O economista Eduardo Gianetti defende uma tese peculiar sobre as dificuldades que o mundo vem enfrentando para combater o aquecimento global e estabelecer práticas de sustentabilidade. Para ele, uma das raízes do problema está na própria teoria econômica, que desconsidera os custos ambientais ao avaliar o que é criação ou destruição de riqueza. “O PIB, por exemplo, registra somente aquilo que é mediado pelo sistema de preços”, diz ele. “Assim, se um dia nós começarmos a andar com máscaras de oxigênio para poder respirar, a nossa sociedade ficará mais ‘rica’”, ilustra Gianetti.
A inconsistência, aliás, não ocorre somente no caso do custo ambiental. Hoje, diz Gianetti, se uma pessoa resolve construir uma casa, o empreendimento entra nas contas nacionais como “formação de capital”. Entretanto, se a mesma pessoa resolve poupar esse dinheiro para pagar um mestrado, entra como “gasto corrente”. “Há algo profundamente errado aí, pois é lógico que o mestrado é um investimento - algo que também ajuda a formar capital”, explica Gianetti.
Por isso, o economista acredita que está na hora de o aquecimento global e todas as outras ameaças à sustentabilidade do planeta começarem a ter valor econômico. Isto é: entrarem no sistema de preços e serem efetivamente contabilizadas - ou melhor, descontadas - nos cálculos de formação de riqueza. “Se a humanidade realmente quiser levar a sério o aquecimento global, vai ter que começar a pagar o custo das emissões”, exemplifica Gianetti, que também é formado em Ciências Sociais pela USP.
O primeiro passo é encontrar o preço real do carbono e embuti-lo nos preços de produtos e serviços, tal como um imposto. “As pessoas vão ter de entender que nem todos os recursos naturais que elas consomem estão sendo pagos”, diz o economista.
Isso quer dizer que a partir de agora a tendência é de que tudo - de uma simples garrafa d’água até um automóvel - fique mais caro, certo? Errado. Para Gianetti, existe uma alternativa que permitirá contabilizar os custos ambientais sem incorrer em um aumento de preços ao consumidor. “É pela via da inovação”, destaca.
Fonte: Blog da sustentabilidade
A inconsistência, aliás, não ocorre somente no caso do custo ambiental. Hoje, diz Gianetti, se uma pessoa resolve construir uma casa, o empreendimento entra nas contas nacionais como “formação de capital”. Entretanto, se a mesma pessoa resolve poupar esse dinheiro para pagar um mestrado, entra como “gasto corrente”. “Há algo profundamente errado aí, pois é lógico que o mestrado é um investimento - algo que também ajuda a formar capital”, explica Gianetti.
Por isso, o economista acredita que está na hora de o aquecimento global e todas as outras ameaças à sustentabilidade do planeta começarem a ter valor econômico. Isto é: entrarem no sistema de preços e serem efetivamente contabilizadas - ou melhor, descontadas - nos cálculos de formação de riqueza. “Se a humanidade realmente quiser levar a sério o aquecimento global, vai ter que começar a pagar o custo das emissões”, exemplifica Gianetti, que também é formado em Ciências Sociais pela USP.
O primeiro passo é encontrar o preço real do carbono e embuti-lo nos preços de produtos e serviços, tal como um imposto. “As pessoas vão ter de entender que nem todos os recursos naturais que elas consomem estão sendo pagos”, diz o economista.
Isso quer dizer que a partir de agora a tendência é de que tudo - de uma simples garrafa d’água até um automóvel - fique mais caro, certo? Errado. Para Gianetti, existe uma alternativa que permitirá contabilizar os custos ambientais sem incorrer em um aumento de preços ao consumidor. “É pela via da inovação”, destaca.
Fonte: Blog da sustentabilidade
As coisas não ficarão mais caras necessariamente.
ResponderExcluirNa verdade, como tudo terá uma classificação conforme o tipo do gasto, se os resíduos que gera para o meio ambiente tiverem um tempo de reciclagem menor, provavelmente irá até ficar mais barato.
Será um cálculo um tanto mais complexo, mas que trará mais qualidade de vida a todos nós.