Depois das
descobertas da camada pré-sal, o Brasil caminha para se tornar um dos
principais pólos no mundo de exploração marítima de petróleo e gás. Com a
expansão dessas atividades, o mercado passou a exigir que, cada vez mais, as
petrolíferas invistam em tecnologias para evitar acidentes, e há também
preocupação das empresas quanto aos sistemas de segurança, planos emergenciais,
treinamentos e a preocupação com meio ambiente.
De olho nesse cenário crescente de novos negócios, três biólogas do
Instituto de Biologia da UFRJ perceberam uma oportunidade de negócio escondida
num laboratório acadêmico. Elas fazem estudos de avaliação ambiental desde 1986
e, em 2002, criaram o Labtox, uma empresa incubada no Polo de Biotecnologia do
Rio de Janeiro (Bio-Rio). A equipe iniciou as atividades em projetos no laboratório
do Instituto de Biologia da UFRJ. Com a mudança na legislação ambiental, que
passou a exigir ensaios ecotoxicológicos (estudos que avaliam o impacto
ambiental) para liberar a utilização de produtos químicos no meio ambiente (na
extração de petróleo, por exemplo), houve um aumento na demanda destes ensaios,
tornando necessária a ampliação do laboratório, assim como o desenvolvimento de
novas metodologias. Assim, as três biólogas se desvincularam da UFRJ e fundaram
o Labtox, que hoje reúne clientes como Petrobrás, Shell e Statoil entre outros.
O Labtox é um dos poucos laboratórios que realizam testes
ecotoxicológicos no Brasil para estudar os impactos da exploração e produção de
petróleo em organismos marinhos. Estes estudos são exigidos pelo Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis )
para avaliar os produtos utilizados durante a perfuração de poços, efluentes e
descargas potenciais de plataformas de petróleo. No Rio de Janeiro, o Labtox é
o único que trabalha com testes em organismos marinhos.
Os resultados orientam as medidas preventivas, tais com a seleção de
produtos com baixa toxicidade e adoção de tecnologias mais eficientes. Assim, a
análise torna-se essencial para proteger a vida aquática, ajudando a reduzir os
níveis de poluição, entre outros possíveis danos.
No último ano, a
empresa faturou R$ 2 milhões, e a previsão é que até o fim de 2014 a empresa
cresça 20%.
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