Regulado desde 2012, o uso de aerogeradores em
casas, universidades, fazendas e no comércio torna nossa energia mais limpa e
reduz a sobrecarga sobre os sistemas de geração e distribuição
A estiagem recorde enfrentada pelo sudeste do
Brasil, somada aos inconvenientes de aumentar a geração térmica, renova o
debate sobre os rumos do setor energético nacional. Segundo especialistas da
área, uma alternativa para reduzir o risco de apagões e o custo – econômico e
ambiental – da produção de energia no país revela-se a microgeração e geração
distribuída. Este modelo tem potencial para atrair investimentos de R$ 48,9
bilhões até 2030 e pode representar 8% da matriz energética brasileira, estima
estudo da consultoria DNV Kema encomendado pelo Instituto Abrade de Energia.
O que pouca gente sabe é que gerar a própria
energia não requer uma hidrelétrica inteira, por exemplo. Pode-se fazê-lo de
casa, da escola, na universidade ou mesmo em uma fazenda. Os microgeradores
eólicos (pequenas turbinas que usam a força dos ventos para gerar energia) já
são uma realidade no exterior e começam a ganhar espaço no Brasil. De acordo
com o diretor da Enersud, Luiz Cezar Pereira, a regulamentação da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para microgeração mostra-se um avanço
importante para a popularização da geração residencial de energia:
"A regulamentação da Aneel, que permite
a microgeração por consumidores domésticos, abriu oportunidades sem
precedentes. O mercado brasileiro pode absorver algo em torno de mil turbinas
eólicas de pequeno porte por ano”, projeta o engenheiro. “Há ainda a
configuração híbrida, com a associação de turbinas eólicas a placas solares”,
acrescenta.
A Resolução da Aneel para a microgeração,
anunciada em dezembro de 2012, determinou as condições para se
operar a microgeração de energia elétrica, conectada aos sistemas de
distribuição do país. Quem decide gerar a própria energia (com placas solares
ou aerogeradores) pode injetar na rede da distribuidora o excedente não
consumido. Em contrapartida, a distribuidora oferece desconto na conta de luz
proporcional ao injetado na rede pela “unidade consumidora”.
Apesar dos potenciais benefícios da geração
distribuída, como reduzir a carga na rede, a dependência de térmicas e os
gastos com a conta de luz, a microgeração ainda engatinha no Brasil. Segundo o
consultor da Enersud e professor da Coppe/UFRJ, Maurício Arouca, o modelo
depende ainda de incentivos do governo para decolar:
"A partir do momento em que as
instituições governamentais utilizarem a energia limpa em prédios ou em
escolas, o custo diminuirá. Nos EUA, quem instala painéis solares ou uma usina
eólica em casa tem desconto de 30% no imposto de renda e redução no valor do
IPTU", compara Arouca.
Sobre a Enersud
A Enersud é especializada no fornecimento de soluções
alternativas de energia. No mercado há 12 anos, a empresa pesquisa, desenvolve
e fabrica equipamentos voltados para a geração de energia a partir de fontes
renováveis para pequenos consumidores. Os equipamentos utilizam tecnologia de ponta,
100% nacional, com alto índice de inovação e patentes próprias. Para
isso, conta com parcerias de universidades e centros de pesquisas em diversas
regiões do Brasil.
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