Depois de amargar um período de declínio
na produção industrial, superado nas últimas décadas por produtos de custo
inferior como o plástico e o cartão laminado, o mercado de embalagens metálicas
vivencia uma nova expectativa de crescimento, aquecido pela ampliação da
demanda por produtos manufaturados mais sustentáveis. A opinião é do presidente
do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais (SINIEM) e da
International Packaging Association (IPA), Antonio Carlos Teixeira Álvares,
também CEO da Brasilata, líder na fabricação de latas de aço no País.
Até então restrita, nas gôndolas dos
supermercados, a setores como o de bebidas, em que há supremacia no uso de
latas para assegurar a qualidade do produto, a embalagem metálica vinha sofrendo
forte concorrência, em função de fatores como o custo superior do transporte, responsável
por encarecer o preço das unidades. Mas essa lógica tende a se inverter, em
razão dos benefícios associados ao meio ambiente, acredita Teixeira.
“A condição do metal como material
permanente está se tornando uma vantagem competitiva, que possibilita não só
recuperação como a expansão do market share das embalagens metálicas”, afirma o
CEO da Brasilata.
Além de propiciar maior proteção ao
produto manufaturado, a embalagem de lata atende aos principais preceitos de
sustentabilidade, o que a coloca num patamar de superioridade em relação aos
outros materiais disponíveis. “Os metais são infinitamente recicláveis, ao
passo que a reciclagem do plástico e do cartão laminado é muito mais difícil, e
só é possível com a degradação do material original, no processo conhecido como
downcycling”, explica o executivo.
Criado por Anders Linde, secretário geral
da Metal Packaging Europe (MPE), o conceito de material permanente se
fundamenta no fato de que o metal, além de renovável, é um elemento químico que
permanece para sempre no planeta. “E ser permanente, é muito mais amigável à natureza
do que ser apenas renovável”, conclui Teixeira.
Essa aposta num futuro mais sustentável
estimulou os fabricantes locais de latas metálicas a investir na criação da
Associação Prolata Reciclagem, voltada para o reaproveitamento dos recipientes
de aço após o consumo. De acordo com Teixeira, a entidade vem obtendo
resultados significativos, e já registra os primeiros casos de substituição de
outras embalagens do mercado
por latas de aço.
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