O Paraná deverá ser um dos primeiros
estados da federação a avançar efetivamente na Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Com investimentos na ordem de R$ 20 milhões, até 2015, o modelo já
beneficia 70 municípios, com o processamento anual de 1,8 mil toneladas de
resíduos.
Trata-se do projeto da Central de
Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), uma iniciativa pioneira no Brasil,
que surgiu da parceria entre o Ministério Público do Trabalho no Paraná,
Ministério Público Estadual, Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do
Paraná, representando empresas de diversos segmentos industriais, com plantas
tanto no Paraná e em outros estados.
Além de sindicatos e associações, o
projeto tem um grande impacto social, além e ambiental, pois envolve os
catadores de materiais reciclados, que fazem parte de uma cooperativa,
administrada pelo Instituto Lixo e Cidadania, e tendo a fiscalização e apoio da
Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
No próximo ano, três outras cidades
receberão a estrutura da CVMR: Cascavel, Francisco Beltrão e Guarapuava.
“Instaladas atualmente em Pinhais e em
Carambeí, as centrais serão dispostas também em Londrina e Maringá até julho,
alcançando mais de 100 cidades e beneficiando diretamente 6,7 milhões de
pessoas”, descreve a presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico
(Simpep), Denise Dybas Dias.
O Simpep integra o grupo de entidades
e empresas que financiam e apoiam o projeto da CVMR, desenvolvido para
profissionalizar o processo de logística reversa das indústrias paranaenses.
“Esta é uma oportunidade única oferecida àqueles que precisam se adequar à
Política Nacional de Resíduos Sólidos”, ressalta Denise.
“A partir de março, as empresas que
não contarem com plano de logística reversa serão notificadas pelos órgãos
competentes e poderão sofrer as sanções legais previstas, que incluem multas
com valores variando de cinco mil a cinquenta milhões de reais”, aponta.
As centrais geram renda média
individual de R$ 1.100 para os catadores associados ao projeto. “Com todas as
centrais instaladas, o grupo de catadores inseridos no projeto chegará a dois
mil, resultando na geração de renda para cerca de oito mil pessoas”, destaca o
executivo do Simpep, Luiz Roberto dos Santos.
“As centrais estão contribuindo para
resolver questões ambientais e sociais, gerando renda para os catadores,
agregando valor à matéria prima, bem como estimulando o cumprimento da lei”,
destaca Santos.
Usina de pet otimiza processamento de
material plástico em Pinhais
Em dezembro de 2013, a CVMR de Pinhais incorporou ao seu parque de
máquinas a usina de beneficiamento pet, que realiza a transformação de garrafas
pet em flake, insumo utilizado nas indústrias dos setores plástico e têxtil. O
equipamento tem a capacidade para produzir até 150 quilos de flake por hora. A
usina de pet aprimora as condições de trabalho dos catadores que atuam na CVMR,
além de agilizar o processamento dos materiais. Com uma produção diária maior,
a renda dos deve aumentar proporcionalmente nos próximos meses.
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