. “Florestas usadas para a fabricação de papel são florestas plantadas dentro de requisitos básicos, principais, fundamentais, especiais, de proteção ao meio ambiente”, esclarece.
Entre as ações do sindicato, que atendem aos ODM, está a mobilização para criação de um projeto que vise à logística reversa. “Trabalhar com a geração de renda (ODM1) e a reciclagem(ODM7) são algumas das ações mais efetivas nesse sentido”, explica Brandt.
Inclusão de PcDs no mercado de trabalho
Andrea Koppe, presidente da Universidade Livre para Eficiência Humana (UNILEHU) destaca a inclusão de Pessoa com Deficiência (PdD) no mercado de trabalho como case. Ela comenta que a inclusão da pessoa com deficiência como tema estratégico do CPCE a deixa triste e contente ao mesmo tempo.Isso porque ainda existe a necessidade de colocar isso como um problema social que deve ser tratado prioritariamente e, geralmente, com um esforço muito grande. “Por outro lado, a alegria de estar com esse tema nessa reunião é que conseguimos, de certa forma, fazer com que todos entrem em uma concepção efetiva de inclusão. Pois, o que estão trabalhando com as empresas é que elas se transformem em ambientes coorporativos inclusivos, e não tentem fazer com que as pessoas com deficiência adaptem-se ao mundo que não foi feito para elas”, relata.
Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade
O coordenador geral dos cursos de administração, economia e turismo das Faculdades Integradas do Brasil (UNIBRASIL), Claudio Skora, narrou sua experiência no Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade. Na escola de negócios, que contempla vários outros cursos além de administração, estão sendo implantados, gradativamente, os princípios do PRME. Segundo Skora, “a reciclagem da mentalidade dos professores, alunos e da instituição precisa ser constante”.
Destinação de Incentivos Fiscais
Já o representante do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), Maurício Roberto Candido, deu destaque para a destinação de incentivos fiscais, trabalho que tem sido feito em nível nacional com relação a voluntariado e incentivos fiscais. “As instituições de assistência social têm desenvolvido a campanha de mobilização, distribuição de cartilhas patrocinadas pelo CPCE e orientando o profissional da classe contábil. Também estamos fazendo um trabalho junto ao Congresso Nacional por cerca de quatro anos para conseguir mudar o espelho da declaração do imposto de renda, para que fosse possível a destinação no ato do fechamento do imposto de renda”, relata.
Outros cases de 2012
A Responsabilidade Socioambiental Corporativa, o Curso EaD Empresário do Terceiro Milênio, Parcerias Estratégicas e Observatório Brasil foram mais alguns dos cases destacados na última reunião do Conselho.
Para Karina Martins, da Robert Bosch Ltda., falar da responsabilidade socioambiental coorporativa da Bosch é também falar um pouco de sua história profissional dentro da empresa. “É um tema extremamente importante, porque isso está no DNA da empresa. Robert Bosch, quando fundou a empresa há 125 anos, disse que a companhia dele teria que promover educação, saúde, reconciliação dos povos”, conta.
O presidente da Saint Germain Alimentos Industrializados, Heitor Côrtes Netto, falou sobre o Empresário do Terceiro Milênio. De acordo com ele, esse profissional é um empresário muito mais comprometido com a qualidade de vida dos seus funcionários e da comunidade, buscando sempre a inovação.
Também foram apresentadas a atuação do Observatório Social do Brasil, pelo presidente Ater Cristófoli, a parceria entre a Secretaria de Estado para Assuntos Estratégicos e o CPCE, pela Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado para Assuntos Estratégicos, Clecy Maria Amadori Cavet. O case “Sustentabilidade, um caminho para inovação”, foi apresentado por Leticia Passini, do marketing da região Sul da Natura Cosméticos
2013
Se o ano de 2012 foi de muito trabalho e conquistas para o CPCE, 2013 não vai ser diferente. Como principais parcerios para o desenvolvimento no ano que passou, a coordenadora do CPCE destaca o SESI e a contribuição efetiva de diversas empresas que fazem parte do conselho, principalmente aquelas que têm como os seus dirigentes os vice-presidentes do CPCE: Plant BemFertilizantes (Sérgio Luiz Baccarin – Maringá), Instituto Atsushi e Kimiko Yoshii (Kimiko Yoshi – Londrina), Bresolin Ind. e Comércio de Madeiras (Guido Bresolin – Cascavel) e Ney da Nobrega Ribas (IPrint Campos Gerais) e os representantes dos núcleos de competência: Ezilda Furquim – Núcleo de Competência Indústria e Sindicatos; Dauro Bond - Núcleo de Competência Comércio e Serviços; Sonia Ana Charchut Leszczynski - Núcleo de Competência Instituições Ensino Superior; e Nilda Mott Loiola - Núcleo de Competência Organização do Terceiro Setor.
Entre os principais objetivos a serem alcançados neste ano, ainda de acordo com a coordenadora Rosane Fontoura, estão a implantação do Portal Sustentabilidade, a realização de quatro encontros sobre a Sustentabilidade da Indústria e Sindicatos (NIS), iniciar as ações do Núcleo Saúde e Segurança (NSS) e o lançamento do Catálogo das Boas Práticas. “Além disso, em 2013, pretendemos aumentar, incrementar e ampliar diversas ações que já estão em andamento, como é o caso do Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade, Reatiba, Campanha de Incentivos Fiscais, Diálogo de Parcerias Sustentáveis (NCS) e do apoio ao Voluntariado”, conta.
Victor Barbosa, presidente do CPCE, também almeja o desenvolvimento de outros projetos. “Alcançaremos novos voos em 2013 e alinhar-nos-emos aos projetos de maior envergadura do Sistema FIEP, particularmente do SESI”, prevê.
Conheça mais algumas ações do CPCE para 2013:
. Incrementar a divulgação da Destinação dos Incentivos Fiscais
. Realizar o VI Reatiba – Inclusão de Pessoa com Deficiência;
. Incrementar as ações do Movimento Paraná Educando na Sustentabilidade com adesão de instituições de ensino ao PRME e ao Pacto Global;
. Promover o voluntariado no Estado do Paraná;
. Fortalecer a capacitação das organizações do Terceiro Setor;
. Promover a Responsabilidade Socioambiental Corporativa e Responsabilidade Social Sindical;
. Fortalecer as ações das regionais dos Campos Gerais, Oeste l, Londrina e Maringá;
. Incentivar o debate dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;
. Aumentar a interatividade nas redes sociais, entre outras, e dar continuidade aos outros projetos.
Veja outros conteúdos dessa edição:
Matérias:
- Capa: O Desafio da destinação dos resíduos sólidos
- Entrevista: Marina Silva
- Visão Sustentável: Cativa Natureza promote beleza de forma sustentável
- Tecnologia e Sustentabilidade: Parana Metrologia - Da teoria para a prática
- Desenvolvimento Local: A sustentabilidade como inspiração (WTC)
Artigos:
- Artigo: O " Pibão" da Presidente Dilma ( Jerônimo Mendes)
- Artigo: O Marketing e o ciclo de vida sustentável de produto (Hugo Weber Jr)
- Artigo: Turismo Sustentável - Have you heard about it? (Rosimery de Fátima Oliveira)
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